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História Pesadelos e Sensações - Contei


Escrita por: apenas_historia e y1amy

Notas do Autor


oie!!
quase que não consigo postar, tava sem net.
boa leitura. bjs

Capítulo 12 - Contei


         - Então, já decidiu o que vai fazer?

         - Sobre o que?

         - Seu aniversário.

         Meu aniversário estava quase chegando, faltava pouco menos de 1 mês. Com tudo o que andou acontecendo durante a semana, não consegui pensar em algo. Era muita informação pra duas semanas e alguns dias:

         - Não sei ainda o que eu vou fazer. Com tudo o que deu nessas ultimas semanas, ta difícil pensar em algo.

         - Qualquer coisa a gente te ajuda.

         Lia deu uma piscadinha para mim. Lembro que no ultimo ano, apesar de a maior parte do tempo ter sido excelente, eu fiquei incomodada durante a festa. Na noite anterior eu havia tido um pesadelo horrível, mal pude me concentrar nas pessoas que estavam presentes ali.

         Quando consegui me livrar dos pesadelos, achei que daquele dia em diante eu teria aniversários normais como qualquer pessoa. Agora eu percebia o quanto eu estava enganada:

         - Vai convidar o Daniel esse ano?

         Lia me tirou de meus pensamentos com essa pergunta. Eu não sabia. Depois de tudo o que estava acontecendo entre a gente, o clima estava começando a mudar:

         - Não sei. Tenho que ver.

         - Achei que ele era nosso amigo.

         - Ele é, mas... Ah sei lá...

         O rosto de Lia estava vermelho, ela queria rir o mais alto possível, dava para ver isso na cara dela. Eu, por outro lado, só ficava corada e cada vez mais confusa. Olhei para o Rick, e sua expressão não era nada boa, ele estava ficando brabo e confuso. Não demorou muito para ele explodir:

         - Querem me falar o que está acontecendo? Vocês estão escondendo alguma coisa de mim?

         O clima de risos que Lia estava proporcionando sumiu, ficamos trocando olhares preocupados, a gente sabia que ainda não era hora de falar para ele. Tinha que ter alguma saída.

         Ouvindo minhas preces, Daniel aparece logo ao lado nos cumprimentando:

         - Oi gente. O que foi cara? Você parece que está com raiva.

         - Elas estão me escondendo alguma coisa.

         - Ué? Por que vocês simplesmente não contam para ele o que quer que ele queira saber?

         Droga!

         Rapidamente estou de pé puxando Daniel para longe. Ele me questionava para onde estávamos indo e eu apenas continuava puxando ele. Chegamos às arquibancadas e sentamos. Respirei fundo e comecei a explicar para ele.

         Rick não sabia sobre os nossos beijos. Era muito ciumento, e com certeza iria tirar satisfação com ele. Queríamos primeiro que Daniel conquistasse a sua confiança para poder contar:

         - Entende?

         - Sim. E eu juro que não falo nada para ele.

         O abracei. Acho que nem ele nem eu estamos esperando por essa reação minha, mas eu precisei fazer isso para demonstrar o quão grata eu estava e o quanto eu confiava nele. Ele retribui, me apertando um pouco mais forte contra o seu peito. Sinto seus lábios tocando a minha testa. Arrepio levemente na mesma hora.

 

.  .  .

 

        

         Acordei. Estava tudo escuro, apenas uma fraca luz passava pela fresta que tinha embaixo da porta. Me debatia tentando me soltar, mas era impossível, as cordas estavam muito fortes. Tento prestar atenção ao que está em minha volta. Vejo outra pessoa amarrada á minha frente, um pouco mais distante. Com um fio de voz, tentei chamar a pessoa:

         - Ei... Ei...

         Erguendo a cabeça, bem devagar, pude ver quem era a pessoa amarrada á minha frente:

         - Daniel!! Meu Deus!

         Seu rosto estava todo machucado. O olho direito estava roxo, havia um arranhado em sua bochecha e seus lábios estavam cortados. Pude observar com o pouco de luz que entrava que sua camisa estava em trapos no chão ao seu lado. Por uma pequena fração de segundo reparei em mim. Meu corpo estava como todos os outros sonhos. Despido e fraco.

         Tentei falar com ele mais algumas vezes, mas nada respondeu. Dava para ver que suas forças estavam praticamente nulas.

         A porta é aberta, deixando uma boa claridade entrar. Logo sei quem é. Em seu rosto tinha um sorriso diabólico, ele aparentava estar mais disposto do que das ultimas vezes. Reparei que em sua mão tinha um objeto de tamanho grande. Uma espada. Um calafrio me percorreu a espinha. Os passos daquela figura estavam sendo direcionados a mim. Já próximo o suficiente, palavras diferentes do que ele me dizia saíram de sua boca:

         -... Não importa...

         Suas nojentas mãos tocaram a minha face, seu rosto se aproximava do meu como se fosse me beijar, mas uma voz ecoa pela sala fazendo o ato se encerrar:

         - Deixa ela...

