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História Pertença - Entre números


Escrita por: SabrinaWalker

Notas do Autor


Oi, lindenhooos! Como vão?!
Aqui estou com mais um capítulo fofo pra vocês! rs.
Até lá embaixo! *-*

Capítulo 3 - Entre números


  

Pertença

Capítulo 3: Entre números

Na pré-adolescência, com cerca de doze anos, minha personalidade começou a se sobressair de modo mais notável e se firmar. Desse modo, todos sabiam perfeitamente bem que compreensão e gentileza não eram características peculiares a mim, principalmente Hinata, a qual passava praticamente as 24 horas do dia ao meu lado.

A Hyuuga, ao longo do seu crescimento, manteve inúmeras características de seu jeito quando pequena. Ela continuava prestativa, gentil e tímida, de certa forma. No entanto, Hinata passara a sustentar muito melhor suas concepções e, embora fosse de modo mais sutil que eu, era imponente igual.

Além da minha personalidade, outro fato foi que, como diziam meus pais, nessa idade os meus hormônios estavam à flor da pele. Por consequência, fazia algum tempo que eu não olhava mais para as garotas de forma “inocente”, digamos assim, e, obviamente, minha melhor amiga estava inclusa nisso.

De repente, Hinata não era somente a garota legal com quem eu brincava e tinha mil e uma coisas em comum. Não só a meu ver, como a ver de muitos, ela passara a ser uma das garotas mais gostosas do colégio.

Dormir com Hinata passou a ser… diferente. Notei como meu corpo começou a reagir à perolada, eu reparava em suas curvas, nos seus seios… e aos poucos entendi os meus comportamentos, e cuidei para que ela não notasse.

Naquele dia, fui eu quem dormi na casa da Hyuuga. Era uma Segunda-feira, portanto, nossa rotina se seguiu normalmente. Nós acordamos, tomamos banho e descemos para o café. Como era a folga do Senhor Hyuuga, ele já havia preparado toda a mesa, a qual continha pães do tipo francês e italiano, bolachas, dois sucos diferentes, bolo de laranja, pães de queijo, frios e manteiga.

Não demoramos a comer e logo fomos para a escola. Por ela ser perto das nossas casas, sempre íamos a pé. Aproximadamente após quinze minutos, nós chegamos e, por insistência de Hinata, que não gostava de se atrasar um segundo sequer, nos dirigimos à sala de aula.

Na segunda ou terceira aula, a Diretora anunciou a abertura das inscrições para os diversos clubes do colégio, sendo assim, poderíamos escolher e colocar os nossos nomes na lista respectiva do clube que escolhêssemos fazer parte. Cada aluno poderia escolher quantos quisesse.

Os clubes funcionavam como um tipo de atividade extracurricular, por isso não possuíam muitas restrições. Dentre as opções, havia os grupos de vôlei, de futebol feminino e masculino, de gastronomia, basquete, xadrez, dança e de Língua Inglesa. As instruções da Diretora não se estenderam muito e minutos depois a aula continuou, sem intervenções.

Quando o sinal tocou, anunciando o intervalo, eu me levantei e segui para a carteira de Hinata, esta me direcionou um sorriso de pura animação, empolgada com a ideia dos clubes. Limitei-me a arquear a sobrancelha e fitá-la arrumar os materiais e erguer o corpo, passando a caminhar ao meu lado.

— Você vai se inscrever em algum, Sasuke-Kun?

— Talvez no de futebol ou no de basquete… — dei de ombros.

— Eu não sei bem… — levou o indicador ao queixo. — Eu já faço Inglês e gostaria de praticar mais, então acho que seria uma boa ideia entrar no clube de Língua Inglesa...

— Resolvido então — falei objetivamente, observando os vários alunos se movimentarem pelo corredor.

— Mas eu gosto de dançar também… — A dúvida se fez presente em seu tom de voz. Os olhos brancos se voltaram para mim.

— Se inscreva nos dois — sugeri o óbvio, e ela sorriu serena.

— Estava com medo de não conseguir levar ambos… — esclareceu. — Mas vou arriscar afinal — começou a bater os indicadores. De repente, sua mão tocou a minha, e ela passou a me puxar. — Vamos, Sasuke-Kun. Precisamos encontrar a Ino-Chan e o Naruto-Kun. — Seus passos se aceleraram. Naquele ano, o Uzumaki e a loira não tinham caído na nossa sala.

Aproveitamos o tempo para nos inscrevermos para os grupos de que gostaríamos de participar, não só eu e Hinata, mas Ino e Naruto também, já que eles também sabiam a respeito. Logo estávamos na aula de Matemática, com a Professora Anko. Ela pediu para que trabalhássemos em duplas e, como de costume, eu e Hinata nos sentamos juntos, embora não precisássemos, já que ambos tinham facilidade com a matéria.

— Você já resolveu a seis? — perguntou ela, ainda concentrada na folha de papel à sua frente. O cabelo mais comprido que alguns anos atrás teimava em cair no seu rosto.

— Já — entreguei a folha para ela. — Você não? — estranhei. Geralmente tínhamos o mesmo ritmo quando resolvíamos questões com números.

