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História Personal Soldier - Nós dois estamos juntos na distância.


Escrita por: klangdon

Notas do Autor


BOA LEITURA!

Capítulo 11 - Nós dois estamos juntos na distância.


POV MARIE

Depois de me encontrar com Logan no corredor eu tive mais certeza que devia colocar meu plano recém elaborado em prática. Ele é tão lindo e charmoso. Não sei se ele tem noção dos efeitos que causa em mim e no publico feminino de modo geral. Quando Melanie e eu nos conhecemos, no primeiro dia de aula dela no Instituto, ela logo comentou da beleza de Logan. Bom, ela o chamou de gostoso pra ser mais exata, mas só isso não define o conjunto da obra. Cheguei ao meu quarto, fiz alguns deveres, tomei um banho e decidi que já era hora de começar a agir. Mandei uma mensagem para minha amiga. Poucos minutos depois a porta abriu e ela sorriu.

– Não bate mais não é? – Questionei com um tom de brincadeira.

– Não preciso disso. – A loira me lançou um careta e se jogou na minha cama. Melanie e seu jeito expansivo. Nunca muda. – Porque a urgência na mensagem.

– Lembra que eu disse que precisaria de você? Eu preciso da sua ajuda agora Mel.

– Você não quer me falar pra que quer meu poder exatamente! – Reclamou gritando.

– Isso Melanie. Acho que o Instituto inteiro ainda não ouviu que quero pegar seu poder. – Ironizei rolando os olhos.

– Desculpe. – Ela levou a mão à boca. – É que eu estou curiosa.

– Eu sei, mas preciso desse voto de confiança. Prometo que se der certo eu vou te contar.

– Você anda cheia de segredos esses dias... – As sobrancelhas bem desenhadas da garota se juntaram em desconfiança. – Está escrito na sua testa.

– Eu já disse que vou te contar tudo depois. Por agora, só posso dizer que seu poder vai me ajudar muito. Eu estou correndo atrás da minha felicidade Melanie. – Apelei para um lado mais sentimental e a expressão dela se dissolveu. – Por favor.

– Tudo bem amiga. – Me sentei na cama e ela se endireitou também para que ficássemos uma de frente pra outra. – Só me promete que não vai fazer besteira, ok?

– Eu prometo. – Sorri.

– O que tenho que fazer?

– Você só precisa me dar as mãos e ficar quieta para que eu me concentre. – Expliquei a parte simples.

– Você acha que consegue? – O tom de voz de Melanie abaixou um pouco.

– Eu preciso conseguir.

Segurei as mãos suaves de Melanie, respirei fundo e fechei os olhos.

– Eu tenho que fechar os olhos também? – Sussurrou a garota a minha frente.

– Não.

Tentei buscar dentro de mim algum mecanismo que acionasse meu poder. Absorver as habilidades e lembranças das pessoas sempre foi automático. Eu nunca tive a escolha de usar meu poder quando quisesse. Nunca foi como um interruptor que você pode ligar e desligar. Não tive essa sorte.

– Acho que se eu fechasse os olhos poderia ser mais fácil. – Um novo sussurro de Melanie me atrapalhou.

Abri os olhos. Ela me encarava atenta e com os lábios entreabertos. A expectativa dela parecia maior que a minha.

– Melanie, fique quieta por 5 minutos, por favor. È tão difícil assim?!

– Ah! – Ela se mexeu toda. – Eu estou ansiosa.

– Eu estou vendo. – Rolei os olhos. – Tente se concentrar também, ok?!

– Isso vai funcionar?! – Os lábios dela se entortaram.

– Eu não sei Melanie! – Ri nervosa.

– O que você fez quando pegou o poder de Tempestade? Quer dizer, você se concentrou assim?

– Inicialmente sim, mas não funcionou. Tempestade percebeu que minhas emoções influenciaram o meu poder, então pediu que eu pensasse em algo que me deixa brava...

– Então faça isso novamente! – Fui interrompida.

– Eu não devia deixar minhas emoções influenciarem no meu poder. Isso é ruim.

– É o que acontece com Tempestade, na maioria das vezes...

– E daí?! – Dessa vez eu corte a fala da garota. – Eu acho que o método da concentração é melhor.

– Um método melhor que não funciona. – Um sorrisinho sarcástico apareceu no rosto de Melanie. – Qual é a lógica nisso Marie?

– Tudo bem! – Quase gritei. – Vamos fazer do outro jeito!

– Isso! – Melanie sorriu vitoriosa. – Pense no que te deixa brava, transtornada, irritadíssima. Muito fula da vida!

– Eu entendi Melanie. – A empolgação dela é incontrolável e quase sempre me deixa impaciente.

– Vamos! Feche os olhos e fique quieta. – Mandei e Melanie fez, sem reclamar.

