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História Inesperado - Problemas de champanhe


Escrita por: LustForJohn

Notas do Autor


Capítulo reescrito, nome modificado.
Mais apropriado -- sem lemon.
Boa leitura.

Capítulo 1 - Problemas de champanhe


Fanfic / Fanfiction Inesperado - Problemas de champanhe

— Digam “x” — grita uma menina sorridente, apontando a câmera de seu grande celular em nossa direção.

Shawn senta na minha coxa esquerda e Tove, que está sentada ao meu lado direito, joga sua perna para cima do Shawn, que a segura. Tove contorna meu pescoço com seu braço, nele segurando um copo de uísque.  Shawn sorri e eu apenas olho para a câmera, com um sorriso torto. A mão de Shawn pousa sobre minha cabeça e Tove faz um V com os dedos e coloca a língua entre eles.

Um flash forte sai do celular da garota, quase me cegando. Ela agradece e corre em direção a suas amigas, que estavam ali perto. Shawn abaixa sua mão lentamente até meu rosto, passando seu polegar sobre meus lábios, ele sorri e eu mordo seu dedo.

— Ai, cachorro.

Sorrio para ele, e ele ri.

Shawn sai de cima da minha perna e Tove abaixa a cabeça, tomando um gole do seu drinque.

— Nah. Não aguento mais beber — diz Tove.

— Está tarde — diz Shawn, coçando os olhos e bocejando.

— Vamos voltar pro hotel — digo tirando meu BlackBerry do bolso e olhando as horas. São três da manhã.

Desde que as premiações da Billboard acabaram, nós três nos reunimos e ficamos aqui bebendo e tirando fotos. Exceto Shawn, ele só bebeu refrigerante. Eu também não bebi muito, mas Tove já ficou bêbada nos primeiros drinques, desde então não parou mais de beber.

Descemos para o estacionamento e caminhamos lentamente em direção ao meu Ford Mustang estacionado perto. Estou com tanto sono que eu poderia me deitar no chão e dormir aqui.

— Para o hotel, por favor — digo para Noah, meu motorista, que logo ligou o carro.

Entramos nele e ficamos todos no banco de trás. Tove ficou na porta da esquerda, Shawn no meio e eu na porta da direita. Deito minha cabeça na janela do carro e tento descansar os olhos. Não dormir, Nick, descansar, alerta minha consciência.

Tove começa a cantar minha música, fazendo-me lembrar da nossa apresentação na cerimonia. Eu cantei com ela essa música... Shawn começa a cantar com ela. Sorrio, e me junto a eles. Estamos dando um show à trois no meu carro.

♪ Por que espaço era apenas uma palavra
Inventada por alguém que tinha medo de ficar muito...
Perto...
Tão perto...
Eu quero você perto, e perto não é perto o suficiente

Shawn olha pra mim, e sorri. Eu sorrio de volta para ele.

Ele continua me olhando, me fazendo corar. Por que ele está me olhando assim? Desvio o olhar, e vejo a rua. A madrugada iluminada de Los Angeles. O carro para, e vejo que chegamos. Saímos do carro.

Quando dou alguns passos na calçada do hotel, vejo flashes me cegando. Outro flash, e outro... De onde sai esse pessoal? Shawn e Tove Lo saem correndo e rindo. Estou com sono demais para correr junto a eles, mas consigo entrar. A recepção estava vazia, somente com uma atendente mexendo no computador do hotel.

— Sejam bem-vindos de volta, senhor Jonas e senhora Nilsson.

Tove, já nas alturas, segura nossas mãos e nos arrasta para dentro do elevador, rindo sozinha. Aperto o botão da cobertura. As portas se fecham e sinto aquele enjoo de sempre quando estou em um elevador.

— Eu não sabia que você estava hospedado aqui, Shawn — digo olhando pra ele. Tove continua nas alturas, dançando sozinha.

— E eu não estou, vou dormir no seu quarto — diz ele, confiante.

O quê?!, exclama minha consciência de boca aberta. Não concordei em ele dormir no meu quarto. Mas tudo bem, eu não me importo. Tove fica de boca aberta, olha para Shawn, em seguida para mim, arregalando os olhos e levantando as sobrancelhas, e começa a delirar de novo. Ela deve ter imaginando besteira, eu a conheço bem.

Shawn olha para mim, com um sorrio alarmante. Olho de volta para ele. Opa, isso chega a ser meio estranho, mas a música do elevador ajuda a distrair.

Plim, ouve-se um som e as portas se abrem.

Tove caminha como um zumbi para o seu quarto, que fica ao lado do meu.

— Tchau galera — diz ela, acenando para nós. — Até amanhã, ou depois. — Ela gira seu corpo e entra em seu quarto, batendo a porta.

— Normalmente, as pessoas pedem com antecedência quando vão dormir na casa de outras pessoas — digo. — Ou melhor, no quarto.

Ele ri.

— Gosto de deixar os detalhes por último.

Shawn olha para os lados. Passo o cartão no leitor ao lado da porta. O quarto se destranca automaticamente, e entramos.

Shawn e eu tiramos os nossos casacos. Coloco os dois em cima da mesa de jantar, ali perto. Fico apenas com uma blusa branca e Shawn com uma blusa azul, com algumas palavras estampadas.

— Quer algo para beber? — Pergunto indo em direção à geladeira, e a abro.

— Sim, por favor.

Tiro a garrafa de La Grande Année, de 1999. Esse é o meu favorito, ele vai gostar. Sirvo-o em duas taças e levo até ele. Ele mira a bebida com aquele olhar desconfiado.

