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História Permanent Vacation - Despacito


Escrita por: ilysmtae

Notas do Autor


Despacito - Luis Fonsi e Daddy Yankee ft. Justin Bieber.

Capítulo 31 - Despacito


Fanfic / Fanfiction Permanent Vacation - Despacito

Sydney, Austrália. Março de 2017.

Lentamente

Eu quero respirar no seu pescoço lentamente

Deixe-me dizer coisas em seu ouvido

Para que se lembre quando não estiver comigo


MARGOT

Depois de mais outro drink de Vodka, me levanto da cadeira em frente ao bar da balada mais famosa da Austrália e resolvo andar por aí pra ver o movimento.

As coisas estavam embaralhadas na minha mente agora, não sei se por conta da bebida ou por causa de toda raiva que passei hoje por causa daquele jumento do Luke. Eu saí mais cedo da Universidade já puta da vida de tanto ficar ouvindo as fofoquinhas e comentários sobre a merda que o Luke fez com aquela vadia falsa.

Eu só queria fazer ele pagar por isso. Não que eu esteja querendo comandar ele, não, não temos nada um com outro. Mas logo a Beatrice? Com tantas australianas bonitas por aí, ele foi logo transar com aquela vadia?

Eu realmente não sei o que passa na cabeça do Luke.

Já é noite, umas 22h00 pra ser mais exata. A balada está lotada, animada, cheia de gente bonita e caras gatos. Faz tanto tempo que eu não fico com alguns, e se o Luke pode pegar todas então eu também posso pegar outros. Afinal, eu sou livre, tu és livre, viva a livraria!

Entro no aglomerado de pessoas bebendo, fumando, conversando, se pegando e dançando. A música Despacito do Luis Fonsi e do Daddy Yankee junto com o Justin Bieber começa a tocar e isso foi uma motivação pra me jogar na pista de dança, mesmo com a vista um pouco lenta por conta de todas as Vodkas que eu tinha tomado.

Pasito a pasito, suave suavecito.

A música tocava em uma batida lenta, sensual e contagiante. Fechei os olhos e me deixei sentir as batidas da música, a energia boa desse lugar, enquanto eu dançava sozinha em meio às pessoas. Olhei ao redor depois de um tempo ainda sem parar de dançar, e percebi que a maioria das pessoas estavam dançando assim como eu estava, então eu não tinha como passar vergonha.

Despacito...

Eu já disse que a voz do Justin nesse refrão é puta sensual e você tipo, desmaia literalmente? Porra...

Fico imersa em pensamentos enquanto danço, todos os meus problemas sendo esquecidos por uma simples música com algumas garrafas de Vodka, que nem percebo duas mãos agarrando minha cintura.

Olho pra trás confusa e alerta, mas baixo a guarda quando vejo um moreno super gato atrás de mim. Não era tão alto, mas era de fazer qualquer uma suspirar e ficar de boca aberta por ele. O corpo era um pouco sarado por baixo de uma camiseta preta. Usava calças jeans de alguma marca cara e tênis da Adidas. Os olhos castanhos me encaravam com um misto de divertimento e malícia, e o sorriso... Puta que pariu, o sorriso. Esse sorriso seria capaz de me fazer desmaiar de verdade aqui mesmo.

— Te assustei? — ele perguntou, parecendo preocupado, mas eu podia ver os vestígios daquele sorriso lindo dele.

Eu não era do tipo de garota que gagueja ao falar com um garoto, mas dá um desconto vai. Eu estava quase caindo de bêbada, tentando esquecer meus problemas e aí vem um moreno gostoso desse jeito acabar com meu psicológico? Não dá, gaguejei e fiquei sem jeito na hora.

— Er... Não! Que isso, eu estava... De boas aqui. — coloquei o cabelo atrás da orelha tentando me equilibrar nos meus próprios pés.

Ele riu e assentiu com a cabeça como se tivesse entendido.

