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História Pérolas e Safiras - Coração Congelado


Escrita por: thereddiamond

Notas do Autor


Yo! Bem-vindo(a) a minha fic Naruhina, que embora seja a primeira postada aqui, não será a última! AHUAHUAHUAHUAUA
Primeiramente, essa fic, originalmente, é de três anos atrás e naquela época ainda acontecia o maravilhoso final do mangá e por isso a estória e seu desfecho estão um pouco diferentes da obra original. Mas, ainda assim tenho orgulho do que fiz e pela sinopse pode dá até a sensação que apenas parafraseei o filme The Last, porém posso jurar que ela é completamente diferente! Rs.
Bom, devidamente avisados, posso concluir minhas saudações e dizer que, como a fic está completa, em breve estarei postando todos os capítulos. Entretanto, por hoje, os deixarei com o primeiro capítulo e sinceramente espero que gostem.
Boa leitura e até mais! Bjus, ;D

Capítulo 1 - Coração Congelado


O céu brilhava nesse dia em especial. O dia já amanhecera lindo e o sol brilhava na Aldeia da Folha, aquecendo e alegrando seus habitantes. Era mais um dia, mas não para um certo rapaz hiperativo.

Aquele dia era bastante importante. Afinal, hoje seria o momento em que Uzumaki Naruto conseguiria avançar um enorme passo para alcançar seu maior sonho: ser Hokage. Depois de um teste difícil, a vila finalmente o reconhecia como um jounin e daqui a algumas horas, ele deveria receber o colete dos shinobi de elite.

Naruto andava pelas ruas de Konoha com o seu típico e grandioso sorriso, iria almoçar no Ichiraku, afinal, em um dia como esse deveria comemorar comendo o seu prato predileto.

Já fazia três anos em que a Grande Quarta Guerra Ninja havia terminado. E dois anos que finalmente, Uchiha Sasuke havia retornado da escuridão que fora implantado em seu coração. Tudo isso foi mérito do louro que andava despreocupadamente pela vila. Finalmente conseguira arrancar seu amigo das garras do Orochimaru e cumpriu a promessa que fizera a Sakura.

Naruto agora era um rapaz alto, forte e muito mais decidido. A cada dia, Tsunade se impressionava com a aparência quase idêntica entre ele e Minato. Naruto havia espichado, estava quase mais alto que Sasuke, sua beleza também aumentara, o que ocasionava em suspiros por onde passava. O jovem Uzumaki já tinha seus 18 anos e nunca namorara, ainda possuía aquele amor pela Haruno Sakura.

Mesmo que o rapaz tivesse mudado fisicamente, ainda continuava com aquela ingenuidade e meninice que já eram sua marca registrada. Como uma vez Uzumaki Kushina dissera para seu marido, Naruto nunca saberia quando uma garota gostaria dele.

As coisas no mundo shinobi estavam diferentes, havia uma crescente paz que ás vezes assustava o rapaz. Ele pensava que um dia isso tudo acabaria e que uma coisa pior poderia abalar novamente a vila. Entretanto, com o tempo passando, percebeu que essa paz veio para ficar e caso alguém queira interrompe-la, Naruto estaria ali com seus amigos para derrotar tal perigo. Ele daria tudo para que todas aquelas novas crianças e as que iriam nascer tivessem um futuro promissor, que como futuro Hokage de Konoha, acabaria com as injustiças e transformaria aquele mundo num lugar pacífico, onde todos poderão ter a certeza de sua segurança.

Sendo assim, em anos, uma aliança foi feita com os países, todos seus comandantes concordavam entre si e tinham a certeza que depois de tanto sangue derramado, estava na hora de acabar com as desavenças e iniciar uma nova era.

Então respirando esses novos ares, o louro seguiu confiante para a barraquinha de rámen e ao se sentar em um dos banquinhos deu de cara com Shikamaru e sua habitual cara de tédio.

- Yo, Naruto! – Cumprimentou o jovem Nara, ele rapidamente se sentou ao lado do bom amigo.

- Hey, Shikamaru! – Naruto cumprimentou no seu típico tom alegre. – Me acompanha no rámen? Eu pago!

Prontamente Shikamaru aceitou a oferta do seu futuro Hokage. Sim, o rapaz tinha essa certeza, confiava em Naruto e o ajudaria no que fosse preciso. Seu pai, Shikaku, morrera na Guerra, mas morreu acreditando no futuro do seu filho nas mãos do louro e ele sabia que estaria em boas mãos.

Com a animação de Naruto, rapidamente se seguiu uma conversa alegre, claro que por parte do louro, já que o Nara vivia lamentando.

- Cara, - se queixou Shikamaru. – mulheres são tão problemáticas... Temari não me deixa em paz...

- Achei que sua namorada estivesse na vila da Areia? – Naruto questionou com a boca cheia de macarrão.

- E está! Mas mesmo assim ela consegue me irritar.

