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História Permanent Vacation - Pillowtalk


Escrita por: ilysmtae

Notas do Autor


Música do capítulo: Pillowtalk do Zayn

Capítulo 6 - Pillowtalk


Fanfic / Fanfiction Permanent Vacation - Pillowtalk

Sydney, Austrália. 28 de Janeiro de 2017.



Yeah, comportamento descuidado

Um lugar que é tão puro, tão sujo, tão bruto

[...]

É nosso paraíso e nossa zona de guerra





As memórias da vergonha que passei ontem por causa daquele Hemmings Desgraçado ainda estavam impregnadas em minha mente. Depois de ir até à sala do diretor e recebido o maior sermão e perder alguns pontos de comportamento na universidade ontem, voltei pra casa porque não queria encarar aquele imbecil. Se ele queria me arruinar parabéns, ele está conseguindo! Entrar nessa universidade não foi fácil e é por os meus sonhos que estou aqui, é pelos meus sonhos que eu entrei nessa universidade pra ter a chance de cursar fotografia que é o que eu tanto amo.

Mas aí aparece aquele idiota manipulador do Luke prestes à destruir tudo que eu lutei pra conseguir, mesmo que apenas um pouco. Eu não iria deixar as coisas fáceis pra ele também, chega de sentir pena de alguém tão manipulador e desprezível que nunca vai mudar.

Por causa dele agora vou ser conhecida na universidade como a vadia que tentou chupar o pênis do inocente e indefeso Luke Hemmings. Sente a ironia nas palavras. Eu estou pouco me fodendo para o que vão pensar de mim, mas eu tenho uma reputação à preservar se eu quiser conseguir o que eu quero. Reputação essa que boa metade dela foi destruída por Luke.

Eu precisava de um plano para provar ao diretor que eu não fiz o que Luke falsamente me acusara. Mas o único problema é: Eu não tinha um plano.

— Margot! — Sophie me chamou acenando pra mim quando eu desci do ônibus. Eu não quis vir de limusine hoje justamente porque eu não queria dar de cara com aquele imbecil sem sentir nojo e vontade de espancá-lo.

Eu estive evitando ele o dia todo e não estava preparada pra estar na mesma sala que ele, principalmente se ele estivesse com outro plano de me destruir em mente. Não consigo entender como um ser consegue odiar alguém ao ponto de querer infernizar sua vida sem ao menos conhecer a pessoa direito. Esse era o meu caso com Luke Hemmings.

— Hey. — eu disse de forma seca ajeitando alguns fios de cabelo soltos.

— Como você está? — perguntou Sophie me encarando de forma cautelosa e preocupada.

— Na merda. — comecei a caminhar sabendo que ela iria me seguir.

Os alunos amontoados na entrada começavam a me encarar estranho, rindo ou de cara feia. Eu estava com uma vontade tão grande de mostrar o dedo do meio pra todos eles e mandá-los se foder, mas me controlei. Não posso me rebaixar ao nível deles. Ainda.

— Se quiser conversar sobre o que aconteceu eu--

Abanei as mãos forçando um sorriso.

— Não precisa Sophie, sério. Eu já tô aguentando muitos olhares por aqui.

Sophie suspirou ficando do meu lado.

— Eu realmente não entendo qual o problema daquele garoto. — a baixinha de cabelos roxos começou, seu tom de voz era raivoso. Ela ficava fofa assim. — Quer dizer, te acusar de ter feito aquilo de forma tão descarada? Ele é doente ou o quê?

— Provavelmente. — eu disse, ainda não querendo conversar muito.

— Não, ele só pode ter alguma doença mental. — ela continuou como se eu não tivesse respondido sua pergunta. — Quer dizer, eu estou com uma vontade de socar a cara dele que se eu ver ele agora nesse exato momento, eu--

— Então aproveite, porque aquele desgraçado acabou de chegar. — apontei com a cabeça na direção do Luke e continuei caminhando até a entrada, saindo dali o mais rápido possível.