— Percebi. Eu também estava de boas por aí, — seu sotaque não era australiano, era um que eu sentia que conhecia muito bem. E ele falava rápido, assim como eu. — coincidência, não?

— Muita. — tentei prestar atenção no que ele falava e não ficar olhando pra ele feito retardada. — Desculpa perguntar, mas você é de onde?

— Eu sou do Brasil. Tô passando as férias aqui por um mês. — ele disse todo animado.

Ah, cara... É um puto de um gato e ainda é brasileiro também. Na moralzinha...

— Sério?! Eu também sou do Brasil. Tô ficando aqui na Austrália por 1 ano.

Nós estávamos conversando no meio das pessoas, parados, enquanto todos dançavam. Nada anormal.

— Velho, finalmente vou poder falar em português! — o moreno lindo jogou as mãos pro ar, o que me fez rir.

Amo garotos que me fazem rir naturalmente.

— Digo a mesma coisa! — e nós rimos, e cara... A risada dele parecia uma foquinha engasgada, mas ao mesmo tempo era fofa.

Foca engasgada me lembra o Luke, mas foda-se.

O moreno chegou mais perto de mim, me fazendo sentir seu perfume forte e intenso. Prendi a respiração com essa aproximação de repente. Ele colocou uma mão na minha cintura e sussurrou no meu ouvido:

— Que bom que você é brasileira, gosto disso.

E enquanto ele sussurrava isso, seus lábios carnudos e macios e a sua barba rala encostavam na minha orelha lançando arrepios por todo meu corpo. E as mãos dele na minha cintura... Cara, que mãos... Que dedos... Imagino o que eles poderiam fazer.

— Ah, é? — eu sussurrei de volta no ouvido dele, tirando coragem não sei de onde.

Ele abriu aquele sorriso dele que me arrepiou de novo.

— Aham. As brasileiras são mais quentes.

Fiquei sem saber o que falar. Então ficamos nos encarando enquanto a música Despacito tocava de novo. Alguma coisa nesse cara me lembrava alguém... Alguém que eu já fui muito próxima, talvez. Sabe quando você simplesmente sente uma nostalgia, uma sensação de conexão das almas entre você e a pessoa? É incrível e assustador.

— Dança comigo, linda? — ele me tirou dos meus devaneios.

A mão dele estava aberta esperando que eu a segurasse.

— Cara, eu nem sei se estou em condições de dançar.

— Nada disso, bora dançar. — ele me puxou pra perto dele com um pouco de firmeza.

Nossos corpos ficaram colados, e cara... Que corpo. O moreno começou a me guiar na dança, como um bom dançarino que eu acabei de descobrir que ele é. Coloquei as mãos ao redor do pescoço do moreno, puxando ele mais pra perto de mim. Ele me puxou pela cintura, deixando as mãos ali enquanto a gente dançava como se tivéssemos ensaiado juntos.

Vez ou outra ele fazia umas gracinhas que me fazia rir pra caralho. E há todo momento ele flertava comigo, mesmo que discretamente. A conexão entre nós era tanta, que comecei a achar que esse moreno é Geminiano ou Sagitariano.

Quando a música já estava quase no fim, ele me pegou de surpresa ao colocar uma mão na minha nuca e me roubar um beijo. E que beijo... Que pegada... Nossas línguas se moviam com intensidade e algo a mais que eu ainda não conseguia decifrar. Meu corpo estava queimando de desejo ao longo do beijo. Ele foi me levando pra um canto mais afastado enquanto a gente se beijava.

O moreno separou nossos lábios pra beijar meu pescoço, distribuindo chupões que estavam me deixando louca.

Meu celular tocou bem na hora que a coisa ia esquentando mais ainda.

— Tenho que atender. — eu disse ofegante, me afastando um pouco dele contra minha vontade.

— Espera, eu nem sei teu nome. — ele disse parecendo um pouco desesperado.

