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História Pérola Negra - Capítulo XII


Escrita por: ohprince

Notas do Autor


Olha quem chegou com atualização! keke Boa leitura, amores :3

Capítulo 12 - Capítulo XII


Fanfic / Fanfiction Pérola Negra - Capítulo XII

O balançar do colchão e o barulho de algo caindo ao chão fizeram Jongdae abrir os olhos subitamente, questionando-se do porquê de estar sendo acordado daquela forma e não com um beijo carinhoso ou com um sussurro de “Bom dia” de Junmyeon. Espreguiçou-se por debaixo do lençol enquanto bocejava e olhou para figura ao pé da cama que sequer pareceu notar que o havia acordado com sua movimentação no quarto.

– O que está fazendo, Junmyeon? – Jongdae questionou de forma manhosa e voltou a afundar a cabeça no travesseiro, resmungando baixinho por ser cedo demais. – Volta para a cama.

– Preciso ir checar o Sehun. – olhou para o moreno por cima dos ombros, terminando de vestir sua calça. – E já são nove da manhã, Jongdae.

– Luhan está lá com ele, esqueceu? Ele mesmo garantiu que qualquer coisa te chamava. Agora, anda, volta para a cama. – ordenou com os olhos ainda fechados, batendo a mão no espaço vago ao seu lado no colchão e ignorando o fato de já serem nove horas. Não recebendo uma resposta do médico, Jongdae simplesmente se sentou na cama e o puxou pelo pulso, obrigando-o a se deitar.

Junmyeon não evitou sorrir, sentindo os braços calorosos de Jongdae rodearem sua cintura e suas pernas se entrelaçarem em meio ao lençol. Encaixou-se perfeitamente ao corpo alheio, tendo suas costas coladas ao peito do moreno e o seu pescoço vítima da respiração quente e dos lábios que insistiam em roçar sua pele.

Ter Jongdae tão perto, as coxas alheias pressionadas contra as suas, o leve arranhar dos dentes caninos em sua pele e o palpitar dos batimentos cardíacos em suas costas, levaram Junmyeon a vagar pelas lembranças da noite anterior, sentindo seu rosto corar e o coração acelerar somente ao ter as imagens em sua mente. O médico definitivamente não esperava pela visita de Jongdae naquela noite após ir se deitar, assustando-se ao sentir a presença de outra pessoa em seu quarto. 

“Como ousa ir se deitar enquanto eu estava no banho?” o moreno se mostrou descontente com o fato, prensando Junmyeon abaixo de si sobre a cama. Estavam tão próximos que o médico podia sentir o delicioso perfume pós-banho e o calor que aquele corpo exalava, levando-o a ter pensamentos impróprios de Jongdae dentro de uma banheira. “Nem me deu um beijo de boa noite.”

Junmyeon não fez nada além de rir com o comentário alheio, tal forma que encontrou para tentar disfarçar o súbito nervosismo ao ter Jongdae ali em sua cama. E quando o silêncio se propagou, escutou o pirata dizer em um sussurro:

“Eu queria conversar com você...” e Junmyeon prendeu o ar nos pulmões quando sentiu o hálito quente bater contra sua boca.

“Ok...” foi a única coisa que conseguiu responder. Entretanto, Jongdae não disse nada em seguida, o que ele fez foi juntar suas bocas e beijá-lo intensamente.

– Jongdae... – Junmyeon sussurrou quando o toque úmido da língua do moreno em seu pescoço o despertou da lembrança. Tombou a cabeça levemente para trás e reprimiu um suspiro alto quando sentiu a mão alheia percorrer seu tronco nu, subindo até encontrar um dos seus mamilos.

– Hmm.  – Jongdae apenas murmurou e percorreu sua boca no ombro exposto do médico, sugando sua pele forte o suficiente para deixar uma marca entre tantas que deixou há algumas horas. Seu nome foi sussurrado novamente em meio a um gemido baixo que Junmyeon não conseguiu segurar dessa vez, levando Jongdae a impulsionar e pressionar seu corpo contra o dele. – Você acha que podemos repetir o que fizemos na noite anterior?

– A-agora? – o médico arqueou as sobrancelhas, mas sem deixar de apreciar e tremer o corpo quando sentiu a ereção desperta do moreno atrás de si. – Algumas pessoas provavelmente já devem estar acordadas, e digamos que você não sabe muito bem controlar o tom da sua voz.

– Não tenho culpa se sexo com você é tão bom.

Junmyeon teria repreendido o pirata pelo que disse se a mão alheia dentro da sua calça não o tivesse levado a pressionar os lábios em linha reta, tentando reprimir outro gemido. Aquela mesma mão que o tocou e arrancou suspiros lascivos de sua boca na noite passada, o estimulavam agora prazerosamente. E foi inevitável não pedir para que Jongdae o tocasse em outro lugar, relembrando-se da sensação que foi ter os dedos alheios dentro de si pela primeira vez.

Jongdae só parou com os movimentos da mão no sexo do médico quando se colocou de joelhos sobre a cama para arrancar as únicas peças de roupa que o outro havia vestido. Junmyeon não evitou machucar os próprios lábios com a visão do corpo ainda nu de Jongdae, principalmente, quando o viu apanhar o pequeno recipiente de vidro sobre a mesa de cabeceira. Jongdae se ajeitou ao meio das pernas de Junmyeon e, após ter os dedos cobertos pelo óleo corporal, concedeu-lhe o desejo, inserindo os dígitos em sua entrada.

