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História Permanent Vacation - Good Girls


Escrita por: ilysmtae

Notas do Autor


Música do capítulo: Good Girls de 5 Seconds Of Summer

Preparem os forninhos :3

Capítulo 3 - Good Girls


Fanfic / Fanfiction Permanent Vacation - Good Girls

Sydney, Austrália. 2 de Dezembro de 2016.


Ela é uma boa menina, não foi pega

Ela disse para mim, esqueça o que você pensava
Porque boas meninas são meninas más que não foram pegas
Então, basta virar e esquecer o que você viu
As boas meninas são meninas más que não foram pegas




                 Eu estava realmente muito puta da vida com aquele Luke descarado. Como ele ousava ter me recebido daquele jeito sem eu ter feito nada pra ele? Na boa, se eu não estivesse em uma mansão que não era minha eu estaria derrubando tudo que eu encontrar pela frente e começaria a gritar feito uma maluca. Eu odiava ter ataques de raiva. Nesse momento eu estou tendo um, eu sentia que minha cabeça ia explodir à qualquer momento e que meu coração iria sair para fora.

Ok Margot, você precisa se acalmar, tomar um bom banho, comer uma pizza e elaborar seu maravilhoso plano de vingança contra o Hemmings Desgraçado.

Eu estava ciente das regras que Josh havia me dito, mas nesse momento o que mais importava era a minha pequena vingança. Eu teria que ser esperta e não levantar suspeitas, assim ninguém mais além de mim e do Hemmings Desgraçado saberiam que eu estava burlando as regras. Luke com certeza não iria falar para seus pais, pois isso ia desmascará-lo.

Eu também estava ciente de que eu estava agindo feito uma garota revoltada de dezesseis anos, mas ele mexeu com quem estava quieto. Normalmente eu tinha mais controle das minhas reações descontroladas, mas esse garoto parece que chegou para jogar todos os meus esforços de controle no lixo. Eu não estava conseguindo controlar a súbita vontade de me vingar desse engraçadinho, sério, eu não estou conseguindo me controlar.

Respire Margot, respire.

Qual é? Eu não tenho culpa se eu sou geminiana com ascendente em Áries. O culpado de tudo aqui era aquele Hemmings Desgraçado que derramou Vodka no meu vestido novinho que eu tanto sonhei em comprar, e ainda por cima fingiu me seduzir passando de todos os limites possíveis me deixando totalmente desarmada, rendida, louca, imaginando aquele corpo definido por baixo daquela camisa cor vinho tão fina... Tão fácil de rasgar...

Argh, foco!

Respirei fundo dispersando meus pensamentos malucos, me encaminhando para o meu quarto. Eu esperava que aquele Luke estivesse dizendo a verdade sobre o meu quarto ser o da direita, ou ele estaria mais ferrado ainda na minha vingança.

Abri a porta do quarto à direita receosa, mas nada aconteceu. Era só o meu quarto que eu iria ficar. Não era o meu quarto, era o quarto que  mais parecia que uma rainha iria ficar por aqui. As paredes eram de um lado cor creme e do outro em um tom pastel agradável, e eu observei uma enorme janela de vidro que tinha a vista da piscina no andar de baixo e do céu azul. A decoração do quarto era uma graça, o guarda-roupa era médio e com algumas curvinhas embaixo bem no estilo A Seleção. Perto da enorme TV tinha uma prateleira com poucos livros bem organizados. A ideia de colocar meus livros ali e ler os outros livros da prateleira quase fizeram minha raiva desaparecer. Quase.

Ao menos aqui eles gostavam de ler livros. Sobre Luke eu não tinha tanta certeza assim.

A melhor parte do quarto era a enorme cama box me esperando prontinha para eu ter boas noites de sono nela. Me joguei na cama sorrindo feito uma idiota, a cama era macia pra caralho. Olhei ao redor para os móveis do quarto observando a enorme TV tela plana em frente à cama, a cortina aberta me dando a oportunidade de ver o céu azul e aos poucos comecei a me acalmar. Eu precisava deixar esse quarto do jeito Margot de ser, e isso incluía meu mural de fotos, pôsteres das minhas bandas e cantores favoritos nas paredes e também no guarda-roupa, bem no estilo rock/punk/indie mesmo.