— Meu nome é Margot. E o teu? — olhei bem pra ele, com medo de amanhã esquecer esse rostinho lindo.

O moreno franziu a testa e isso me fez lembrar de um amigo meu de infância, que estudou comigo no Pré lá no Brasil. Como era mesmo o nome dele?

— Meu nome é Felipe.

Felipe. Nos encaramos com as sobrancelhas franzidas, eu sei quem esse garoto é.

— Margot? Tipo, a Margot Alves que era minha amiga de infância?

— Acho que sim, mas... Espera! Você é o Felipe Vilar?!

Ele abriu um sorriso adorável e traquina, que eu lembrava muito bem. Era o mesmo de quando ele tinha 7 anos.

— Eu mesmo, prazer.


LUKE

Cambaleei pra fora do bar em que eu enchi a cara durante a noite toda. Minha visão estava embaçada, eu estava enjoado, tonto, com dor de cabeça e mal conseguindo se segurar em pé. À cada passo que eu tentava dar, parecia que o chão estava se movendo lentamente. E aí minha cabeça roda, dói, fico enjoado e... Você entendeu.

Coloquei as mãos nos bolsos sentindo as chaves do carro. Eu preciso conseguir chegar até ele sem passar vergonha na frente de tanta gente pelas ruas. Se bem que a maioria das pessoas dessa área da Periferia da Austrália estavam mais bêbados do que eu, drogados talvez. E falando em vergonha, já passei demais por hoje. Já fiz merdas demais por hoje, e agora eu não sei como consertar.

E eu nem entendo direito o que merda aconteceu.

O barulho do trânsito, do som alto abafado por os vidros do bar só aumentavam mais a minha agonia pra chegar no meu carro logo. As luzes dos carros na estrada me obrigavam a cobrir os olhos com o braço, a dor de cabeça me fazendo soltar um palavrão baixo.

Eu deveria estar sorrindo e tendo prazer em estar bêbado, fechando os olhos sentindo a bebida fazer efeito enquanto eu tomava mais uma dose de Vodka. Porém, hoje eu bebi mais do que necessário, acho que mais do que já bebo todos os dias. E quando você passa mal por beber demais, não é uma sensação que você queira viver.

Consegui enxergar meu carro e pude respirar aliviado. Cambaleei até a porta, passando a chave e finalmente entrando no meu carro, o cheiro de couro novo conseguindo me acalmar. No entanto, eu estava me sentindo um merda. Como eu iria fazer a Margot acreditar em mim? E o pior: Como ela está agora e o que iria ser de nós daqui pra frente?

Se existe realmente um "nós".

Procurei o botão pra acender a luz do carro e o que eu vi me fez dar um salto, me fazendo bater a cabeça no teto de veludo. Tinha uma pessoa sentada no banco do passageiro.

— Puta que pariu! — tentei abrir a porta.

A pessoa moveu a mão perto do parabrisa enquanto eu ficava igual um babaca tentando abrir a porta do carro e fugir do que quer que estivesse aqui comigo. A luz do carro acendeu e eu, ao ver quem era a pessoa pude finalmente respirar aliviado.

— Cara, calma aí. Sou eu, Calum. Tá tudo bem?

Raiva e alívio tomaram conta de mim. Raiva, porque eu não gosto de brincadeiras idiotas de assustar. E alívio, porque é melhor ter um Calum no seu carro do que um assassino ou coisas estranhas.

Ok, isso soou meio estranho.

— Calum? Como... O que... Que porra é essa? — foi a única coisa que eu consegui perguntar.

— Eu tenho uma cópia da chave do teu carro, só pra casos como esses. — ele se explicou. Mal dava pra enxergá-lo, com a minha vista mais embaçada e lenta que o normal.

Franzi a testa tentando assimilar o que ele estava me dizendo.

— E o que merda você tá fazendo aqui?