– Não está dolorido por causa de ontem? – Jongdae questionou ao reparar que as mãos do médico agarravam o lençol com demasiada força. Junmyeon apenas balançou a cabeça negativamente e o pirata acariciou o exterior de sua coxa, depositando um selar demorado na parte interior. – Tem certeza?

– Sim, Jongdae. – o médico puxou o outro pelo pulso, fazendo com que o corpo alheio cobrisse o seu por completo. Jongdae teve de se equilibrar apenas com um dos braços para não cair sobre o médico, repreendendo-o em seguida. – Absoluta. – passou as mãos pelas costas largas do moreno, deslizando-as para baixo até que envolvessem seus glúteos. As mãos do médico subiram novamente para as costas de Jongdae e à medida em que os movimentos dos dedos aumentavam de ritmo, mais força era empregada em suas unhas contra a pele do pirata, deixando leves rastros avermelhados por onde passavam.

Os dedos, enfim, foram substituídos pela ereção de Jongdae e nenhum dos dois conseguiu segurar os gemidos de prazer que vieram a seguir. Junmyeon passou os braços ao redor do pescoço do pirata e este foi induzido a se aproximar, tendo seu peito completamente colado ao do médico enquanto seus corações e respirações agiam em conjunto, tornando-se uma só.

– M-mais baixo. – Junmyeon sussurrou contra seus lábios, enquanto Jongdae gemia arrastado a cada estocada que forçava para dentro do médico. – As pessoas vão te ouvir.

Jongdae soltou uma risada curta, encostando sua testa na de Junmyeon.

– Deixe que ouçam e saibam que eu estou tendo sexo matinal e elas não. – o pirata riu da própria sentença e escondeu o rosto na curva do pescoço de Junmyeon que também soltou uma risada.

O comentário logo foi esquecido e a atenção se focou na sensação aprazível dos movimentos contínuos de Jongdae em meio às respirações pesadas e gemidos altos. Junmyeon já podia sentir o próprio membro pulsar sem sequer ter sido tocado e não precisou de muito – somente dois movimentos precisos em seu órgão com a mão de Jongdae – para alcançar o ápice, desfazendo-se entre ele e o pirata. Pouco tempo depois foi Jongdae quem gozou, prensando os dentes na pele quente do médico e forçando a última estocada no interior alheio, prolongando o próprio prazer.

Exausto, Jongdae deixou o corpo cair sobre o de Junmyeon, levando ambos a rirem. E assim permaneceram por um tempo, as respirações e o bater dos corações se estabilizando aos poucos, até o médico reclamar do peso e dizer que ainda devia uma visita a Sehun. Incapaz de fazer o pirata mudar de ideia, Jongdae apenas depositou um selar sutil nos lábios alheios antes de voltar para o próprio travesseiro, recusando-se a sair da cama.

Após passar um pano úmido por algumas regiões de seu corpo, Junmyeon vestiu suas roupas de volta e se colocou para fora do quarto, mas não sem antes verificar se havia alguém no corredor. Sentiu o rosto esquentar somente com a possibilidade de as pessoas terem ouvido o que Jongdae e ele estavam fazendo logo pela manhã. E reprimindo um riso, seguiu na direção do quarto de Sehun.

– Não sabe o quanto estou feliz em vê-lo. – foi a primeira coisa que Junmyeon ouviu quando Luhan apareceu na porta para recebê-lo.

– Passei para ver se está tudo bem. – franziu o cenho ao ser puxado pelo pulso por Luhan para dentro do quarto e empurrado para o lado da cama de Sehun. – Está tudo bem? – dirigiu-se ao mais novo quando o viu levantar os olhos para encará-lo.

– Diga ao Luhan que ele está se preocupando à toa. – Sehun pediu enquanto observava o médico se sentar na beira do colchão e pousar a mão sutilmente sobre seu ombro, em seguida sobre as costelas recém-quebradas. – Eu estou bem, sério. Aposto que já posso sair correndo por esse corredor.

– Nos seus sonhos, só pode. – Luhan revirou os olhos, colocando-se ao lado de Junmyeon. – Qualquer movimento que faça, te fará sentir dores, sabe disso.

– Apenas me deixa te beijar! – rebateu o mais novo de forma birrenta, em seguida grunhindo de dor ao sentir uma pontada ao lado direito do seu corpo com a força que usou para falar e respirar ao mesmo tempo.

– Você não vai se curar em sete dias, Sehun. – Junmyeon lamentou com um sorriso. – Você vai precisar de uns bons sete meses, na verdade.

– Por que vocês são tão ruins comigo? – o mais novo resmungou, manhoso.

– Apenas pare de teimosia. – Luhan acomodou-se no lugar antes ocupado por Junmyeon após este se levantar. – É sério, Sehun. Já ouvi casos em que costelas quebradas perfuram o pulmão. Quer que isso aconteça? Pois eu não quero.

