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História Perseguindo Estrelas - Capítulo 24


Escrita por: Lay_Sullivan

Notas do Autor


Oieeee meus amores,
chegueeeei com mais um capítulo fresquinho, por que eu não consigo ficar longe de vocês

Boa leitura ^_^

Capítulo 25 - Capítulo 24


Fanfic / Fanfiction Perseguindo Estrelas - Capítulo 24

Na quarta-feira eu já estava andando somente com uma única muleta. Harry como era de se esperar não me dirigiu a palavra uma única vez. O máximo que ele fazia era me encarar e morder a tampa da caneta quando tínhamos aula juntos.

Domingo à noite eu abandonei de vez as muletas. Praticamente estou em perfeito estado apesar de ter que caminhar ainda lento e ainda estar usando a bota, não sinto dor e nem desconforto. Esses 13 dias foram bastante cansativos, e essa nem foi a pior parte. Naquela mesma noite, depois que Harry foi embora, só me deu tempo de deitar a cabeça no travesseiro e sonhar com ele. Eu ainda podia sentir os impactos que aquele sonho me causou.

Estávamos na escola.

O sinal tocou e a maré de alunos invadiu os corredores.

Eu o enxerguei de longe. Harry vestia uma camisa amarela, e isso o destacava dos outros alunos.

Ele abraçou Emma.

Depois eu o vi abraçado com Alice.

Eu cheguei perto dele, e Harry me abraçou, tirando meus pés do chão.

— É tão bom te ver feliz— ele disse.

— Só me sinto feliz quando estou com você— digo.

Toda a alegria que eu sentia foi embora quando Harry me soltou e me deu as costas.

Volte. Volte. Volte, Harry.

Tentei segui-lo.

Mas ele continuava me ignorando.

Indo cada vez para mais longe de mim.


Três dias depois, novamente sonhei com Harry Styles. A experiência que tive dormindo foi agradável. Mas quando acordei... é impressionante como um simples sonho foi capaz de estragar o meu dia.

Entrei na pizzaria.

Não precisei nem de dois segundos para esbarrar com ele.

— Oi— eu disse.

Harry sorriu. Ele me abraça apertado, dando beijos na minha bochecha.

Ele parecia feliz em me ver.

Eu queria que fosse real.

Mas não é.

É só meu subconciente me martirizando. E eu o odeio por isso.


E o sonho mais recente foi de ontem a noite. Parte de mim queria que o sonho fosse real, outra parte não. Eu realmente queria acreditar que não me sentia mal por Harry ter parado de falar comigo outra vez. Eu consigo fingir para Kim muito bem, que não está acontecendo nada dentro de mim, e me engano por alguns breves momentos. Mas, a verdade nua e crua é que estou em cacos, e a única pessoa capaz de junta-los e cola-los nesse momento, é a que está mais longe.

Eu quero Harry Styles de volta na minha vida, ainda que para isso eu precise engolir esse sentimento por ele, tranca-lo a sete chaves e, enterra-lo na avala mais profunda do meu coração. E nunca mais devo tirá-lo de lá. Era isso que eu queria fazer, mas não consigo.

Fecho os olhos, tentando me esforçar para pegar fragmentos distantes do sonho. Mas não precisei. A lembrança veio sem esforço algum.

Estava novamente na pizzaria.

Comprei a pizza. Paguei no caixa. Tudo mecânicamente.

Na saída esbarrei em Emma. Ela sorriu pra mim.

— Viu o Harry?— pergunta ela.

— Não— respondo.— Ele tá ai?

— Estava.

Por reflexo olho para dentro da pizzaria e o vejo. Harry está de costas para mim, escorado no balcão.

Emma entrou. Minutos depois, Harry saiu.

Estava anoitecendo.

Fiquei nervosa, e até o meu dedinho do pé tremia.

Harry veio até onde eu estava, e me abraçou.

Ser abraçada por Harry era muito bom. Tinha calor, carinho e afeto.

Não o interpretei de maneira errada.

Não havia maldade alguma.

Era o abraço mais puro que alguém poderia dar e receber.

