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História Pérola Negra - Capítulo XIV


Escrita por: ohprince

Notas do Autor


Primeiramente, mil desculpas pela demora. Espero que as dez mil palavras recompensem. E segundo, espero do fundo do coração que gostem desse último capítulo ♥


PS: Desculpe se houver qualquer erro de digitação.

Capítulo 14 - Capítulo XIV


Fanfic / Fanfiction Pérola Negra - Capítulo XIV

– Pare de ficar encarando Kyungsoo e vai logo falar com ele. – Jongin sentiu o braço de Zitao rodear seu pescoço, deixando todo o peso do corpo cair sobre o seu enquanto caminhavam juntos. O loiro resmungou quando tropeçou nos próprios pés por causa do pirata, obrigando-o a se afastar de si.

– Eu não estou encarando ninguém. – mentiu, rapidamente desviando os olhos das costas do cozinheiro que caminhava mais a sua frente na companhia de Baekhyun e Chanyeol.

– Sim, você está. – Yixing se interveio na conversa, fazendo Zitao sorrir na direção de Jongin que revirou os olhos. – Achei que já tivéssemos decidido que nos juntaríamos ao Pérola Negra. Não era com isso que estava preocupado?

– Eu só preciso de um tempo.

– Você só precisa se desculpar com ele. É tão difícil assim? – a pergunta de Zitao fez o loiro bufar alto.

– Eu não sei como me desculpar, tá legal? Eu não consigo nem mesmo olhá-lo nos olhos. – parou de andar e se virou para os dois piratas, encarando-os seriamente. – Eu também acabei me confessando a ele, mas eu fiz isso porque eu achei que iríamos embora e nunca mais teria essa chance!

– Mas agora você tem a chance de ficar com ele, seu idiota. – Zitao rolou os olhos e pendeu a cabeça para trás como quem não tivesse paciência para continuar com aquela conversa. Yixing riu ao seu lado. – Peça desculpa, confesse novamente, beije-o e então poderão viver juntos felizes para sempre.

– Apenas vá conversar com ele, sim? – disse Yixing, sorrindo gentilmente.

– Ei, o que estão fazendo? – Baekhyun questionou ao longe, acenando para os três e obrigando-os a apressarem os passos. – Qual o problema? – segurou Jongin pelo ombro quando este se aproximou de si.

– Não é nada. – forçou um sorriso, e antes de Baekhyun poder insistir no assunto, Chanyeol os havia interrompido, dizendo terem chegado à feira onde fariam as compras a pedido de sua mãe.

– Logo teremos que abastecer nosso navio para quando formos embora. – Kyungsoo comentou com o capitão, percorrendo os olhos pelas inúmeras barracas que ocupavam as ruas ao centro da cidade, guiando os demais conforme andava à frente. – Já sabe quando o Pérola Negra estará pronto?

– Vou aproveitar esse passeio e ver como ele está. Donghae disse que não faltava muito. – Chanyeol parou ao lado de Kyungsoo, observando este se dirigir a um vendedor sobre os preços de sua mercadoria. – É bem capaz de já estar novo em folha.

– Podemos voltar outro dia para as compras somente do navio. – Kyungsoo sugeriu.

– Você quem manda. – Chanyeol sorriu e olhou por cima do ombro do cozinheiro, analisando a lista de compras em sua mão. – O que devemos comprar para a minha mãe?

– Hmm. Primeiro os legumes? – levou os dedos até os lábios, olhando pensativo para o papel. Chanyeol concordou ao seu lado, dizendo que procuraria os cinco primeiros itens da lista para pouparem tempo. – Por mim, sem problemas. – o cozinheiro balançou os ombros, ouvindo o capitão chamar por Baekhyun para que fossem juntos.

– Nós podemos procurar pelos próximos cinco itens. – sugeriu Zitao, decorando as palavras na lista em poucos segundos antes de segurar Yixing pelo pulso. – Até depois! – despediu-se e puxou o pirata consigo, deixando Jongin e Kyungsoo sozinhos.

O mais novo engoliu em seco, sem saber ao certo se deveria ou não seguir os dois amigos.

– Pode ir com eles, não há problema algum. – Kyungsoo sorriu gentilmente, voltando-se para o vendedor da barraca à sua frente e entregando-lhe o dinheiro da sua primeira compra.

Jongin cogitou em fazer o que foi dito pelo mais velho, mas não se moveu.

– Eu quero ficar. – foi o que disse, fazendo Kyungsoo olhar para trás e assentir brevemente. – Para te ajudar. – concluiu em seguida e seguiu o cozinheiro até outra barraca ao mesmo tempo em que se questionava mentalmente se aquela era uma boa hora para conversarem.

– Está animado para ir à Singapura? – o mais velho quebrou o silêncio, em seguida, cumprimentando outro vendedor que o ofereceu um bom preço por uma caixa de frutas. 

– Aye. Estava planejado para vocês irem à Singapura há um tempo? – acompanhou os passos do mais velho quando este seguiu para outra barraca, caminhando ao seu lado. Aproveitou para ajudá-lo com as poucas sacolas.

– Sim. – assentiu. – Desde Bahamas. Alguns meses antes de encontrarmos Baekhyun e Jongdae no mar.

– Muitas coisas aconteceram, mas estou feliz de como estamos agora... – Jongin comentou e pousou os olhos sobre o cozinheiro, desviando-os rapidamente para o chão quando viu que Kyungsoo olhava atentamente para si. – Por ter conhecido a tripulação Pérola Negra.

– E agora você é parte dela. – Kyungsoo sorriu. – Aqui... – segurou Jongin pelo cotovelo, fazendo-o parar frente a uma pequena barraca. – Aqui vende o melhor suco de frutas. Quer experimentar?

Jongin concordou com um sorriso.

Os itens que sobraram para Kyungsoo foram poucos e logo os dois piratas haviam terminado com as compras, decidindo esperar pelos demais, sentados em barris esquecidos em um canto entre as barracas da feira.

Poucas palavras foram trocadas entre os dois, mas não por que Jongin não queria manter uma conversa, ele só estava pensativo demais, tentando encontrar uma forma de se desculpar com Kyungsoo e não parecer idiota como na última vez que se confessou ao cozinheiro.

O mais velho não aparentava estar chateado pelos dias que Jongin o evitou, o que era um grande alívio, mas o pirata não deixou de se perguntar se o cozinheiro só estava sendo educado. Porque Kyungsoo sempre foi muito gentil consigo.

– Jongin?

– Hm? – o loiro pousou os olhos sobre o mais velho que franzia o cenho.

– Eu perguntei se quer ir procurar pelos outros. – tornou a dizer, mas novamente Jongin não respondeu. 

– Me desculpa.

– Está se desculpando pelo o que exatamente? – Kyungsoo riu baixinho. Jongin tinha essa mania estranha de dizer as coisas do nada que tornava a situação, até mesmo séria, engraçada. 

– Eu gosto de você.

– Eu sei. Você me disse da última vez. – reprimiu outro riso, olhando carinhosamente na direção do mais novo.

– Droga. Eu fiz isso de novo. – Jongin murmurou para si mesmo, cerrando os olhos e prendendo o lábio inferior entre os dentes. 

– Eu também gosto de você.

– O quê? – o loiro virou o rosto na direção de Kyungsoo, surpreso.

– Eu disse que eu também gosto de você. – sorriu, revirando os olhos em seguida. – Você precisa prestar mais atenção no que as pessoas falam. Eu não gosto de repetir as coisas, Jongin.

– Ok. Desculpa.

– Eu tenho outra coisa a dizer, então se aproxime.

Jongin franziu a testa, mas fez o que foi pedido pelo cozinheiro. Ao se aproximar, sentiu seu chapéu ser arrancado da cabeça e em seguida os lábios fartos de Kyungsoo cobrirem os seus. Foi um selar sutil e rápido, mas o suficiente para fazer seu coração saltar acelerado contra o peito. 

