O Sandman gentilmente deslizou as mãos para baixo, acariciando o longo contorno do corpo do bicho-papão com luxúria.
Deitado, Pitch contorceu-se debaixo da estrela rechonchuda, sentindo-a sorrir contra seus lábios franzinos enquanto o beijava calorosamente.
– Saaandy – o rei dos pesadelos ronronou.
Seus olhos amarelos dilatados de excitação e a respiração ansiosa, com o tórax subindo e descendo rapidamente.
– Oh, Sandy.
A estrela beijou seu queixo, depois o pescoço conforme descascava lentamente o manto de areia enegrecido que Pitch trajava para trás.
Ele ouviu um gemido de prazer escapar da criatura sombria e o sentiu estremecer suavemente contra seu toque, que percorreu o tronco recém exposto, afagando o peito e o abdômen cinzento.
Encarando a reação como um incentivo, o Sandman sorriu, deixando a língua úmida saborear o pescoço quente de Pitch, trilhando a clavícula, o tórax e, por fim, o umbigo.
– N-não pare – o bicho-papão implorou pateticamente.
Então a estrela agarrou a borda das calças negras, as puxando vagarosamente para baixo e...
Pitch acordou.
Suando, com o coração martelado no peito, ele arregalou os olhos, frustrado, sentando-se em sua cama.
Dobrou os joelhos, ofegante, tocando a testa com uma mão e, em seguida, escondendo o rosto arroxeado e horrorizado com a mesma.
Mas o que diabo-
Não sabia o que pensar. Sentia-se encabulado consigo mesmo.
Passado ligeiramente o transtorno, virou a cabeça para o lado e encontrou dois de seus servos fearlings deitados no chão, próximos à parede, um deles com sua grande cabeça de cavalo descansando sobre o pescoço do outro.
Pitch respirou fundo.
– QUEM FOI O RESPONSÁVEL POR ISSO?! – ele urrou com toda a sua força, fazendo as duas éguas das trevas despertarem imediatamente, levantando suas cabeças alarmadas com as orelhas eriçadas antes dos corpos, que cambalearam entre si em desespero.
– ONIX, – os olhos do bicho-papão arderam num brilho assassino – ONIX... QUE RAIO DE PESADELO FOI ESSE?!
Os fearlings se entreolharam na escuridão, completamente confusos. Com os olhos dourados arregalados,
Onix se virou e relinchou dramaticamente para Pitch, baixando a cabeça em submissão e batendo seus cascos negros com terror no chão.
– Eu não sei do que você está falando, mestre! – ela tentou dizer através de seus resmungos.
O bicho-papão franziu as sobrancelhas.
Se não foram elas, então talvez... Não- Isso não poderia ser obra de seu subconsciente! Nunca, em hipótese alguma lhe ocorreu imaginar que ele e o Sandman... Não, não o seu pior inimigo, ele jamais- Não! Apenas não!
Pitch chacoalhou seus pensamentos, bufando com força e deixando-se cair de costas no colchão, afundando seus cabelos espetados no travesseiro.
– Malditos pesadelos! – ele se queixou, rolando na cama. Sua perturbação quase palpável.
Depois do susto, levou um tempo, até porque Pitch ficou se debatendo na cama e grunhindo de raiva dramaticamente, numa espécie de crise de vergonha ou algo assim, mas quando Onix finalmente relaxou e deixou que seu sono voltasse, antes de fechar os olhos, ela jurou ter visto um longo fio de areia dourada e brilhante escorrer para fora dos aposentos de Pitch, desaparecendo na escuridão.
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