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História Permanent Vacation - Come As You Are


Escrita por: ilysmtae

Notas do Autor


Come As You Are - Nirvana

Capítulo 30 - Come As You Are


Fanfic / Fanfiction Permanent Vacation - Come As You Are

Sydney, Austrália. Março de 2017.

Como um inimigo conhecido (...)

Leve o seu tempo, se apresse

A escolha é sua, não se atrase


LUKE

Acordei com uma dor latejante em minha cabeça, como se estivessem a martelando à cada segundo. Minha vista estava meio turva, então só pude perceber que estava em um lugar com as paredes de madeira.

Franzi a testa tentando ver mais alguma coisa. Uma parede de madeira. Um... Tronco de árvore no meio e uma cama. Eu estava nela. Olhei ao redor, reconhecendo a casa de árvore quase perto da esquina da minha casa.

— Já acordou, Hemmings? — uma voz rouca parecida com o ronronar de leopardos me despertou das minhas "brisas".

Olhei pro lado e quase caí da cama ao ver a pessoa que eu menos queria encontrar nesse momento: Beatrice. Meio que arregalei os olhos e franzi a testa, tentando entender que porra estava acontecendo aqui. Beatrice estava usando uma camisola de seda, daquelas que mostram o corpo demais. Não que ela tivesse um corpo feio, mas não era como o da Margot.

— Beatrice? Que porra é essa?! — minha voz saiu esganiçada no final.

Meus pensamentos só giravam em torno de uma pessoa: Margot. Eu tinha esquecido de buscar ela em frente a Opera House. Tô muito fodido...

— Não lembra de nada que aconteceu hoje? Sério, Hemmings? — ela colocou a mão no meu ombro, acho que na tentativa de parecer sensual.

Afastei a mão dela bruscamente, sentindo repulsa de estar aqui com essa louca.

— Do que merda você está falando? — eu preciso manter a calma e não me deixar levar por essas paranóias que estou criando agora.

Beatrice apenas abriu um sorriso malicioso que pareceu me alertar pra sair dali.

— Nós passamos a noite juntos, sabe. É uma pena que você não lembre.

Arregalei os olhos novamente, congelando no lugar. Eu estava sentindo meu coração disparar enquanto encarava um canto qualquer da casa de árvore. Isso não poderia ter acontecido, não com a Beatrice. Tem alguma coisa estranha por trás disso...

— Foi você! — me levantei na mesma hora, quase me desequilibrando. — Você era aquela pessoa de capuz no bar. Você colocou alguma coisa na minha bebida.

— Eu?! — ela se fingiu de inocente, o que aumentou mais a minha vontade de dar um tapa nessa garota.

— Não se finge de inocente, você me drogou. E eu já te avisei que comigo não  se brinca.

Eu estava com uma raiva do caralho agora, não, sério, eu preciso ficar calmo e não fazer alguma besteira aqui dentro.

— Uau, está andando demais com a metida à Sherlock Holmes. Como é mesmo o nome dela? Ah, Margot. — ela levantou, exibindo de propósito o corpo magro. — Por falar nela, ela deve estar uma fera te esperando em casa...

Aquilo foi à gota dágua, eu não quis saber quais foram os motivos que fizeram aquela louca me trazer pra cá, apenas empurrei ela contra a parede sem medir meus atos novamente.

— Seja lá o que você fez, você vai me pagar. Está ouvindo? — aumentei a voz, fazendo ela recuar. — Não vou ter pena de você da próxima vez.

Não quis escutar o que a Beatrice talvez tenha dito, apenas saí apressado daquele lugar. Preciso falar com a Margot, mesmo que ela não queira falar comigo.

Eu espero mesmo que nada tenha rolado entre eu e aquela louca da Beatrice.

MARGOT

Eu estava cansada, estava puta da vida, revoltada, com raiva, estressada, mas ao mesmo tempo feliz porque consegui um emprego em uma livraria perto da praia e porque o Calum consegue animar tudo à volta dele. Mas ao mesmo tempo estou com uma puta de uma vontade de socar a cara daquele Hemmings idiota até me cansar, e... Acho que vocês entenderam.

Cara, esse Luke é um puto. Claro que não é novidade, mas parece que eu só fui realmente me dar conta hoje. Não quero nem ver a cara dele, sério, já basta o estresse que eu passei hoje.

— ... Já posso subir pro quarto agora, mãe?

Ah, chegou o asno loiro que só faz merda. Decidi escutar a conversa que parecia vir do andar de baixo, preciso de muitas informações sobre o que esse idiota andou fazendo hoje de tão importante.

