História Pérola Negra - Memorias

- Essa manhã, Akasuna no Sasori, Presidente de uma multinacional, foi encontrado morto em seu escritório. Os policiais alegam que as câmeras sofreram falhas durante o ocorrido... – Hinata escutava as notícias enquanto arrumava o café da manhã, ela estava á espera de Neji para que eles pudessem comer juntos.

- Neji-nii-san. – Sorriu. – Bom dia.

- Bom dia. – Ele pegou uma maçã a foi em direção á porta da cozinha que dava acesso á garagem.

- Não vai tomar café? – Perguntou a morena, desanimada.

- Não. Tenho que me encontrar com o Senhor Hiashi – Disse fechando a porta.

 Quando vou parar de ser um incomodo? Perguntou-se encarando a mesa. Hinata havia preparado tudo que o primo gosta, se esforçou para aprender as receitas e fazer como sua tia fazia.

- Talvez ele queira comer outra hora... – Sussurrou.  Hinata comeu sozinha sem pressa. Assim que terminou, guardou tudo o que sobrou em marmitas, pôs na geladeira e foi para escola.

(...)

Aquela mesa realmente estava bonita... Neji saiu do carro e entrou no grande prédio dourado, passou pela recepção e foi direto para o elevador.

Estava igualzinho como quando eu era criança... Neji apertou o botão do ultimo andar enquanto teve uma vaga visão da sua infância, o sorriso de sua mãe.

Ele saiu do elevador e foi em direção á sala do presidente, onde havia dois seguranças na porta. Um deles encarou Neji, ele revidou com um gélido olhar vazio, como se fosse matá-lo ali mesmo. O segurança recuou e Neji entrou na sala.

- Senhor Hiashi. – Fez reverencia. – Queria me ver? – Perguntou serio.

- Sim. Como sabe, Sasori morreu durante a madrugada. – Hiashi estava sentado em uma grande mesa, ele falava com o menino enquanto olhava alguns papeis. – Parece que sua morte foi um tento favorável, não acha? – Ele o olhou.

- O que quer dizer, senhor? – Hiashi não respondeu a pergunta de Neji. Ele apenas se levantou e pegou uma maleta estreita, um tanto grande e pesada, que estava em um canto da sala.

- Neji, como vai o seu pai? – Perguntou destravando a caixa, em frente a mesa.

- Você sabe como ele está. – Neji travou o maxilar, de forma nervosa.

- Sim. Eu sei. Mas você sabe? – Hiashi usava um tom de voz muito natural para falar aquilo. Neji serrou os punhos. – Afinal, faz muito tempo, não é? Faz tempo que você não o visita. – Hiashi, ainda sem olhar o menino, abriu a maleta.

- Aonde quer chegar com isso, Senhor? – Neji tentava controlar o tom de voz e a postura.

- Não quero que deixe vestígios. Espero que você tenha mais alto-controle. Do contrário... – Fez uma pausa e olhou o moreno com um olhar desafiador. – Terei que dar um jeito em você. – Neji arregalou os olhos.

- Está insinuando algo? – Perguntou, agora tremendo.

- De jeito algum. Eu só estou tomando precauções. – Hiashi virou a maleta para Neji de forma que ele conseguisse ver o que havia lá dentro.

- O-onde achou isso? – Neji, agora tentava controlar a respiração.

- Isso importa? Leve isso daqui antes que dê problemas para a empresa. – Disse autoritário. Neji fechou a maleta a pegou, ainda nervoso, saiu da sala do mais velho e correu para sua sala.

Aquele velho maldito...

Assim que Neji fechou a porta de seu escritório, deslizou lentamente até o chão e tentou controlar sua respiração. O Suor escorria por seu rosto, o sangue fervia em suas veias e seu coração estava fora do normal.

(...)

- Yo Hinata. – Naruto e Sasuke entraram na sala onde não havia mais ninguém.

- Ohayo. – Disse ela com um sorriso forçado, que foi logo notado por Sasuke. – Naruto-kun parece feliz hoje. – Comentou vendo o loiro se ajeitar em sua cadeira.

- Ah! Sim. Consegui passar de uma fase super difícil ontem em um jogo. Demorei dias pra conseguir.

- Agora está explicado porque você dorme nas aulas. – Disse Sakura na porta da sala.

- Não enche. – Resmungou Naruto.

Aos poucos os outros alunos foram entrando na sala e logo as aulas se iniciaram.

Hinata tentava se concentrar nas lições, mas sua cabeça estava doendo, começou com apenas uma pequena dor, mas agora doía muito. Vez ou outra ela se pegava massageando a própria testa.
Ela dizia a si mesma que logo seria o intervalo e tentava se acalmar.

(...)

- Então... Começou. – Disse o moreno. – Temo que eu seja o próximo.

- Senhor quer que eu alerte os seguranças, Senhor? – Perguntou o mais novo, indiferente.

- Não. Não será necessário. – Ele analisava alguns papeis na grande mesa de seu escritório.

- Tem certeza? – Insistiu.