Calum suspirou e me olhou com os olhos meio esbugalhados. Eu sabia que coisa boa não seria.

— Primeiro: Eu dirijo. Melhor evitar acidentes. E segundo: Acho que você precisa se explicar melhor pra uma pessoa.



Meio que eu já sabia que essa "pessoa" era a Margot. Por um lado tô feliz por poder ter uma chance de me explicar, mas por outro já tô com medo de como ela vai reagir. Já que a merda tava feita, vamo que vamo.

Só falta eu me mover e subir as escadas. Ou o que eu achava que eram escadas.

— Anda cara, a escada tá bem na tua frente. — Calum estava do meu lado, tentando me fazer dar um passo pra minha morte.

Franzi a testa tentando ver alguma coisa. Eu podia ver a escadaria branca que subia até o andar de cima, mas a escada parecia virar duas escadas se mexendo lentamente.

— Se eu cair você me paga. — murmurei, dando um passo pra frente.

Calum soltou um risinho idiota atrás de mim.

— Pode confiar, a escada não vai sair do lugar.

— Diga isso pra outra pessoa, porque pra mim ela tá se movendo. E são duas escadas! — apontei pra escada, minha voz saindo esganiçada no final.

— Anda Luke, pisa nessa merda de degrau.

E eu pisei. E quase caí de cara na escada bêbado e tudo. Segurei no que eu achava que era um corrimão e continuei subindo as escadas devagar.

— Isso aí, cara! Cair e se levantar, é a lei da vida! — Calum e suas gracinhas novamente.

— Vai se foder, Calum.

E depois de vários tropeços na escada com direito aos berros do Calum gritando: "REFORÇOS! CHAMEM UMA AMBULÂNCIA! AH! NÃO PRECISA, ELE JÁ CONSEGUIU!", eu espero o efeito da bebida passar um pouco enquanto estou com a cabeça enfiada debaixo do chuveiro. A água gelada caindo sobre a minha cabeça parecia piorar minha dor de cabeça latejante.

Não que eu não estivesse acostumado, beber e ficar de ressaca depois não é mais uma novidade. Porém hoje eu estou mal. Mal pra caralho. 

Resolvo tomar um banho. O Calum disse que iria enrolar a Margot quando ela chegasse pra ela não desconfiar de alguma coisa, o que eu acho impossível. A Margot desconfia de quase tudo.

Margot. Pensar nela me faz abrir um meio sorriso, mesmo nessa situação bizarra que eu estou. Desde a última vez que eu e ela conseguimos ficar bem, sem brigarmos, foi há semanas atrás. Pra mim parecem anos, meses, e eu sinto falta, admito, de ficar em paz com a Margot.

Eu não sei dizer o que tá rolando entre a gente na questão de sentimentos, mas eu sei que eu sinto algo. Algo diferente. Depois do que aconteceu hoje, duvido que ela tenha algum tipo de sentimento por mim. Essa garota me deixa meio pirado. É um misto de confusão, raiva, felicidade, paz, guerra, tudo em apenas uma Margot.

Ela me encanta e ao mesmo tempo me deixa com um pé atrás. A Margot é imprevisível demais, nunca está em um mesmo lugar por muito tempo. E se está, logo inventa um outro meio de sair. Ela é como um pássaro solto e livre, cuja ninguém consegue segurar e prender em uma gaiola. Que sempre está indo e voltando, nunca ficando por muito tempo.

Parte de mim admira isso, o jeito livre dela, a forma que ela não gosta de se sentir presa. E outra parte bem pequena parece falar baixinho que queria que a Margot ficasse, sem fugir.

Mas pra quê ela iria querer ficar com alguém que nem sabe o que é amor? Ou que nem sabe o que quer direito? Eu nunca fui suficiente pra Margot, ou pelo menos nunca me senti. Sempre com mulheres, dinheiro, bebidas, festas e popularidade ao meu lado, nunca tive vontade de querer apenas uma do meu lado.