Eu achei que a Sophie estava brincando, mas quando virei para trás ela estava caminhando furiosamente até o Hemmings Desgraçado, parecendo uma personagem de anime raivosa. Observei a cena pra ver o que ela iria fazer, até que ela ficou em frente à ele e lançou um sonoro tapa no rosto de Luke. Todos que estavam ao redor olhavam a cena chocados, alguns rindo e murmurando "uhh!".

Abri a boca em um perfeito "O" assim como Calum fez ontem, e comecei a rir feito uma maluca. Sophie parecia meiga, mas quem mexer com ela ou com quem ela ama é um azarado.

Luke encarou Sophie confuso, levando à mão ao rosto onde ela tinha transferido o tapa.

— Vê se toma vergonha na cara da próxima vez, Hemmings! — disse Sophie ainda furiosa, deixando Luke pra trás e caminhando triunfante na minha direção.

As patricinhas metidas e ricas foram até Luke ver como ele estava, tocando no seu rosto de uma forma tão grudenta que eu senti nojo. Calum, Mike e Ashton também tinham visto a cena e estavam conversando com Luke, porém Calum estava escutando tudo quieto e tinha um sorrisinho discreto no rosto.

— Garota! O que foi aquilo? — eu ainda estava de boca aberta.

— Apenas mostrei ao Hemmings que não se deve mexer com minhas amigas. — Sophie deu de ombros jogando os longos cabelos roxos pra trás do ombro.

— Arrasou. — abri um sorriso malicioso e fizemos um hi-five.

Meu olhar se prendeu no olhar de Luke, que estava encostado em um muro de pedras com os braços cruzados olhando fixamente na nossa direção, parecendo estar pensando nas diversas maneiras de matar à mim e a Sophie. Mesmo com receio do que ele estaria pensando em fazer contra nós duas, mais especificamente contra mim, eu apenas abri meu sorriso mais largo e sarcástico pra ele entrando na universidade com Sophie.

Luke teve o que mereceu. Porém ainda faltava a minha parte da vingança, eu ainda precisava pensar em um plano de provar para o diretor que o único culpado aqui era Luke e seu descaramento irritante. Eu esperava mesmo conseguir provar que não tenho culpa.





Sophie e eu estávamos no intervalo na fila da cantina pra pegar nossa comida, e eu estava tentando não me sentir claustrofóbica com tanta gente ao redor lotando o refeitório. Quando eu chegar na mansão dos Hemmings hoje preciso ver pelo site urgentemente se os meus remédios já estavam disponíveis na farmácia, ou eu estaria muito ferrada com as minhas crises.

Estávamos se aproximando da cantina enquanto a fila andava, quando sinto duas mãos fortes rodearem minha cintura.

— Hey, Margot. — Calum me cumprimentou falando perto demais do meu ouvido me causando leves arrepios.

— Heeeey! — virei-me para ele, o que o fez soltar suas mãos da minha cintura.

Eu tinha conhecido ele ontem, não gosto que me toquem demais sem eu ter tanta intimidade, apesar do Calum ser um fofo.

— Posso furar fila aqui? — ele perguntou fazendo um beicinho fofo pra mim e pra Sophie, que pareceu se comover com a sua carinha fofa.

Revirei os olhos rindo.

— Claro que pode, Calum.

Ele sorriu fazendo suas bochechas ficarem maiores e seus olhos apertadinhos. Ugh, eu preciso apertar essas bochechas!

— Heeeeeey! — Mike gritou quase me matando de susto enquanto corria para o outro lado do enorme pátio.

Ele voltou correndo com as costas para trás como se estivesse voltando no tempo e parou ao meu lado na fila, jogando os cabelos loiros para o lado fingindo estar em uma moto. Achei graça do seu jeito maluco. Mike era mesmo muito lindo com seus olhos verdes encantadores e seus lábios avermelhados e cheios.