Após se afastar, Kyungsoo abaixou seu chapéu que antes cobria ambos os rostos, e exibiu um sorriso.

– Preciso repetir para que você entenda?

– Sim. – seus olhos ainda estavam fixos nos lábios rosados e convidativos que provou há poucos segundos. Então olhou para Kyungsoo quando este pigarreou. – Quero dizer, não. Eu entendi.

Kyungsoo soltou uma risada curta, devolvendo o chapéu na cabeça do mais novo.

– Aí estão vocês. – os dois piratas viraram os rostos com a voz de Chanyeol, aproximando-se com os demais ao seu encalço. – Podemos ir para o porto? 

– Acho que compramos tudo da lista da Sra. Park. – respondeu Kyungsoo.

Chanyeol balançou a cabeça em concordância, em seguida guiando o caminho  até o porto da cidade a poucos minutos dali de onde se encontravam.

A recepção de Donghae, um velho conhecido e bastante amigo de Kibum, como em todas as vezes que o encontrava, foi calorosa. E para a maior alegria de Chanyeol, seu amigo lhe deu a ótima notícia de que o conserto de Pérola Negra faltava muito pouco para terminar.

– E quando pretendem deixar La Rochelle? – Donghae questionou ao capitão, acompanhando os piratas até o convés superior do navio.

– O quanto antes. Essa viagem foi adiada por muito tempo.

– Muitas coisas aconteceram. – Kyungsoo concluiu em seguida após Donghae ter franzido as sobrancelhas em questionamento. 

– Ouvi dizer que Sehun se machucou. Ele está bem?

Chanyeol deixou que Kyungsoo respondesse Donghae e se dirigiu para a sua cabine, analisando cada canto de seu navio durante o percurso. O trabalho de Donghae era realmente impecável. Não havia nenhum rastro dos estragos que Yejoon havia deixado em Pérola Negra há algum tempo.

– Ei, aonde está indo? – o capitão ouviu a voz de Baekhyun atrás de si, fazendo-o sorrir.

– Indo buscar uma coisa na minha cabine. – estendeu-lhe a mão para que o ruivo a pegasse. Baekhyun o fez e entrelaçou seus dedos, acompanhando os passos do capitão. – Você se importa se partirmos o quanto antes?

– É claro que não. Na verdade estou ansioso. Nunca estive em Singapura, nem eu e nem meus homens.

– Por falar nisso, o que eles estão achando de tudo isso?

– Eles gostaram da ideia. Não se preocupe. – garantiu-lhe com um sorriso e soltou a mão do capitão quando adentraram na cabine e Chanyeol seguiu direto até sua mesa. – O que veio fazer aqui?

– Isto. – mostrou-lhe a bússola de ouro que havia retirado de uma das gavetas. Observou Baekhyun se aproximar, sentando-se sobre sua mesa para olhar o objeto de perto. – Pertenceu ao meu pai e à geração Park. Estava pensando em presenteá-la a Sungwoo já que não pretendo ter um herdeiro.

– Lamento ouvir isso. – Baekhyun reprimiu um sorriso, observando Chanyeol parar à sua frente, e afastou as pernas quando o capitão se aproximou e pousou as mãos em suas coxas. – Sabe que acabará com a linhagem dos Park se estiver decidido a ficar comigo, não sabe? 

– Apesar de gostar muito de crianças, nunca pensei em ser pai. – deu de ombros, mostrando-se indiferente. – E se um dia eu mudar de opinião, posso adotar uma criança e dá-la meu sobrenome. Isso é o de menos.

– Isso é muito gentil. – Baekhyun sorriu e percorreu os braços ao redor do pescoço do mais alto, puxando-o para aproximar seus rostos.

– E se isso vier a acontecer, você estará ao meu lado para me ajudar, certo?

– É claro que sim. – revirou os olhos, levando Chanyeol a sorrir e selar os lábios fartos sobre os seus em um beijo delicado. – Até porque você seria um pai coruja e alguém teria que equilibrar isso.

– Não posso fazer nada. Essas crianças têm esse efeito sobre mim que me faz ficar bobo por elas. – confessou e roubou outro beijo de Baekhyun, dessa vez na bochecha. – Assim como certo alguém de cabelo vermelho.

Baekhyun riu do comentário, sendo calado em seguida quando Chanyeol tomou sua boca. Soltou um suspiro baixo, os lábios se partindo sutilmente contra os do capitão enquanto seus dedos se entrelaçavam nos fios castanhos e o puxava para mais perto de si. Uma mordida de leve foi sentida em seu lábio inferior e o ruivo não segurou um gemido baixo quando a língua de Chanyeol deslizou para dentro da sua boca em seguida, levando-o a se entregar completamente ao beijo. 

Porque assim como ele tinha efeito sobre Chanyeol, o capitão também tinha sobre si.

O ruivo desceu os pés no chão, levantando-se e aproximando seus peitos que subiam e desciam com as respirações agora aceleradas. Sentiu ser empurrado até ter suas costas prensadas contra a parede da cabine, as mãos de Chanyeol explorando seu corpo por debaixo do tecido da roupa e seu baixo-ventre sendo pressionado contra o do capitão. O contato levou Baekhyun a automaticamente mover o quadril e friccionar aquela região sensível, em um pedido silencioso que pedia por mais.

Em dado momento, Chanyeol levantou um dos joelhos entre as pernas de Baekhyun, fazendo-o suspirar alto com a pressão em seu membro. Os beijos foram movidos para seu pescoço e Baekhyun não fez nada senão pender a cabeça, dando mais espaço para o pirata se deliciar com sua pele, arrancando de si gemidos contidos.

– Estamos indo muito rápido? – a voz rouca de Chanyeol alcançou seus ouvidos, levando-o a abrir os olhos.

– Não. Estamos indo muito bem. – prendeu os lábios entre os dentes em seguida, reprimindo outro gemido quando o capitão novamente moveu o quadril contra o seu, dessa vez com mais intensidade.

– Sei que o momento não é propício, mas... – Chanyeol deixou seu pescoço para encará-lo nos olhos. Então seus dedos esguios deslizaram até o cós da calça de Baekhyun, brincando com o tecido que se mantinha preso ao quadril alheio.

Baekhyun pousou os olhos sobre a mão do capitão, prendendo a respiração. O volume dentro da sua calça já era perceptível e seria mentira dizer que não ansiava ver os dedos alheios trabalharem ao redor de si. Quando voltou os olhos para cima, Chanyeol o observava com luxúria. Logo, foi conduzido em direção à mesa, sendo colocado na poltrona.

Viu o capitão pousar as mãos a cada lado dos braços da cadeira e se abaixar para lhe beijar a boca, e Baekhyun retribuiu o beijo com calma, sem urgência, embora ansiasse loucamente pelo corpo de Chanyeol roçando ao seu novamente. Franziu o cenho quando o outro interrompeu o beijo e quando a poltrona foi empurrada para trás, mas não precisou questionar o que Chanyeol pretendia fazer quando o viu ajoelhando perante si, ao meio de suas pernas, e suas mãos trabalhando juntas para desabotoar sua calça.

Baekhyun foi induzido a levantar o quadril para que sua calça pudesse ser retirada e, engolindo em seco, observou o sorriso de canto de Chanyeol ao ter seu membro completamente livre do aperto.

– Tudo bem se eu continuar? – Chanyeol deslizou as pontas dos dedos pela extensão de seu pênis, fazendo Baekhyun tremer com o toque e assentir em silêncio.