Eu, particularmente não gostaria de esquecê-lo.

— Senti falta disso— sussurro.

Sinto o corpo inteiro de Harry ficar rijo.

Ele me soltou.

Contorceu o rosto.

E desapareceu.


Na segunda-feira não fui a escola, tinha assuntos para resolver e o primeiro da lista é: voltar ao hospital e me livrar de vez dessa bota ortopédica.

Antes de sair do quarto arrisco olhar pela janela. A cortina do quarto dele está fechada, talvez Harry já tenha ido para a escola. Respirando fundo, pego minha bolsa estilo carteiro jogada na cama e atravesso o corredor.

Sentada na varanda, enquanto espero minha mãe, tento ler Rum: Diário de um Jornalista Bêbado de Hunter S. Thompson. Em geral, quando tenho um livro em mãos eu me esqueço do mundo. Mas ultimamente minha mente não para de me atormentar com imagens distorcidas de Harry Styles.

Será que ele voltou com a Alice? Não. Isso é loucura, até sinto meu coração disparar com a possibilidade.

Largo o livro.

— Acho que esse dia não tem como piorar— suspiro.

— E ai, princesa.

É eu falei cedo demais.

Meu coração disparou. Eu sabia de quem era aquela voz. Era do motoqueiro misterioso.

Abro o livro em qualquer página e finjo ler. Com um pouco de sorte ele vai embora. Eu estava tremendamente errada de novo.

— Hey, princesa. Tô falando com você.

— Meu nome não é princesa— digo sem desviar os olhos do livro.— E não estou falando com você.

— Claro que está, Isabella— ele zombou.

Afundo meu rosto no livro. Eu até me esforço para ler algumas linhas, mas parece que o exemplar que peguei na biblioteca era traduzido para outro idioma, e eu não fazia ideia do que estava escrito.

E não é nem por isso que o meu dia piorou. É mais o fato dele saber o meu nome. Como ele descobriu? Não lembro de ter mensionado meu nome na sua frente.

— Ei, que livro você tá lendo?

Ele não obteve sua resposta.

— Ei!— protestei quando o Sr. Esquisito arrancou o livro das minhas mãos.— Me devolva.

— Pega. Esse livro deve ser realmente interessante para você ler ele até de cabeça para baixo.

Ele ri.

Sinto o sangue fugir do meu rosto.

— Você é muito abusado, sabia?— eu disse.

— É o que todos dizem. É sério que não lembra de mim?— ele sorriu, olhando para mim.— Não me diga que eu mudei tanto assim.

E,  por um rápido instante, me permito analisar seu rosto com atenção, deixando de lado o desconforto que sempre sinto quando ele está perto de mim, e me enchendo o saco.

O cara esquisito parece tranquilo, quase como se não o incomodasse o fato de que eu o estou encarando descaradamente, quase sem piscar. Por um momento, imagino os motivos que ele tem para me perseguir até a minha casa, e isso me parecia assustador.

Mas, eu lembrei de algo quase esquecido. Era uma lembrança de quando eu tinha nove anos.

Eu havia chorado naquele dia.

                         XXXX

— Princesa?— ele chamou.

Apesar de já ter seus quatorze anos, era meu amigo. Me dava doces e não deixava a Caroline gritar comigo.

— Princesa?— Ele se agacha para ficar da minha altura.— Hey, por que não fala comigo?

— Você vai embora— eu disse, virando o rosto.

— Eu tenho que ir. Meu pai não vai mais morar com a minha mãe, entende? Não posso ficar aqui, eu vou com meu pai.— Ele enxugou meu rosto com as mãos.— Escuta, minha irmã vai ficar com a mamãe. Eu venho nas férias para ver vocês três. Tá bom?

— Vou ficar com saudades— solucei.

— Eu também, princesa— disse ele.— Eu também.

Eu o abracei. 

Ele não voltou nas férias como tinha prometido. Para falar a verdade, nunca mais o vi depois daquela tarde.

                        XXXX

Parecia incrível demais para ser real.