— Hey, Margot! — ele piscou o olho pra mim com um sorriso sacana. Seu olhar se direcionou à Sophie e ele abriu um sorriso adorável que me lembrava os gays. — Hey, Sophie!

Sophie apenas riu cobrindo o rosto com seus fios roxos.

— Hey, Mike. — eu disse sem perder o bom humor. Estar com os amigos do Luke, que eram bem diferentes dele, era agradável. Não dava pra ficar séria com eles por perto.

Sinto que eu e os meninos seríamos bons amigos, e isso era bom.

— Vocês vão comer essa gororoba? — Mike perguntou fazendo uma careta, apontando para a comida no prato de um aluno que havia passado perto de nós.

— Yep. — eu e Calum dissemos juntos e imediatamente começamos a rir.

Mike estreitou os olhos na nossa direção e eu não queria imaginar o que ele estaria pensando agora.

— Ew, odeio ovos cozidos. Vou nessa, o Ash e o Lu... — ele me encarou com cuidado não completando o nome que eu não queria ouvir. — Os meninos estão me esperando. Até mais!

Ele beijou minha bochecha e acenou para Sophie, saindo na direção do outro pátio.

Minha vez na fila tinha chegado e eu peguei minha bandeja de comida e uma coca de latinha, sendo seguida por Sophie e Calum. O moreno veio na minha direção não parando de olhar pra mim sem desviar, um meio sorriso pairava em seu rosto. Mordi o canto da minha bochecha por dentro da boca, tentando não rir do flerte sem discrição de Calum.

— An, eu vou chamar alguns amigos bem legais pra comer com a gente, volto logo. — Sophie saiu apenas com uma caixinha de suco natural de laranja na mão, não antes de me lançar seu sorriso malicioso alterando seu olhar entre Calum e eu.

Olhei ao redor procurando alguma mesa pra sentar, mas quase todas estavam lotadas de alunos. Não posso ter claustrofobia agora, não posso.

— Achei um lugar pra gente sentar. Vem. — Calum segurou minha mão me puxando até o suposto lugar que ele encontrara.

— Anda mais devagar, Calum, eu estou tentando equilibrar uma bandeja.

Calum apenas sorriu diminuindo o passo me ajudando a desviar dos alunos, que não paravam de se mover em um lugar só. Um grupo de garotos passou por mim e Calum, começando a rir olhando pra mim.

— Ih, olha lá, o Calum agora é a vítima da aluna nova pervertida! — disse um garoto de cabelos pretos espetados.

— Vai tentar abrir o zíper da calça dele também, garota? — outro garoto disse e começou a rir junto com os outros idiotas.

— Vão se foder. — dei as costas à eles ouvindo suas risadas.

Calum tirou uma maçã da sua bandeja e jogou na cabeça do garoto de cabelos espetados, e eles se dispersaram. Idiotas. 

Calum me olhou preocupado.

— Você tá bem?

— Estou, só irritada. E não, eu não sou de chorar por conta de provocações de babacas. Isso só aumenta mais minha vontade de arrastar a cara deles no piso. — eu disse rápido, mostrando minha irritação no meu tom de voz.

Calum me encarou parecendo chocado, seus olhos estavam um pouco arregalados.

— Okay. — abriu um sorriso engraçado me guiando até a nossa mesa. — Damas primeiro.

Revirei os olhos sentando no banco depositando minha bandeja na enorme mesa de madeira. Calum se sentou na minha frente me examinando com seus olhos intensos e curiosos. Sua expressão mudou de diversão para um semblante sério.

— Desculpa pela atitude do Luke ontem, ele foi um completo idiota dessa vez.

— Você não precisa estar se desculpando, Calum. Ele é quem deveria se desculpar. — comi um pouco de batata frita que estava na bandeja. — Ou seja, nunca.

Calum concordou com a cabeça levemente enquanto comia um pouco de ovos cozidos.