Eu não era muito delicada, e esse quarto na decoração estilo princesa era até uma graça, mas eu precisava dar o meu toque Margot por aqui. Mas não antes de eu tomar logo um banho e me livrar desse vestido com cheiro de Vodka de um Hemmings descarado.

O único problema era que não tinha banheiro no quarto, e eu estava novamente ferrada para encontrar a porta certa. Suspirei procurando minha mala a encontrando deitada em um banco de madeira pintado de branco em frente à cama, ainda no estilo A Seleção. A abri me certificando de que as minhas coisas estavam todas aqui e peguei uma muda de roupas jogando quase tudo na cama, sabendo que teria que organizar tudo depois.

Passei o olhar pelas roupas novas que eu tinha comprado para a viagem, indecisa sobre qual usar. Já era de tarde e eu provavelmente não ia sair da casa hoje já que eu estava morta de cansaço da longa viagem, então optei por escolher uma camiseta super larga e preta do álbum American Idiot do Green Day, que na verdade era uma camiseta masculina que media até a altura das minhas coxas. Eu adorava usar algumas camisetas masculinas porque me dava um ar rebelde e despojado, e era mais confortável do que blusa feminina. O problema era que eu sempre tinha que falar para o vendedor da loja que eu iria comprar as camisetas para um namorado que eu não tinha, porque iam achar no mínimo estranho uma garota gostar de usar camisetas masculinas.

Peguei um short preto bastante curto para usar por baixo, meus pertences de banho e me encaminhei para o banheiro, seja lá onde for. Fiquei parada no corredor observando mais duas portas igualmente idênticas. Mas que porra, eles poderiam colocar uma plaquinha em cada porta escrito "Banheiro" "Quarto do Hemmings Desgraçado", essas coisas.

Abri a primeira porta e encontrei outro quarto que estava todo escuro, sem cortinas abertas e nem um resquício de luz do dia. Estranhei fechando a porta rápido não querendo me aventurar na escuridão de um quarto desconhecido. O banheiro só poderia ser o da segunda porta, então marchei até ela a abrindo sem cerimônias cansada do "caça ao banheiro". Entrei dentro do banheiro rápido não querendo encontrar o Luke por aqui, e fechei a porta dando um suspiro aliviado.

— Não sabia que você gostava de ficar no mesmo banheiro que um cara.

O tom de voz blasé que eu estava aprendendo à identificar e me acostumar, disse de repente. Eu imediatamente me virei para a frente dando de cara com Luke em pé de costas para mim fazendo xixi na privada. Puta que pariu, porque eu não dei uma olhada dentro do banheiro antes?

— Que merda, eu não sabia que você estava aí. — eu disse me preparando para sair dali, tentando não imaginar besteiras com a cena à minha frente.

O Hemmings Desgraçado soltou uma risadinha baixa, abotoando as calças e virando na minha direção. Como ele poderia ficar tão sexy mesmo ainda sendo um descarado?

— Jura? Ou você estava querendo ver esse gostosão aqui usando livremente o banheiro, enquanto seu adorável pênis estava fora da calça dele? — ele disse tudo de uma vez sem pudor algum, seu tom de voz era baixo e provocativo.

Abri a boca sem conseguir encontrar alguma palavra certa para dizer.

— Era o que eu imaginava. Mas não vai ser hoje que você vai ver esse garotão aqui. — ele apontou para as calças e eu tentei não olhar para onde ele apontava. Porquê esse garoto estava me fazendo parecer uma virgem inocente?

Nada contra as virgens, mas eu estava passando dos limites das reações que demonstram virgindade nesse momento.

— Se toca, garoto. Eu só vim tomar um banho. — revirei os olhos sentindo aquela raivinha escondida voltar.

— Aham, garota. — ele imitou meu tom de voz e se aproximou lentamente de mim. — Não vai achando que seus dias aqui vão ser fáceis, porque eu mesmo irei me encarregar de te infernizar todos os lindos dias da sua vida aqui.

Eu jurava que meu sangue estava fervendo nesse momento. Esse garoto já estava passando dos limites.

— E você acha que eu também vou deixar barato, seu descarado? — empinei o nariz olhando fundo em suas íris azuis, me arrependendo do ato, porque agora eu estava me sentindo totalmente hipnotizada.