– Escute o Luhan dessa vez, sim? – Junmyeon sorriu e bagunçou o cabelo do rapaz. – Já tomou seu café da manhã?

– Kyungsoo ficou de trazer daqui a pouco. – Luhan informou e o médico assentiu, dizendo que verificaria se Kyungsoo iria demorar muito e aconselhou que fosse melhor Sehun comer alguma coisa antes de tomar seu remédio.  Com a saída de Junmyeon, o quarto ficou em silêncio e Sehun fez questão de permanecer assim pelos próximos minutos, o que fez Luhan revirar os olhos. – É para o seu próprio bem, sabe disso.

– Ok, ok. Que seja. – bufou e virou o rosto na direção oposta a de Luhan, recusando-se a fingir que estava de acordo com aquilo. Logo mais, ouviu o mais velho soltar um suspiro baixo.

Sehun estava com a metade do corpo dolorido, incapaz de se levantar e de fazer as coisas por conta própria. O simples fato de respirar e dar risadas exigia muito de si, sem contar as dores que sentia com isso. Era óbvio que nos primeiros dias após o acidente estaria de péssimo humor. Não havia muito que pudesse fazer senão ficar deitado na cama sem fazer absolutamente nada, a não ser sentir dores com qualquer movimento que fizesse. 

Junmyeon e Luhan estavam sempre ao seu lado, dando o máximo de assistência possível. Ainda assim, Sehun não conseguia evitar a própria frustração, principalmente do cuidado excessivo de Luhan que muitas vezes o repelia com medo de machucá-lo. Sabia que o pirata estava apenas preocupado, mas droga, Sehun não era de porcelana.

– Sehun. – a voz de Luhan o desviou dos seus pensamentos e de sua lamúria.

– O quê? – inquiriu impaciente, ainda recusando-se a olhar para o mais velho. Como esperado, não houve uma resposta e Sehun não escondeu o desapontamento diante do silêncio. Fechou os olhos e deixou um suspiro escapar pelos lábios enquanto se perguntava se Luhan estaria chateado ou mesmo cansado de sua companhia.

Estava pronto para se desculpar com o mais velho quando sentiu seu rosto ser virado e algo macio contra seus lábios, levando-o a abrir os olhos, surpreso. Partiu os lábios para questionar Luhan, mas este apenas aproveitou do ato para prensar seu lábio superior, iniciando um beijo sutil. Os olhos de Sehun se fecharam novamente e sua mão buscou envolver o rosto alheio enquanto seus lábios se moviam contra os de Luhan, agora, com mais urgência e com a língua a brincar dentro de sua boca.

Sehun impulsionou o corpo para frente quando Luhan ameaçou se afastar, mas a dor em seu corpo o obrigou a voltar a descansar as costas na cabeceira da cama e – para a sua tristeza – deixar os lábios do mais velho escaparem.

– Se você se comportar... – Luhan molhou os lábios com a própria língua enquanto observava a expressão descontente de Sehun. – E me escutar. Eu posso repetir o que fiz.

– Fechado. – Sehun não pensou duas vezes antes de responder, sorrindo ligeiro. – Agora, me dê outro beijo. – moveu os dedos, indicando para que o loiro se aproximasse novamente de si.

Luhan revirou os olhos, sorrindo. Contudo, antes de conceder o pedido do mais novo, batidas na porta foram ouvidas.

– Péssima hora pra trazer o café da manhã, chef. – Sehun proferiu ao avistar Kyungsoo carregando uma bandeja metálica enquanto se aproximava de sua cama. O cozinheiro levantou uma das sobrancelhas, descontente.

– Péssima hora para você ter se machucado e ficar dando trabalho para todos nós. – o cozinheiro rebateu, entregando a bandeja para Luhan que agradeceu com um sorriso.

– Ouch. – Sehun crispou os lábios, ofendido.

– E se você fizer sobrar alguma coisa nesse prato que eu preparei com tanto carinho, eu volto e te faço engolir tudo. – Kyungsoo o ameaçou.

– Eu estou doente. Como pode me tratar desse jeito? – o mais novo rebateu, incrédulo. – Por que você não é amoroso comigo como é com o Jongin? Hein, hein?

– Porque você não é o Jongin. Simples. – dito isso, Kyungsoo saiu do quarto e deixou para trás a gargalhada de Luhan e os resmungos de Sehun ecoando pelo corredor da pensão. 

– Sabe onde estão os outros? – Kyungsoo ouviu Junmyeon questionar ao entrar na cozinha onde o médico, Zitao, Jongin e a família Park tomavam o café da manhã juntos. Tendo seu café já tomado, o cozinheiro apenas se dirigiu até a pia para ocupar o lugar da Sra. Park, insistindo que ela fosse se sentar enquanto ele fazia a limpeza.

– Eles não explicaram, apenas disseram que Kibum precisava deles urgente. – Jongin respondeu, já se levantando após ter terminado de comer. Recolheu alguns pratos e copos já vazios sobre a mesa e se dirigiu até Kyungsoo, ouvindo os demais se questionarem o que havia acontecido.

– O Sehun está melhor? – Jongin perguntou, parando ao lado de Kyungsoo e o ajudando na louça mesmo após o cozinheiro ter insistido que faria a limpeza sozinho.

