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História Pérolas e Safiras - Visita - Parte I


Escrita por: thereddiamond

Notas do Autor


Yey! Como vão? Aqui está mais um novo capítulo e dessa vez veio dividido em partes... Se der tempo de terminar de corrigir, ainda hoje, posto a parte dois, se não, fica pra amanhã. Sorry XD!
Antes de deixar vocês, mais uma vez quero agradecer ao apoio de todos e estou extremamente grata, feliz e animada, pois em tão pouco tempo a fic anda tendo um número enorme de visualizações. P&S sempre foi meu orgulho e agora, isso tudo, somente fez aumentar o carinho que tenho por ela. Mas, logicamente, isso somente se deve a vocês e ao apoio que me dão, seja favoritando ou comentando, por isso, muito obrigada!
Dizendo isso, desejo-lhes boa leitura! Bjus, ;p.

Capítulo 4 - Visita - Parte I


Hinata andava pelos corredores vazios de sua casa com a agonizante sensação de que estava sendo observada.

Olhou para todos os lados com muita desconfiança na tentativa de descobrir quem está a sua espreita. Entretanto, suas suspeitas se demonstravam infundadas ao ver que não havia ninguém em sua casa ou fora dela, com o Byakugan. Por precaução – quem sabe por medo - decidiu manter sua linhagem ativa e seguiu para a biblioteca. Inconscientemente deixou um suspiro aliviado sair de seus belos lábios quando entrou no cômodo, que mais lhe agradava na mansão.

Contudo seu alívio se tornou em pânico, ao deparar-se num lugar diferente. Ela virou para trás com a intensão de sair da biblioteca, mas a porta já havia sido substituída pela imensidão branca e enevoada que agora dominava o cômodo. Sem saída. Estava obrigada a andar pelo desconhecido local e possivelmente perigoso.

Seu medo aumentava cada vez mais, principalmente por estar presa em um ambiente infinito. Não via nada mais do que chão e paredes brancas, havia uma densa névoa que a deixava sufocada. Desejava sair dali, não se sentia bem trancafiada, era um pânico quase claustrofóbico. Seu peito apertado fazia com que ofegasse em desespero. Iria gritar para pedir ajuda, mas a névoa grudara seus lábios como cola. Não entendia como havia parado nessa nova dimensão, não conseguia formar suas teorias. Na verdade não conseguia nem pensar.

Percebendo sua falta de controle, a jovem respirou fundo, e tentou com muito custo controlar o coração agitado e frenético. Ela sentiu uma gota de suor escorrer teimosamente pela nuca, fazendo a pele arrepiar, ali não era quente, estava suando frio. Olhou para as mãos e viu o quanto estavam instáveis, elas tremiam sem parar.

Estou com medo, quero sair daqui! – seu interior gritou em desespero desenfreado.

Hinata teve de voltar a respirar fundo, não podia perder o controle. Estava trêmula, suando frio, o desespero...

 Aquilo deveria ter uma saída e se fosse um genjutsu iria saber. Tinha uma saída, pelo menos é o que queria que tivesse. Então voltando a raciocinar com mais calma, ativou o Byakugan e se viu obrigada a soltar um soluço de desespero.

Ela se enxergou infinitamente refletida, como se estivesse novamente presa pelo labirinto de cristal da Guren.

Com sua capacidade limitada, a kunoichi desativou seu Kekkei Gengai e começou a resfolegar como se não conseguisse mais respirar. Ela iria morrer ali se não tomasse controle de suas ações.

De repente sentiu alguém tocar seu ombro esquerdo. Assustada se voltou para aquele lado e não viu nada além do branco. Um vento incomum bateu em seu rosto e novamente se virou para frente e não havia ninguém. Sua angústia aumentou para níveis alarmantes, sabia que estava mais vulnerável, não poderia usar seus olhos. Mas sem conseguir desistir de lutar ativou novamente seu Byakugan e procurou pela pessoa que ainda continuava a lhe tocar com seus toques fantasmas. Eram toques arrepiantes, agonizantes de se sentir e não conseguir afastá-los.

Se concentrando conseguiu ver uma sombra se mover com rapidez ao seu redor.

- Q-quem é você? – Ela questionou baixo com a voz trêmula.

