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História Personal Soldier - Eu fui feita para te amar.


Escrita por: klangdon

Notas do Autor


Vocês vão amar esse capítulo. Certeza.
BOA LEITURA!

Capítulo 17 - Eu fui feita para te amar.


Depois de tomar um banho quente percebi que todos os meus problemas ainda estavam ali. Nada me faria esquecê-los por completo. E eles, infelizmente, não desapareceriam sozinhos. O maior dos meus problemas tem nome e um charme inconfundível. A imagem de Logan e suas palavras ocupavam na minha mente e me deixavam inquieta.

Indecisa, encarei o guarda-roupa pensando o que deveria fazer. Vestir meu pijama e dormir ou vestir uma roupa qualquer e ir atrás de Logan? Passei meus dedos nervosos pelas peças. Fechei meus olhos e respirei fundo tentando clarear minha mente. Vesti o short do pijama. Não parecia certo. Não tinha jeito. Coloquei uma camisa qualquer, comprida e larga. Saí do quarto rapidamente, antes que desistisse. Fui ao quarto de Logan e ele não estava lá. Procurei pelo Instituto e até nos arredores da grande mansão. Não o encontrei. Entrei na casa novamente e avistei Tempestade circulando com alguns papeis na mão. O toque de recolher estava para começar, mais eu ainda estava dentro das regras.

– Você sabe onde Logan está? – Perguntei depois de tocar seu braço.

– Ele está na sala de perigo.

– Treinando com alguém? – Não entendi muito bem.

– Não. Ele quis ficar sozinho lá. Eu não me opus. – A mulher me explicou calma.

– Obrigada. – Agradeci pela informação útil e segui para a sala de perigo.

– Só não demore ok? Está quase na hora de se recolher querida. – Me advertiu e eu apenas assenti.

As configurações do computador que cria toda a simulação da sala de perigo são programadas para não deixar que alguém entre caso um treinamento esteja em andamento. Só se pode interromper com o uso de um código. E convenientemente, todo X-men sabe o tal código. Eu tinha plena consciência que Logan não gostaria de ser atrapalhado, porém eu tinha que conversar com ele. Digitei a sequência de 8 números no painel ao lado da porta e então ela se abriu. Logan estava com a jaqueta do seu uniforme aberta e uma postura confiante. Percebendo que tudo desapareceu aos poucos ficou confuso, e me encarou.

– Simulação encerrada. – O computador avisou.

– O que aconteceu? – Logan questionou ligeiramente ofegante.

– Nada. Eu só queria...

– Você não podia esperar que a simulação acabasse? – Interrompeu-me, totalmente mal educado.

– Eu tinha que falar com você. – Justifiquei.

– Eu acho que isso podia esperar. – Tirou as luvas com certa raiva. – E você já não devia estar dormindo? – Levantou uma das sobrancelhas, além de mal educado é desconfiado.

– Não dava pra dormir com tudo que tenho na cabeça. Essa conversa não poderia ficar pra depois. – Não recuei. Logan manteve os olhos em mim. Olhos esses cheios de desafio e raiva. – Você tem todo o direito de me odiar. – Iniciei com a frase que já havia pensado previamente. – Mas você precisa me escutar primeiro.

– Diga. Vá em frente. Se explique Marie. Porém não vai mudar o que você fez. – Ele falou a pura verdade. Logan tinha toda razão.

– Não muda o que eu fiz, mas pode mudar a forma com que você encarou minha atitude. – Fechei a porta da sala de perigo e dei alguns passos ficando mais perto de Logan. Ele não rebateu minha fala, apenas me olhou esperando que eu continuasse. – Logan, se coloque no meu lugar por alguns segundos. – Pedi. – Que outra escolha eu tinha? Você provavelmente nunca aceitaria seus sentimentos por mim. Seja franco comigo. Você teria me dito aquelas coisas caso a noite passada não tivesse existido?

– Eu tenho que ser franco com você?! – Ele usou um tom irônico na pergunta e levantou uma das sobrancelhas.

– Eu fiz o que precisava fazer Logan. – Exaltei minha voz um pouco na tentativa inconsciente de fazê-lo entender.

– Não. Você ultrapassou o limite Marie. – Logan elevou sua voz também. – Eu nunca pensei que você fosse capaz de uma coisa daquelas...

– O que as pessoas não fazem por amor, não é mesmo?! – O interrompi e um sorriso nervoso apareceu no meu rosto. A decepção evidente em seu rosto fez meu coração murchar dentro do peito, entretanto eu tinha que continuar firme.– Eu não preciso me desculpar por ter feito o que fiz. Só devo me desculpar por você ter descoberto daquele jeito.