— Preciso cortá-lo! — soprou a franja, sinalizando que os fios azulados eram os responsáveis por atrapalhá-la.

— Você fica mais bonita com ele assim — sorri de modo involuntário e Hinata imitou o gesto. Suas bochechas coraram de leve e ela assentiu, concentrando-se novamente nos exercícios. Nos anos que se seguiram, Hinata não cortou o cabelo.

Assim que a Hyuuga conferiu os resultados, entregamos à Professora e voltamos a nos sentar, para esperar o término da aula. A perolada começou a guardar o estojo e caderno, fazendo o mesmo com os meus materiais. Eu permaneci apoiando o rosto com uma das mãos, com tédio.

— Sasuke-Kun?! — Uma voz feminina me chamou. Me virei para trás lentamente e reparei nas orbes esverdeadas que me fitavam em expectativa. Esperei que ela continuasse.

Rodeando a minha carteira, a garota parou à minha frente. Ela abriu um pouco a boca e sua respiração vacilou por instantes. Arqueei a sobrancelha, como se a questionasse. Foi então que Mieko espalmou a mão sobre a saia de pregas e prosseguiu:

— Eu estou com dificuldade na questão cinco. Você poderia… me ajudar? — perguntou envergonhada.

Revirei os olhos um tanto impaciente e peguei a folha de suas mãos, pondo-a sobre a mesa. Ela podia muito bem pedir auxílio para a Professora afinal, mas não!

Mieko, assim como as outras garotas, insistia em chamar a minha atenção durante o período escolar. Nas aulas de Português, ela chegava até mesmo a se oferecer para fazer as minhas lições e de vez em quando me trazia alguns dos doces feitos por sua mãe, a qual trabalhava em uma doceria.  

— Eu posso ajudá-la em seu lugar, Sasuke-Kun… — Hinata se pronunciou, percebendo a situação. Pude ver a loira crispar os lábios em desagrado. Neguei, prevendo que provavelmente ela seria rude com a Hyuuga.

— Vou explicar somente uma vez, então preste atenção. — Ela me entregou um lápis, assentindo. — Basta você montar a expressão, subtrair e elevar ao expoente cinco, depois você divide por sete e pronto — escrevi. — Entendeu? — A vi confirmar rapidamente e se abaixar.

Imaginei que Mieko fosse me abraçar ou beijar meu rosto, então apenas ignorei-a. Contudo, fui surpreendido ao sentir seus lábios pressionarem os meus, em um selinho rápido. Pela surpresa, meus olhos permaneceram abertos e ela logo se retirou em busca de suas amigas, as quais assistiram à cena com certa felicidade.

Hinata se remexeu na cadeira algumas vezes, desconfortável. Depois de dois minutos, com a batida do sinal, ela se levantou, segurando uma das minhas mãos. Ela estava diferente, porém não soube definir o porquê exatamente.

— Vamos, Sasuke-San — murmurou sem me dirigir o olhar. Eu a segui. — Você gostou? — perguntou pouco antes de alcançarmos a saída da escola.

— Não. — Sabia que ela se referia ao beijo.

— Hum — continuou a andar. — Você não gosta dela, né?! — franziu o cenho, encarando-me. As pérolas estavam analíticas.

— Por quê? — indaguei curioso, interrompendo meus passos. Talvez ela estivesse com ciúmes.

— Por… nada — fitou o céu, também parando de andar. — Eu ainda não beijei alguém… — corou. Suas orbes se voltaram a mim novamente. Eu a achei fofa.

— Hum… Você gostaria de tentar? — arqueei a sobrancelha, e ela assentiu. — Eu posso te beijar se você quiser.

Ambos sustentamos o olhar sobre o outro por segundos demorados, e pela primeira vez eu me senti apreensivo. Acho que nenhum dos dois sabia o que pensar ao certo.

Ela pôs uma mecha do cabelo azulado entre os dedos e começou a enrolá-la, ao mesmo tempo em que seu rosto assumia uma coloração vermelha. Seu nervosismo era palpável.

— Você não precisa fazer isso, Sasuke-Kun… — Sua voz soou melódica. — Eu quero que o meu primeiro beijo seja com um namorado — mordeu o lábio inferior.

Humpf! — bufei. — Assim você vai morrer virgem, Hinata. — Saí andando na frente. Ela logo me alcançou e seguimos para as nossas casas, em silêncio.


Notas Finais


Gostaram, amores?! Espero que sim! Até porque esse é o meu capítulo favorito antes deles chegarem à adolescência rs.
Eu achei o Sasu uma graça nesse capítulo, bem como a Hina.
Acho que deu pra ver ainda melhor a personalidade do Sasu nas respostas e na forma como ele se comportou com as pessoas ao redor.
Quando eu estava planejando a Fic, senti que tinha que ter um capítulo que retratasse a pré-adolescência deles, porque achei que seria importante mostrar esse começo, como o Sasuke começa a ver a Hina de outro modo, e achei também que vocês gostariam de ver rs.
Me deixem saber o que estão pensando, lindos! <3
Deem sugestões também, porque eu amo e levo em consideração, amores! rs.
Bjs.
P.S. Não esqueçam que o próximo já estará na fase da adolescência, hein! Não percam! HSUAHUA.


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