Ela seguia a sombra que corria ao seu redor com muita rapidez, para que seu Byakugan afetado pudesse definir sua imagem com perfeição. Em resposta, a sombra riu, era uma risada suave e profunda. A risada sarcástica ecoou por todo o lugar, um som que fez Hinata tremer ainda mais.

- Quem é você? – A garota dessa vez gritou, não suportava isso, estava angustiada e com muito medo.

Alguém me ajuda! – Gritou em seus pensamentos, eram pensamentos mudos em relação à imensidão em que estava.

- Você é minha, você é minha...

A voz suave cantarolou repetidas vezes como um hino de vitória. Hinata agora já chorava, não entendia o que a sombra queria dizer com aquilo. Não, ela não era dela!

Mas seus pensamentos foram abafados pelo canto de vitória que prometia sempre a mesma coisa. Hinata não sabia mais o que fazer, o seu desespero a dominou por completo e não permitiu que raciocinasse uma válvula de escape. Pediu para que a sombra parasse com aquela tortura, que calasse sua boca, mas em troca apenas recebia mais dos toques invisíveis e mais cantoria. Estava sendo controlada e não conseguia ao menos retrucar de maneira decente.

 E como uma medida para se proteger daquele ser invisível, a morena cobriu suas orelhas com as mãos e lentamente se deixou cair no chão, não aguentando mais o peso do próprio corpo. As lágrimas caiam de seus olhos sensíveis e poderosos, deixando-os ainda mais inúteis.

Sem que percebesse acabou por soltar um grito e ao abrir seus olhos se viu de volta a fria realidade.

Hinata se levantou da cadeira confortável, num grande supetão, como se não conseguisse acreditar que estava de volta em seu escritório e dentro de casa. Ela verificou cada canto da sala com avidez e aflição, que a deixava ofegante, com o corpo preparado para atacar. Queria se certificar de que estava tendo um pesadelo quando adormeceu em sua mesa e que não estava sendo enganada por seus olhos habilidosos.

Quando finalmente controlou o coração desenfreado e perdeu um pouco da desconfiança, sentou novamente na cadeira com calma e apoiou o rosto nas mãos suadas, podendo respirar fundo, conseguindo acalmar sua mente e corpo, talvez alcançando espírito.

Seu rosto estava levemente suado, sentia o corpo gelado, com leves tremores provocando espasmos nos músculos tensos e doloridos pela maneira errônea em como adormeceu. Ainda podia sentir nuances amargas do pesadelo rondando sua mente, e se fechasse os olhos conseguiria reviver tudo novamente.

Não aguentando se manter no escritório, que estava escuro – havia perdido a noção de quanto tempo adormecera em cima dos papeis -, saiu com pressa e foi diretamente para seu quarto arrumado e muito reconfortante. Ao se trancar por lá, rapidamente tirou as roupas pesadas, levemente grudentas por causa do suor e entrou no banheiro. Precisava tomar um banho quente e foi o que fez.

Deixou que todo o medo escorresse para o ralo junto com o suor e tensão que a tinha dominado. Encostou-se no linóleo frio do banheiro e tentou apagar tudo o que escutou em seu pesadelo. Não conseguia compreender de onde veio aquilo. Porque teve um sonho tão terrível como aquele?

Resolvendo colocar de lado o ocorrido, terminou seu banho com muita pressa e saiu enrolada em uma toalha branca felpuda. Estava envolta de volta ao conforto do quarto, que era o segundo cômodo da casa que mais lhe agradava. Olhou para o relógio ao lado de sua cama, por puro reflexo, e viu que já eram oito da noite. Suspirou cansada, havia adormecido ás cinco da tarde. Enquanto entrava no seu closet, uma lembrança veio como um estalo na mente. Ela deveria ter se encontrado com Kurenai às sete horas.

Com mais pressa ainda, vestiu uma camiseta de cor clara e uma calça confortável. Penteou o cabelo – que já batia bem próximo à cintura – com muita paciência e ao terminar correu para fora do quarto. Apenas para parar de supetão na entrada da sala ao encontrar a irmã na sala, aos beijos com Konohamaru no sofá.

Hinata ficou extremamente constrangida e corou violentamente, desviando o olhar da cena. Como sua corrida não havia sido silenciosa, infelizmente recebia os olhares envergonhados dos namorados sobre si.