A coisa certa tem que ser feita, mesmo que a Margot não queira ouvir. Então termino de tomar banho e me preparo pro que está por vir.


— Ela já está no quarto, — Calum sussurrou enquanto estávamos no corredor dos quartos. — eu disse pra ela que eu iria embora, já que não te encontrei aqui.

— Ok, e o que eu faço agora? — perguntei, ainda meio atordoado por conta da bebida.

Calum revirou os olhos.

— Bate na porta dela e se explica. Seus pais chegam daqui à 4 horas ainda.

Meu coração bate um pouco mais forte e um frio gelado na minha barriga me faz engolir em seco. Eu nunca tive medo de enfrentar uma situação, mas parece que sobre efeito de bebidas eu viro um completo covarde.

— E você vai pra onde? — perguntei, olhando fixamente pra porta do quarto da Margot.

— Pra minha casa? Eu te ajudei a chegar aqui, a falar com a Margot. Agora é tua vez, cara.

Olhei pra ele, que parecia meio desconfortável com a situação. Eu sabia que o Calum sente alguma coisa por a Margot. Acho que se ele não fosse meu amigo de verdade, se aproveitaria da situação e me colocaria contra a Margot de novo.

— Obrigado, cara. — fizemos um high five com as mãos, como nos velhos tempos.

— Deixa de viadagem e vai se resolver com a tua... — ele franziu a testa, escolhendo as palavras com cuidado. — Com a Margot.

E desceu as escadas me deixando com a bomba em contagem regressiva pra explodir nas minhas mãos. Respirei fundo, conseguindo reunir coragem pra bater na porta.

— Achei que você já tinha ido pra casa, Calum... — e abriu a porta sorridente. Seu sorriso se desfez quando ela me viu. Eu quis dar um passo pra trás quando seus olhos pareceram faíscar de raiva. — O que você tá fazendo aqui?

Eu não posso me estressar. Eu não posso me estressar.

— Essa é a minha casa. — tentei fazer piada, mas ela não sorriu de volta. — Eu quero falar com você, Margot. Sem enrolação.

Ela me encarou com o semblante frio, parecia até cruel. E lá estavam as chamas de raiva dançado nos olhos dela.

— Eu não tenho nada pra falar com você. Não precisa me dar satisfações das merdas que você faz. — incrível como ela sabia dizer tudo com uma frieza irreconhecível.

— Eu preciso, e você vai me escutar. Eu não lembro de nada que aconteceu entre eu e a Beatrice, falo sério. A única coisa que eu lembro é de ter ido à um bar beber algumas cervejas enquanto você não chegava da Opera House, depois disso uma pessoa parecendo usar um capuz sentou do meu lado. Eu nem prestei atenção, e bebi mais um gole de cerveja. Depois não lembro de mais nada.

Encarei ela esperando que ela acreditasse e dissesse que estava errada por duvidar de mim. Mas claro, isso não aconteceu. A Margot nunca admite estar errada.

— Comovente. Mas não acredito mais nas tuas mentiras. — ela cruzou os braços.

Eu não posso me estressar. Eu não posso me estressar.

— Mas é a verdade, Margot! Será que você não pode deixar de ser fria apenas um minuto?

Agora eu sei que mexi com a fera.

— Você tem provas pra que eu acredite? Acredito que não. Como você explica aquelas fotos espalhadas por toda a faculdade? — ela fez um gesto com as mãos, de forma exagerada. — Sério que você não lembra de porra nenhuma?

— Eu não tenho como explicar a porra daquelas fotos porque eu não me lembro de nada! — minha voz já tinha subido oitavos, e quando dei por mim já estávamos gritando um com o outro.

— Ah, claro. Vê se vai tratar essa tua "amnésia" repentina, porque olha, tá bem séria. Não adianta tentar me enganar, as fotos provam tudo. Eu não poderia esperar outra coisa senão as tuas escrotices de sempre. — ela apontou o dedo na minha direção.