O contato dos lábios do capitão em sua glande o fez partir os lábios, incapaz de emitir qualquer som perante a corrente de prazer que percorreu por todo o seu corpo. Sentiu os dentes roçarem de leve em sua pele e quando a língua alheia tocou a extensão do seu membro, Baekhyun fincou as unhas nos braços da poltrona, sussurrando o nome de Chanyeol. Este sorriu e, sem tirar os olhos do ruivo, impulsionou a cabeça para frente.

Baekhyun alcançou uma das mãos do capitão que descansava em sua coxa e a apertou com força quando seu membro foi completamente envolvido, indicando pelo gesto tamanho o prazer que Chanyeol o estava proporcionando. O capitão moveu a cabeça contra seu quadril, sugando-o, e um gemido ameaçou escapar da garganta de Baekhyun quando de repente um barulho foi ouvido e a porta da cabine foi aberta. Imediatamente o ruivo firmou os lábios em linha reta e olhou para sua frente, o coração a quase escapar pela boca ao avistar Kyungsoo.

Chanyeol que se escondia praticamente embaixo da mesa, parou com os movimentos, mas manteve sua boca ao redor do órgão do ruivo, olhando com curiosidade para ele.

– Onde está Chanyeol? – o cozinheiro questionou. – Achei que estivessem juntos.

– Hm. Ele... – Baekhyun abaixou os olhos na direção do capitão, rapidamente levantando-os para encarar Kyungsoo e engolindo em seco. Moveu-se desconfortavelmente na cadeira, mas isso só piorou a situação, quase levando-o a gemer quando tocou o fundo da garganta de Chanyeol. – Ele me disse para esperar aqui, mas... até agora não voltou.

Seus dedos pressionaram com força ao redor do pulso do capitão quando este começou a se movimentar novamente, parecendo não se importar com o fato de Kyungsoo estar ali. Baekhyun cerrou os olhos, incrédulo, esforçando-se para não repreendê-lo ali mesmo e deixar que um gemido escapasse pelos seus lábios.

– Será que ele foi para o convés inferior? – o cozinheiro franziu o cenho, pensativo. A pergunta não fez sentido algum para Baekhyun que tentava se manter sob controle, certificando-se de não levantar suspeitas de que Chanyeol, na verdade, estava abaixo da mesa. – Bom... vou procurar por ele. Mas caso ele apareça aqui primeiro, diga que Donghae quer falar com ele.

– Ok. – foi sua resposta antes de ver Kyungsoo sorrir e desaparecer atrás da porta. Seus olhos logo se voltaram para Chanyeol. – O que está pens–...? – sua sentença, no entanto, foi cortada quando o pirata sugou seu membro, levando-o a tombar a cabeça para trás e gemer arrastado. Tudo o que ele pensou em dizer a Chanyeol havia desaparecido naquele momento em meio ao prazer indescritível daquela boca tão experiente ao redor de si. – Eu... v-vou...

Chanyeol não se afastou mesmo quando Baekhyun tentou empurrar sua cabeça, permitindo-o que atingisse o ápice ainda dentro de sua boca e gemesse em deleite. O ruivo então olhou em sua direção, arfando baixinho, o coração a bater alto e acelerado contra o peito.

O capitão soltou uma risada baixa com a expressão do outro e se levantou do chão, juntando suas bocas em um selar sutil antes de encostar o quadril à mesa.

– Tinha que ter visto sua cara quando Kyungsoo apareceu. – um sorriso gigantesco adornou seus lábios rosados. E Baekhyun o fuzilou com os olhos, sentindo o rosto quente, e se levantou para vestir a calça.

– Isso não é engraçado.

– Foi divertido, vai. – puxou o ruivo pela cintura, colocando-o entre suas pernas. Baekhyun revirou os olhos e, mesmo levemente irritado, não recusou as carícias do capitão em seu quadril por debaixo da camiseta e permitiu que Chanyeol o beijasse no pescoço carinhosamente.

– E quanto a você?

– Quer arriscar de novo? – Chanyeol riu contra o pescoço alheio quando Baekhyun respondeu um “não” de imediato. – Teremos tempo, não se preocupe. – e com um beijo no maxilar, afastou o ruivo dizendo que seria melhor irem antes que os demais questionassem a ausência de ambos.


 


 

Junmyeon sempre foi conhecido como um simpático e gentil médico. Calmo, sensato, atencioso, todas as qualidades que o tornavam um excelente profissional e alguém de tamanha bondade. Contudo, quando estava com Jongdae, lados que ele sequer imaginava possuir dentro de si eram despertados, e por vezes o médico se esquecia até mesmo da definição da palavra sensatez.

Porque ele estava longe de ser sensato na companhia de Jongdae.

Não pensava em absolutamente nada quando aqueles lábios famintos roçavam nos seus, a língua percorrendo por cada canto de sua boca, sugando e mordendo-lhe o lábio inferior em ato de provocação. Bastava aquilo e sussurros ao pé do ouvido para que Junmyeon perdesse as estruturas e caísse na tentação, entregando-se por completo aquele corpo que lhe proporcionava prazer em diferentes maneiras.

– Jongdae... – conseguiu se pronunciar quando o pirata deixou sua boca para beijar-lhe o maxilar. Tentou se afastar do corpo alheio encostado à parede, mas isso só fez com que o moreno o apertasse ainda mais contra si, os braços possessos envolvendo-lhe a cintura. – Não podemos fazer isso aqui. Na cozinha.

– Mas não há ninguém.

– Você não disse que estava com vontade de comer ovo mexido no café da manhã? – prendeu os lábios entre os dentes quando a língua ousada alcançou o lóbulo de sua orelha. – Me deixa terminar de fazer.

– Depois de te ver nesse avental, não é mais ovo mexido que eu quero... – as mãos de Jongdae percorreram a lateral de seu quadril, subindo e levantando a camisa no percurso. – É completamente sua culpa, doutor, por me fazer te imaginar nu, somente com este avental. – alcançou sua boca novamente, percorrendo a língua por seus lábios sem pudor. – Fiquei muito, muito curioso agora.

– Curioso em quê? – questionou baixinho contra a boca alheia, em seguida sendo puxado por Jongdae, tendo seus quadris pressionados um contra o outro. Junmyeon suspirou alto com a pressão sentida em seu membro, levando o moreno a sorrir de canto.

– Em saber como é ser fodido por você na cozinha.

– Jongdae! – Junmyeon o repreendeu no momento seguinte.

– Você não gosta de falar sujo comigo, Jun? – soltou uma risada curta ao observar a expressão do outro e aproximou a boca em seu ouvido para lhe sussurrar coisas indecentes.

Jummyeon grunhiu em resposta quando seu membro reagiu por conta própria diante das palavras de Jongdae e, automaticamente, friccionou seu quadril contra o do pirata, prensando-o ainda mais contra a parede.

– Ainda quer continuar a fazer o ovo mexido? – o moreno provocou, sorrindo largamente quando Junmyeon retirou as mãos de seu ombro para apoiá-los na parede atrás de si e tomou-lhe o pescoço, beijando sua pele.

– Não...

– Então está esperando o quê? – questionou, os dedos das mãos a apertarem as nádegas do médico. – Se você vai ser o ativo, preciso que aja como um, Junmyeon. – o médico riu com o que foi dito e, em resposta, pressionou Jongdae com força contra a parede. 

– Ousados a cada dia, não? – a voz de Sehun foi ouvida logo em seguida. Junmyeon saltou de susto e ameaçou se afastar no momento seguinte, mas Jongdae o impediu, sussurrando-lhe que não seria uma boa ideia devido a sua ereção recém-formada. – Logo pela manhã?

– Vocês têm ideia de que é aqui que nossas refeições são preparadas, né? – Kris revirou os olhos, acomodando-se em uma das cadeiras e servindo a si mesmo o café posto sobre a mesa.

Luhan e Minseok riram da pergunta do loiro.