- Tenho. Sasori não era tão importante...

(...)

O sinal tocou e os alunos logo começaram a correr para fora da sala. Hinata pegou uma pequena bolsa e sua marmita. Ela saiu rapidamente da sala, tentando evitar os colegas.

- Por que ela sempre faz isso? – Perguntou Naruto observando a menina.

- Vai saber. – Ele pegou sua carteira e foi na mesma direção da morena.

Hinata estava com uma pequena garrafa em uma das mãos e na outra tinha um comprimido. Ela tremia, estava tentando não derramar água, mas as dores eram muito fortes.

Hinata ouviu vozes do corredor e tentou ao máximo se controlar. Ela colocou o comprimido na boca e bebeu água em um gole. Quando as meninas entram no banheiro, Hinata tentava se manter firme. Ela pegou a garrafa e o pode, enfiou na bolsa e saiu rapidamente do banheiro.

- Por que está tão alterada? – Hinata se assustou com a voz que ouviu assim que saiu do banheiro. Sasuke estava encostado na parede esperando por ela.

- N-não estou alterada.

- Está sim. Você está suando e tremendo. – Sasuke encarou a menina. – O que está acontecendo com você?

-N-nada. – Hinata estava cabisbaixa. Sasuke se aproximou dela e a mesma deu um passo á trás.

- Não minta. – Ele aproximou seu rosto ao dela, deixando a menina corada.

- S-Sasuke... – Ele segurou o rosto da menina forçando-a o olhar. – N-não estou mentindo... – Sasuke encarou os olhos de Hinata. Ela não vai dizer...

Sasuke ouviu algumas meninas saindo do banheiro e logo se afastou de Hinata, seguindo para o pátio.

Essa passou perto... Hinata estava voltando ao seu normal. Depois de se recompor ela seguiu para o pátio.

Hinata sentou-se com seus amigos, ignorando o que acabou de acontecer, mas Sasuke não parava de olhar a menina.

(...)

Neji chegou em casa quando o sol estava se pondo. Ainda estava desnorteado pelo ocorrido daquela manhã. Ele ficou alguns minutos no carro, pensando em seu pai e toda a confusão que ocorrera há um tempo.

Mais calmo, ele pegou a maleta e entrou. Apressadamente subiu as escadas e foi para seu quarto, nem notara Hinata dormindo no sofá. Ele guardou a maleta em baixo da cama e respirou fundo.

Só então havia se dado conta de que não havia comido nada, além da maçã. Ele desceu as escadas, assim que chegou à sala percebeu Hinata dormindo no sofá.

Ela nem se preocupa em pegar um resfriado? Se bem que isso não é nada em comparação ao resto... Pensou ele, indo para a cozinha. Neji viu um bilhete na geladeira, nele estava dizendo que sua janta estava em uma marmita branca.

- Idiota... – Bufou. – Devia se preocupar mais com você... – Ele pegou a marmita, esquentou e comeu.

Voltando para a sala, parou por uns segundos para observar a menina que dormia calmamente. Neji levou sua mão até a testa de Hinata. Será que a febre sela passou? Nem tive tempo de perguntar... Quando Neji se deu conta de que estava acariciando os cabelos da menina, tirou sua mão rapidamente.

- Hinata... – Chamou. – Hinata se ficar no sofá pode ficar doente de novo. – Disse dessa vez cutucando-a de leve.

- Hmm... – Apenas isso que recebeu em resposta.

- Você realmente não tem jeito. – Ele a pegou no colo e a levou para seu quarto, lembrando-se de quando eram mais jovens.

-Neji-nii-san... – Chamou a pequena, manhosa.

- Você caiu de novo? – Perguntou ele em um tom de reprovação. Hinata estava caída na areia de um parque, com o joelho ralado. – Realmente... Você não tem jeito. - Neji virou-se de costas para a menina. – Suba. – Mandou.

Hinata subiu sem questionar o mais velho. Ele a carregou até em casa, mas na metade do caminho a menina dormiu.

- Hinata. Chegamos. – Disse ele em uma tentativa falha de acorda-la. – Ei, Hinata. – Ela dormia profundamente. – Francamente... – Neji carregou-a até seu quarto, colocando a menina na cama. – O que vai ser de você quando eu não estiver por perto, hein? – Perguntou enquanto a cobria. Ele parou uns minutos para observa-la. – Parece até um anjinho de porcelana...

- Hina-chan? – Os pensamentos de Neji foram interrompidos pela voz da sua tia. Ele saiu do quarto da menina e foi em borá, se despedindo de sua tia.

- Todos esses anos, e você ainda precisa de mim... – Neji colocou a menina na cama e foi para seu quarto.

(...)

- Você sabe sua próxima missão? – Perguntou o loiro.

- Sim. – Respondeu.

- Certo. Mas por hora espere. Afinal se o Pesadelo Noturno atacasse toda noite, logo suspeitariam de nós. Não é? Apenas descase e se esforce mais... Fiquei sabendo do seu probleminha mais cedo...

- Prometo que isso não vai interferir.

Continua...