         O homem pareceu pensar seriamente nas palavras de Daniel, eu não podia deixar ele fazer isso. Gritava e esperneava para o mesmo deixar ele em paz e voltar para mim, porém nada do que fazia adiantava, a figura simplesmente me deu as costas e foi em direção ao Daniel:

         - Deixa ele em paz, por favor, deixa ele.

         Minhas palavras foram em vão. Era como se eu estivesse falando algo para um surdo escutar ou tentando fazer um cego me enxergar.

         A capa que cobria a lâmina da espada foi jogada no outro lado da sala. O homem se pôs ao lado de Daniel e encostou a lâmina em sua garganta:

         -... Não importa...

         - Para...

         A parte da lamina deslizava lentamente pela garganta dele:

         - Para... Por favor, para...

         -... Não importa...

         - PARA...

 

.  .  .

 

         - PARA!!

         - Med, por favor, ACORDA!!

         Acordei em uma velocidade incrível, puxei todo ar que conseguia para poder respirar direito, estava completamente sem ar. Já me tranquilizando, fui tentando me localizar. Olho ao meu redor e vejo Lia, Rick e Daniel parados ao meu lado com as faces preocupadas e logo depois, reparo que tem mais uns 30 rostos me olhando.

Não acredito. Eu dormi na sala.

         Ainda meio atordoada, via a professora se aproximando e logo Lia indo na sua direção para dialogar. Escutei um trecho da conversa:

         - Professora, sabemos exatamente o que aconteceu e podemos ajudar ela. Pode deixar a gente levar ela um minutinho para fora da sala?

         - Claro, claro que podem, por favor.

         - Obrigado.

         Rick me ajudava a levantar da carteira enquanto Lia também vinha me ajudar, já tentando me levar para fora da sala, lágrimas de tristeza escorriam por meu rosto, fico desesperada e paro subitamente, viro para trás e olho fixamente para Daniel implorando para que ele venha com a gente. Logo ele já está tomando o posto de Lia e botando o meu braço em volta de seu pescoço, ajudando Rick a me levar para fora da sala.

         Estávamos no refeitório. Todos tentavam me acalmar, mas percebi a expressão de confusão estampada no rosto de Daniel, tentando entender tudo o que tinha acontecido:

         - Med... Quer falar o que aconteceu?

         Apenas levantei meu olhar para Daniel. Acho que Lia tinha entendido meu recado, pois se levantou e pediu para o mesmo sentar ao meu lado.

         Quando se sentou próximo o suficiente, passei minhas mãos por todo seu rosto e analisei cada canto, logo elevei sua cabeça para poder ver melhor seu pescoço. Nada. Não vi nada. Um alívio tomou conta de mim. Ele por sua vez, sem entender nada, apenas me abraçou e eu retribuo. Rick comentou algo que me surpreendeu, e por um momento, me deixou feliz:

         - Não acha que ta na hora de ele saber?

         - De saber o quê?

         Comecei a chorar involuntariamente nos braços de dele, Lia me perguntou se queria que eles saíssem, neguei e pedi para que continuassem sentados ali. Era algo difícil de ser explicado:

         - Olha, eu só quero que você não fale nada do que vou te contar para ninguém. Isso é um segredo que só as pessoas de minha confiança sabem.

         - Juro que não conto.

         - É algo complicado de se entender, não quero que você me ache louca.

         - Pode falar.

         Olhei mais uma vez para meus amigos e eles assentiram.

         Contei meu segredo.

         Seu rosto não tinha nenhuma expressão. Ele estava completamente sério, prestando atenção em cada palavra minha. Além dos pesadelos, contei dos meus sonhos bons também. Querendo ou não, eu também sentia as sensações deles. Outro fato que não pude esconder foi de quando a gente se conheceu e de quando a gente saiu. Terminei de explicar tudo e me fixei em seus olhos esperando uma resposta:

         -Eu... Eu estou sem palavras, não sei o que dizer.

         - Eu entendo que deve ser algo difícil para você ouvir mas, quero que saiba que se quiser... Que se quiser se afastar não irá ter nenhum problema.

         Lia e Rick me olharam com espanto e um pouco de indignação, eles não acreditavam no que tinha acabado de dizer. Daniel logo deu uma resposta a meu comentário:

         - Med, eu não vou me afastar de você por causa disso. Eu não vou te deixar por causa disso.

         - Mas eu podia ter te machucado. Eu não quero que se machuque.

         Era impossível não chorar com toda essa situação:

         - Não vai ter sido você, então a culpa não é sua. Pare de pensar assim.

         Ele estendeu sua mão para mim e eu a segurei. Seus dedos se encontraram com os meus, fazendo a segurança e a paz retornarem a meu corpo.


Notas Finais


esse ficou( graças a Deus) um pouquinho maior. kk
espero que tenham gostado.
bjs, até semana que vem!!


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