– Por que vocês não dão meia volta e retornam daqui meia hora, huh? – Jongdae sugeriu e buscou a bochecha de Junmyeon que sorria envergonhado para os amigos. O médico retribuiu o beijo, mas logo se afastou anunciando que faria o ovo mexido.

– Por que vocês não vão arranjar um quarto e nos deixam tomar nosso café sem nos traumatizar, huh? – Kris rebateu, levando os demais a rirem.

– Falando assim até parece que é virgem. – Jongdae comentou e se acomodou na cadeira ao lado de Minseok. – Por acaso já beijou alguém na vida, Kris?

– Oh, eu já beijei muitas bocas, na verdade. Não é mesmo, Jun? – Kris dirigiu a pergunta ao médico, levando-o a olhar para trás com os olhos arregalados. Jongdae franziu o cenho na direção do loiro. – Inclusive a do seu namorado.

– Junmyeon! – o moreno exclamou com indignação.

– Foi há muito tempo! – justificou o outro rapidamente. – E estávamos bêbados! E nem me lembro direito! O que você está fazendo?! – olhou furioso para Kris que gargalhava com os demais pela sua tentativa fracassada em se explicar. Aproximou-se do loiro e deu-lhe um soco no ombro. – Combinamos nunca mais falar e lembrar disso. Mas que merda, Kris!

– Sério, parem de me fazer rir! – Sehun choramingou, a mão contra o abdômen como quem tentasse amenizar a dor que sentia. – Ai minhas costelas. Luhan me ajuda. – encostou a cabeça na do pirata em súplica. Este reprimiu uma risada e beijou-lhe a bochecha, acariciando as costas do mais novo.

– Por que tinha que ser justo esse loiro aguado?! – Jongdae apontou o dedo para Kris do outro lado da mesa. O de cabelos claros revirou os olhos, sorrindo, enquanto desviava dos golpes de Junmyeon. Logo, segurou o pulso do médico, exigindo que parasse com as agressões. – E tire as mãos dele, seu cretino!

– E lá vamos nós de novo. – Minseok murmurou para Luhan, fazendo-o rir.

– E quando penso que eles estão se dando bem, alguma coisa sempre acontece. – Luhan meneou a cabeça, acompanhando com os olhos Jongdae se levantar da cadeira para afastar o namorado de Kris.

– Não consigo mais olhar pra fuça desse otário sem querer arrebentar a cara dele. – Jongdae murmurou entre os dentes enquanto o médico o empurrava para o outro lado da mesa, exigindo que esquecesse essa história toda. – Você o beijou! Como quer que eu esqueça?

– Não significou nada!

O moreno soltou um suspiro alto, observando a expressão no rosto do médico, pronto para perdoar e deixar o assunto de lado. Contudo, ao ver o sorriso de canto nos lábios de Kris, não fez nada além de bufar e dar as costas para os piratas, retirando-se da cozinha.

– Jongdae!

– Oops. – Kris encolheu os ombros, recebendo, em seguida, um olhar de reprovação por parte de Junmyeon. Com um suspiro baixo, o médico se virou para o fogão, decidido que ignoraria a existência do loiro pelos seguintes minutos. – Ele vai te perdoar, Jun. E quando fizerem as pazes, vocês farão o melhor sexo de reconciliação.

E como esperado, Junmyeon o ignorou.

– Onde estão os outros? – Luhan questionou ao médico, servindo uma xícara de café para si mesmo e Sehun ao seu lado.

– Compras a pedido da Sra. Park. Acho que Chanyeol vai aproveitar o passeio para ver como está o Pérola Negra também.

– Não vejo a hora de voltar pro mar. – Sehun comentou.

– Você pode estar melhor, mas ainda não está totalmente recuperado. – Junmyeon o advertiu, fazendo Luhan concordar. – Terá que ficar longe de qualquer coisa que prejudique sua recuperação, está me ouvindo? Inclusive os treinamentos matinais que você costumava fazer.

– Eu sei, eu sei. – revirou os olhos, já ciente.

Luhan sorriu e segurou o rosto do mais novo pelas bochechas, fazendo-o resmungar. Sentiu sua mão ser afastada, mas logo em seguida ser envolvida pela de Sehun por debaixo da mesa.

– Aqui, dividam entre vocês. Só não dividam com o Kris. Deixe-o apenas com o pão. – anunciou Junmyeon, depositando o prato contendo os ovos mexidos recém-feitos sobre a mesa. – Vou procurar pelo Jongdae e levar a parte dele.

Kris partiu os lábios com indignação.

– Eu preciso de proteína. Você é médico e deveria se importar com a minha saúde! – Kris resmungou enquanto observava o médico se retirar da cozinha. Os outros três apenas riram quando, mais uma vez, Junmyeon o ignorou.

– Eu acho é pouco. – Sehun disse em meio aos risos. Kris partiu um pedaço do pão que comia e arremessou na direção do mais novo, fazendo-o sorrir pela sua péssima mira.

– Você deveria ter ficado quieto, Kris. – Luhan se pronunciou, os olhos atentos aos ovos mexidos e o cheiro bom que o prato exalava. – Ninguém precisava saber disso, especialmente o Chen.

– Kris é um escroto, adora estragar a felicidade dos outros. – respondeu Sehun e partiu os lábios como um pedido silencioso para que Luhan o alimentasse na boca. O mais velho revirou os olhos, mas fez a vontade do jovem, dando-lhe um pedaço de pão com ovo.

– Ele e Junmyeon irão me agradecer depois. – Kris se justificou. – Qual relacionamento não esquenta depois de um ataque de ciúme?

– O nosso. – Sehun sorriu de canto, percorrendo o braço sobre os ombros do namorado. – Porque o Lu e eu estamos sempre em chamas.

Minseok e Kris caíram na gargalhada.

Luhan fechou os olhos brevemente, recusando-se a acreditar no que acabou de ouvir. Com o pedaço de pão que possuía na mão, forçou-o para dentro da boca de Sehun, obrigando-o a se calar. Contudo, não recusou o beijo que recebeu em seguida, principalmente após o sorriso contagiante do jovem, tendo seus olhos adoravelmente fechados.

– Se o Pérola Negra estiver pronto, isso significa que logo partiremos. – Sehun comentou com Luhan enquanto Minseok e Kris conversavam entre si. – Mas eu ainda não consegui ir ao circo de La Rochelle. – pousou os olhos sobre o mais velho que o encarou de volta com curiosidade. – Vamos ao circo, Lu.

– Não acho que seja boa ideia, Sehun. – meneou a cabeça, fazendo o outro suspirar baixo. – Pode ser cansativo para você. Sabe que não é bom ficar muito tempo de pé andando pra lá e pra cá.

Tendo prometido a Luhan e Junmyeon que os escutaria, Sehun não retrucou e apenas voltou a atenção para o seu café da manhã. Luhan então sussurrou sentir muito e o beijou no canto dos lábios como um pedido de desculpa.

– Podemos ir quando virmos para La Rochelle novamente, prometo. – Luhan tornou a dizer. – Ouvi dizer que hoje haverá chuvas de meteoros. Isso nós podemos fazer no quintal da família Park sem nenhum problema. – sugeriu. – O que acha?

– Assistir aos meteoros. Hmm. Juntinhos e abraçadinhos? – o mais novo levantou as sobrancelhas sugestivamente.

– Juntinhos e abraçadinhos. – concordou, rindo.

– Não é uma ideia ruim. 

– Andamos praticamente pela cidade toda e vocês ainda estão tomando o café da manhã? – a voz de Chanyeol preencheu a cozinha, fazendo com que os quatro piratas olhassem em sua direção. Caminhou até a mesa e depositou as sacolas sobre a madeira, sendo imitado pelos demais. 