O Hemmings Desgraçado apenas alargou seu sorriso sarcástico brincando com seu lip ring com a língua, e merda, como ele ficava sexy pra caralho fazendo isso.

— Acho melhor você não se meter no meu caminho. — ele me prendeu contra a parede passando a mão no meu cabelo. Sua mão foi descendo pela minha cintura, e eu segurei sua mão com força o fazendo parar bem onde estava a mancha de Vodka que ele tinha derramado. — Aliás, belo vestido.

E piscou o olho pra mim caminhando lentamente até a porta, saindo porta à fora, mas não antes de me lançar um olhar estranho e demorado.

— Argh! Que porra de garoto é esse? — xinguei em português para o desgraçado não entender, caso ele estivesse ouvindo atrás da porta.

Respirei fundo mais uma vez me olhando no espelho da pia de mármore. Eu estava uma bagunça, despenteada e estava com minha maquiagem borrada. Eu realmente espero que eu não tenha ficado dessa forma ao conhecer a Liz e o John.

Eu não podia dar o gostinho de vitória para Luke, não podia perder o controle toda vez que ele chega perto.

Mas porra, eu já estava totalmente fora de controle! A sensação da sua mão no meu cabelo e pelo meu corpo estava me fazendo imaginar besteiras, e isso não está certo. Esse Hemmings Desgraçado deve ter algum tipo de feitiço de encantamento para tirar minha armadura de autocontrole e paciência, paciência essa que eu já não tinha muito.

Eu só precisava de um banho. Tranquei a porta de chave e tirei meu vestido, abrindo o box e entrando dentro do chuveiro enorme. Senti a água morna cair em meu corpo e fechei os olhos tentando inutilmente me acalmar. Mas eu não estava conseguindo, porque Luke Hemmings não saía da minha cabeça um minuto sequer.

Eu não sabia por quantas horas eu havia dormido, só sabia que ao abrir meus olhos a luz do sol já não brilhava pelo quarto. Apalpei meu travesseiro procurando meu celular para checar as horas e o encontrei ao meu lado. Olhei para as horas no ecrã do celular e eram mais de sete horas da noite. Caralho, eu estava mesmo cansada hoje.

— A senhorita está quase atrasada para o jantar.

A voz que eu reconheci como a de Josh ecoou pelo quarto.

— Puta que pariu! — levei as mãos ao meu coração quase tendo um treco. — Digo, caramba Josh, que susto. Porquê não bateu na porta antes?

Ele me olhou de forma severa e divertida.

— Ora, eu bati mas você não escutou. — pelo seu jeito de falar, eu jurava que Josh era gay. Eu esperava mesmo que ele fosse gay porque eu simplesmente amo gays.

— Desculpe, acho que eu estava distraída mexendo no meu celular. — esfreguei os olhos soltando um bocejo.

— Acho melhor a senhorita se apressar, o jantar é em dez minutos. Lembre-se das regras--

— Sem atrasos, é, eu lembro. — o interrompi ainda grogue de sono.

Josh apenas soltou uma risadinha e fechou a porta, me deixando sozinha novamente.

Espera, eu tinha dormido aqui sem ter trancado a porta?! Ok, eu acho que o Luke não iria invadir meu quarto e se aproveitar de mim ou fazer alguma brincadeira de mal gosto, iria? Iria. Mas eu estava do mesmo jeito que horas atrás e o quarto estava sem nenhum resquício de que Luke tenha entrado aqui.

— Droga, o jantar.

Pulei da cama em um segundo, eu só tinha mais cinco minutos para me arrumar decentemente e descer. No final só me restou tempo de vestir uma calça skinny preta e calçar umas sapatilhas da mesma cor, não tendo outra opção para trocar minha camiseta larga do Green Day que eu usava para dormir.

Desci as escadas penteando o cabelo com os dedos, torcendo para eu parecer apresentável. O barulho das vozes da Liz e do John ecoaram o lugar junto com o barulho da TV ligada em algum jogo de futebol americano e da risada de Luke. A risada dele parecia tão sincera, bonita e grave, sem nenhuma pontada de sarcasmo ou ironia, que me peguei sorrindo levemente.