- Vai sair, nee-chan? – Hanabi perguntou controlada como se nada tivesse acontecido. Para falar a verdade não ligava muito se sua irmã havia visto ou não.

Konohamaru ficou bem vermelho, não muito mais que a cunhada, mostrando estar constrangido por ter sido flagrado. Hinata balançou a cabeça para controlar o embaraço, lembrando-se do motivo de estar ali e respondeu afirmativamente a pergunta da irmã mais nova. Antes de sair da mansão, se voltou para o casal que já conversava baixinho entre si.

- Hanabi! – Chamou a irmã que se voltou para ela, rindo de uma piada do namorado. – Cuidado com os guardas, papai pode não estar aqui, mas eles estão de olho na gente.

Alertou se referindo ao fato das duas estarem se sentindo livres do controle exercido por Hiashi. Ele teve de se ausentar da vila para representar o clã em uma reunião em Suna. Devido a isso, Hinata enviara uma nota a sua antiga sensei, avisando que lhe faria uma visita. Esta lhe retornou alertando que ela e Akikazu estariam a sua espera no centro agitado de Konoha, encontro que estava muito atrasada. Hanabi estava aproveitando a ausência do seu pai com o namorado, iria matar o tempo perdido da semana que foi impedida de encontra-lo. Entretanto teria de ajudar o rapaz a sair do clã em segredo, coisa que seria meio complicado, principalmente com Koichi e sua turma rondando a casa principal.

Depois de receber um sinal afirmativo da irmã mais nova, Hinata saiu da casa e na entrada do clã, escutou uma voz conhecida lhe chamar.

- Hinata-sama! – Hyuuga Ko gritou afobado, enquanto corria em direção a garota, que sorriu nostálgica ao se lembrar das quantas vezes fizera aquele atencioso rapaz vir correndo atrás dela, dessa mesma maneira. – Vai sair?

Ele questionou ao chegar a sua frente, ofegante, com o semblante demonstrando estar preocupado. Hinata sabia ler muito bem as feições daquele homem, sabia que ele não gostava da ideia que saísse sem a permissão do pai ou com um dos guardas em seu flanco. Aquilo era de certa forma enervante, agora não podia dar um passo sem que alguém queira acompanha-la. A jovem apenas queria aproveitar a vida, ver uma das pessoas da qual considera como uma irmã mais velha, sua conselheira. Kurenai merecia que a morena retribuísse toda a gratidão e apoio que recebeu por todos esses anos.

- Eu vou sim, deixei Koichi e os outros rapazes cuidarem de Hanabi.

Ela tentou se esquivar educadamente dele e voltou a sair pelo portão do clã. Entretanto isso não impediu que seu antigo guarda-costas não a acompanhasse.

- Já que os rapazes não podem fazer seu trabalho hoje, então eu farei. – Ele falou decidido, coisa que fez a morena soltar um suspiro derrotado. Ko era muito persistente, então apenas lhe restou aceitar a companhia dele.

O Hyuuga era uma pessoa calada e como Hinata não conversava sem necessidade – até mesmo por nunca saber o que falar –, fazendo com que o silencio pairasse sobre os dois. Entretanto a jovem sabia que, se perguntasse qualquer coisa ao rapaz, teria uma resposta. Ko é inteligente, não muito habilidoso, mas gostava dela e a protegia da maneira que podia. Ele ficou muito irritado consigo quando não impediu que Hinata corresse até Naruto para protegê-lo de Pain.

Sabendo disso, aceitou, mesmo que resignada, sua adorável e reconfortante companhia. Talvez fosse um pedido de desculpas por todas as suas desobediências, entretanto era um pedido sem muita sinceridade, até porque jamais se arrependeria do que fez. Suas decisões se demonstraram certas de uma maneira assustadora.

Depois de alguns minutos em uma caminhada silenciosa, Hinata chegou ao centro da vila. Havia muitas lojinhas, bares e restaurantes abertos àquela hora, lançando feixes de luzes coloridas e chamativas na calçada. Os habitantes estavam sorridentes, animados com a noite quente e refrescante da sexta-feira. Todos excitados para o final de semana. Seria mais um sábado e domingo que não haveria mais guerras ou problemas no mundo ninja para atrapalhá-los.