– Se não fosse daquele jeito, não seria de jeito nenhum, eu suponho. Ou você me contaria?

Os olhos de Logan ficaram presos aos meus por longos segundos. Eu tinha que ter cuidado com as palavras, porém não conseguiria mentir.

– Eu não sei. – Respondi baixo tirando meus olhos dele. – Não pensei nisso. E creio que não faria diferença quando eu perdesse o poder e você continuasse comigo. – Confessei meus delírios amorosos ainda sem olhá-lo. Muito envergonhada.

– Aquilo tudo não deveria ter acontecido. – Ele concluiu por fim com os olhos longe de mim.

– Claro que devia Logan. Sabe o que eu penso?! Tudo que vivemos até hoje nos preparou para aquele momento. – Segurei a mão direita dele prendendo sua atenção em mim. – Eu não entrei naquele bar por acaso e nem você.

Repentinamente senti meu corpo sendo puxado com força. Foi uma sensação estranha e desconfortável que fez meu coração acelerar absurdamente e meus olhos se fecharem. Quando consegui abri-los novamente tomei um susto.

Eu e Logan não estávamos mais na sala de perigo, nós simplesmente estávamos na neve, à beira de uma estrada. Me encolhi pelo frio cortante e instintivamente me aproximei de Logan.

– O que você fez?

– Eu não sei. – Respondi ainda tentando me situar.

A neve caindo, a noite e o vento atrapalhavam minha visão. Girei minha cabeça e forcei meus olhos procurando algo e atrás de nós tive a resposta. Nós estávamos em frente ao bar onde nos conhecemos, no Canadá. Como tínhamos chegado ali? Como aquilo era possível? Em fração de segundos mudamos de lugar, de cidade, de país. Com um estalo tudo fez sentido em minha mente. Eu havia nos teletransportado. Esse era o poder que havia roubado de Owen.

A partir do segundo que pensei naquele lugar que significava tanto para mim e Logan os sentimentos fizeram o poder se manifestar e nos teleportar para lá.

– Esse lugar... – Logan estava começando a entender.

– É Logan. Pelo jeito eu nos trouxe pra cá quando lembrei daqui. Desculpe. Peguei esse poder de um cara hoje e... Eu não consigo controlar essas coisas... Você sabe. – Esclareci a situação, já conformada.

Um vento forte quase nos carregou. A tempestade de neve ficou mais forte. A estrada vazia e a falta de movimento ao redor deixavam o cenário morto.

– Não podemos ficar aqui nessa tempestade. Vamos entrar.

Atravessamos a estrada e só então percebemos que o lugar estava fechado. Logan retirou suas garras e arrebentou o cadeado que prendia a porta da frente. Entramos e ele a fechou em seguida. Procurei na quase total escuridão pelo interruptor de luz e o encontrei.

As mesas estavam todas tampadas com lençóis brancos, a gaiola onde Wolverine lutava já não existia mais e as prateleiras atrás do balcão que deviam estar cheias de bebida não tinham nada. Estava realmente abandonado.

– Merda... – Xinguei baixo ainda tremendo de frio. Logan percebeu e me ofereceu a jaqueta de seu uniforme. Vesti a peça e estudei melhor o lugar. A poeira e cheiro forte de mofo indicavam que o lugar havia sido abandonado há muito tempo. Ou talvez estivesse só esperando um novo dono.

– Ok. Nos leve de volta Marie. – Ordenou.

– Já te disse que não controlo muito bem os poderes que adquiro.

– Naquela noite você controlou muito bem. – Me alfinetou sem hesitar. – Tente novamente.

Rolei os olhos e bufei contrariada. Não era aquilo que eu tinha em mente quando o procurei para conversar.

Segurei as mãos quentes de Logan firmemente e foquei minha mente no instituto. Nada. Tentei me concentrar especificamente na sala de perigo, de onde tínhamos saído. Nada. Apertei meus olhos como se fosse aumentar o efeito da concentração. Nada.

– Não consigo! – Praticamente gritei totalmente frustrada.

– Tente novamente oras! Não vamos simplesmente ficar aqui.

Me esforcei inúmeras vezes e nada. Provavelmente o contato tão rápido fez com que eu não pegasse poder o suficiente para usar muito.