— Eu nem quis sentar lá com os garotos e com ele. Sabe, não gosto da forma estúpida com a qual ele trata as garotas que moraram um ano na mansão dos pais dele. — Calum fez uma careta irritada, encarando sua coca ainda fechada.

Então Luke tratava mal as outras garotas que, assim como eu, passavam um ano na sua mansão. Quanto descaramento.

— Não acredito nisso. Ele fazia isso com todas elas? — Calum balançou a cabeça confirmando. — Então isso meio que é um padrão.

— Pode-se dizer que sim. O problema é que eu não sei o porquê ele se diverte tanto infernizando você assim como fez com as outras. Eu sei que tem mais coisas por aí. — ele disse em um tom mais baixo para evitar de alguém que estava perto nos escutar.

— Eu também acho a mesma coisa. — coloquei outra batata frita na boca, bebendo um gole demorado de coca. — Aquele maluco deve mesmo odiar a presença de garotas todo ano na casa dele.

— Mas isso não é motivo pra ele agir feito um filho da puta. — Calum balançou a cabeça negativamente.

— Você e os meninos já tentaram conversar com ele pra saber o verdadeiro motivo por trás de tudo isso? — perguntei realmente curiosa. Eu precisava pegar informações que seriam úteis contra o Luke em algum momento.

Calum suspirou me encarando com um olhar cansado.

— Muitas vezes, mas ele sempre responde que é porque gosta de se divertir irritando cada garota que vem passar um ano lá. Tentamos falar pra ele parar com isso, mas sabe como Luke é. Ele não aceita ordens e faz o que quer na hora que quiser.

— À menos na frente dos pais dele. Luke vira um santo quando eles estão perto e sempre temos que fingir que nos damos bem.

Calum revirou os olhos.

— É, ele engana muito bem os pais dele se fazendo de bom garoto. Eu não sei como ainda não perceberam nada.

— E como as garotas que ficaram lá lidavam com as idiotices que ele fazia?

Calum pareceu hesitar por um instante decidindo se me falaria algo ou não, mas por fim decidiu me contar. Seu tom de voz rouco estava ainda mais baixo enquanto ele se inclinou discretamente pela mesa ficando mais próximo de mim. Fiquei meio sem graça com tanta proximidade.

— Um dia quando Luke estava bêbado ele deixou escapar que no final as garotas sempre se apaixonavam por ele, e ele usava isso pra obrigá-las a não dizer nada para os pais dele e sair dizendo por aí que elas foram tratadas super bem com ele. Ele disse que as vezes oferecia até uma boa quantia de dinheiro.

Arregalei meus olhos, chocada com tanta informação. Se eu achava Luke um descarado, agora eu o achava um manipulador nato! Se ele estava pensando que comigo iria ser igual como foi com as outras garotas, ele está bem enganado.

— Não conte isso pra ninguém, eu sou o único que sabe disso. — Calum me lançou um olhar sério, como se ele esperasse que eu fosse sair gritando ou algo assim.

— Não se preocupe, não vou contar pra ninguém. Obrigada por me informar, assim eu vou tomar mais cuidado com aquele descarado.

Calum riu do meu apelido que dei ao Luke. Seus olhos novamente pairaram nos meus.

— Apesar de tudo, Luke não é um pessoa ruim do tipo, o vilão. — nós rimos apesar de eu achar que de fato Luke era uma pessoa ruim pra caralho. — Ele é legal se você tentar dar um tempo pra ele e entender um pouco seu lado. Luke é meio difícil em expressar sentimentos, e infernizar outros ou ser um bad boy é uma das maneiras de ele descontar suas frustrações.

Processei tudo com atenção não querendo demonstrar que eu era igual ao Luke no sentido de ser difícil de demonstrar sentimentos. Eu esperava que o Calum tivesse razão.

— Mas tome cuidado com ele mesmo assim. — Calum se levantou da mesa. — Sophie está vindo, vou ficar com uns amigos.

— Tudo bem, obrigada por me fazer companhia. — levantei da mesa também.

