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História Petrichor - P I L L


Escrita por: PinkDesire

Notas do Autor


Olá, a fanfic é pesada, digo já.
Puro sentimento, espero que gostem 🌺
Inspirada em The Neighbourhood

Capítulo 1 - P I L L


Fanfic / Fanfiction Petrichor - P I L L

A música alta me dava dores de cabeça. Sentia o fundo dos meus olhos latejar, eram as luzes coloridas. 
Entre aquela multidão, eu só conseguia procurá-lo... Cada canto explorado por meus olhos, tirei o mini pedaço de papel de meu bolso  e coloquei abaixo de minha língua, talvez assim eu conseguisse achá-lo.
Aurora, ele mora em Califórnia, você está a mais de mil quilômetros. 
Minhas personalidades floresciam enquanto minha língua formigava, o fogo tranquilo transparecia meu corpo. Pupilas dilatadas, visão distorcida... O mundo me parece tão bonito.
Eu só queria me divertir um pouco, rindo sozinha, sentindo os arrepios da minha própria companhia. 
Meu mar de lágrimas ganhava profundidade, essa sou eu, sou a intensidade em pessoa.
Pelas minhas veias não correm sangue, e sim fogo, em meu fogo florescem margaridas e girassóis.
Margaridas eram tudo que eu podia pensar no momento, eu que via a todos como flor, o vi como mar, aquelas ondas que são pequenas se você estiver de pé, mas se abaixar se transformam em tsunamis. 
Já fazem dois anos, idiota.
-Aurora?- minha visão embaçada via a silhueta de Troye, eu sorri, tropecei no meu próprio pé e o senti me segurar, rindo consegui soltar -Olá!- que estava preso em minha garganta.
Não quero atrapalhar a noite dele, afinal, mal nos conhecemos. Dei o último sorriso e corri, indo em destino até o banheiro, mas alguém me parou -Só para autorizados- o armário me disse -Hã? Eu só quero usar o banheiro- disse, enquanto aclarava minha visão -Não, senhorita, não deixarei-a passar independente do que pretende fazer, somente pessoas autorizadas- alguém estava descendo a escada do banheiro -Ei, moço, esse armário não me deixa entrar- disse arrastado, batendo o pé desengonçadamente, ele riu -A moça pode subir- e ele desapareceu entre a multidão, subi as escadas e peguei um copo da mão de alguém, joguei a bebida no chão e fui até a primeira porta que vi -Deve ser aqui- sussurrei girando a maçaneta vermelha -Você deve ser a garota que pedi- uma voz máscula, o cheiro cítrico e doce me atraiu a olhá-lo -Eu quero lavar o rosto- disse baixo enquanto tentava elucidar-me -Não gosto quando minhas vadias falam sujeiras para mim- ri, senti minha garganta contrair-se, olhei para o chão e deixei o vômito deslizar, minha visão foi invadida por um breu, sapatos sociais, modelo clássico Chanel.
[...]
Eram nove horas da noite, eu estava em meu quarto, como diabos parei em meu quarto? Já é tão tarde, que horas eu voltei ontem? Eu não lembro de voltar...
-A vadia acordou?- minha mãe adentrou o quarto com sua miserável expressão facial, levantei da cama, fui até a cozinha e servi café para mim, ela correu até mim e jogou a xícara no chão, o que fez meus ouvidos estralarem -Qual é o sentido disso?- perguntei a ela enquanto sentava em uma cadeira -Agora limpa, foi você que quebrou, idiota- sussurrei -VOCÊ ME APARECE COM UM DESCONHECIDO, ELE TE LARGA NA PORTA DE CASA E VOCÊ ACORDA 13 HORAS DEPOIS, QUER QUE EU APLAUDA?- ela gritou comigo, ignorei e fui até meu quarto -SEU PAI TE ACHA UMA VERGONHA, EU TENHO CERTEZA, E POR ISSO ELE TE DEIXOU - senti meus olhos ferverem, assim como meu rosto - Ele te abandonou porque você é uma vadiazinha chula e barata- ela sussurrou em meu ouvido, peguei em seu braço e a encostei na parede -Ele TE abandonou, e não a mim, sobre ser vadia, aprendi com a melhor- variava entre os tons, estava com dor de cabeça, não queria gritar, mas era inevitável -Deve ser por isso que ele não manda pensão, não liga em seus aniversários, não dá sinal de vida, né?- corri até a saída de casa, bati a porta -Não faça questão de voltar tão cedo!- ela gritou.

Meu rosto estava flamejando, meus olhos marejavam, estava me esforçando para não deixar mais uma lágrima escorrer por ela.
Corri até minha bicicleta e montei na mesma, os meus cabelos estavam voando, a velocidade me fazia sentir como voando...
Se papai estivesse aqui isso nunca teria acontecido... Ela não pode fazer isso comigo! Vadia suja.

Pedalei até o condomínio aonde meu pai costumava me levar quando era criança, faziam dois anos que não entrava aqui, mesmo assim os seguranças já me conheciam, por isso entrei com facilidade. Estava me sentindo nas nuvens, a brisa fria espantava minhas lágrimas e levantava minha saia, fechei os olhos por um segundo...
Como eu sinto falta dele...
Os pedais se enrolaram, abri os olhos com desespero, uma luz extremamente forte me cegou por um momento... Meu corpo colidiu contra a lataria, ele esquentou... O braço qual me apoiei latejava, gemi. A bicicleta foi longe.
-Não olha para onde anda, caralho?- a voz ecoava em meus ouvidos - Você está bem, porra?- a voz masculina aumentou o tom - Meu braço... - disse entre gemidos - Ei, puta que pariu, era só o que me faltava!- ele gritou, minha visão escureceu, a última coisa que vi foram seus sapatos sociais, o modelo clássico Chanel.


Notas Finais


Drama queen, obrigado por ler ❤️


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