Era Niall Horan. Irmão da Kim. Ele sorriu, um sorriso brilhante e lindo. Niall arrancou o livro das minhas mãos, depois me estende a mão para me ajudar a levantar.

Já de pé, Niall me abraça. E me rodopia com cuidado. Que surpresa!

— Como se machucou?— Niall pergunta.

— Tropecei.

Eu não contaria a Niall que me empolguei nos esportes radicais por culpa de Harry Styles.

— Você não mudou nada, Isabella.— Ele fica na distância de um braço, e me examina, a outra mão ainda pendurada no meu ombro.

— Eu cresci.

Niall me mediu de cima a baixo, depois parou o olhar à cima da minha cabeça. Ele riu. Fecho a cara e cruzo os braços, isso não pareceu incomodar Niall nem um pouco.

— Sabia que tinha ouvido vozes.— Minha mãe apareceu na soleira da porta, o rosto confuso.— O que está acontecendo aqui?

Saio do abraço de Niall.

— Esse é o Niall. Irmão da Kim.— Eu disse para minha mãe.— Lembra dele?

— Olá, Niall.— Mamãe dá um abraço em Niall.

— Como vai Sra. Young?— diz Niall num tom suave e caloroso.

— Por favor, me chame de Rosie. E estamos todos bem, obrigada.

— Foi um prazer revê-las— ele sorri.

— Igualmente querido. Quando voltou de Nova York?— pergunta.

— Voltei a duas semanas. Vim passar uns dias na casa da minha mãe. Esbarrado na Isabella semana passada, mas não consegui falar com ela. E, como tenho que voltar hoje, pensei em vir me despedir.

Niall sorriu pra mim, os olhos azuis luminosos.

— Então vamos entrar?— disse mamãe, a voz bem-humorada.— Fiz um lanche.

— Tá muito apressado pra fazer um lanche?— pergunto a ele.

— Nunca tô com pressa pra comer.

— E então, é verdade que Nova York é a cidade que nunca dorme?— Quis saber minha mãe.

Niall riu.

— Não exatamente— ele disse.— Os bares e restaurantes costumam fechar cedo. Mas a cidade nunca fica vazia, sempre tem alguém perambulando pelas esquinas. Tipo os ratos, sabem?

Mamãe ri junto com Niall.

— E a fumaça que sai daqueles buracos no meio da rua, que vemos nos filmes?

Começou.

Ela sorriu para Niall, os olhos franzindo nos cantos.

— Ah, senho... Rosie, a gente até já se acostumou com essas fumaças.

— E o seu pai? Ele está bem?— pergunta mamãe.

— Ele está muito bem.— Niall voltou os olhos para mim.— Sua mãe é sempre assim?— sussurou, a testa se franzindo.

Faço que sim com a cabeça. O que posso dizer? Não me responsabilizo pelas horas que minha mãe vai alugar você para conversar.

Se vira, Niall.


As onze horas da manhã, Niall nos acompanhou até a porta de entrada do hospital de Toronto.

— Então, Isabella... acho que já é hora de dar tchau— disse Niall, segurando a alça de uma mochila preta.— O Louis já deve tá à uma meia hora me esperando no aeroporto.

Ele sorri.

— Ah, Niall.

Jogo meus braços em volta dele. Vou sentir tantas saudades, que meu peito chega a doer. Foi tão bom vê-lo de novo depois de tantos anos.

— Se cuida, princesa.— murmura ao me abraçar.

Niall me soltou e deu um abraço carinhoso na minha mãe, antes de se virar para mim novamente.

— E, Isabella, dá uns puxões de orelha na Kim quando ela fizer besteira.

— Pode deixar— dou-lhe um sorriso torto. Niall esfrega o topo da minha cabeça.

— Faça uma boa viagem, Niall— minha mãe acena.

Ele sorriu, e minha mãe e eu entramos no prédio.

Vinte e cinco minutos depois eu estou felicíssima, por ter me livrado do peso extra no pé.


Notas Finais


Obrigada por terem lido
Espero que tenham gostado ❤
Beijinhos de gliter meus amores
😘❤❤❤❤
Até segunda.


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