Antes que eu pudesse descer o último degrau da escada, Luke apareceu à minha frente com um sorriso enorme estampado no seu rosto lindo que parecia ter sido esculpido por um artista grego.

— Margot, finalmente você apareceu! — ele puxou minha mão me ajudando a descer o último degrau.

Oi? Cadê o Luke descarado e irônico e o que fizeram com ele? Eu tinha certeza que há cinco horas atrás ele disse que iria me infernizar durante todos os meus dias aqui na sua casa, e agora ele aparecia de repente com um jeito fofo e sorridente comigo? O garoto só poderia ser bipolar. Mas eu estava gostando desse lado da sua bipolaridade, e da sua mão na minha.

Ele me levou até a enorme sala à direita, onde John estava nos observando com um misto de curiosidade e divertimento.

— Olha quem chegou, pai. — Luke disse ainda com um sorriso alegre no seu rosto perfeito. Isso só poderia ser alguma armação.

John me lançou um sorriso afetuoso.

— Chegou bem na hora do dia em que a Liz prepara o jantar ao invés da nossa empregada.

— A comida é a melhor, pode apostar. — Luke soltou minha mão devagar com certa relutância.

Eu estava encarando ele com total descrença tentando entender o que ele estava querendo com essa cena de bom moço adorável. Luke pareceu não se afetar por eu estar encarando ele como uma lunática, e piscou o olho para mim sorrindo adoravelmente. Tão estranhamente adorável que eu estava começando a achar que ele poderia ter batido a cabeça em algum lugar, por isso estava assim.

Eu estava prestes à tentar descobrir qual era a dele, mas a voz da Liz chamou da cozinha.

— A comida está pronta!

John se levantou com um sorriso infantil no rosto e eu achei graça, observando ele chegar primeiro no corredor até a cozinha. Luke passou as mãos pelos meus ombros me direcionando até a cozinha, e eu encarei ele novamente com as sobrancelhas juntas em uma careta.

— Qual é o seu problema? — minha voz era apenas um sussurro.

— Apenas finja que estamos nos dando perfeitamente bem e virando super amiguinhos. — ele sussurrou de volta, a ironia voltando ao seu tom de voz.

Eu sabia que era tudo uma armação desse Hemmings Desgraçado. Mas se isso fosse me deixar fora de problemas com os pais dele, valia à pena fingir que eu e o Luke estávamos nos dando bem. Chegamos na cozinha fingindo um sorriso animado, e Liz gesticulou para sentarmos à mesa.

Me sentei do lado direito da mesa enorme que ficava perto da sacada com a vista para a cidade, eu estava impressionada demais com a vista para dizer alguma coisa. Luke se sentou ao meu lado fingindo perfeitamente bem ser adorável e educado. Eu estava sentindo uma vontade enorme de rir, mas me controlei.

— Pode se servir à vontade, Margot. — disse Liz com seu jeito doce e alegre. — Eu apenas fiz uma simples macarronada com carne moída, descobri que é comum no Brasil. Espero que se sinta em casa, e que goste da comida, claro.

— Liz, eu não queria te dar tanto trabalho. — me desculpei mesmo me sentindo agradecida pela sua gentileza desde que eu tinha chegado. — Muito obrigada, sério.

— Não me deu trabalho nenhum, apenas coma. — todos riram e meu olhar caiu sobre Luke sentado ao meu lado.

Ele estava me encarando com alguma admiração e curiosidade no olhar. Comi um pouco da macarronada, me distraindo dos meus pensamentos porque a comida estava muito boa.

A conversa começou a ficar agradável e divertida. Liz me perguntava como era minha vida no Brasil, sem querer ser invasiva demais e eu respondia da melhor maneira possível sem revelar muita coisa demais. Luke estava apenas comendo quieto, acompanhando a conversa atentamente com os olhos azuis fixados em mim quando eu respondia alguma pergunta de Liz ou John, gesticulando com as mãos de forma expressiva. Eu conseguia disfarçar bem meu constrangimento, esse garoto estava me deixando nervosa.

— Vejo que você e Luke conseguiram se entender bem. — Liz observou com um sorriso satisfeito.

— Ele costuma ser um pouco difícil. — John completou rindo.

