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História Peter Pan - Capítulo Único: Neverland.


Escrita por: Nathy_xx

Notas do Autor


Olá! Como vão vocês?
Essa é a segunda história do projeto OENC, então eu espero que gostem!

Capítulo 1 - Capítulo Único: Neverland.


Fanfic / Fanfiction Peter Pan - Capítulo Único: Neverland.

- Boa tarde, o senhor gostaria de alguma coisa?

Ouvi quando encarava uma vitrine, assim que me virei para o dono da frase o que se passou pela minha mente foi:

"Uma porção de você, pra viagem."

Era engraçado, dois anos estudando longe e ele não tinha me reconhecido.

- Senhor está no céu Minmongi. – declarei.

- Wonho hyung? – ele disse e piscou algumas vezes – Hyung! – gritou e pulou em cima de mim quando me abraçou.

Completamente maluco, era exatamente assim que eu me lembrava.

- Ya, nem me venha com essa de "hyung" eu passo dois anos fora e quando volto você nem me reconhece? – brinquei, ele me soltou e me encarou com uma expressão de falsa timidez, eu ri, as aulas de teatro fizeram bem a ele – Mas você não tem mesmo nem um pingo de vergonha nessa cara. – disse dando uma tapa de leve no braço dele.

Minhyuk olhou para o relógio e sorriu, logo voltou os olhos para mim.

- Meu turno acabou me dê uns minutos para pegar minhas coisas e já conversamos.

Eu assenti, o esperaria ali no lado de fora da loja mesmo.

Era inverno em Seul, cada hora mais que passo nessa cidade eu vejo que voltei na época certa, e talvez o frio do inverno me ajude a finalmente dizer ao Minhyuk como eu me sinto.

Nós nos conhecíamos desde a escola, e juntamente com Hyungwon, Kihyun, Shownu hyung, Jooheon e Changkyun éramos conhecidos como "Os Sete de Ouro". Não me pergunte o porquê desse apelido.

Minmong era meu melhor amigo, sempre esteve comigo e inconscientemente eu tinha me apaixonado por ele. Ir estudar no exterior e deixá-lo aqui vulnerável a todos esses predadores de olho nele foi difícil.

A única pessoa que sabia era minha mãe, confesso que tive certo medo de contar a ela, mas minha mãe era incrível, ela me entendeu bem melhor do que eu pensei, lembro até hoje do que ela me disse:

"- Você é meu filho, e eu vou te amar independente disso. Você já decidiu se é a sua felicidade eu não tenho porque ir contra, Minhyuk é um bom garoto, lembre-se meu filho, você tem todo o apoio do mundo."

Eu tenho ou não a melhor mãe da face da Terra?

- Quer ir comer alguma coisa? – Minhyuk disse parando ao meu lado e me trazendo de volta do meu subconsciente.

- Hum... Eu não sei, eu devia ir comer com alguém que depois de dois anos fora se esquece da minha existência? Isso porque eu falei com você semana passada.

- Não comece com isso de novo! Você estava de costas e quando conversamos na web cam eu vejo só o seu rosto. E você não malhava quando foi embora.

- É, mas...

- Mas nada.

- Minhyuk! – protestei.

- Vamos logo! – ele riu e me puxou até uma barraquinha de comida.

Fomos comendo e conversando até chegar a um parque antigo.

- Nós sempre vínhamos aqui depois da aula. – ele lembrou e sorriu – Hyung se lembra daquele dia que Kihyun caiu do balanço?

Eu assenti e ri com a lembrança.

- Ele caiu e começou a chorar porque tinha ralado o joelho. Aliás, como estão os outros?

- Eles estão bem, e agora que você voltou, nós já podemos fazer a regravação dos sete mosqueteiros.

Eu franzi o cenho e me virei para ele.

- Mas são três mosqueteiros.

- Adaptação. – riu enquanto terminava seu lanche – Vai ficar em Seul?

Eu assenti, aqui era minha casa, por mais que goste de outros lugares do mundo também eu amo esse lugar, e não só ele.

Ele sorriu, tinha um sorriso inocente de uma criança, sempre teve.

- Parece que vamos pegar chuva. – disse olhando para o céu, ia chover logo.

- Não se preocupe. – disse e me puxou pela mão.

- Aonde vamos?

- Eu moro a algumas ruas daqui.

Eu assenti e me deixei ser levado por ele, chegando ao apartamento me deparei com uma porta verde.

- Peter Pan. – resmunguei.

- O que? – ele me encarou.