– Acho que ouvi um mosquito zumbindo aqui perto de mim. – Kris balançou as mãos no ar como quem espantasse o inseto. – Vocês ouviram também?

– Aye. – concordaram Sehun e Luhan enquanto Minseok apenas reprimiu uma risada. Chanyeol riu irônico e ameaçou levar a mão contra a nuca do loiro que rapidamente se afastou.

– E olha que esquisito, o mosquito até ri.

– Acordaram engraçadinhos hoje, foi? 

Kyungsoo sorriu quando Chanyeol revirou os olhos no momento seguinte e deu um soco no ombro de Kris, fazendo-o resmungar de dor.

– Como foi o passeio? – Minseok sorriu para Zitao e Yixing que tomaram as cadeiras ao seu lado, iniciando uma conversa animada sobre os navios sobrestados junto ao Pérola Negra no porto da cidade.

– E o Pérola Negra, como está? – Sehun percorreu os olhos pelos rostos dos amigos, sorrindo com certa ansiedade.

– Em poucos dias poderemos partir. – Chanyeol retribuiu o sorriso do mais novo. – Já podemos ir arrumando nossas coisas. Aliás, precisava falar com Junmyeon sobre isso. Viram ele por aí?

– Sugiro que espere ele descer. – respondeu Kris, o que de imediato levou Luhan e Sehun a rirem baixo. – Ele e o Jongdae devem estar se reconciliando agora.

– Eles brigaram? – Chanyeol franziu o cenho, curioso.

– O que houve? – foi a vez de Baekhyun questionar.

– Kris contou para o Chen sobre o beijo dele e do Jun. – Luhan disse, e Jongin e Baekhyun olharam levemente surpresos com a revelação. – Foi há muito tempo e eles estavam bêbados. – concluiu em seguida para os dois piratas.

– Você afirma gostar de mulheres, mais especificamente de Soojung, e fez questão de lembrar do seu beijo com Junmyeon? – Chanyeol revirou os olhos e, com a ajuda de Baekhyun e Kyungsoo, começou a retirar as compras das sacolas. – Jongdae o socou? – questionou em seguida para Sehun.

– Faltou pouco.

– Deveria tê-lo socado. Eu o teria socado.

– Yah. – o loiro cerrou os olhos na direção do melhor amigo. – Tsc. E qual a graça de conviver com Kim Jongdae e não irritá-lo de vez em quando? Cada um passa o seu tempo da forma que quer. Você com o Baekhyun, fazendo sem-vergonhices pelos cantos da pensão, e eu provocando o Jongdae.

Chanyeol o encarou em silêncio, a expressão nada contente em seu rosto. E em meio à risada dos outros piratas, o capitão agarrou a nuca de Kris, forçando-o a encostar o rosto na mesa.

– O que eu faço ou deixo de fazer com o Baekhyun não é da sua conta, Kris. – mirou os punhos no braço e nas costas do outro, levando-o a grunhir de dor. Logo, Chanyeol foi afastado por Baekhyun que sorria e balançava a cabeça em negação. – Ele merece. – justificou-se.

– Tio Channie! – Chohee apareceu na cozinha, agarrando-se às pernas do capitão. Este olhou para baixo, sorrindo de imediato para a sobrinha. – Sungwoo sumiu!

– Como assim Sungwoo sumiu? – o mais velho franziu o cenho, pegando a garota no colo. Baekhyun sorriu, apertando as bochechas rosadas e adoráveis da pequena.

– Estamos brincando de esconde-esconde! Mas ele sumiu!

– Você o procurou direitinho?

– Sim! Em toooodo o lugar! – estirou os braços, crispando os lábios, descontente. Chanyeol sorriu, beijando-lhe a bochecha em seguida.

– Tio Channie te ajuda a procurar então. – Chanyeol a desceu do colo, tomando-lhe a mão. Em seguida, envolveu a de Baekhyun com a mão livre, puxando-o juntamente. – Tio Baek também.

– Mas Tio Baek sabe brincar de esconde-esconde? – Chohee questionou ao tio, mirando os olhos grandes e curiosos na direção do ruivo enquanto seguiam para os corredores da pensão.

– Podemos ensinar a ele, certo?

– Sim! – concordou entusiasmada e puxou o mais velho pela mão, indicando que deveriam começar a procura pelo quarto de seus pais e, ao mesmo tempo, dizendo a Baekhyun as regras da brincadeira imposta por ela e seu irmão Sungwoo.

A poucos metros dali, no segundo corredor o qual os três haviam acabado de virar, duas figuras chamaram a atenção de Chanyeol de imediato. Sua primeira reação foi arregalar os olhos e a segunda tapar os olhos da sua sobrinha, fazendo com que a pequena desse meia volta e retornasse para o corredor que antes estavam.

Baekhyun franziu o cenho, confuso com o ato repentino do capitão, mas quando notou Junmyeon e Jongdae se beijando à sua frente no corredor, entendeu o que havia acontecido.

– Psiu! – chamou a atenção dos dois que separaram as bocas, surpresos. – Não poderiam ter escolhido outro lugar para fazer isso? – indagou, desviando os olhos rapidamente para as costas de Chanyeol antes de voltá-los para o casal. – Caso tenham se esquecido, há crianças nesta casa. Sem contar com os hóspedes da Sra. Park!

– Oops. – o sorriso de Jongdae era de arrependimento, mas ele não afastou as mãos ousadas que estavam por dentro da calça de Junmyeon, na parte traseira do tecido. – Foi mal.

Baekhyun revirou os olhos, sorrindo.

– Arranjem um quarto, por favor. – solicitou antes de deixar o casal a sós, levando-os a rirem abafados.

– Eu disse que era melhor não fazermos isso aqui. – Junmyeon voltou-se para o pirata, encarando seus lábios avermelhados e levemente inchados. Jongdae apenas revirou os olhos, sorrindo de canto. – E o seu café da manhã está no chão.

– Mas sabendo que alguém pode aparecer a qualquer momento não é excitante? – o moreno questionou antes de tomar-lhe a boca novamente, ignorando a última sentença de Junmyeon.

O médico não recusou o beijo, mas logo o afastou, dizendo que deveriam sair dali se quisessem continuar com o que faziam. Soltou-se dos braços do moreno e recolheu a bandeja do chão. E com um sorriso singelo, segurou a mão de Jongdae, puxando-o para seguirem em direção ao seu aposento.

– Eu não gosto de ser interrompido. – Junmyeon justificou e, após abrir a porta, empurrou-a com as costas, sem desviar os olhos de Jongdae. Este último observou o médico depositar a bandeja sobre a escrivaninha e, em seguida, puxá-lo para perto. Jongdae juntou ambos os lábios no momento seguinte, gemendo contra a boca do médico quando a mão alheia o envolveu por dentro da calça sem cerimônias.

– Me fode logo e eu esqueço o que aconteceu entre você e o Kris, e nunca mais tocamos nesse assunto. – suplicou em baixo tom, seus dedos a puxarem os fios de cabelo de Junmyeon, demonstrando urgência.

– Promete?

– Prometo. Agora vai. Anda logo. – moveu os dedos até a camisa do médico, exigindo que a retirasse depressa. Junmyeon riu da afobação alheia, mas fez o que foi pedido e se dedicou em dar toda a sua atenção para o pirata, beijado-o e tocando cada parte de seu corpo. – Espera. – Jongdae se pronunciou de repente antes que Junmyeon pudesse deitá-lo na cama, levando-o a franzir o cenho, confuso. – O quão profundo foi o seu beijo com o loiro aguado.

– Você está realmente me perguntando isso, Jongdae? Agora? – o médico fechou os olhos, soltando um suspiro baixo. Levemente irritado com a pergunta, empurrou Jongdae pelo peito e o obrigou a deitar as costas no colchão. – Pare de ficar pensando em outro homem enquanto estou na sua frente. – ajoelhou-se entre suas pernas e afundou os punhos no lençol a cada lado de sua cabeça, encarando-o seriamente.

