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História Pesadelos e Sensações - Não é culpa sua


Escrita por: apenas_historia e y1amy

Notas do Autor


oie.
aqui está mais um capitulo para vcs.

Capítulo 4 - Não é culpa sua


Estava pensando na semana que eu tive, ela foi definida na expressão “50 por cento para cada”, tinha dias que os sussurros vinham para atrapalhar meu sono e fazer com que meu dia fosse sombrio, mas já nos outros não aparecia nada nem se quer um vestígio... minha linha de pensamentos foi interrompida por cutucadas. Só tinha uma pessoa que me chamava desse jeito:

         - Ei, tudo bem?

         - Hã?... Ah, sim!

         - Certeza? Você está meio distraída.

         Não sabia onde eu estava, dei uma rápida olhada ao redor do lugar, estávamos na sala. Achei que tinha perdido alguma coisa, mas a professora parecia ter liberado essa aula para conversarmos, depois de me localizar me voltei para Daniel:

         - Estou cansada. Noites mal dormidas.

         - Eu sei como é isso.

         - Sabe?

         Perguntei um tanto chocada, passou pela minha cabeça a ideia de que ele também pudesse ter o mesmo que eu, mas como isso era quase impossível, tirei a ideia de minha cabeça:

         - Eu tinha crise de ansiedade, havia noites que eu mal pregava os olhos por 5 mim, mas eu procurei ajuda e consegui sair dessa, hoje ninguém me acorda por nada.

         Fui obrigada a dar uma risadinha, ele não fazia piadas como comediante, mas era muito debochado. O doce som do intervalo ecoou pela sala. Eu ia saindo mas me virei e disse:

         - Daniel, se quiser sentar com a gente pode ir, lá a mesa não é restrita.

         Corri em disparada até Lia e Rick  que me esperavam no corredor.

 

.  .  .

 

         - Posso me sentar aqui?

         Levantei a cabeça e observei um Daniel levemente envergonhado, fiquei feliz que ele aceitou meu “convite”:

         - Claro...

         - Fica a vontade.

         Claro que Lia tinha que completar minha frase, depois de tantos anos isso acabou ficando normal. Como nem tudo é perfeito, Rick estava com uma cara amarrada e é claro que Lia não deixou por isso, ela deu um tapa em sua cabeça fazendo Daniel e eu rir. Bem feito:

         - Oi.

         Estava quase dando um tapa na cabeça dele por não tirar esse amarrado da cara.

         Na sorte, aos poucos ele foi se soltando e pareceu gostar de Daniel, dávamos risadas, conversávamos e, claro, Lia não deixou de fazer seu típico interrogatório. Óbvio que eu ria, os interrogatórios dela eram os melhores, mas assim que ouvi sua ultima pergunta quis matar ela e enterrar minha cabeça em algum lugar:

         - O quê você quer com a minha amiga?

         - Lia cala essa boca pelo amor de Deus.

         Ela começou a rir, eu estava vermelha, Rick acompanhava Lia e Daniel... estava envergonhado.

 

.  .  .

 

Lia estava demorando para atender a porta, com isso tive quase certeza que ela estava terminando alguma coisa que era para ter feito bem antes, mas logo abriu a porta:

- Oi Med!

- Oiee

- Desculpa a demora, terminando a louça.

         Sabia. Coloquei minhas coisas no quarto e voltei para sala. Nós conversamos, jogamos algumas coisas, conversamos mais um pouco, comemos... Quando já era perto das 22:00h começamos uma maratona de filmes, um melhor que o outro, pouco depois de 00:00h estávamos prontas para dormir e não demorou muito para que caíssemos no sono.

 

.  .  .

 

Estava lá de novo, meus braços estavam presos pela mesma corrente fazendo meu pulso ficar machucado. Meus pés estavam novamente dormentes, mas dessa vez eles estavam unidos por uma espécie de arame que eu sentia estar cortando meus tornozelos aos poucos.

