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História Pesadelos e Sensações - Por que não tirar uma casquinha?


Escrita por: apenas_historia e y1amy

Notas do Autor


oie!!
aqui está mais um cap pra vocês.
aproveitem.

Capítulo 16 - Por que não tirar uma casquinha?


         Por um momento achei que fosse perder algum dedo, mas eu compreendia essa reação, qualquer um que não fosse idiota teria:

         - Mas você sabe por que fizeram isso?

         - Até hoje eu não sei direito, acho que era por questão de popularidade, sei lá.

         - Nossa, que coisa idiota.

         Esse assunto estava começando e ficar um tanto quanto desconfortável, e eu já começava a ficar irritada:

         - Mudando o rumo da conversa... Lia, você vai sexta que vem comigo lá para casa? Preciso de uma força para arrumar as coisas.

         - Conta comigo.

         - Nossa! Quanta consideração pela gente.

         - Eu tenho certeza que vocês não vão querer ajudar.

         - Bingo.

 

.  .  .

 

         Lá se vai às semanas e já estamos em plena sexta feira. Estou ansiosa para essa festa, e estar assim foi algo que me surpreendeu. Apesar de amar festas, eu nunca ficava tão empolgada como estou agora.

         Hoje, novamente Daniel estava indo para a casa de Rick. Provavelmente iriam ficar jogando algum videogame até tarde e falar das garotas que os dois achavam as mais gostosas da escola. Típico.

 

.  .  .

 

         - Oi queridas!

         - Oi mãe.

         - Oi Gabi!

         - Filha, não esquece que depois do trabalho eu e seu pai...

         - Eu sei, por isso que a Lia está aqui, ela vai me ajudar.

         Apenas sorriu e se dirigiu para a cozinha. Hoje era dia de tentar fazer menos bagunça possível dentro de casa, até na louça íamos tentar dar uma economizada para não ficar muita coisa depois. Logo minha mãe já gritava avisando que o almoço estava pronto. Foi uma corrida para ver quem chegava primeiro a cozinha, não demorou muito e meu pai se juntou a gente:

         - Oi gente... Ah oi Lia.

         - Oi Tio Leo.

         O almoço não poderia estar melhor, as risadas estavam contagiantes, uma ria da cara do outro, o almoço simples estava uma delícia e a melhor parte, não tinha tanta louça para eu lavar.

         Obviamente não começamos assim que o almoço terminou, todo mundo depois precisa de umas duas horinhas de descanso. Por volta das 14:30 a arrumação começou. Primeiramente, louça.

         Já com a cozinha organizada, partimos para a decoração, e agora haja fôlego. Começamos a encher os balões, apesar de não ser muito, um esforço pulmonar sempre é necessário. Todos estavam cheios e amarrados bem bonitinhos:

         - Lia, você vai me passando e eu penduro.

         A festa iria ser na parte de festas que tinha atrás de casa. Apesar de julho ser uma época muito fria, o clima daquela área era extremamente confortável. Durante a arrumação escutamos assovios vindo em nossa direção, instintivamente, não só eu como também a Lia, olhamos para trás. E lá estavam se aproximando da gente, Rick e Daniel:

         - O que vocês estão fazendo aqui?

         - Nada em especial. E vocês?

         - Cala boca Rick. Já que estão aqui podem ir começando a ajudar.

         - Segunda vez que entro aqui e já vou ser feito de escravo?

         - Aqui em casa é assim que funciona.

         Lhe joguei uma piscadinha:

         - Podem montar as mesas para a gente?

         - Melhor a gente fazer isso cara, vai que a escravidão acaba mais rápido.

         Depois de uma tarde um pouco agitada tudo ficou pronto. A decoração, as mesas, os copos, pratos e talheres que iriamos usar e a playlist já estava montada. Ela foi o que mais demorou a ficar pronto, todos tínhamos opiniões diferentes sobre que músicas colocar, até finalmente chegar a um acordo:

         - Ei ruivinha. Posso pegar um copo d’água?

         - Vamos lá, eu pego para você.

         Como esperado, enquanto me dirigia para a cozinha junto com Daniel, risinhos podiam ser escutados, preferi revirar os olhos do que discutir:

         - Aqui está.

         - Obrigada.

         Guardei a jarra de água novamente na geladeira, me virando esbarro com tudo nele, fazendo toda água ir na sua blusa e o copo se espatifar no chão:

         - Me desculpa, mesmo, eu não queria...

         - Calma, é só água, isso seca.

         - Mesmo assim, e deixa que eu seco a sua blusa, ta frio lá fora e você não vai sair desse jeito, espera um pouco. Deixa eu só varrer isso.

         Peguei a vassoura e a pá na lavanderia, mas entrando vi a secadora de roupas, resolvi secar a blusa dele ali. Pode ser que esse meu gesto vai ser um tanto quanto proposital, não fazia a menor ideia do que me passava pela cabeça. Já com tudo em seu lugar o chamei:

         - Vem, deixa eu secar sua blusa.

         Estendia mão para que ele pudesse me entregar a blusa e assim fez. Acho que a lavanderia nunca foi tão pequena como naquele momento. Juntei todo meu poder de concentração na secadora a minha frente e coloquei sua blusa lá dentro:

         - Não deve demorar.

         - To achando que você usou essa desculpa para me ver sem camisa.

         Seu tom era de piada, mas foi impossível não corar por ele ter adivinhado parte dos meus pensamentos. Eu realmente queria ajudar, mas porque não tirar uma casquinha dessa situação?:

         - Não viaja.

         - Tem certeza?

         Ele me olhava com um sorrisinho no rosto e uma sobrancelha arqueada:

         - Med onde... O que vocês estão fazendo ai?

         - Lia, antes que você pense alguma merda, eu estou secando a blusa dele.

         - E eu só estou esperando.

 

.  .  .

 

         Já estávamos nos despedindo, a noite estava chegando e eles tinham que ir para casa. Já me despedi de Rick, agora Lia vinha me abraçava enquanto sussurrava:

         - Por favor, namorem logo.

         - Cala boca Lia.

         - Não pense que escapou da conversa, cara amiga.

         O que fazer com um ser humano desse? Os dois estavam lá na frente apenas esperando Daniel, que agora vinha se despedir:

         - Você vem amanhã?

         - Com certeza.

 

.  .  .

 

         A festa não poderia estar melhor, todos se divertiam observei Rick parado a beira da piscina e resolvi me aproximar:

         - Rick!

         Quando virou para mim sua expressão era assustadora. Os olhos estavam arregalados demonstrando dor e sua pele estava pálida, olho para baixo e vejo que tem uma faca encravada no seu peito, e eu estava segurando. Sai correndo em busca de ajuda. Lia estava perto e a chamei:

         - Lia!

         A mesma expressão. A mesma faca. No mesmo lugar:

         - Eu juro que não fui eu! Eu juro! Eu juro!

         Todos os convidados estavam a minha volta. Todos eles com uma faca encravada no peito, porém todos estavam vivos, e apontavam o dedo para mim enquanto gritavam:

         -... Não importa... Não importa... Não importa...

         - Eu juro que não fui eu! Eu juro! Eu juro! Não fui eu!...

 

.  .  .

 

         Outro aniversário que um pesadelo provavelmente iria me assombrar.


Notas Finais


até a próxima.
bjs!!


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