– Já voltou a reclamar, então creio que ele já esteja melhor. – a resposta fez Jongin rir baixinho. Kyungsoo acompanhou com o olhar o sorriso do mais novo, admirando-o pelos cantos dos olhos.

Há um tempo Kyungsoo vinha observando Jongin, e não deixou de reparar em suas reações diante de pequenos gestos como quando o cozinheiro tocava em seu ombro, bagunçava os fios de seu cabelo ou quando – algo que era força do hábito, quase que impensado – massageava o pescoço alheio. E a reação de Jongin agora enquanto seus braços se roçavam, estando lado a lado na pia, não era diferente.

Suas maçãs do rosto ficavam ruborizadas e seus olhos, quando estavam próximos como naquele momento, nunca encontravam os de Kyungsoo – e quando isso acontecia, era por poucos segundos antes de Jongin desviá-los para o chão timidamente. Contudo, o que realmente denunciava o pirata era quando ele prendia o lábio inferior entre os dentes, um gesto bastante repetido e que parecia acontecer sempre quando Kyungsoo estava por perto.

Não foi difícil para o cozinheiro perceber o que se passava. Jongin era tão óbvio que chegava a ser adorável. Entretanto, Kyungsoo nunca o pressionou a nada e concluiu que poderia esperar o dia que pirata fosse sincero consigo e decidisse compartilhar seus sentimentos.

– Crianças, nada de correr aqui! – Yura repreendeu ambos os filhos que decidiram brincar pela cozinha. Isso pareceu ter desviado Kyungsoo dos seus pensamentos, mas o aviso havia sido tarde demais, pois no momento seguinte Sungwoo acidentalmente esbarrou em Jongin que, com o impacto, acabou cortando a mão com faca de cozinha que enxaguava poucos segundos antes.

Kyungsoo olhou pasmo quando notou o sangramento.

– Não foi nada, está tudo bem. – Jongin sorriu e meneou a cabeça, sorrindo para Sungwoo que se desculpou imediatamente após ser repreendido por Kyungsoo e sua mãe. Junmyeon logo se colocou ao lado do pirata, analisando sua mão.

– O corte não foi fundo, ainda assim é melhor cuidarmos.

– Volte para o seu café, Jun. – Kyungsoo anunciou e, com a manga da própria camisa que usava, envolveu a mão de Jongin para estancar o pequeno sangramento. – Eu cuido disso.

Junmyeon assentiu e, depois de ter informado Kyungsoo onde havia deixado seus utensílios médicos, o cozinheiro puxou Jongin para fora da cozinha. Acomodarem-se no degrau da varanda dos fundos e Kyungsoo iniciou o curativo.

– Estive pensando... – Jongin se pronunciou após um tempo. O cozinheiro não disse nada, esperando que ele continuasse. – O que irá acontecer depois que Yixing se recuperar totalmente?

Kyungsoo parou com os movimentos da mão e levantou o rosto, encarando o mais novo que mantinha os olhos em suas mãos, recusando-se a olhar para ele.

– Já conversaram sobre isso com Baekhyun?

– Não exatamente. – prendeu o lábio inferior entre os dentes, calando-se em seguida. Porém, o cozinheiro soube que ele ainda não havia terminado de falar e esperou em silêncio. – Mas chegará o dia em que nos despediremos.

Kyungsoo não respondeu àquilo e, voltando a atenção para o curativo, pensou no que foi dito por Jongin. Sim, eventualmente todos se separariam, mas ele nunca parou para pensar sobre isso. Talvez nem mesmo seu capitão Chanyeol.

– Kyungsoo?

– Hm?

– Eu gosto de você.

Kyungsoo, que terminava de enfaixar a palma da mão de Jongin, levantou a cabeça, a expressão de surpresa estampada em seu rosto. De alguma forma, ele não esperava que esse assunto fosse vir tão depressa e naquele exato momento.

– Eu... – não foi capaz de concluir sua sentença, pois Jongin havia se levantado de repente e, com o rosto visivelmente avermelhado, deixou o cozinheiro para trás, sem sequer dar uma chance a Kyungsoo para respondê-lo. O cozinheiro franziu a testa, rindo sozinho em seguida. – Você é adorável demais, Jongin.


 


 

Quando Chanyeol recebeu o recado de Kibum naquela manhã, implorando que viesse – na companhia de qualquer pessoa que estivesse disponível – até sua loja o mais depressa possível, por se tratar de caso de vida ou morte, o capitão achou que o amigo estivesse exagerando. Entretanto, quando chegou ao local e viu uma grande massa de fumaça negra saindo pelas janelas e porta da joalheria de Kibum, ele rapidamente retirou o que disse.

– Obrigado por terem vindo, foi de grande ajuda. – Kibum sorriu fracamente para Chanyeol e este retribuiu com uma leve batida em suas costas após ter depositado o último saco de pano, no qual continha as jóias que eles conseguiram salvar em meio ao incêndio, dentro de uma carruagem.

– É para isso que servem os amigos.

– Pelo menos você conseguiu salvar boa parte das suas coisas. – Kris comentou e parou ao lado dos dois piratas, de Baekhyun e Minseok, enquanto observava o estado da joalheria, boa parte dela destruída pelo incêndio. – O que houve, afinal?