- Você não gosta dela? – Ele perguntou confuso.

- Claro que gosto. – Respondeu indignado. – Só que eu queria ficar mais tempo sozinho, sabe?

Naruto balançou a cabeça negativamente, não conseguia entender o amigo. O rapaz queria entender, mas nunca teve realmente tempo para compreender as mulheres. Depois de enfrentar a Akatsuki, Madara e Orochimaru, mulheres estava no final de sua lista.

Com a constante paz que ronda Konoha, o jovem percebeu que queria ter alguém do seu lado. Ele ficava meio envergonhado ao ver que todos na vila estavam namorando. Shikamaru tinha a Temari, Ino já namorou o Gaara, mas agora estava com o Sai. Até Konohamaru estava tendo um relacionamento com Hyuuga Hanabi. Os únicos que ainda permaneciam solteiros era Tenten – ainda de luto pela morte de Neji, Sasuke, Sakura, Kiba, Shino e Hinata...

Até Iruka-sensei estava namorando a filha do dono da barraquinha de rámen.

Naruto não queria ficar sozinho, entretanto não conseguia esquecer seu amor infantil pela Haruno. Contudo, o jovem sabia que havia alguma coisa entre ela e seu melhor amigo Uchiha. Ele ás vezes encontrava a rosada e o moreno conversando sozinhos e quando chegava perto, os dois fingiam estar fazendo outra coisa.

Ele podia ser ingênuo, mas dava para perceber algo estranho no olhar dos dois. Lembrava do dia em que finalmente trouxera seu amigo para casa e jurou que nunca viu o rosto da rosada ficar tão brilhante, tão feliz. Foi nesse dia que o rapaz teve a certeza de que fizera a coisa certa em ter trazido o moreno de volta para vila.

Mas agora tinha a incerteza do que ela realmente sentia pelo Sasuke e por ele, se realmente havia, mesmo que remota, a chance de conseguir seu amor.

Depois de escutar muitas reclamações e bocejos de Shikamaru, Naruto seguiu diretamente para o prédio onde receberia seu colete. Ao chegar no lugar, encontrou o salão cheio de pessoas conhecidas, apressadamente, ele cruzou a multidão e entrou num círculo reservado aos participantes da cerimônia de entrega.

Naruto se colocou ao lado de um jovem rapaz que parecia tremer de medo. Sua ansiedade era alta, não conseguia parar quieto. Contudo, teve de se controlar e esperou pacientemente a Hokage vir pessoalmente entregar os coletes aos mais novos jounin. Ela mantinha o rosto neutro, mas ao chegar em Naruto,  não pode conter o sorriso, mesmo que mínimo, em seu rosto.

A Senju estava imensamente feliz pelo garoto que vira crescer. Estava satisfeita com o que Naruto havia se tornado e conquistado.

- Parabéns Naruto! – Falou baixo para que apenas o rapaz escutasse.

Entretanto, o louro nunca fora conhecido por ser discreto e mesmo que Tsunade tentasse controla-lo, acabou por ser agarrada pelos braços fortes do rapaz e levar um sonoro beijo na bochecha.

- Obrigado vovó! – Ele gritou alegre.

A vontade que Tsunade tinha era de dar um belo soco no rapaz por tê-la chamado de “vovó”, mas aquele era o dia dele. Sabia que essa era a realização do sonho daquele sofrido garoto. Como podia acabar com a felicidade daquele que considera como um neto? Quase um filho?

Então apenas se deixou ser abraçada pelo rapaz e secretamente guardou seu sorriso de orgulho que tinha daquele rapaz.

*

O dia estava lindo e quente, um clima perfeito para se passear com os amigos, namorar no parque ou até mesmo apenas andar por aí e enxergar as belezas que a natureza tinha de secreta, o cheiro que a primavera exalava...

Mas para Hyuuga Hinata, aquele dia estava tudo menos lindo. Aquele era o dia exato, talvez, de sua entrada na decadência.

Um sonho estava se concretizando, entretanto ela não sabia se era seu sonho ou dos outros, principalmente do seu pai. No dia de sua posse como líder do clã, ela observava seu quimono de líder como um manto enegrecido que iria cobrir sua vida a partir dali em diante.

Não que estivesse vivendo feliz, mas agora com um clã inteiro em suas costas, ela não podia se fechar no quarto e curtir sua profunda tristeza. Hinata sofria. Não conseguia achar mais graça em nada do que via. Viver se tornava um passo doloroso e difícil. A morena pensava que os mortos tinham sorte. Ela queria a morte para si, era um meio fácil para se esquecer e ignorar a dura realidade.

Contudo, não poderia morrer agora, tinha de guiar o clã, como primogênita da família principal da Souke era esse seu direito e dever. Seu pai confiara este poder a ela e somente Hinata poderia executa-la. A jovem ganhara de Hiashi o respeito e confiança que tanto almejou desde a infância, menos o amor e carinho que necessita. Isso, o homem frio, o velho Hyuuga jamais poderia oferecer.