– Então me faça parar de pensar nele. – seu tom de voz era desafiador e ao mesmo tempo malicioso.

Junmyeon percorreu os olhos pela feição do pirata por algum tempo em silêncio, apenas apreciando a beleza alheia. Tocando seu rosto com as pontas dos dedos, as palavras escaparam de sua boca em um sussurro:

– Você é tudo pra mim.

O sorriso depravado de Jongdae rapidamente foi desfeito. Não houve tempo para que pudesse responder o médico, já que este juntou suas bocas no momento seguinte. Contudo, não foi preciso dizer em voz alta para que Junmyeon soubesse que ele sentia o mesmo. Porque Junmyeon sabia. Jongdae fez questão de mostrá-lo nos seus gestos e toques enquanto faziam amor naquela manhã.


 


 

O horário que aconteceria a chuva de meteoros naquele dia era incerto, mas Sehun já estava preparado com um lençol e uma almofada embaixo dos braços quando a noite caiu. Tamanho era seu entusiasmo que praticamente todos da pensão já estavam cientes do acontecimento deste fenômeno luminoso.

– Vem, Luhan! Vamos esperar lá fora. – Sehun puxou o mais velho pelo pulso, fazendo-o se levantar do sofá da sala onde metade da tripulação Pérola Negra estava reunida, conversando após o delicioso jantar servido pela Sra. Park. Os demais ainda continuavam na cozinha, ajudando na limpeza. – Vocês também vem?

– Qual a graça de ver isso? – Kris se espreguiçou e pendeu a cabeça para trás no encosto do sofá da sala.

– Para um solitário como você que não tem ninguém ao seu lado não teria graça mesmo. – Sehun rebateu, fazendo alguns dos piratas rirem. – Até melhor que fique aí para não pagar de vela.

– Pirralho. Deixa eu te pegar de jeito pra você ver.

– Sou propriedade de Luhan. Ninguém toca em mim. – disse, por fim, com um sorriso estampado no rosto antes de sair para o quintal dos fundos com Luhan ao seu encalço, deixando as risadas dos amigos ecoando para trás.

– Ele parece feliz. – Baekhyun comentou em meio aos risos, levantando-se em seguida com Zitao puxando-lhe pelo pulso, dizendo querer saber como é o fenômeno.

– Sim. – Junmyeon sorriu, também se colocando de pé. – Estou curioso para ver essa chuva de meteoro agora. Vou chamar pelo Jongdae e os outros para saber se estão interessados também.

Baekhyun assentiu e, após Kris e alguns piratas recusarem o convite, seguiu em direção ao quintal na companhia de Zitao, Minseok e Yixing. Os três piratas seguiram mais à frente, conversando animadamente, e Baekhyun procurou pelo céu estrelado, sorrindo discretamente diante das belas luzes que brilhavam ao alto.

– Espere só para ver os meteoros. – Luhan lhe disse após se acomodar no lençol estendido no gramado, deitando-se ao lado de Sehun que já mantinha os olhos presos ao céu.

Baekhyun sorriu em resposta e, para não atrapalhar o casal, deixou os dois piratas a sós, procurando se sentar um pouco afastado. Com os braços para trás, servindo de apoio para o seu corpo e as pernas esticadas para frente, olhou para cima novamente.

– O que está fazendo aqui isolado? – a voz de Chanyeol o levou a sorrir automaticamente. Seu sorriso só aumentou quando sentiu os braços alheios o envolverem por trás, levando-o a descansar as costas contra o peito do capitão enquanto se sentavam juntos.

– Esperando por você. – respondeu-lhe e virou o rosto, procurando pela boca de Chanyeol para selar ambos os lábios em um beijo rápido.

– E que horas acontece essa chuva de meteoros?

– Não se sabe.

– E pretendem ficar a noite toda aqui esperando?

Baekhyun apenas balançou os ombros em resposta, o que levou o capitão a rir suavemente e apertar os braços ao redor do ruivo, afundando o rosto no pescoço alheio.

– Há um lugar que eu quero te levar antes de partirmos. – Chanyeol comentou, levantando o rosto para que Baekhyun pudesse olhá-lo enquanto falava. – Queria que fosse comigo visitar o túmulo do meu pai antes de deixarmos La Rochelle. Você acha que poderia?

– Mas é claro, Chanyeol.

Um sorriso largo adornou os lábios de Chanyeol.

– Sabe que sou sortudo em ter você, não sabe? – perguntou em um sussurro, fazendo o pirata rolar os olhos sutilmente e sorrir em seguida.

– Claro que eu sei. Melhor namorado do mundo como eu não existe. – levantou o queixo, constatando seu mérito. Dessa vez foi a vez de Chanyeol revirar os olhos e, em seguida, morder sua bochecha.

– Então somos namorados agora?

– Não faça perguntas idiotas, Park Chanyeol. – Baekhyun cerrou os olhos, movendo o cotovelo e acertando o abdômen do capitão. Este resmungou de dor e prendeu os braços alheios de forma que o ruivo não pudesse mais se mover. Baekhyun resmungou do aperto. – Exijo que me solte.

– Mas você não gosta? – beijou-lhe a curva do pescoço, fazendo-o encolher os ombros com o toque da língua úmida em sua pele. – De um aconchego? – devagar foi desfazendo o abraço apertado, percorrendo as mãos pela silhueta do ruivo, descendo-as e pousando-as próximas a sua virilha.

– Não estamos sozinhos, Chanyeol. – Baekhyun pendeu a cabeça para trás, encostando-a sobre o ombro do outro. Com um arfar baixo, sentiu a mão alheia seguir para mais baixo.

– Começou! – a voz de Sehun interrompeu o casal, levando-os a pararem com o que faziam e a desviarem os olhos para o alto. Um risco de luz atravessou o céu naquele momento e, após um tempo, outros meteoros foram vistos em questão de segundos.

– Até que foi rápido. – comentou Chanyeol.

– Chanyeol... – o capitão abaixou a cabeça com o chamado de Baekhyun, tendo seus rostos a poucos centímetros de distância quando se virou para encará-lo. Percebeu então que o ruivo possuía o corpo virado de frente para si, uma das mãos a apertar o interior de sua coxa. – Podemos subir?

Estava escuro e era pouca a claridade que provinha da lua, mas Chanyeol pôde ver o brilho nos olhos de Baekhyun; o desejo que estes transpareciam. Ele não disse nada, apenas entrelaçou os dedos nos do ruivo e o puxou para que fossem para dentro da pensão.

Não houve troca de palavras e quando estavam a sós, com a porta do quarto fechada, suas bocas já se encontravam juntas. Foi Baekhyun quem transformou o beijo suave em um com mais urgência e pressa, sugando e mordendo o lábio inferior de Chanyeol enquanto a língua procurava pela sua, explorando-lhe a boca. Sorriu brevemente quando percebeu que o capitão acompanhava seu ritmo, deixando-o que tomasse o controle.

Com os dedos entre o tecido da camiseta de Chanyeol, Baekhyun o puxou em direção a cama, sem ousar interromper os beijos que trocavam, até que estivessem no colchão com o moreno sobre si. Conduziu suas mãos por debaixo do tecido da roupa, contemplando o corpo esbelto de Chanyeol quando este se colocou de joelhos entre suas pernas para retirar a camiseta após o seu comando.

O pirata sorriu de canto ao perceber os olhos de Baekhyun percorrerem sem pudor pelo seu tronco exposto. Em seguida, viu o ruivo se aproximar de si e deslizar as mãos em seu abdômen.

– Você é tão bonito. – Baekhyun o elogiou em um sussurro.