Fechei meus olhos também mergulhando na escuridão. Revivi a mesma memória de quando consegui absorver o poder de Tempestade. Uma situação que me incomoda muito.

Segui pelo corredor e alguns alunos transitavam. O treinamento começaria em alguns minutos. Animada, resolvi passar no quarto de Logan para irmos juntos. Assim que apareci na porta do quarto dele tive uma visão nada agradável. O olhar dele, levemente surpreso, pousou no meu e senti o meu sorriso murchar. Logan estava arrumado demais para ficar em casa e havia uma bolsa de viagem abarrotada de roupas em cima da cama. Meu cérebro entendeu imediatamente o que aquilo significava.

– Marie... – A voz receosa dele quebrou minhas observações mentais.

Entrei mais no quarto e fiquei mais próxima da cama.

– Você vai embora? – Não fiz cerimônia. A pergunta simplesmente escapou dos meus lábios. Senti meu coração apertar, pois eu tinha certeza que a resposta era positiva.

– Só por um tempo... Preciso esfriar a cabeça... – Logan deu os ombros enfiando mais uma camiseta na bolsa.

– Não vá. – Pedi. Minha vontade era de implorar, porém isso não ficaria bem. – Você faz falta aqui. Nunca se sabe quando um louco tentará acabar com o Instituto. – Tentei usar um pouco de humor. Tentativa totalmente falha. Logan não riu e nem eu. O zíper da bolsa foi fechado produzindo um som alto. Ele não hesitou. Não considerou ficar nem por um segundo. Estava realmente decidido. – Logan...

– Eu preciso ir.

Os olhos com um tom escuro de verde encontraram os meus. Vi pontadas de tristeza e aflição. Haviam se passado aproximadamente dois meses desde que a tragédia nos atingira. Ainda doía profundamente nele ter perdido pessoas tão amadas, principalmente Jean que morreu em suas mãos. Pelas suas mãos. Claro que todos estávamos abalados, mas Logan carrega um fardo bem maior que qualquer um do Instituto poderia suportar.

– Não precisa. – Discordei mesmo que fosse em vão. – Nós precisamos de você. – Usei o plural diante da falta de coragem para especificar que eu precisava dele. Sempre precisei. – Ir embora não a trará de volta. – Soltei a afirmação me referindo a Jean e me arrependi no instante seguinte. Vestígios de raiva apareceram no rosto de Logan.

– Vocês sabem se virar sozinhos. – Ele decretou ríspido, pegou a bolsa sem sentir seu peso e foi em direção à porta.

– Logan. – Chamei mais alto e alcancei o braço dele. Por força eu não seguraria, mas meu toque o impediu de continuar andando. O olhar se direcionou para mim. A expressão carrancuda que lhe é habitual estava mais forte.

– Desculpe. – Soltei o braço dele e me coloquei melhor a sua frente. – Não quis te deixar bravo. É que...

– Eu sei. – Ele me interrompeu e parecia entender mesmo.

– Me promete que você voltará em breve? Eu me preocupo. – Confessei num tom de voz baixo. Minhas bochechas muito provavelmente ganharam um tom mais rosado com isso. Senti os vincos do rosto dele se suavizando. Logan largou a bolsa fazendo-a cair no chão, próxima de seu pé.

– Fique com isso. – Ele retirou a sua placa de identificação do pescoço e me ofereceu.

Abri a mão e ele colocou o objeto sobre ela, depois fechou minha mão com a dele para que eu pegasse de fato. – Vou querer isso de volta, ok?

Um quase sorriso brincou no canto dos lábios não muito volumosos do mutante a minha frente. Mesmo que aquela situação me incomodasse extremamente e fizesse cada célula do meu corpo se sentir impotente e inútil, pelo menos eu estava ficando com a promessa de que ele voltaria.

– Ok. – Concordei com os olhos presos nele.

– Se cuide garota.

Após a ordem carregada de preocupação ele pegou a bolsa do chão e saiu do quarto me deixando sozinha.

O mesmo sentimento de impotência que sempre me incomodou voltou com força pela lembrança. Senti o sangue correr mais rápido pelas minhas veias. É horrível você não poder fazer nada para impedir algo. De repente, senti um choque. Como se uma pequena carga elétrica tivesse se transferido para mim vinda das mãos de Melanie. Abri meus olhos no mesmo instante.

– Wow! – A garota exclamou já de olhos abertos. Deduzi que ela sentiu o mesmo que eu. – Deu certo?! Você sentiu isso?! – Ela questionou toda agitada e com os olhos arregalados.

– Senti. Eu senti exatamente isso das outras vezes. Deu certo Mel! – Sorri e a garota sorriu em resposta também. – Vai dar tudo certo.


Notas Finais


Capitulo pequeno, só pra continuidade mesmo. Espero que tenham gostado. COMENTEM!


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