– Estúpido charuto do meu cliente. – Kibum bufou, frustrado. – Não faço ideia de como se alastrou tão rápido e sem sequer percebermos, mas o importante é que nada grave aconteceu a não ser... bem, pela loja em si.

– Você vai ficar bem? – Chanyeol questionou com um olhar apreensivo.

– É claro que vou. Foi só um estúpido incêndio. – Kibum revirou os olhos, sorrindo em seguida. – Vocês não devem ter tomado um café da manhã apropriado, eu suponho. Posso ao menos oferecer isso a vocês como agradecimento?

– Eu ia dizer que não é necessário por educação, mas eu vou admitir que não tive tempo de tomar o café da manhã. – confessou Kris, fazendo o homem rir abafado quando o viu passar a mão sobre o estômago.

– Sério. Obrigado. – Kibum tornou a agradecer e então se virou para Baekhyun e Minseok. – Agradeço imensamente pelo que fizeram.

– Não há o que agradecer. Fico feliz que pudemos ajudar em alguma coisa. – Baekhyun respondeu, e Minseok concordou ao seu lado.

– Bem, há uma ótima padaria aqui perto. Vamos indo então? – Kibum indicou o caminho e, após se certificar de que suas jóias seriam levadas pelo seu funcionário de confiança, seguiu à frente dos demais que logo o acompanharam.

Kris iniciou uma conversa sobre o que Kibum faria a partir dali e Chanyeol aproveitou a distração para apoiar a mão nas costas de Baekhyun, guiando-o para que caminhassem juntos, lado a lado. Baekhyun levantou os olhos, encarando curiosamente o capitão.

– Seu rosto está sujo de cinzas. – com a mão livre Chanyeol passou o polegar em uma das bochechas do ruivo, acariciando gentilmente o local onde uma mancha acinzentada enfeitava seu rosto. Contudo, aquele ato não fez com que a sujeira fosse embora totalmente, sendo assim, puxou a manga de sua camisa até que esta cobrisse sua mão por completo e novamente levou sua mão até o rosto alheio.

Baekhyun riu abafado e afastou a mão do capitão quando se viu incomodado com as repetidas vezes em que o tecido foi friccionado contra sua pele, deixando-a levemente avermelhada.

– Está tudo bem, eu não ligo.

– Não se esqueça de tomar cuidado para não descobrirem seu disfarce. – segurou a aba do chapéu de Baekhyun, puxando-o levemente para baixo a fim de esconder melhor seu rosto. E quando o ruivo empurrou sua mão novamente, dizendo não precisar dele para lembrá-lo disso a todo o momento, Chanyeol riu.

– Muito discreto vocês, huh? – Kris comentou enquanto olhava para os dois por cima dos ombros e revirava os olhos. Kibum e Minseok riram ao seu lado. – Eu estava bem com Sehun e Luhan, mas então vieram Junmyeon e Chen, e agora vocês dois. 

– Admita. Você está com inveja, Kris. – Kibum riu.

– A única coisa que invejo o Chanyeol é que ele já foi namorado da Soojung, nada mais. – respondeu. – A propósito, isso me faz lembrar o quanto eu te odeio, Park.

– Como se a Soojung fosse de fato querer ter algum tipo de relacionamento com você. – Kibum revirou os olhos. – O que você tem a oferecer além das suas botas velhas e surradas? 

– Eu posso dar a Soojung todo o meu amor. – rebateu Kris em tom de óbvio, levando os piratas a rirem em deboche.

Chanyeol revirou os olhos diante da cena, fazendo Baekhyun sorrir ao seu lado. A discussão dos dois piratas se prolongou por mais algum tempo até que fosse interrompida por uma pequena briga de rua próxima à esquina pela qual os cinco passavam. Não parecia ser algo sério já que a grande maioria que acompanhava a luta gritava e torcia com animação. 

Kris foi o primeiro a parar para assistir à briga, acompanhado de Kibum que, após descobrir que havia uma aposta envolvida, retirou o dinheiro que possuía no bolso da calça e apostou no pirata mais alto deles. Chanyeol diminuiu os passos, também curioso para saber como terminaria aquilo.

– Cuidado. – segurou Baekhyun pelo cotovelo, puxando-o para perto de si quando algumas pessoas foram empurradas para trás conforme a luta era deslocada de um lado para o outro.

– Você se preocupa demais. – Baekhyun sorriu em sua direção.

– Porque você me faz preocupar. – o capitão rebateu e passou a mão pelas costas do ruivo, descendo-a até que envolvesse sua cintura.

– Eu posso não ter mais meu navio ou o resto da minha tripulação, mas ainda continuo sendo o Red. – Baekhyun não limitou o tom de sua voz já que a torcida era alta demais e ninguém prestava atenção na conversa dos dois. – Eu posso cuidar de mim mesmo, capitão Park.

Chanyeol revirou os olhos com o que foi dito pelo ruivo, em seguida abaixando o olhar para apreciar o sorriso de Baekhyun. Mordeu o próprio lábio inferior, contendo a vontade de beijá-lo ali mesmo. 

Baekhyun, ao perceber estar sendo encarado, levantou as sobrancelhas sutilmente.