Chanyeol soltou uma risada curta, levando a mão até o rosto do pirata e acariciando-lhe a bochecha com o polegar. Baekhyun automaticamente se entregou ao toque de olhos fechados.

– Você que é. – Chanyeol aproximou suas bocas, selando seus lábios gentilmente nos de Baekhyun, logo, movendo-os para o maxilar e descendo em direção ao pescoço. E conforme foi descendo os beijos, seus dedos se agilizaram em desabotoar a camisa do ruivo, deixando o caminho completamente livre para que pudesse se deliciar e abusar da pele macia.

O tecido deslizou pelos braços de Baekhyun, indo de encontro ao colchão e logo seu ombro se tornou alvo de selares e mordidas que iam marcando sua tez pálida pela qual a boca de Chanyeol percorria. O ruivo fechou os olhos em deleite, mas quando sentiu as mãos do capitão subindo gentilmente pelas suas costas – mais especificamente pelas cicatrizes profundas que ali foram deixadas –, Baekhyun abriu os olhos e buscou o olhar do capitão.

– Continua bonito pra mim. – foi a resposta de Chanyeol quando afastou os lábios da pele alheia para encará-lo.

– Não é... repugnante?

– E por que seria? – sorriu enquanto acariciava carinhosamente as costas do ruivo em movimentos lentos. – É uma parte de você, de quem você é hoje.

– Eu sei, mas... – Baekhyun rolou os olhos sutilmente, contendo um sorriso.

– Eu amo cada parte de você, Byun Baekhyun. – levou as duas mãos até o rosto do ruivo, segurando-o com firmeza e olhando diretamente em seus olhos. – Não há nada de repugnante. Acredite.

A resposta veio com Baekhyun quebrando a pouca distância entre ele e Chanyeol, e juntando suas bocas com urgência dobrada. Seus braços logo buscaram envolver o pescoço do pirata, puxando-o contra si até que estivessem deitados sobre a cama novamente, as respirações já descompassadas e os corpos colados, ardendo em desejo. Quando Chanyeol o beijava, Baekhyun sentia que era a única coisa no mundo em que o capitão reparava; que não havia nada importante senão suas bocas conectadas; seus corações batendo em uníssono; o desejo que sentiam um pelo outro.

Baekhyun soltou seu primeiro gemido quando seu membro foi pressionado contra o de Chanyeol, e quando este, movimentando seu quadril, gerou uma fricção prazerosa por cima de ambos o tecido das calças. O ruivo não possuía muita experiência, na verdade, ele nunca esteve na cama com um homem antes, mas Chanyeol o fazia se esquecer disso, focando-o apenas na sensação boa de ter um corpo masculino lhe gerando prazer.

Os movimentos do quadril do capitão se tornaram mais rápidos e precisos, e juntamente aos beijos e mordidas na região sensível de seu pescoço, Baekhyun deixou um gemido mais alto e arrastado escapar pela garganta, acompanhado do grunhido rouco de Chanyeol. Os membros eretos já pulsavam dentro das calças e Baekhyun não via a hora de se livrar dos tecidos.

– Tira. – pediu em súplica, os dedos a brincarem com a cós da calça de Chanyeol. Este fez o que foi pedido e, em seguida, observou o ruivo fazer o mesmo, jogando o tecido direto para o chão junto à prótese. Baekhyun não poupou tempo e o puxou pela nuca, beijando-o novamente e com mais intensidade. – Você tem óleo corporal? – questionou em meio ao gemido quando sentiu o membro de Chanyeol roçar em sua entrada.

O capitão afastou seus rostos, encarando o pirata em questionamento.

– Jongdae disse facilitaria se tivesse óleo corporal. – mirou os olhos novamente em Chanyeol quando o capitão não se pronunciou.

– Você falou com Jongdae sobre isso?

– Eu estava curioso. Eu não tenho experiência, você sabe, sexo com um homem. – soltou uma risada baixa diante da expressão desorientada de Chanyeol. – Então… você tem ou não tem? – questionou e o viu balançar a cabeça em concordância, em seguida, retirar um recipiente de vidro dentro de uma das gavetas da mesa de cabeceira. Ao perceber a incerteza na expressão do capitão, Baekhyun se levantou e se aproximou, sentando-se em seu colo. – Chanyeol... – tomou-lhe o rosto com as duas mãos.

– Nós podemos fazer isso de outra forma.

– Mas eu quero assim. – então alcançou a mão do capitão, abrindo o recipiente e despejando o líquido viscoso em seus dedos. Chanyeol acompanhou seus movimentos e mordeu o lábio inferior quando viu Baekhyun segurar seu pulso e levar sua mão na parte de trás do próprio corpo. – Eu quero você. 

Chanyeol sabia o quão desconfortável e também doloroso poderia ser a primeira transa com outro homem. E por este motivo ele não queria que Baekhyun passasse por isso, afinal havia outras formas de proporcionar prazer aos dois. Mas o sussurro em súplica vindo da boca do ruivo em seguida, para que ele movesse os dedos dentro de si e o fizesse seu, fez Chanyeol ceder e atender o pedido sem retrucar.

Baekhyun arfou contra sua boca quando o primeiro dígito foi inserido e, com receio, Chanyeol preferiu não mover sua mão, deixando que o corpo alheio se acostumasse com a penetração. Logo mais, Baekhyun impulsionou o quadril para baixo como quem dizia, apenas pelo gesto, para que o capitão também iniciasse seus movimentos.

Os dedos esguios de Baekhyun se agarraram aos fios de cabelo de Chanyeol com força quando este buscou seu mamilo com a boca, percorrendo a língua em círculos e sugando-o lentamente. Baekhyun soube que aquilo foi para distraí-lo, pois no mesmo momento sentiu o segundo dedo dentro de si, movendo-se junto ao primeiro, um pouco mais a fundo.

Em dado momento, puxou os cabelos castanhos para trás de forma que Chanyeol olhasse para si e trouxe a boca alheia de encontro à sua, juntando seus corpos e suspirando em deleite quando sua ereção foi prensada entre os dois, provocando uma sutil masturbação, mas o suficiente para fazê-lo gemer alto.

– Chanyeol... – clamou junto a outro gemido de prazer.

A penetração, desta vez do membro de Chanyeol, fez o ruivo agarrar-se aos seus ombros largos com demasiada força, as unhas curtas marcando-lhe a pele. Preocupado, o capitão segurou a cintura alheia, pronto para se retirar do interior de Baekhyun, mas este o impediu, abaixando o quadril até que tivesse a ereção de Chanyeol completamente dentro de si. Um gemido rouco escapou por ambas as bocas.

– Você está bem...?

Baekhyun concordou, silenciando o outro com um beijo afoito e iniciando os movimentos de vai e vem com o próprio quadril. O calor envolveu o corpo de Baekhyun e pequenas gotículas de suor começaram a brotar em sua pele enquanto os movimentos contínuos e agitados do seu corpo retiravam todo o ar de seus pulmões. Percebendo a fadiga do pirata, Chanyeol segurou seu quadril e, antes que Baekhyun pudesse protestar por tê-lo parado, deitou-o no colchão em meio aos travesseiros.

Com Baekhyun pressionado contra os lençóis, Chanyeol retornou com os movimentos, desta vez com seu próprio quadril. Apoiado sobre os cotovelos, juntou ambas as testas enquanto adentrava mais a fundo no interior do ruivo, as respirações pesadas e os gemidos se desprendendo de suas bocas em sincronia.

Quando as estocadas tomaram um ritmo mais rápido e os gemidos de Baekhyun aumentaram, Chanyeol deslizou uma de suas mãos entre seus corpos, envolvendo-o e masturbando-o com movimentos precisos. O ruivo choramingou em resposta e pendeu a cabeça para trás, entregando-se ao prazer quando seu membro pulsou na mão do outro e se desfez entre os dois.