— Eu tô falando a verdade, caralho! Você não se dá conta de que a Beatrice e talvez outra pessoa colocou alguma coisa na minha bebida? Eu--

— Pro inferno tuas explicações de merda. Você e a Beatrice se merecem, dois otários e mentirosos. — ela segurou na maçaneta da porta, pronta pra fechar na minha cara.

— Eu não vim até aqui pra contar mentiras. Se você não acredita, não posso fazer merda nenhuma. — dei de ombros tentando controlar toda a raiva acumulada dentro de mim. — E você e o Calum se merecem também, dois manipuladores que acham que sempre tem razão.

— O Calum é meu amigo, e nem tudo gira em torno dele. Tem outras pessoas aparecendo na minha vida, outros caras. — ela estalou os dedos. — Tá achando que eu também não tenho o direito de curtir a vida e ficar com quem eu quiser?

— Foda-se, a vida é tua. Aposto que esses caras nem vão te ligar no dia seguinte. — abri um sorriso irônico.

— Ah, não? — ela mostrou o celular dela com a lista de chamadas. Várias delas tinha um nome: Felipe Vilar. Uma raiva desconhecida estava tomando conta de mim. — Os caras que eu saio não são como você.

— Então vai ficar com eles e vai pra puta que pariu!

— Na puta que pariu já está você, loiro oxigenado de merda! Se acha tanto, mas não tem nem onde cair morto quando fica bêbado. Cadê tuas ficantes? Estão com você? — ela fingiu procurar alguma coisa, olhando ao redor. — Você é e sempre vai ser um merda, Luke.

— Então por quê você se importa com quem eu fico? Porquê se importa com as fotos minhas e da Beatrice? — levantei as sobrancelhas, esperando uma resposta.

Margot pareceu ficar sem jeito por alguns segundos, mas logo se recompôs.

— E porquê você se importa com quem eu fico também? Com o Calum? Deve ser porque deve sentir alguma coisa. — ela sorriu, debochando de mim.

É, eu sinto alguma coisa. Sinto vontade de te dar um beijo, de sentir teu corpo e te foder à noite toda.

— Não sinto nada por você, — menti. — já você não posso dizer o mesmo. Sempre foi caidinha por mim.

— Só se for caída de horrores. Você já disse suas merdas? Agora vaza. — e ia fechando a porta na minha cara, não fosse meu pé no meio da porta a impedindo de fechar.

— Acho que vou vazar mesmo. Mas só de madrugada.

E entrei dentro do quarto dela, fechando a porta atrás de mim.


Notas Finais


Demorei, mas cheguei! Esse final: Momento "HMMMMMM" 😏 O que vocês acham que vai rolar? Será que finalmente "agora vai"?

Queria agradecer ao carinho de vocês nos comentários do capítulo anterior, por terem se preocupado com a situação dos meus avós, sério, quando vi todos aqueles comentários eu chorei. Estava mesmo precisando ler comentários assim.

Esses dias foram bem difíceis, porque... Infelizmente meu avô não resistiu e faleceu. O caso dele era bem grave e não quero falar sobre isso. Já tô bem e acho que me conformei, tinha que ser assim, Deus quis. Enfim, muito obrigada por desejarem melhoras aos meus avós, amo vocês. ❤

E sobre o capítulo, o que vcs acharam desse tal "Felipe Vilar"? Só posso dizer que ele é real, estuda comigo e realmente é meu 'amigo' (cof) de infância. *a mão chega treme* Ele vai aparecer muuuito daqui pra frente, hehe.

Comentem oq acharam amores, eu já tava com saudades!


Pergunta pra interagir: Qual o nome do (da) crush principal de vocês? (principal pq vocês podem ter uma lista, assim como eu kkkkkk ou não)


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