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História We and he. (Miraculous Ladybug) - What should I do with her?


Escrita por: VictoriaKatsuki

Notas do Autor


Oioioi~
Bom, como prometido, mais uma fanfic de Miraculous quentinha saindo do forno, hihi.
Então, antes de eu começar, deixa eu me explicar. Quem leu o último ""capítulo"" de Cendrillon, sabe que eu já tinha estipulado um nome e uma sinopse pra essa fanfic aqui. E quem leu já percebeu que não está nada como eu havia dito. Fazer o que, né? Eu tive ideias melhores, o que é bom. Mas relaxem que a história ainda é a mesma!
Enfim, boa leitura~

Capítulo 1 - What should I do with her?


Fanfic / Fanfiction We and he. (Miraculous Ladybug) - What should I do with her?

Marinette´s On.

 

E lá estávamos nós, de novo, no consultório de Alya. Talvez aquela fosse, sei lá, a quarta vez em corridos seis meses, mas eu não estava me importando muito. Tudo que eu queria era ir para casa e ouvir Adrien falar o quanto eu era irresponsável, descuidada e teimosa. Não aguentava mais ficar olhando para aquele teto branco sentada naquela maca dura e úmida esperando que viessem me dizer tudo o que eu já sabia sem precisar de exame nenhum. Mas, como aparentemente cada detalhe da minha vida não dependia somente de mim, tudo que eu podia fazer era manter a calma e esperar, mesmo que aquilo fosse contra a minha vontade.

Adrien estava sentado na cadeira de costas pra mim, com os braços cruzados e batendo os pés freneticamente enquanto esperava Alya voltar com o resultado do raio-x. Embora já fosse bem óbvio que eu havia machucado o braço, ele queria ter certeza de que não havia hemorragia interna ou qualquer outra coisa. Bem típico dele. Desde que havíamos chegado, ele não me encarava ou dizia alguma coisa, certamente estava furioso comigo, mas eu não tirava a razão dele. Eu também ficaria caso a minha esposa fosse a pessoa mais inconsequente do universo.

Quando Alya entrou, ela me encarou por poucos segundos até torcer os lábios e se voltar para Adrien. Ela também estava furiosa comigo por estar ali outra vez com um novo machucado. Não me surpreenderia se ela quisesse me bater até me deixar em coma naquele momento.

— Bom, a boa notícia é que dessa vez ela não quebrou o braço. Só deslocou o músculo. — Alya disse, folheando os papéis, só depois olhou pra mim  — Fala sério, Mari, até quando pretende ficar quebrando seus ossos?

Bom, aquela era uma ótima pergunta. No entanto, eu odiava o modo como ela sempre perguntava aquilo, como se fosse de propósito. Talvez ela sempre esquecesse que ainda doía bastante, não importava se era quebrar ou só deslocar o músculo. Só ouvir Adrien suspirar aliviado antes de me olhar de soslaio.

— Não adianta reclamar, Alya, ela nunca aprende.  — foi o que ele disse, em um tom bem específico, exatamente para eu saber o quão furioso ele estava  — Mas o que nós podemos fazer com esse músculo fora do lugar?

— Não dá pra fazer muita coisa. Eu vou enfaixar e passar alguns antibióticos, é só isso que posso fazer por ela.  — a morena entregou a receita médica para Adrien  — Se quer meu conselho, é bom deixar essa mocinha aí bem á vista.

Os dois riram e foi só então que eu percebi que estavam debochando de mim. Juntar Adrien e Alya nunca dava certo, isso era impressionante. Desde que eu comecei á ter um relacionamento com ele, os dois nunca mais pararam de fazer de mim motivos de piadinhas discretas. Isso foi o que realmente aproximou eles. Também, depois de todo aquele tempo tentando conquistá-lo... Eu fico feliz por eles serem amigos. Se o único elo que os ligasse fosse eu, as coisas seriam um pouco complicadas, pois eu teria que conciliar o meu casamento com a minha amizade mais forte e antiga. Bom, acho que por isso eu não me importava tanto se eles me zoavam ou não.

Alya se levantou da cadeira e pegou a gaze em uma gaveta do enorme, colossal armário branco que cobria totalmente uma parede inteira. Com o mesmo cuidado de uma mãe com um filho, ela enfaixou meu braço. No fundo, era exatamente assim. Ela sempre teve muito mais juízo do que eu, sempre foi mais cuidadosa. Acho que ela sempre foi como uma mãe pra mim, ainda mais depois do "acidente" que me separou dos meus pais. Bom, isso não importa agora. O que importa é que, já no final, acho que ela fez questão de dar uma leve arrochada na gaze, pra demonstrar, assim como Adrien, que estava furiosa comigo.

— Espero, de verdade, que você não precise voltar aqui, senhorita. O que eu devo fazer com você, hein? Se chegar aqui machucada de novo, te mando direto pro seu funeral! 

— Entendi. Eu prometo que essa vai ser a última vez!  — respondi, mesmo que não pudesse ter certeza. 

— Eu realmente espero, okay? Vocês podem ir agora. Adrien? Fique de olho na minha caçula, está ouvindo?

Adrien, que já estava de pé ao meu lado, apenas riu baixinho.

— Sim, senhora.