Chanyeol foi pressionado pelo interior de Baekhyun quando este alcançou seu orgasmo, e isso o levou a esconder o rosto contra seu pescoço, buscando conter os próprios gemidos, tamanha intensidade do prazer que sentia. Então sentiu as mãos de Baekhyun deslizarem para baixo até que envolvessem seus glúteos, apalpando-os e incentivando-o a mover o quadril com mais força.

– Chanyeol… – a voz de Baekhyun alcançou seu ouvido. O capitão respondeu com um gemido rouco, aumentando o ritmo e a força das investidas. E o seu ápice chegou juntamente à confissão do ruivo. – Eu te amo.


 



 

– Se continuar a querer ficar mandando em mim, eu juro pelos deuses dos mares que eu vou te afogar, Kris. – Jongdae depositou a caixa que carregava no convés do navio, olhando furiosamente para o loiro à sua frente.

– Alguém que não sabe fazer nada direito precisa de orientação, oras. – justificou o outro, mantendo sua postura com os braços cruzados frente ao peito. – Agora pegue aquela outra caixa e leve até a cabine do Chanyeol.

– Vou pegar a minha mão e dar na sua cara, isso sim, seu cretino! – cerrou os punhos, ameaçando acertá-los em Kris que automaticamente encolheu os ombros, receoso.

Junmyeon que observava a cena, pouco mais atrás, soltou um suspiro baixo, demonstrando estar cansado das incontáveis discussões que já presenciou entre os dois piratas.

– Imagina ter que aguentar esses dois durante toda a viagem sem podermos nos livrar deles? – Jongin questionou, o cenho franzido em desgosto. Junmyeon soltou uma risada curta, virando o rosto para encarar o rapaz e Kyungsoo ao seu lado.

– Podemos jogá-los do navio se ficar insuportável demais. – Kyungsoo sugeriu. – Aposto que os tubarões gostarão da companhia deles.

– Você é maldoso. – Jongin acusou em meio aos risos de Junmyeon.

– Tentador, mas Jongdae é precioso demais para eu simplesmente deixá-lo ser comido por tubarões. – o médico sorriu, os olhos presos sobre o namorado ainda a discutir com Kris. Kyungsoo revirou os olhos e Jongin murmurou um “Own”. – Quanto ao Kris, eu o deixo em suas mãos.

O cozinheiro riu.

– Não é melhor interferirmos? – Luhan perguntou assim que se aproximou dos três com Sehun ao seu encalço, também presenciando a discussão dos dois piratas.

– Deixe-os. – Kyungsoo balançou a cabeça, sorrindo. – É perda de tempo tentar conversar com aquelas duas bestas quando estão brigando.

– Eu tive uma ideia. – Sehun anunciou, sorrindo maroto. – Oh? – disse em alto tom, olhando para baixo em direção ao porto de La Rochelle e ao mesmo tempo olhando de canto para Kris e Jongdae. – Não é a Milady Soojung ali embaixo?

Kris rapidamente olhou por cima dos ombros, cessando a discussão entre ele e Jongdae. Contudo, logo que ouviu as risadas dos amigos, compreendeu ser mentira. Ameaçou ir até Sehun, mas foi obrigado a seguir na direção da voz de Minhyuk que havia pedido sua ajuda nos últimos detalhes da preparação do navio para que pudessem partir assim que Chanyeol chegasse.

– Por falar nele, onde que ele foi?

– Se despedindo da família. – respondeu Minhyuk, apontando com a cabeça em direção ao porto. – Já deve estar subindo.

– Eu acho que essas eram as últimas caixas. – Minseok se dirigiu a Kris quando este parou ao seu lado.

– Elas ficarão no convés inferior? – Zitao perguntou, depositando uma grande caixa ao chão com a ajuda de Yixing.

Kris respondeu que sim e, após se certificar de que os três piratas teriam ajuda de outros marujos para carregarem as caixas, dirigiu-se até o parapeito do navio à procura do capitão. Encontrou Chanyeol não muito longe dali, ainda a conversar com sua família, Baekhyun e Kibum.

– Chanyeol! – acenou para o amigo que virou o rosto com o seu chamado.

O capitão acenou de volta antes de voltar para a família.

– Por favor, Baekhyun. Lembre o esquecido do meu filho de me mandar notícias de vez em quando. – Sra. Park o puxou para um abraço, fazendo o ruivo assentir e sorrir enquanto Chanyeol revirava os olhos.

– Soojung não pôde vir, mas pediu pra dizer que façam uma boa viagem. – disse Kibum. – E algo como “Eu te odeio, Park Chanyeol, mas te desejo felicidade”.

– Diga a ela o mesmo. – Chanyeol sorriu, puxando o amigo para um abraço. Então se virou para os sobrinhos e sua irmã. – Obedeçam a mãe de vocês, tudo bem?

– Nós sempre obedecemos! – Sungwoo sorriu maroto, fazendo a mãe e a avó rirem. – Ah! Obrigado pelo presente, tio Channie. Prometo que vou cuidar bem dele.

– Faça isso. Aquela bússola é muito importante pra mim. – Chanyeol bagunçou seus fios de cabelo, em seguida, pegando Chohee em seus braços quando esta pediu por um abraço. – Não cresçam muito até eu voltar, crianças.

– É só você não demorar muito para voltar. – Yura revirou os olhos, sorrindo. – Tome cuidado nessa viagem, está bem? – abraçou o irmão com a pequena Chohee ao meio deles, reclamando do aperto.

– Eu vou.

– Estaremos te esperando em casa. – Sunhi tomou a mão do filho que desceu Chohee do colo para envolver os braços ao redor da mãe. – Se cuida, meu filho.

– Você também, mãe.

Após se despedir, assim que colocou os pés em seu navio, Chanyeol foi informado pelos seus marujos de que estavam prontos para partirem. Seus olhos buscaram o céu e a bandeira negra içada ao topo do mastro, balançando incessantemente com o forte vento que vinha do leste.

– Está um ótimo dia para navegar. – Baekhyun comentou, fazendo-o virar o rosto para encará-lo.

– Está. – Chanyeol sorriu, ajeitando o chapéu em sua cabeça. Então, estendeu a mão para que o ruivo a pegasse, entrelaçando seus dedos em seguida. Permaneceu com os olhos sobre Baekhyun por alguns segundos e não se conteve ao se aproximar e beijar-lhe a boca, frente à sua tripulação.

Viu Baekhyun partir os lábios, surpreso. E com um sorriso adornando os lábios, Chanyeol se afastou e se dirigiu até o castelo da popa.

– Subam as velas, marujos! – o capitão anunciou em alto tom, uma das mãos na roda do leme e a outra a ajustar seu chapéu sobre a cabeça. Então exibiu um sorriso direcionado à sua tripulação toda reunida no convés principal. – É hora do Pérola Negra voltar ao mar!

 


Notas Finais


Nunca sei o que dizer nas notas finais do último capítulo...
Acho que só tenho a agradecer. Foi uma honra poder dividir essa estória, essa pequena aventura ao mar e minha primeira longfic tendo Baekyeol como principal. PN não seria nada sem vocês. Muito menos sem aquelas que faziam a divulgação dela. Nem preciso citar nomes, certo? Obrigada, meninas. Vocês são demais ♥

Enfim, missão cumprida e outra fic terminada! Estou triste, claro, mas feliz por ter concluído mais um projeto, essa estorinha que ficará guardada no coração assim como todo o amor e elogios que ela recebeu ao longo das postagens ;; Muuito obrigada por terem lido a fic! Obrigada mesmo.

PN termina aqui, mas espero vê-los nos meus próximos projetos.
Um beeijo e até lá! ♥


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