Ao meu lado direito estavam todos aqueles instrumentos de tortura, tudo aquilo me fazia sentir medo quando aquele homem estava perto, do meu lado esquerdo tinha uma... cama. Tinha alguém dormindo nela, quem era?

         A porta fez um ruído deixando uma fresta de luz entrar, o que foi suficiente para eu ver quem estava lá deitado. Era a Lia. O desespero tomou conta de mim, aquilo não podia ser verdade, ele podia me machucar, torturar ou até mesmo outras coisas se quisesse, menos machucar minha família e meus amigos, que são como irmãos para mim.

         Parado em frente aos seus instrumentos, parecia estar escolhendo com “carinho” qual usar para o que quer que fosse fazer. Suas mãos foram ao encontro de uma navalha, tive a sensação de um sorriso estar brotado em seu rosto. Estava fraca, mas reuni forças para poder falar:

         - O... que vai... fazer?

         Saiu como um sussurro, mas foi alto o suficiente para fazer o mesmo se mover e se sentar a beira da cama onde Lia estava. Dessa vez vi levemente um sorriso brotar em sua face, ele aproximou a navalha do pescoço dela:

         - Não... por favor...

         Mais um sussurro. O homem voltou seu olhar para mim, sorriu, olho de volta para Lia e como se fosse a coisa mais fácil do mundo deslizou a navalha pelo seu pescoço. Seu sangue espirrou para todos os lados, algumas gotas chegaram a cair em meus pés. Lágrimas rolaram por meu rosto, ver Lia morrer daquele jeito era pior do que esse homem me torturar.

         Ele vem em minha direção, ainda tenho a sensação de um sorriso estar estampado em seu rosto, parado em minha gente me observa, até levar a navalha à parte de cima do meu braço:

         - Por... por favor.. não...

         - Isso não vai passar...

          A navalha vai se deslizando pelo meu braço:

         - Para... Ahhhhhhhhh

 

.  .  .

 

         - Ahhhhh

         - MEDDIE!!!

 Acordei em um pulo, estava desesperada, minha visão estava embaçada por culpa do sono, quando ela volta ao normal vi Lia parada em minha frente, não tive outra reação a não ser a abraçar muito forte e deixar as lagrimas de felicidade rolarem pelo meu rosto:

         - Shhhh, calma... calma... ‘to aqui.

         Apertei ela mais forte ainda, quando me acalmei me afastei dela e respirei fundo:

         - O que aconteceu?

         - Ele... ele... tinha te matado...na minha frente... ele... ele...

         - Shhh, calma...

         Ela me abraça forte, isso me acalma. Ela continua:

         - Eu estou aqui, não estou? Vai ficar tudo bem, calma.

         Ainda estava com meus pensamentos meio bagunçados que iam se arrumando aos poucos. Me lembro de algo que ocorreu no pesadelo anterior. Corri em direção ao interruptor e deixei a luz se espalhar pelo quarto, andei até a frente do espelho, uma expressão de espanto tomou meu rosto e Lia logo estava atrás de mim:

         - O que foi med...

         Ela viu o mesmo que eu. Meus pulsos estavam marcados, meus tornozelos levemente cortados e meu braço estava com um corte horrível. Por um momento todo o pesadelo me voltou a cabeça como se eu estivesse vendo um filme, a cena dele cortando o pescoço dela se fixou em minha mente. Puxei ela para minha frente e tirei seu cabelo do pescoço. Lá estava. O corte era pouco visível, mas ainda assim, era possível de se enxergar.

         Comecei a chorar em desespero. Eu fiz isso com ela. EU. Por que eu fiz isso? Não podia ter deixado isso acontecer:

         - Me desculpa, eu não queria, eu juro, me desculpa.

         Seus braços me envolvem me dando uma sensação de conforto muito boa, deixo novamente as lágrimas caírem por meu rosto:

         - Calma, ‘ta tudo bem, não foi nada. Sei que isso não é sua culpa.


Notas Finais


e ai, gostaram?


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