— É champanhe. — Sorrio. Ele leva até a boca e bebe um curto gole, e depois bebe mais outro, terminando a taça. — Nossa. Quer mais?

— Quero. É muito bom.

Sorrio de novo. Coloco mais um pouco na taça dele, e ele bebe aos poucos. Bebo um pouco do meu. Ele caminha até a cama e se senta nela. Levo a garrafa comigo e fico parado na frente da janela, que vai do teto ao chão, ao lado da cama. Olho através dela, as luzes. Los Angeles sempre foi agitada. Percebo que a taça de Shawn está vazia, e sirvo mais. Sento-me ao seu lado e tento puxar assunto; sou péssimo nisso.

— Então... Sua performance na cerimonia da Billboard foi muito boa.

— Foi? Obrigado. A sua também não foi nada mal. — Ele sorri.

Sirvo mais um pouco do champanhe na sua taça, e sirvo na minha também. Bebo. Está na hora da verdade.

— Shawn — murmuro seu nome. — Você passou a noite toda olhando para mim.

— Talvez — responde com um sorriso bobo.

— Parecia que você era uma pessoa altamente narcisista e eu um espelho.

Ele ri, bebendo o champanhe. Sirvo mais para ele. Eu estou embebedando um adolescente de dezessete com champanhe? Não. Ninguém fica bêbado com champanhe.

— Não é porque sou leonino que tenho de ser narcisista.

— Então, por que me olhava tanto?

— Eu não estava te olhando.

— Estava sim. Da mesma forma que está agora.

Seus olhos brilhantes se arregalam e sua pele fica cor de rubro, e ele desvia seu olhar. Olha agora para a janela, mas parece não estar olhando para lá. Bebo um gole rápido do champanhe e coloco a garrafa no chão. Levo minha mão até seu queixo e trago seu olhar de volta para mim. Ainda segurando seu rosto, levo meus lábios até seu ouvido, e cochicho:

— Shawn, eu sei que estava.

Nossos olhos se fitam. Seu rosto próximo do meu, sinto sua respiração, o hálito alcoólico no ar que respiramos. Observo seus lábios: carnudos e aparentemente macios. Sua testa encosta na minha. A luz de onde a cama fica está apagada. Estamos apenas sendo iluminados pela luz que entra através da janela. Desço meus dedos pelo seu rosto, sentindo a maciez dele. Quando meu dedo chega a sua boca, ele me dá uma leve mordida.

— Ai, cachorro — repito as palavras que ele disse para mim na festa. Ele tosse uma risada.

Ainda com seus olhos cravados aos meus, ele pisca, e fica mais enrubescido ainda. Uma pequena brecha está formada entre seus lábios, e lá eu encosto os meus. Sinto seu gosto. Seus lábios macios. Agarro sem força seus cabelos, ainda o beijando. Seu beijo quente.

Separo o selo que era nossos lábios, sentindo um calor dentro de mim. Ele olha para mim, e ataca meus lábios, querendo mais. Eu também quero mais, e o beijo de volta. O sabor do champanhe dança junto com nossas línguas dentro de nossas bocas. Um delicioso Bollinger de 1999. Separo novamente nossos lábios, e cochicho:

— Vamos dormir.

Ele olha para mim e faz que sim com a cabeça. Levo sua taça, junto com a minha, e a garrafa para a cozinha. Estou com sono, muito sono. Já deve ser quatro, ou cinco da madrugada... Coloco as taças na pia e guardo a garrafa de volta na geladeira. Volto para a cama.

— Onde vou dormir? — Pergunta Shawn em um murmuro. Ele está com os olhos pesados.

— Comigo.

Sorrio para ele. Ele continua sentado na beirada da cama, olhando para a janela que ilumina seu rosto. Tiro a parte pesada da minha roupa, ficando apenas com um samba-canção. Shawn faz o mesmo, mas não tira a blusa.

Ele se deita na cama. Acho que ele está confuso tanto quanto eu estou. Não sei se eu deveria tê-lo beijado... Mas ele gostou. E eu também. Deito-me do outro lado da cama. Estamos a mais ou menos dois ou três palmos de distância um do outro.

O quarto é apenas iluminado pela luz que entra pela janela de vidro. Eu poderia fechar as cortinas, mas já estou deitado... E a luz faz com quem eu consiga observar Shawn. Ele está com o rosto virado para mim, escondido por debaixo das cobertas. Olha para mim com aquele olhar bobo e um sorriso sonolento.

Fico batendo meu dedo anelar esquerdo no direito, até que tomo ação e me viro para Shawn, apoiando minha cabeça no punho.

— Então... Cada um no seu espaço pessoal?

Ele ri.

— Por mim, tudo bem... Mas eu estou com frio, e esse cobertor não está ajudando...

Pisco olhando para ele. Seu rosto enrubesce de novo. Me rastejo para perto dele, e o abraço. Ele vira para o outro lado, e estamos fazendo a famosa conchinha. Ele está mesmo com frio, ou foi só uma maneia de me chamar para mais perto dele?

Dou uma risadinha para mim mesmo. Nossos corpos são um só, sinto o calor dele. Minha cabeça está deitada atrás da sua nuca, e sinto o doce aroma de seus cabelos enquanto adormeço.


Notas Finais


Me digam o que acharam por favor <3 favoritem se possível
Obrigado por terem lido, até o próximo capítulo \o


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