Eu não usaria só a palavra difícil para descrevê-lo. Ele se mostrou um completo descarado, sedutor, grosso e manipulador em apenas um dia. Mas eu não entendia porque eu não estava me sentindo incomodada da forma que eu esperava. Todo esse seu jeito sexy de bad boy prestes à me deixar maluca me atraía, eu queria conhecer mais esse garoto e também queria brigar com ele e infernizar a vida dele como ele planejava infernizar a minha. Eu não sei porque eu tinha essa mania estranha de cismar tanto com alguém e querer conhecer uma pessoa mais à fundo.

Eu sempre enxerguei através das pessoas, mas Luke Hemmings era uma imensidão escura impossível de se enxergar alguma coisa. E isso me atraía como um imã, o desafio, a sensação de perigo com o que ele poderia aprontar durante esse tempo me atraía de verdade.

Nos conhecemos à apenas algumas horas e eu estou beirando à confusão sobre Luke. Ele realmente tirava minha armadura que eu tanto me esforcei para manter.

— Eu, difícil? Me senti ofendido agora. — Luke disse de repente me tirando dos meus pensamentos. Seu olhar azul intimidante se prendeu em mim, e ele falou da forma mais fofa que eu já vi mesmo sendo apenas uma farsa. — E a Margot é legal, ela tem uma camiseta do Green Day! E gosta de Green Day, certo?

— An, certo. — falei prendendo o riso.

— Viram? Já estou gostando dela aqui com a gente. — ele levantou uma sobrancelha mentindo tão bem, que eu quase acreditei.

Liz e John trocaram olhares rápidos e abriram um sorriso malicioso para nós dois. Ah, que ótimo! Agora eles estão achando que está rolando alguma coisa entre Luke e eu.

Continuamos comendo e conversando, até passarem quarenta minutos e o jantar acabar. A comida estava divina, eu nunca tinha comido tanto como hoje.

— A comida estava divina, Liz. — eu disse ajudando ela a tirar os pratos da mesa. Ela pareceu surpresa com meu gesto, mas deixou passar.

— Obrigada, querida. Não é sempre que eu tenho tempo de fazer o jantar aqui. Mas hoje era um dia especial com a sua chegada. — colocou os pratos dentro da pia. — Isso fica para a empregada amanhã. Vá conhecer a sala de jogos com o Luke.

Luke apareceu atrás de mim se fingindo de bom moço novamente. Só a sua aproximação me fez sentir um frio gostoso na barriga.

— É, vamos conhecer a sala de jogos. Eu passo horas lá com meus amigos. — ele puxou minha mão e eu acenei para Liz forçando um sorriso.

Luke estava me levando para as escadas do andar de baixo sem perceber que ainda estávamos de mãos dadas. Ele notou depois de alguns minutos e soltou rapidamente sua mão da minha, parecendo constrangido. O seu jeito irônico e sexy voltou agora que estávamos fora da vista dos pais dele.

— Muito bem, Margot. — ele deu tapinhas nas minhas costas como se eu fosse um animal. — Você foi uma boa garota, quer ganhar um biscoito?

Trinquei os dentes ao perceber que ele tinha me chamado descaradamente de cachorra.

— Vai se foder, seu imbecil. — empurrei seu ombro com força, tentando não demonstrar minha reação ao sentir os músculos do seu braço. — Não fiz isso por você, mas sim por mim. Não quero me meter em problemas ao contrario de você.

Luke achou graça passando a língua devagar em seu lip ring. Esse garoto era mesmo minha perdição.

— Eu não vou me meter em confusões. — disse simplesmente, e abriu uma porta perto do jardim dos fundos onde tinha a enorme piscina. — Mas você vai, e muito.

Fiquei em frente à porta mostrando que eu não ia entrar sozinha lá dentro com ele.

— Ah, que medo do menino Hemmings. — fiz um beicinho imitando seu sarcasmo.

Luke ficou sério de repente e eu dei um passo para trás com medo da sua reação. Ele acendeu a luz da sala de jogos me encarando de uma forma estranha.

— Eu realmente, realmente sinto muito pelo o que eu vou fazer, Margot.

Luke entrou na sala de jogos e eu corri desesperada para as escadas deixando escapar minhas risadas. Luke apareceu com uma arma verde de plástico apontando em minha direção. Era uma arma de água! Eu estou bem fodida agora. O Hemmings desgraçado tentava não rir enquanto fazia uma cara de louco insano.

