Meus pulsos estavam presos por correntes, um em cada lado da parede, meu corpo estava nu e meus pés estavam soltos, porém dormentes mal conseguia os mover. O quarto em que estava presa não era grande, a apenas alguns metros de distância a minha frente estava a porta, as paredes ao lado estavam repletas de armários e prateleiras com instrumentos de tortura.
Uma leve claridade foi aos poucos invadindo o quarto, mas se encerrou em questão de segundos. Um homem entrou, não conseguia ver seu rosto, as sombras o cobriam.
Ele se dirigiu até uma prateleira onde havia facas perfeitamente alinhadas sobre ela. Sua mão foi ao encontro da mais fina e afiada possível. Os passos do homem se aproximavam cada vez mais de mim. Eu não podia reagir. Eu não tinha forças.
O rosto do homem se aproximou o suficiente para que eu pudesse escutar seu sussurro:
- Isso não vai passar...
A faca se encontrou com a minha barriga. Um corte leve, porém doloroso foi se formando, eu tentava gritar não. Mas o que conseguia, era apenas ouvir seu sussurro:
- Isso não vai passar...
- Não.
- Isso não vai passar...
- Não.
A faca foi deslizando minha barriga, fazendo gotas de sangue escorregar em direção as minhas pernas. O homem continuava a sussurrar:
- Isso não vai passar...
- NÃÃÃÃOOOO
. . .
- Med!
- Não!!
- Meddie!!
Levantei com um grito. Estava completamente suada, assustada e com a respiração ofegante:
- Filha, está tudo bem?
- Está sim, apenas um sonho ruim. - Meus dedos foram até minhas têmporas, as massageando.
- Um pesadelo você quis dizer.
Abracei minha mãe, fiz ela se acalmar e voltar para quarto.
Olhei para o despertador, faltavam 3 horas para que ele tocasse. Não consegui mais dormir, apenas me deitei e fiquei perdida nos meus mais novos pensamentos.
“por que eles estão voltando?”
“por que ELE voltou?”
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