Quanto mais tempo toco a pele do individuo a ter as habilidades copiadas mais eu adquiro. É lógica básica. Contatos rápidos com mutantes focam nos poderes, já com pessoas normais eu sugo suas habilidades básicas como, por exemplo, ser bom com números. Com contato prolongado eu consigo absorver, além de habilidades, as memórias e traços de personalidade do individuo. Porém, isso drena boa parte da força vital do doador. Bom, pelo menos essas eram as regras antes de eu decidir tomar a cura mutante. Agora eu simplesmente não sei mais nada. Só suponho.

– Não dá Logan. Parece que o poder simplesmente já não está comigo. Não consigo.

O mutante xingou algo que não consegui entender e vasculhou o bar procurando por alguma coisa. Tentei não ficar ainda mais brava com ele.

Avistei no fundo de uma prateleira uma garrafa de vodca. Bebida um pouco forte demais pro meu gosto, mas serviria. Peguei a garrafa, me sentei no balcão e tomei um gole. Senti o líquido rasgando minha garganta, entretanto aguentei firme.

– Não achei nem um telefone nessa espelunca. – Logan voltou bufando e ficou surpreso com minha postura despreocupada. Sabe aquela coisa de “ligar o foda-se”, era basicamente o que eu estava fazendo.

– Vamos ter que passar a noite aqui, bonitão. Com aquele tempo lá fora, estamos presos. – Engoli mais um pouco da vodca e o encarei.

– Pelo menos me ofereça um pouco disso ai. – Ele se aproximou aparentemente conformado com a situação. Estendi meu braço e ele pegou a garrafa. Em um gole Logan tomou mais do que eu havia tomado com dois. – Você anda tão diferente e ao mesmo tempo continua a mesma... – Devagou me devolvendo a garrafa.

– Eu decidi participar da minha própria vida Logan. Antes eu tinha a sensação de que era apenas uma espectadora. Que não tinha controle. Bom, ainda não tenho o controle de tudo, mas estou tentando. Se eu não me mover as coisas não vão acontecer. Foi isso que me motivou a tomar a cura. E me motivou a usar aqueles poderes em você. – Pausei esperando que ele dissesse algo, mas ele não disse. Apenas me encarou compreendendo os eventos. – Você não tem ideia do quanto foi desafiador, excitante e assustador ao mesmo tempo. E Logan, eu só disse para você fazer o que tivesse vontade e então tudo aconteceu. Eu não te obriguei a me deixar ficar, a me beijar, a...

– Já chega Marie. – Logan impediu que eu continuasse a sequencia dos fatos.

– Admita que eu tenho razão. Porque você simplesmente não fala a verdade Logan?! Porque todo esse medo de ser sincero?! – Indaguei nervosa. – Admita! – Esbravejei já completamente descontrolada. Histeria poderia me deixar sem a razão, mas foi mais forte que eu. – Não seja um covarde Logan! Não faça isso conosco. Seja corajoso e admita que me ama também! Eu estou desesperada! Não aguento mais esse jogo! Eu sei o que você sente em relação a mim, mas preciso que você admita! Admita pra mim e para si mesmo. Vamos Logan! – Praticamente gritei.

– Eu admito! – Ele devolveu na mesma altura. – Eu admito que nos últimos tempos só penso em você Marie. Eu admito que estou louco por você. – Completou ainda exaltado e diminuiu ainda mais a distância entre nós. Meu coração se acelerou absurdamente. Ele tinha mesmo acabado de falar aquilo? Ou melhor, gritar? Nos olhos de Logan eu podia perceber como tudo aquilo o afetava profundamente. Todos os seus medos e verdades estavam expostos em sua face. Suas mãos grandes seguraram meu rosto como se ele precisasse me prender.– Eu te desejo mais que tudo. Isso me deixa louco de raiva, porque acho que você merece coisa melhor do que eu. Porém no fundo eu sei que você não vai conseguir deixar de me amar. Você não pode Marie. Muito menos agora que eu percebi o quanto você significa pra mim.