– O quê? – questionou, ainda sem deixar de sorrir.

– Nada. Eu só est–... – Chanyeol foi interrompido quando sentiu um impacto forte em suas costas, levando ele e Baekhyun tropeçarem e juntos caírem ao chão.

O capitão ouviu o ruivo grunhir de dor quando suas costas encontraram o chão e Chanyeol não segurou o próprio gemido quando bateu os joelhos no chão de terra e suas mãos encontraram algo quente e úmido. Quando abriu os olhos, Chanyeol compreendeu o que era aquilo abaixo de si e que fez seu nariz franzir descontente com o odor.

– Droga. – murmurou por entre os dentes e firmou os lábios em linha reta. Baekhyun e ele poderiam ter caído em qualquer lugar, mas não, eles caíram justamente sobre o excremento de cavalo deixado para trás no meio da rua. – Droga. – repetiu novamente, irritado.

– Você está bem? – Baekhyun questionou, preocupado pela expressão que tomou conta do rosto do moreno.

A briga, até então, havia terminado – um dos lutadores foi aquele que o havia empurrado e agora estava desacordado ao lado dele e de Baekhyun – e as risadas altas que preencheram seu ouvido o impediram de responder. Chanyeol então se colocou de pé e não ofereceu sua mão para ajudar o ruivo a se levantar, pois no momento ela se encontrava imunda e cheirava inacreditavelmente mal.

Quando virou o rosto para encarar os cidadãos que riam de sua situação, imediatamente as risadas cessaram e sussurros como “É o capitão do Pérola Negra!” e “Oh-oh. Ele não parece contente.” foram ouvidos. O tempo que Chanyeol levou para procurar o outro lutador foi rápido, pois este se encontrava logo à sua frente. E, sem pensar duas vezes, completamente possuído pela raiva, Chanyeol esticou o braço para trás e desferiu um golpe certeiro no rosto alheio.


 

– No final, você começou outra luta e estavam todos apostando de novo! – Kibum dizia em meio às risadas que não conseguia mais controlar. Suas pernas fraquejaram e, por um momento, ele teve de se apoiar em Minseok para não cair.

– Sua mãe vai adorar saber dessa história! – Kris acompanhou as risadas de Kibum e Minseok, os olhos lacrimejando de tanto rir. – Algumas coisas não mudam, não é mesmo? Parece até que estou vendo o Chanyeol criança quando caiu nas fezes do cavalo!

– Eu acho que vocês estão se esquecendo de que eu estou sujo à merda e posso muito bem fazer o mesmo com vocês. – Chanyeol ameaçou alguns passos à frente, estirando os braços com a intenção de abraçar os dois amigos que rapidamente se afastaram, franzindo o nariz pelo mau cheiro.

– Você e Baekhyun estão fedendo. Fiquem longe, pelo amor de Deus! – Kibum levou os dedos ao redor do nariz e suspirou aliviado ao avistar sua casa, no qual ele ofereceu para que os dois se lavassem já que era mais próxima de onde estavam do que a pensão dos Park. – Vou pedir para que preparem o banho de vocês, esperem aqui fora.

Ambos assentiram e observaram os três entrarem na casa.

– Está doendo? – Baekhyun obrigou Chanyeol a virar o rosto em sua direção quando segurou seu queixo para analisar o ferimento em seu supercílio. O capitão apenas balançou a cabeça, dizendo não ser nada de mais. – Mas está fedendo. – em seguida franziu o nariz com desgosto, afastando-se do capitão.

– Olha quem fala. – Chanyeol revirou os olhos e sorriu, puxando-o pelo pulso e trazendo-o para perto de si novamente. Baekhyun automaticamente depositou as mãos no quadril do capitão, sendo obrigado a levantar a cabeça para encará-lo com a proximidade de seus corpos. – A parte de trás do seu corpo está toda suja.

– E as mãos que você está me tocando agora estavam inteiramente sujas.

– Sim, elas estavam. Não estão mais. Graças aos céus consegui lavar no caminho  até aqui. – contra-argumentou.

Baekhyun fez uma careta pronto para rebater, mas Kibum havia retornado, dizendo que já poderiam entrar.

– Vocês não se importam de usar a banheira juntos, certo? – Kibum questionou ao mostrar o caminho até o banheiro e abrir a porta para que os dois entrassem. – A água está morna porque levaria muito tempo para esquentar e eu tenho certeza de que estão com pressa para se livrarem do cheiro. – continuou sem sequer dar a chance de Chanyeol e Baekhyun dizerem qualquer coisa. – As toalhas estão ali. Só vou pegar as mudas de roupas. Aproveitem o banho! – e dizendo isso, simplesmente fechou a porta atrás de si, deixando Chanyeol e Baekhyun olhando um para o outro em silêncio.

Chanyeol então percorreu os olhos pelo aposento, avistando uma banheira de tamanho grande e de cobre, exalando vapor junto ao aroma suave de ervas.

– Quer ir primeiro? – questionou ao se virar para Baekhyun, mas este já estava a alguns passos à frente, retirando sua bota.

– Mas até eu terminar a água estará fria para você. – Baekhyun o olhou por cima dos ombros e se livrou do colete e em seguida da camisa, largando-os em um canto ao chão, próximo à banheira. – Não me importo se entrarmos juntos.