Hinata adoraria correr para fora do clã, para fora da vila e se esconder na floresta, viver longe dessas pessoas que a olham de maneira acusadora. O ex-líder Hyuuga impôs sua vontade sobre os conselheiros da Souke, que de uma maneira ou outra queriam impedir a posse da jovem Hyuuga. Ela queria ter impedido o pai e deixar que ele voltasse a sua empatia de antes, de quando se recusava a aceitar o progresso dela, de que jamais conseguiria ser alguém dentro daquele clã.

Ela lutou por muitos anos para conseguir sua aceitação, mas cá está desejando o completo oposto.

Seu coração estava congelado, para não dizer estilhaçado, o frio que sentia em si não permitia tal coisa mantendo-o ainda completo. Sentia que qualquer baque em seu peito poderia ser fatal e isso gerasse algo bem pior do que sofre atualmente. Sua alma estava negra, se sentia coberta pelo manto da morte. O peso da morte do seu primo fora o estopim para tal desabamento.

Hinata já não tinha mais forças para se erguer da escuridão, tentou a todo custo se manter firme, da mesma maneira que manteve Naruto firme na batalha contra Obito. Mas ela sabia que a morte do seu nii-san não fora culpa do louro.

Não, foi o extremo oposto. Ela era a culpada de todo o seu sofrimento. Se não sentisse esse amor impossível, imaginário e cego pelo Uzumaki, Neji não haveria tentado protegê-la daquelas lanças e hoje estaria aqui tentando convencê-la a se acalmar para sua posse.

O ódio que tinha de si era maçante, quase de fazê-la ter a vontade de pegar uma kunai e acabar com a imagem da garota pálida e de aparência delicada com horríveis cortes e dilacerações em sua pele perfeita. Algo dentro dela queria que os gritos em seu interior fossem externados, entretanto, se mantinha calada, nunca conseguindo ter voz para gritar por socorro...

Precisava de ajuda e sabia quem era a pessoa exata para tal trabalho, mas ela não podia a se permitir em ser tão egoísta. Ele não viria ao seu socorro, não queria manchar a recente felicidade do louro com sua escuridão. Hinata não entendia que força era essa que a impedia de se matar. Era como se seu destino fosse aquele, de ver a todos ao seu redor feliz, crescendo, enquanto ela permanecia parada, presa por algemas de ferro.

Respirando fundo, pegou seu quimono de líder e o vestiu. Olhou-se no espelho, viu uma garota de cabelo negro azulado, que tinha belos olhos perolados e uma pele macia, delicada como porcelana vestida em trajes reais. Não era uma imagem que a garota se orgulhava, odiava sua aparência frágil e submissa. Decidida a encarar seu destino, saiu da mansão principal e seguiu pelo clã até chegar à cúpula de reuniões do clã. Por todo o trajeto, a jovem sentiu olhos a perfurarem pelo caminho, entretanto, decidiu ignorá-los e olhar para baixo. Entrando na sala, encontrou muitos pares de olhos curiosos, alguns até eram reprovadores.

Contudo, Hiashi logo tratou de pedir que sua filha se aproximasse e para que iniciasse a transição do poder. A cerimônia era simples e majestosa, mesmo que Hinata não quisesse admitir, estava linda. Seu pai se impressionou com a calma que sua filha aparentava e gostou de tal ato.

Quando os seus olhos se cruzaram pela primeira vez, já no final da cerimônia, Hiashi sentiu um aperto incomodo em seu peito, ao enxergar algo que ignorara pelos últimos anos. Aquela mulher que o encarava friamente não era mais sua filha, a garotinha tímida e frágil fora substituída por uma mulher fria e de uma calma que o assustava. Mas não era isso que ele queria, que sua filha deixasse de ser uma inútil chorona?

Depois que a cerimônia acabou, a então líder recebeu congratulações de todos os presentes e ao se ver livre de toda bajulação, seguiu de volta a mansão acompanhada pelo pai. O silencio entre ambos era incômodo, mesmo que Hiashi fosse frio, queria escutar a voz doce de sua filha, que estava cada vez mais calada que o normal.  Era um comportamento estranho, não se lembrava em nada a garotinha que ele tanto humilhara por todos esses anos, a jovem que ao lado do filho do Quarto Hokage lutou para trazer a paz no mundo ninja. Era para ela estar ainda mais forte, alegre, sorridente...

Mas tudo que recebeu de Hinata antes de vê-la se enclausurar dentro do escritório, fora indiferença, como se ele não estivesse ali ao seu lado. Contudo, mesmo se sentindo culpado, aquela típica preocupação paterna, deixou sua filha em paz, entendendo que por fim, Hyuuga Hinata decidira deixar seu passado para trás e se tornar a líder que o clã ansiava por ter.


Notas Finais


Comentários? Até a próxima! ^^


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