— De nada. Qualquer coisa eu estou aqui, Margot. — Calum sorriu de forma adorável e me deu um beijo na bochecha um pouco demorado demais.

Senti as mãos fortes de Calum em minha cintura, e ele pareceu parar o que quer que ele estivesse pensando em fazer e se afastou. Ele piscou o olho pra mim e foi jogar o resto de comida da sua bandeja no lixo.

Fiquei observando Calum se distanciar. Ele era tão doce e charmoso. Era raro encontrar garotos assim hoje.

— Margot! — Sophie gritou me tirando dos meus pensamentos.

Ela veio em minha direção toda saltitante e meu olhar foi parar imediatamente em uma garota loira de cabelos compridos bastante bonita, acompanhada por um cara que parecia ter uns 20 anos de idade. Ele parecia um modelo com sua barba enorme e bem aparada e o cabelo perfeitamente liso e escovado pra cima em um topete.

A garota tinha os olhos verdes e me lembrava leopardos por alguns traços do seu rosto. Ela parecia uma modelo também, alta e magra mas com um corpo de dar inveja. Seu jeito de andar era largado com jeito de moleca e isso me lembrava à mim mesma. O que mais me chamou a atenção foram suas sobrancelhas grossas e bem desenhadas, assim como as minhas, mas as dela eram bem naturais.

— Esses são Beatrice e Gabbe, meus novos amigos da minha aula de português. — Sophie me apresentou os dois alegremente.

— Hey, prazer conhecer você Margot. — Beatrice acenou com um sorriso simpático.

— O prazer é todo meu. — sorri de volta pra ela, já simpatizando com essa garota.

— Então você é a garota dos arredores de São Paulo. — Gabbe disse em um tom de voz suave e meio sarcástico e eu imediatamente presumi que ele seria gay pela maneira de falar.

— Eu mesma, prazer. — eu disse um pouco hesitante e Sophie gargalhou batendo nos ombros de Gabbe amigavelmente.

— Gabbe é assim mesmo, mas é bem legal e engraçado. — disse Sophie.

— E charmoso, você esqueceu. — ele passou as mãos no cabelo liso arqueando sua sobrancelha perfeita.

Nós rimos achando graça e eu já vi que iria gostar deles e do seu sotaque gostoso da Austrália. Beatrice se aproximou de mim como se fosse me contar um segredo.

— Viemos te ajudar a se vingar daquele Luke metido à bad boy. — ela disse sem rodeios, com um sorrisinho malicioso no rosto.

Lancei um olhar interessado pra ela. Eu estava começando a gostar desse assunto.

— Sério? E como? — perguntei.

Beatrice e Gabe se entreolharam alargando mais seus sorrisos maliciosos.






— Vocês tem certeza que sabem mesmo mexer nisso? — perguntei para Beatrice e Gabe.

Os dois me levaram junto com Sophie para a sala do diretor, que iria voltar para a universidade daqui à 40min depois do intervalo. Estávamos nos arriscando muito, mas eu adorava quebrar um pouco das regras, e se fosse pra se vingar do Hemmings Desgraçado com certeza valeria à pena.

Beatrice e Gabbe afirmaram que sabiam mexer em coisas envolvidas com câmeras de segurança e em algumas tecnologias, eles eram novos aqui mas conheciam bem o lugar. A ideia deles era: Procurar no computador da sala do diretor uma pasta que mostra as imagens de câmeras que tinham em todas as salas de aulas, enviar o vídeo para uma pasta no notebook do diretor em cima da sua mesa e pronto, Luke seria desmascarado.

A ideia era foda, mas eu não sabia se eu podia mesmo confiar na capacidade de Beatrice e de Gabbe.

— Querida, me poupe. — Gabbe revirou os olhos e estalou os dedos. — Não fiz anos de cursos de tecnologia pra nada.

— Ok. — levantei as mãos como se eu estivesse se rendendo.