- A porta verde, me lembra da roupa do Peter Pan.

Ele riu.

- Bem vindo a Terra do Nunca. – disse abrindo a porta.

- Vou encontrar o Capitão Gancho se entrar aí? – questionei com as sobrancelhas arqueadas.

- Nem ele e nem os meninos perdidos Tinker Bell. – disse e deu uma batidinha de leve com o indicador na ponta do meu nariz – Santo Deus seu nariz está congelado!

- Estamos no inverno. – lembrei-o, senti suas mãos no meu rosto, as mãos quentes causaram choque em contato com minha pele fria.

- Vamos entrar. – disse me puxando para dentro, me sentei no sofá enquanto ele sumia por um corredor.

Era um apartamento simples e organizado, colorido, com grandes janelas, quadros pendurados, fotos antigas, uma TV e várias almofadas no sofá.

- Desculpe a bagunça. – ele disse voltando para sala, estava com um cobertor amarrado no pescoço, e segurava em cada mão uma caneca.

- Fomos de Peter Pan a Batman. – brinquei, peguei as canecas de suas mãos e coloquei na mesinha de centro – Vai acabar tropeçando nesse cobertor. – disse desamarrando-o do pescoço dele.

Os olhos dele estavam diretamente em mim, por um segundo senti um nervosismo tomar conta do meu corpo, ele sorriu levemente, deve ter notado algo quando minhas mãos vacilaram um pouco ao desatar o nó.

Livre do cobertor ele se sentou no sofá e tomou em mãos uma das canecas, me sentei ao lado dele, puxei o cobertor cobrindo nossas costas e peguei a outra caneca.

Olhei mais atentamente para a mesinha de centro, tinha um vidro recobrindo a extensão da mesa e em baixo dele tinham fotos, uma das fotos era do dia anterior ao meu embarque, tínhamos ido a um bar beber alguma coisa.

- Lembra desse dia? – ele questionou e deu um gole no chocolate quente.

Eu assenti, lembrava sim, esse dia ficou na minha memória em todo o vôo, era uma despedida, eu estava indo passar dois anos estudando na Finlândia.

Ele sorriu.

- O que foi? – indaguei.

- Que raio de pessoa vai para um bar beber coca-cola? – questionou e riu.

- Eu não podia acordar de ressaca no dia seguinte! – me defendi.

- Certo, certo. – disse mesmo sem acreditar do que eu tinha dito – Vamos fingir que isso me convence.

- Quem é esse? – perguntei encarando uma foto aparentemente recente dele com um homem desconhecido por mim.

- YongGuk, um colega de trabalho. – ele respondeu, um pequeno sorriso surgiu no canto dos seus lábios – Aqui nessa foto, foi uma reunião depois do trabalho. – ele apontou para a foto ao lado, dessa vez uma mulher também tinha se juntado a eles – Essa é a Seulgi, noiva dele.

Eu assenti, me senti um pouco estranho isso era ciúme? Mas que diabo é isso? E porque esse sentimento estranho sumiu depois de ouvir que aquele cara tinha uma noiva?

Nesse tempo de discussão interna comigo mesmo senti um par de olhos em mim me analisando.

- O que foi?

Ele riu da minha cara.

- Você estava completamente emburrado aí e sua expressão só relaxou quando eu disse que ele tinha uma noiva. – declarou e voltou a rir.

Merda fui pego.

Senti as bochechas esquentarem, tinha sido um pouco constrangedor.

- Ciúmes... – ele sussurrou – Se fosse o contrário eu até entenderia, mas você? – ele me encarou, as palavras vacilaram um pouco e ele desviou o olhar para a parede – Sabe hyung, dois anos atrás quando você foi embora, foi um período muito difícil, eu senti como se o mundo estivesse caindo. É o tipo de coisa que você conta na terapia sabe? – ele riu levemente – A sensação de quando uma pessoa vai embora... É duro. Por isso hoje no parque eu perguntei se ia ficar antes mesmo de perguntar como foi a viagem, e por sinal eu não perguntei isso.

Ele me encarou, seus olhos estavam vermelhos, pareciam lutar contra as lágrimas, isso me cortou o coração. Minhyuk pôs a mão por dentro da gola e mostrou um colar com uma pedrinha redonda na ponta.

- É bonita não é? – ele sorriu olhando a pedrinha – Nos dias que eu não estava bem eu olhava para ela e essa sensação passava, porque ela me faz lembrar a cor dos seus olhos. Então eu conseguia seguir em frente, lembrando sempre que você ia voltar. – disse e apertou o pingente entre os dedos – Eu amo você... Acho que sempre amei.