— Pode, mas não sem me dizer onde você estava que chegou todo estranho.

Isso aí, Liz! Tem que botar ordem nesse asno mal castrado.

— Eu estava bebendo com os garotos, mãe. Só isso. Posso subir agora?

Bebendo com os garotos? Sério? O Calum não mencionou que ele estava bebendo com o Mike e o Ashton.

— Pode, Luke. Avise pra onde vai da próxima vez, mocinho. Se o seu pai estivesse aqui iria te dar um sermão.

E quebrar tua cara também, suponho.

— Eu sei, da próxima vez aviso. Boa noite, mãe.

— Comer alguma coisa primeiro, depois dormir.

— Mãe--

— Cala a boca e não discuta.

A casa ficou quieta novamente e eu me joguei na cama.

— Por isso que esse idiota é um idiota! A Liz não sabe das filha da putagens dele e fica aí mimando ele. — revirei os olhos, falando sozinha.

Então, pra não ser taxada de louca caso a Liz ouça minhas reclamações, liguei pra pessoa que me ouviria e me daria os melhores conselhos: Sophie.


Foram só alguns minutos de ligação, mas pra mim pareceu que foram horas. Conversar com a Sophie sempre me ajuda, parece que tira um peso do meu corpo. Eu ainda estou puta com o Hemmings, mas não tão revoltada como antes.

Liguei a televisão e fiquei vendo uma novela qualquer. Até que alguém bate na porta do quarto e eu já tenho uma ideia de quem seja. Prendi a respiração tentando ficar calma. Se fosse mesmo aquele Hemmings idiota a coisa não ia prestar.

— Margot?

Era mesmo ele. Ignorei o fato de o meu coração bater mais rápido e eu sentir um frio na barriga, e caminhei até a porta com os olhos estreitos.

— Margot, eu sei que você não quer falar comigo agora. Você deve estar bem--

Abri a porta interrompendo o que ele iria falar.

— Bem puta? Estou, se era isso que você iria mugir. Digo, falar. — eu disse tudo com meu lindo sarcasmo de Geminiana.

Luke me olhou dos pés à cabeça descaradamente. O idiota estava mordendo a bochecha por dentro da boca, como se estivesse nervoso.

— Eu tenho uma explicação pra hoje. — ele disse, todo cauteloso.

Na hora de fazer merda não teve cautela.

— Sério? Só que infelizmente eu não estou à fim de ouvir.

Empurrei a porta pra fechar na cara dele, mas o idiota colocou o pé no meio. Ele estava próximo demais de mim, e apenas isso me deixou nervosa. Eu não quero ficar assim toda vez que esse idiota se aproxima. Eu devia era dar na cara dele, qual é.

— É sério, Margot. Me ouve.

— Me ouve? Você quer que eu te ouça quando você me deixou plantada na Opera House, no maior sol, quase sem nenhum táxi por perto e suando pra caralho? — joguei tudo na cara dele, fazendo minhas famosas caras e bocas ainda sem deixar de lado meus sarcasmos. — Você ainda quer que eu ouça tuas merdas e tuas mentiras?

— Não são merdas e mentiras! — ele aumentou a voz. — Podem ser merdas, mas não mentiras.

— Não quero ouvir mesmo assim. — tentei fechar a porta novamente, sendo impedida por o pé do Luke no meio da porta.

— Mas eu tenho que te explicar. Eu fui pra um bar beber algumas cervejas enquanto não dava a hora de te buscar--

O interrompi novamente, ficando mais puta da vida.

— Espera, você não tinha ido beber com o Mike e o Ashton?

Luke me encarou como se tivesse sido pego de surpresa. Eu estava cansada dessas mesmas palavras cheias de mentiras dele.

— E com o Calum. Eu estava--

— O Calum estava comigo a tarde toda. — eu disse, com as mãos na cintura.

A expressão do Luke mudou de cauteloso pra uma expressão de raiva. Levantei uma sobrancelha tentando conter um sorriso ao saber que toquei em um dos pontos fracos dele: Calum.

— Ah, você passou o dia todo com o Calum?

— Passei, e foi melhor do que ter passado a tarde com você.

— Oh, então porque você não vai ficar com o Calum agora?

Peguei meu celular que estava no bolso da minha calça, pronta pra provocar mais raiva no Luke.

— Ótima ideia, Hemmings! É só ligar pra ele agora e ir dormir na casa dele. — cliquei no contato do Calum.