 Foi no meio dessa euforia que a morena deu de cara com sua sensei, que olhava uma vitrine da loja de doces com o filho, que apontava para uma guloseima, mostrando-se bastante animado.

- Eu te compro seis disso se você me der um abraço. – Hinata ofertou no ouvido do garotinho que pulou surpreso.

Quando ele viu de quem se tratava, o menininho sorriu largamente mostrando boa parte da dentição branca e prefeita. Aquele sorriso genuíno de felicidade fez com que a jovem acabasse por retribuir e em anos os lábios contrariaram os sentimentos obscuros que dominavam o coração, erguendo-se num sorriso de pura felicidade.

- Hina! – O pequeno Sarutobi gritou por encontra-la ali.

E sem que precisasse falar mais alguma coisa, para demonstrar toda excitação que o cobriu ao vê-la, a abraçou apertado, os pequenos bracinhos rodearam seu pescoço, prendendo-a junto a ele. A morena retribuiu o abraço e ficou surpresa em notar que tinha crescido em tão pouco tempo.

Depois de ser abraçada por Akikazu, Hinata viu Kurenai sorrindo afetuosamente para aquela cena doce e bonita.

- Kurenai-sensei, me desculpa por estar atrasada. – Pediu se curvando envergonhada por tê-la feito esperar tanto.

A morena mais velha apenas sorriu e desdenhou do gesto formal como estava sendo tratada pela ex-aluna. E com muito bom humor avisou para a garota que também havia se atrasado, pelo fato do seu filho não ter passado bem à tarde. Hinata demonstrou estar preocupada com o sorridente garotinho que tinha em seu colo. Entretanto a Yuuhi logo tratou de quebrar tais preocupações, alegando que ele estava bem melhor.

- Hinata, - Kurenai chamou a atenção da garota que das brincadeiras bobas de Akikazu. – você pode cuidar dele por alguns segundinhos? Eu tenho que falar com o Shikamaru e ele tá aqui por perto...

- Pode ir sensei, eu cuido do Akikazu! – Respondeu alegre pela ideia de cuidar do garotinho. Ela simplesmente gostava muito do pequeno. – Ko-san, acompanhe a Kurenai-sensei, por favor.

- Claro Hinata-sama! – Ele falou solicito, meio relutante, pois não queria deixa-la sozinha.

A Yuuhi queria recusar a presença de Ko, entretanto gostava de conversar com o rapaz. Como tinha de sair com rapidez, acabou por aceitar a companhia do Hyuuga e saiu a procura do Nara.

Depois de ver que sua sensei e Ko se afastaram, Hinata colocou o garotinho no chão e tratou de passear pelo mercado, desbravando seus encantos. Havia muitas barraquinhas de comidas e Akikazu parecia inclinado a querer experimentar todos. Contudo, ela apenas permitiu que comesse um dango, queria evitar que ele tivesse outro problema estomacal.

Em certo momento de distração, ela sentiu a mão do pequeno soltar a sua e quando dirigiu o olhar a ele, viu que o Sarutobi corria entre a multidão, solto e sem supervisão. Nesse momento a morena ficou extremamente preocupada, gritou para que voltasse, mas foi ignorada, vendo-o se afastar numa corrida desengonçada por causa das pernas curtas e gordas.

Para não perdê-lo de vista, Hinata correu atrás dele e sem querer acabou por esbarrar em algo sólido e alto, devido à falta de atenção. Graças ao impacto, acabou perdendo o equilíbrio. Apenas não caiu no chão, pois a muralha na qual esbarrou impediu que caísse. Ao erguer o olhar para a pessoa que havia lhe ajudado, mesmo com toda a vergonha, acabou por ficar tensa e não pode mais respirar.

A Hyuuga se viu presa em olhos azuis, intensos e alegres, seu corpo estremeceu ao sentir o calor das mãos grandes e cheias de cicatrizes do homem em seus braços nus. Ela estava presa nos braços do Uzumaki.

Mas que droga!


Notas Finais


Comentário? HAUAHUAHUAHUAH as coisas vão esquentar daqui para frente, posso adiantar isso! Até a proxima! ^^


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