Eu estava em choque, tinha mesmo ouvido tudo isso? Ele se levantou, não sabia para onde iria, mas não o deixaria sair daqui, me levantei e o abracei.

- Ya, eu estava aqui pensando em como contar tudo e você passou a minha frente. – brinquei.

- Hyung, você?

Eu sorri.

- Eu também te amo. – eu senti que ele sorriu, sorriu e abaixou o rosto, logo senti as lágrimas molharem meu ombro, afaguei-lhe os cabelos e deixei que chorasse, não eram lágrimas de tristeza.

...

De manhã acordei e senti um peso no meu peito, abri os olhos e olhei mais atentamente, Minhyuk estava dormindo com a cabeça apoiada nele.

Sorri e afaguei levemente os cabelos bagunçados. Senti uma movimentação e vi uma carinha sonolenta.

- Te acordei?

Ele negou e sorriu, abaixou o rosto e esfregou o nariz contra meu peito.

- Ya! Faz cócegas! – protestei.

 Ele riu e voltou o rosto para mim.

- Vai ficar me encarando?

Ele assentiu, eu ri, em segundos o telefone tocou. Minhyuk franziu o cenho incomodado.

- Ninguém nunca me liga tão cedo assim... – resmungou, levantou a contra gosto e pegou o telefone da cômoda ao lado da cama – Alô? Bom dia para a senhora também. – ele sorriu quando disse isso, quem seria? – Sim ele está aqui. Hyung, sua mãe. – ele me entregou o telefone.

- Omma?

- Ah então você está aí. – ela riu – Contou a ele?

- Sim.

- Esse é o meu garoto! – ela parecia feliz, eu estou realmente agradecido por isso – Ponha no viva-voz.

Eu fiz, mas estava com medo do que ela iria dizer.

- Já está omma.

- Minhyuk?

Ele se aproximou mais de mim.

- Sim?

- Minhyuk eu espero que você cuide bem do meu bebê. – omma disse docemente, mas logo sua voz se tornou sombria – Caso contrário vai encarar as consequências.

Isso foi fofo e assustador ao mesmo tempo, ela parecia estar falando sério. Ele sorriu, não era um sorriso nervoso, ele parecia calmo.

- Pode deixar. – ele respondeu – Vou cuidar.

- Viu só! Eu disse que ele era um bom menino! – omma disse nos fazendo rir.

- Omma está emocionada. – sussurrei, ele assentiu.

- Venham aqui almoçar hoje.

- Nós iremos. – Minhyuk respondeu.

- Espero vocês. – ela disse e desligou.

Devolvi o telefone a ele que o deixou na cômoda ao lado da cama, e voltou a se deitar.

- Muita gente acha que para ser feliz é preciso ter posses e muito dinheiro, mas não é necessário, isso não é felicidade, podemos ser felizes com pouco. – ele disse e se aconchegou em meus braços.

- Eu posso ser feliz só tendo você aqui. – conclui, ele me encarou – O que foi?

Ele sorriu, pressionou minhas bochechas com as mãos me fazendo fazer um bico exagerado.

- Eu te amo. – declarou e me beijou.

- Eu também te amo. Agora é melhor levantarmos, se vamos almoçar com a minha mãe ela não vai tolerar atrasos.

- Ah não! – ele reclamou e se jogou em cima de mim – Está muito cedo ainda!

Como eu ri, não aguentei, ele era a criança mais adorável da face da Terra.

- Deus quanta manha. – disse afagando os cabelos ruivos. Olhei para o relógio na parede do quarto. – São nove horas, temos três horas até o almoço.

- Levantamos as dez então. Vamos dormir agora. – ele puxou o cobertor até os ombros e se acomodou ali.

- Vamos nos atrasar.

- Se atrasarmos eu digo que a culpa é sua que demora demais para se arrumar. – ele riu.

Eu sorri e fechei os olhos.

Não tinha outra opção a não ser continuar ali também, não tinha e nem queria ter, estava feliz, muitos se perguntam o que é felicidade, muitas definições existem também, dizem que felicidade é quando você não quer que algo acabe, é uma boa definição, mas se perguntar para mim, eu só tenho uma resposta.

O que é felicidade?

- Lee Minhyuk.


Notas Finais


Bom, é isso, espero que tenham gostado, até semana que vem, tia Nath ama vocês <3


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