Luke segurou meu braço me impedindo de ligar pro Calum. Apenas o toque dele foi capaz de enviar uma pequena corrente elétrica pelo meu corpo. Ficamos nos encarando alguns segundos, ambos irritados. Era uma mistura de raiva com uma vontade louca de beijar o outro. Pelo menos era o que eu estava sentindo agora.

— Para, Margot. Que porra, eu tento te explicar as coisas e você começa a falar do Calum. — ele olhou pra mão dele ainda presa no meu braço e a tirou de lá um pouco hesitante.

— Eu não quero tuas explicações, tuas mentiras. Você devia era tomar vergonha nessa tua cara de sonso e parar de achar que as pessoas são brinquedos, que você pode brincar e depois deixar de lado como se não fossem nada. Cresce, Hemmings. — me preparei pra fechar a porta novamente.

Luke ficou me encarando sem saber o que dizer.

— Quem tem que crescer é você, que ama iludir os outros.

— Vai pra puta que pariu, Luke. — e fechei a porta na cara dele, trancando de chave.

Aumentei o volume da televisão pra não ouvir a voz daquele idiota e mandei uma mensagem pra Sophie contando tudo. Minha cabeça estava uma confusão, nada parece certo nesse momento e eu não sei até onde vai essa minha relação com o Luke. Uma hora tudo está bem e logo depois tudo está uma bagunça novamente.

Pode não parecer, mas isso acaba comigo. E cansaço mental consegue ser pior que cansaço físico. Eu realmente espero que as coisas melhorem.


Encontrei a Sophie de frente da Universidade, ela estava batendo o pé sem parar enquanto esperava que eu saísse da limusine. Ajeitei minha mochila nas costas e caminhei na direção dela, alguma coisa estava incomodando a Sophie e eu preciso saber o que é.

— Hey, Sophie. Qual é a fofoca de hoje? — dei um tapinha no ombro dela, recebendo um olhar de desaprovação.

— Que jeito de falar comigo é esse? Batendo no meu ombro igual um garoto.

— Foi mal, estou convivendo demais com o Calum. — joguei as mãos pra trás como se estivesse se rendendo.

Sophie balançou a cabeça de forma negativa e, como sempre, saiu me puxando pela mão pra dentro da Universidade.

— Você precisa ver uma coisa antes que você saiba por outras pessoas. — ela disse rápido demais enquanto a gente subia as escadas da Universidade.

Franzi a testa não entendendo nada. Um frio incômodo na minha barriga e uma sensação de que tinha alguma coisa errada passou por mim.

— Que coisa? Fala logo, sem enrolação que eu estou sem paciência. — caminhei rápido na frente da Sophie, entrando na Universidade primeiro.

O povo estava mais agitado que o normal, o ginásio da Universidade mais parecia uma feira do que uma Universidade. Continuo com a estranha sensação de que alguma coisa está errada.

— Sophie, me explica o que está acontecendo antes que eu mesma procure informações. — olhei bem pra ela, não querendo deixar ela mudar de assunto.

Sophie mordeu o lábio, ligeiramente nervosa. Isso estava me deixando impaciente e mais curiosa do que eu já estou.

— Margot, está rolando um comentário--

Mike passou perto de nós junto com o Ashton, e o que ele disse foi um tapa na minha cara me mostrando o que minhas intuições estavam avisando faz tempo.

— Você ficou sabendo que ontem o Luke transou com a Beatrice?! Cara, um monte de fotos deles juntos tá espalhada por a Universidade. Que babaca!



Notas Finais


Comentem o que acharam amores.

Me desculpem se não postei capítulo nesse feriado, aconteceram várias coisas ruins que me impediram de postar. Nem sei como consegui ter criatividade pra escrever esse capítulo.

No dia que eu ia postar capítulo um colega meu e amigo de quase todo mundo daqui da minha cidade faleceu, foi horrível e ainda está sendo tanto pra mim quanto pros que eram mais próximos dele e principalmente a família dele. E esses dias meus avós adoeceram e estão internados no hospital, meu avô em risco de vida por causa de um começo de infarto... Não está sendo fácil :(

Se alguém puder orar por meus avós eu agradeço ❤ mas "estou bem", vou ficar. Não se preocupem!

Até o próximo capítulo nenês.

E um recadinho pra vocês: Não deixem de fazer hoje o que vocês tem pra fazer. Amem hoje, demonstrem hoje, façam hoje, abracem hoje, beijem hoje, sorriam hoje, enfim, vivam o hoje. Porque como diz Ana Vilela: "Que a vida é trem bala parceiro, e a gente é só passageiro prestes à partir."


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