— Tudo o que temos que fazer é achar a porra da pasta. — Beatrice murmurou concentrada no computador, assim como Gabbe.

Sophie estava do lado de fora da diretoria para o caso de o diretor chegar, e eu estava andando de um lado para o outro ansiosa. Eu não via a hora de desmascarar aquele idiota e limpar minha ficha e minha reputação aqui.

— Quer parar de andar feito uma barata tonta? Amiga, assim você me desconcentra. — Gabbe reclamou revirando os olhos.

Suspirei me sentando na cadeira em frente à mesa do diretor, onde eu estivera ontem. Eu odiava esperar. Tudo que envolvia esperar demais me deixava à beira de um ataque de nervos. E eu também odiava não poder ajudar em alguma coisa, isso me irritava demais e eu me sentia inferior.

— Droga, não estou encontrando a pasta. — Beatrice franziu a testa frustrada.

— Eu posso ajudar a achar, se quiser. Eu meio que manjo nessas coisas de câmera, fotos e vídeos. — eu disse torcendo pra Beatrice me deixar ajudar.

Gabbe me examinou com o olhar atentamente.

— Isso envolve procurar pastas?

— Er, não. Mas eu posso tentar. Uma ajuda à mais não faz mal. — sentei na mesma cadeira que Beatrice e ela se afastou para o lado me dando espaço.

Comecei rapidamente a procurar alguma pasta com o nome que tenha a ver com as filmagens das câmeras, mas só encontrava mais arquivos. Isso ia ser mais difícil do que eu esperava.

— Galera, andem logo aí, o intervalo já acabou. — Sophie colocou metade da cabeça e do corpo dentro da sala.

— Calma, eu vou encontrar a pasta. — eu disse persistente, continuando a procurar.

Gabbe soltou uma risadinha procurando no outro computador. Em questão de minutos encontrei a pasta com os vídeos das câmeras da sala de aula ontem, e abri um sorriso satisfeito para o Gabbe, que bufou enquanto revirava os olhos escondendo um sorriso.

— Agora é só mandar para o notebook do diretor. — Beatrice deu alguns pulinhos. — Eu faço isso.

Me coloquei de pé esperando ela enviar o vídeo das câmeras que mostravam toda a armação do Luke. Luke estava achando que não seria descoberto, mas ele estava enganado. Beatrice desligou o computador com seu sorriso malicioso no rosto.

— Pronto. Agora o Hemmings não perde por esperar. — ela disse arqueando uma sobrancelha.

Gabbe levantou da cadeira e colocou as mãos na cintura de uma maneira engraçada.

— Esse Hemmings bad boy dos arredores da Austrália é bem gostoso. Mas merece ser desmascarado.

Todos rimos e eu não podia esperar para o final da aula, onde finalmente o Hemmings Desgraçado iria perder um ponto no seu joguinho sujo.

O mais estranho era que bem lá no fundo eu estava ansiosa pra ver o Luke de novo, com seus dois pares de olhos azuis, seu sorriso sexy e sua voz grossa, seca e baixa. De alguma forma, ao imaginar o som da sua voz e da sua risada de foca engasgada eu quase tive vontade de sorrir. Quase.



Notas Finais


Comentem o que acharam do cap amores, não sejam leitores inativos, isso me motiva a continuar escrevendo a fic.

O que vocês acham que vai acontecer no próximo capítulo? Será que o Luke vai ser desmascarado? E quem vcs shippam? Margot e Luke, Margot e Calum ou Margot e Mike? No próximo cap o Luke vai aparecer mais.

Obs: Pra quem quer saber, quem faz a Beatrice é a Cara Delevigne e quem faz o Gabbe é o cantor Sam Smith.

Ah, e eu já fiz o trailer da fic ontem mas estou com problemas pra postar no YouTube pra poder colocar o link aqui. Mas amanhã resolvo isso, ok?

Até o próximo cap meus amores ♥ bjo, bjo! xx


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