— Não adianta correr, eu vou te acertar. — ele correu atrás de mim e disparou um guincho de água que quase me acertou, não fosse meu movimento rápido de virar para à esquerda.

— Aham, vai sonhando Hemmings! — continuei subindo as escadas na velocidade da luz.

Luke disparou atrás de mim pulando os degraus de dois em dois, molhando tudo que ele encontrava tentando me acertar com os guinchos de água. Passei pelo corredor e antes que eu pudesse entrar na sala e me esconder, Luke me alcançou me molhando inteira com os guinchos de água.

— Chega, seu imbecil! — tentei impedí-lo, mas ele lançava mais um guincho de água em minha direção.

Eu estava encharcada e tremendo de frio. Se os pais de Luke resolvessem aparecer agora eu estava muito, muito ferrada. Luke largou a arminha no chão e me olhou triunfante com aquele seu jeito irritantemente sexy. Seus olhos desceram para minha camiseta gigante e se demoraram tempo demais ali. O descarado estava se aproveitando que a minha camiseta estava molhada e grudada no meu corpo para olhar os meus peitos.

Filho da mãe.

Ele parou de olhar para minha camiseta, ou melhor, para meus peitos e começou a rir de forma debochada. Sua risada parecia a de uma foca engasgada, e até isso era atraente nele.

— É só o começo, depois não vai ser tão divertido pra você. — disse ainda rindo.

— Você está vendo alguma coisa na minha cara que mostra que eu me diverti com isso? — bradei furiosa. Eu tinha sim me divertido, só não queria admitir.

— Não, mas eu me diverti bastante te torturando. — a forma como ele disse aquilo me fez imaginar besteiras. — E aliás... Gostei da sua camiseta do Green Day, ao menos você parece ter bom gosto.

Revirei os olhos indo para a escada tremendo levemente. Eu queria esfregar a cara desse Hemmings Desgraçado no piso, mas eu não estava entendendo porque eu não estava fazendo isso agora.

— Poupe-me dos seus falsos elogios, Hemmings.

— Ouch, assim você me ofende. — fez um biquinho fingindo chorar, e começou a rir novamente. — Boa noite, Margot.

— Vai se foder! — lhe mostrei o dedo do meio esquecendo meus modos e minha maturidade longe.

Luke gargalhou e mordeu o lábio inferior me olhando da cabeça aos pés de um jeito intimidador.

— Aliás, — começou com seus "aliáses" irritantes — belos peitos.

Fiquei perplexa no lugar com o que tinha acabado de ouvir. Puta que pariu, quando esse garoto vai parar de me provocar desse jeito? Luke apenas deu de ombros indo guardar a arminha de água na sala de jogos. Ele soltou beijos no ar pra mim me deixando com aquela típica expressão de "não posso rir, estou brava".

Esse Hemmings Desgraçado tem sérios problemas, e por incrível que pareça, eu estava gostando.

Retiro o que ele disse minutos atrás: Eu não era uma boa garota e estava muito longe de ser.


Notas Finais


Passei o dia escrevendo esse capítulo ouvindo as músicas dos garotos e olha, deu trabalho. Minhas costas e dedos já estão doendo de tanto que eu fiquei escrevendo na mesma posição.

Eu estava tentando revisar o cap ouvindo Girls Talk Boys mas era impossível, essa música é tão foda que me dá orgasmos imaginários só de ouvir, principalmente na parte do Calum cantando o refrão e eu ficava toda hora parando de escrever cantando alto e fazendo caras e bocas.

Isso foi estranho, mas vocês me entenderam hahaha.

Comentem o que acharam do cap. Ainda vai rolar bastante provocações entre os dois e o Luke não vai deixar barato nos próximos meses. No próximo cap já vai ser no mês das aulas da faculdade que Margot e Sophie vão estudar. E se preparem, porque os nossos lindos dos garotos de 5sos vão estar todos juntos no próximo cap (spoiler: eles, incluindo o nosso Luke bad boy vão estudar na mesma faculdade que a Margot, imagina a loucura que vai ser!), personagens novos e muitas situações bafônicas estão por vir :3

Bjo, bjo! ;)


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