Sem dar chance para que eu respondesse alguma coisa, Logan colou os lábios nos meus com urgência. Correspondi ao beijo inesperado e assim nossas línguas iniciaram movimentos cheios de sincronia e paixão. Depois de abraçar minha cintura ele me suspendeu e eu prendi minhas pernas ao seu redor. Uma de suas mãos segurou minha nuca com força e seus dedos se enrolaram nos meus fios de cabelo liso. Me segurei em seus ombros e deixei que aquela atmosfera feroz nos envolvesse. A cada milésimo de segundo a luxúria me preenchia mais e mais. Pela necessidade de oxigênio separamos nossas bocas. A respiração quente dele no meu pescoço, fez com que cada mísero pêlo do meu corpo se arrepiasse. Eu já sentia ondas de prazer se dissipando pelo meu corpo. Segurei o rosto dele e prendi seus olhos nos meus. Por longos segundos apenas nos encaramos e respiramos ofegantes. Eu queria dizer alguma coisa, mas simplesmente não encontrei palavras que expressassem a importância daquele momento. A verdade é que eu mal conseguia assimilar que aquilo estava realmente acontecendo. Aproximei meu rosto mais dele e encostei nossas testas. Fechei os olhos e sorri aliviada. Meu coração se encheu pela promessa de que a partir daquele momento nós finalmente poderíamos chegar a algum lugar. Um lugar só nosso. Sem meias palavras ou sentimentos escondidos e sim nossas vidas entrelaçadas e comprometidas a desfrutarem de felicidade. Senti os lábios dele novamente tocando os meus, dessa vez com mais calma. Logan se moveu e quando me dei conta ele já estava me colocando sobre o chão. A diferença de temperatura entre minha pele e a madeira fria fez com que eu soltasse um pequeno som de surpresa, porém ignorei aquele choque térmico e escondi meu rosto no pescoço de Logan. Distribuí beijos por onde minha boca pode alcançar enquanto as mãos de Logan apenas exploravam minhas pernas descobertas. Encontrei os lábios de Logan mais uma vez e nos beijamos provando cada mínima sensação prazerosa que a boca do outro poderia proporcionar.

– Eu quero tanto você. – Ele sussurrou e abriu os olhos preguiçosamente.

– Você já me tem. – Sussurrei de volta e o beijei. – Isso é real? – Soltei a pergunta sem perceber.

– Sim. – Logan respondeu sem hesitar. – Você é o que tenho de mais real em minha vida. – Ele fez questão de completar olhando no fundo dos meus olhos inseguros.

Sim. É real. O que eu e Logan estávamos fazendo era tão real quanto nossas respirações aceleradas, quanto o calor que nossos corpos estavam trocando, quanto as batidas fortes de nossos corações... Nada poderia ser tão real quanto nós éramos naquele momento.

Apressadamente nossas roupas foram tiradas. Cada pedaço do meu corpo queria atenção de Logan e suas mãos não me decepcionavam. Não era a primeira vez que nos explorávamos, mas parecia. O calor, os arrepios, os sussurros e gemidos. Tudo parecia tão novo e enlouquecedor. Talvez aquela sensação nunca me abandonasse, não importa quantas vezes ele me tocasse com toda aquela luxuria, eu nunca me acostumaria com aquele sonho virando realidade. Estar sexualmente e afetivamente com Logan era o paraíso. Depois de aproveitarmos muito o momento até o ápice ele se deitou ao meu lado e me puxou. Repousei minha cabeça em seu peito suado e ficamos imóveis. Apenas com nossos corpos colados por um longo tempo. Quando levantei minha cabeça para encará-lo ele me olhava. Toquei o rosto de Logan suavemente e ele fechou os olhos.

– O que acontece agora? – Logan fez a pergunta com incerteza aparente em sua voz.

– Nós precisaremos de um resgate... – Respondi tentando ser divertida. Um meio sorriso enfeitou a boca de Logan e ele abriu os olhos.

– Como será daqui pra frente Marie? – Especificou mesmo que eu já tivesse entendido a pergunta antes.

Logan queria saber como nós iríamos agir daquele momento em diante. Duvidas pairaram sobre minha mente, e com certeza estavam na cabeça dele também. Questões a respeito do nosso relacionamento e de como isso poderia ser encarado pelos outros no Instituto caso viesse à tona. Gostemos ou não disso, a opinião dos outros é importante. O que Tempestade pensaria ao nos ver juntos? O que Warren pensaria? E os outros X-men? Eu não tinha essas respostas.

A única certeza em meu coração era que eu tinha esperado muito tempo por aquilo. Eu tinha sido forjada pela vida e preparada para aquele momento. Eu fui feita para amar Logan e entendê-lo em toda sua complexidade. Não podemos fugir do que o coração deseja. Logan tinha entendido, finalmente. Eu não sabia o que deveríamos fazer, mas juntos iríamos descobrir.


Notas Finais


E AI? ACERTEI? AMARAM OU NÃO? COMENTEM!
Estou muito feliz com os favoritos e os comentários.
Então, por favor, não deixem de continuar interagindo ok? Amo responder vocês.
E indiquem a fanfic para os amigos. BEIJOKAS.


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