Chanyeol partiu os lábios, mas nada disse. Desviou os olhos de Baekhyun quando este removeu a calça, e decidiu se livrar da própria roupa suja ao se aproximar da banheira.

– Precisa de ajuda? – olhou pelos cantos dos olhos, observando o ruivo se apoiar na banheira para manter o equilíbrio enquanto retirava sua prótese.

– Não, posso dar um jeito. – segurou-se nas duas bordas da banheira, sustentando o peso do próprio corpo nos braços e entrou na água sem maiores dificuldades. Contudo, isso não impediu de Chanyeol depositar sua mão nas costas alheias, certificando-se de estar preparado caso algo acontecesse.

Logo mais, Chanyeol também estava nu e acomodado ao lado oposto em que Baekhyun se sentava, apreciando a água morna e o aroma suave que vinha das bolhas que lhe envolviam o corpo.

– Ainda dói? – Chanyeol perguntou após algum tempo. – A sua perna.

– Às vezes. – Baekhyun deslizou o corpo e afundou a cabeça dentro da água, sacudindo as mechas úmidas logo após emergir. – Mas às vezes até me esqueço e sinto como se ainda pudesse mexer os dedos dos meus pés. – sorriu e aceitou a esponja com sabão que Chanyeol lhe ofereceu, limpando-se em seguida. – Não é tão ruim. E graças a Luhan consigo me locomover normalmente.

– Luhan sendo Luhan e sempre ajudando o próximo. – sorriu e passou a própria esponja pelo corpo, certificando-se de que nenhum rastro de mau cheiro ficaria em si. – Ele estava montando a prótese escondido de mim.

– Bem, estou feliz que ele tenha feito isso. – os cantos dos lábios de Baekhyun se ergueram em um sorriso maroto quando jorrou água na direção de Chanyeol que desviou o rosto de olhos fechados. – Algo me diz que se dependesse de você eu estaria mancando por aí.

– Você deveria me agradecer que eu não joguei a prótese no fundo do mar. – retrucou, imitando o ruivo e iniciando, assim, uma guerra de água que resultou em espumas para todas as direções e risadas descontraídas.

A brincadeira só acabou quando Chanyeol viu o ruivo esconder o rosto entre as mãos após ter recebido uma boa quantidade de água com espuma em seu rosto. O capitão arregalou os olhos imediatamente.

– Desculpa. – Chanyeol se aproximou do outro, o arrependimento visível no seu tom de voz, e afastou a franja ruiva com a mão de modo que não ficasse nos olhos de Baekhyun. – Você está bem?

– É claro que não. – o ruivo franziu o cenho ao mesmo tempo em que reprimia um sorriso, percebendo pelos cantos dos olhos a preocupação de Chanyeol ao pegar uma toalha de rosto próxima a eles.

– Em minha defesa, foi você quem começou. – disse logo após, passando a toalha sobre os olhos de Baekhyun com cuidado e arrancando um sorriso do pirata.

E enquanto percorria os olhos curiosos pela face de Chanyeol, tão próximo e concentrado, Baekhyun não resistiu em afastar as mãos alheias e puxá-lo para unir suas bocas. Os olhos levemente arregalados de Chanyeol denunciaram que ele não esperava por tal ato, fazendo o ruivo sorrir satisfeito contra seus lábios.

Chanyeol também sorriu e, após deixar a toalha de lado, envolveu o rosto de Baekhyun com as mãos, partindo os lábios para beijá-lo com precisão. Em dado momento, enquanto explorava a boca alheia e buscava maior contato com sua língua, Chanyeol sentiu ser empurrado até que tivesse suas costas encostadas na parede interna da banheira com Baekhyun praticamente deitado sobre si.

Suas mãos agora seguravam a cintura do ruivo e após puxá-lo para mais perto, entre suas pernas, Chanyeol não conseguiu segurar o suspiro que escapou pela sua boca ao sentir seus membros se tocarem embaixo da água. Aquilo era íntimo demais e o capitão se viu um pouco surpreso quando seu sangue se direcionou para um único lugar com um simples toque, levando-o a morder o lábio alheio com certa força e apertar as mãos contra o quadril de Baekhyun. Em meio aos beijos, sentiu Baekhyun mover o corpo para frente, fazendo com que seus quadris se encontrassem com mais precisão do que da primeira vez e isso fez com que ambos gemessem de forma aprazível contra a boca do outro.

Aquilo estava indo rápido demais, pensou Chanyeol. Contudo, ele não se viu capaz de parar. Não quando Baekhyun o beijava tão bem e o fazia ter pensamentos impróprios com os movimentos de seus corpos que ardiam em desejo, implorando por mais contato. A razão de Chanyeol pareceu retornar quando batidas na porta foram ouvidas, levando-o a abrir os olhos e encarar Baekhyun quando este interrompeu o beijo e afastou suas bocas.

– Eu trouxe as roupas! – era a voz de Kibum. – É seguro eu entrar ou devo voltar mais tarde?

A pergunta causou risadas por parte dos dois piratas e, antes de se afastar e se acomodar do outro lado da banheira, Baekhyun selou seus lábios sutilmente sobre os de Chanyeol em um beijo rápido que fez o capitão sorrir.

– Há um tempo queria saber o que essa frase significa no seu antebraço. – Chanyeol comentou logo após Kibum ter se retirado do banheiro, deixando as mudas de roupas para os dois sobre o balcão. Baekhyun seguiu os olhos do capitão que agora encaravam sua tatuagem.

– Sine dubio. Sine recessis. Sine paenitentia. – repetiu as palavras cravadas em sua pele. – Sem dúvida. Sem recessão. Sem arrependimento. – e levantou os olhos, sorrindo para Chanyeol. – Para me lembrar de que as decisões que tomei ao longo da vida não foram em vão.

Chanyeol retribuiu o sorriso gentilmente.

– Se não quiser nossos dedos das mãos e dos pés enrugados, acho melhor sairmos. – Baekhyun sugeriu após um tempo em que ficaram em silêncio, apenas apreciando o banho morno. E Chanyeol apenas assentiu, enrolando-se na toalha antes de vestir as roupas limpas e macias emprestadas por Kibum.

Por conta do incidente anterior, que interrompeu o plano dos cinco amigos de comerem algo na padaria indicada por Kibum, foi oferecido um café da manhã na própria casa do joalheiro. Por um bom tempo, apenas ficaram a jogar conversa fora, apreciando a companhia uns dos outros.

– A conversa está boa, mas acho melhor voltarmos. – Chanyeol foi o primeiro a se levantar da mesa. – Os outros e minha mãe ainda devem estar se perguntando o motivo de termos saído às pressas.

– Sua mãe sempre se preocupa demais, então não dê muitos detalhes e diga que está tudo bem. – Kibum tocou o ombro de Chanyeol que assentiu. – Mais uma vez, obrigado por terem vindo. – acompanhou os quatro amigos até a porta de sua casa.

– Se precisar de qualquer coisa, já sabe. – Chanyeol despediu-se de Kibum com um aceno de cabeça. 

– Nosso dia está bem agitado hoje. – comentou Kris, seguindo rumo à pensão. – Não se passa do meio-dia e já me sinto cansado.

– Conforme vamos envelhecendo, o cansaço só tende a aumentar. – Minseok respondeu, levando-os a rirem.

O comentário do pirata deu início à conversa sobre as idades que possuíam, mas a qual Chanyeol não prestou atenção, estando mais interessado nas vozes altas que vinham de um grupo de homens em frente a uma taverna, fazendo-o se lembrar da conversa que ouviu por acaso sobre Barba Negra há poucos dias. 

Talvez fosse melhor alertar Baekhyun sobre seu pai estar se aproximando do Norte Atlântico.

– Baekh–... – virou-se para o ruivo ao seu lado, porém calando-se em seguida, surpreso ao perceber que estavam cercados em um beco por homens os quais ele não reconheceu à primeira vista. 

Tudo aconteceu muito rápido diante de seus olhos. Chanyeol tentou alcançar a mão de Baekhyun quando este foi puxado para longe de si, mas sem a posse de sequer uma arma para defender seus amigos, o capitão se viu incapacitado de ajudá-los. Enquanto tentava se livrar dos seus três inimigos, observou Baekhyun ser acertado na nuca quando lutou para se soltar dos piratas que o arrastavam e, ainda que Chanyeol quisesse muito ajudá-lo, ele não pôde fazer nada senão gritar por seu nome.

– Chanyeol! – a voz de Kris soou longe antes do capitão sentir algo sólido bater contra sua cabeça, enxergando em seguida nada além da escuridão.


 


 

A água gelada que foi de encontro ao seu rosto fez com que Baekhyun abrisse os olhos, assustado. Tentando compreender o que acontecia e em que situação se encontrava, o ruivo olhou ao seu redor e a primeira coisa que seus olhos capturaram foi um par de botas pretas à sua frente, de onde se encontrava deitado com os pulsos presos atrás das costas, incapaz de se mover.

O dono, a quem as botas pertenciam, se agachou frente a Baekhyun, fazendo com que este se debatesse, tentando inútilmente se soltar das cordas que o prendiam e o deixavam indefeso. Contudo, quando seus olhos encontraram o rosto do – até então – desconhecido, automaticamente o corpo do ruivo se imobilizou.

– Eu recebi sua mensagem... – uma voz grave, porém desconhecida foi ouvida e Baekhyun se viu engolindo em seco diante dos olhos negros e frios que se mantinham vidrados nos seus. – Filho.






 


Notas Finais


Não prolonguei muito as cenas de Hunhan e Kaisoo (embora eu quisesse muito, afinal Sehun mimado e Jongin tímido é muito amor) porque queria dar preferência a Suchen e Baekyeol, mas espero que tenham gostado mesmo assim ^^ E Barba Negra finalmente dando o ar de sua graça. Todo mundo já esperava por isso?
Enfim, queria agradecer a fofa da Thais por revisar o capítulo. Obrigada, Tha! Beijo especial pra ti. E claro, como sempre, a todos que deixaram seus comentários e favoritaram a fic! ♥ E... com o coração apertado... comunico, hoje, que estamos próximos Do fim de PN ;w;

Beeijos e até a próxima ;)


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