Dito isso, Adrien e eu saímos do consultório dela, ao mesmo passo que outro paciente já foi entrando. Eu me sentia muito, muito otgulhosa de Alya, no final das contas. Desde que havíamos nos conhecido, muitos anos antes, ela sempre disse que um dia seria uma grande médica, que ajudaria pessoas do mundo todo. Claro que eu nunca acreditei muito naquilo, sempre achei que ela fosse se tornar uma modelo incrivelmente famosa e conhecida. Não era somente eu quem pensava assim, metade do mundo concordava comigo. Mas ali estava ela, fazendo o que sempre quis. Cuidando de mim mais do que nunca.

Em momento nenhum ousei encarar Adrien, mas podia sentir o olhar penetrante dele sobre mim. Eu podia imaginar no que ele estava pensando e, com certeza, não era em como aquela calça jeans clara ficava bem em mim. Ás vezes ele dizia que eu era como uma adolescente rebelde e revoltada, apesar dos vinte e três anos. E eu não podia descordar, eu estava sempre metida em situações constrangedoras e em confusões das quais eu nem sabia como infernos eu havia conseguido entrar. Eu até pensava que eu podia ser um distúrbio desnecessário ás vezes, mas não era como se eu conseguisse evitar. E ele sabia disso quando me pediu em casamento.

Entramos no carro em um silêncio perturbador. Eu sabia que qualquer coisinha que eu dissesse poderia deixá-lo ainda mais irritado. porém, como eu era realmente um horror de tão teimosa, resolvi arriscar.

— Gatinho...? — tentei sorrir furtivamente, mas digamos que não foi bem como eu esperava.

— Não me venha com essa, Marinette! — ele esbravejou e socou o volante, me fazendo ficar quieta — Você não ser pode ser só um pouquinho mais cuidadosa? O que você vai quebrar da próxima vez? O pescoço?

Respirei fundo, tentando não me deixar contaminar pela raiva dele. Sempre detestei que gritassem comigo, desde pequena. Sei lá, aquilo me deixava nervosa, não sei porque. E toda vez que Adrien gritava comigo a carga parecia ser três vezes mais pesadas. Esfreguei meu rosto com a única mão que eu ainda podia mexer e suspirei alto.

— Adrien, você sabe que nós estamos sujeitos á isso. Não dá pra evitar! —  argumentei, mas ele não deu muito ouvidos.

— Mas isso só acontece com você! Já parou pra pensar no porque? — ele parou para me encarar seriamente.

— Ah, qual é, Agreste? Você já foi bem mais flexível, porque essa implicância agora? — bati a mão no colo.

— Porque eu não quero nem pensar em você se machucando seriamente! — aquilo sim me fez ficar quieta de vez. O olhar dele, sei lá, parecia extremamente... Extremamente dolorido — Nós nos casamos há pouco tempo, o que eu vou fazer se ficar sem você? Você está sempre... Pulando por aí, se machucando e me deixando preocupado. Até quando vai ser assim?

— Eu... Tudo bem. Eu prometo, prometo de verdade que eu vou parar de ser... Assim. Só vamos pra casa, okay? 

Ninguém disse mais nada. Eu não podia me atrever á falar mais nada, até porque ele estava certo. Desde quando ainda eramos adolescentes, eu sempre fui do tipo inconsequente. Não sei o que dá em mim, mas eu era movimentada pela raiva e pelo desejo de pegar os criminosos. Eu não conseguia pensar em outra coisa além de deixar Paris segura e livre daqueles marginais. Mas, nesse processo, eu sempre me machucava bastante, justamente por não pensar. Eu entendia o que Adrien sentia. Se nosso caso fosse o contrário, eu já teria tido um ataque. Não podia mais imaginar a minha vida sem ele, ainda mais depois de todo o trabalho que tive para conquistá-lo. Adrien Agreste era quase inalcançável naquela época. 

O carro se movia rapidamente, logo nós estaríamos em casa. Tudo que eu queria era poder me deitar e dormir por dois anos. Assim que o carro parou na frente do portão de casa, saí do carro com rapidez e caminhei pra dentro, enquanto o loiro colocava o veículo na garagem. Não pude esperar chegar no quarto, me joguei ali mesmo no sofá da sala, com cuidado para não machucar o braço. Adrien entrou em seguida, me olhou por dois segundos e desviou o olhar, passando diretamente para a cozinha. Mesmo com raiva, ele podia ser extremamente sexy... Nossa, senhora!

Enquanto tentava cochilar, podia ouvir o movimento dele pela cozinha. Idas e vindas em passos pesados, parecia até que ele estava dançando. Minutos depois, ele colocou alguma coisa na mesinha de centro na minha frente e foi para o quarto. Quando abri os olhos, vi a tigela de frutas e o suco esperando por mim. Viu, era disso que eu estava falando. Ele cuidava de mim todos os dias, sempre. O que eu havia feito para merecer ele eu ainda não sabia. Comi tudo sem dizer nada e voltei á me deitar, então peguei no sono ali mesmo.

 

Adrien´s On.

Francamente, o que eu iria fazer com ela? Marinette era uma criançona, inconsequente, irresponsável. Nem parecia já ter vinte e três anos! Eu entendia que o nosso trabalho exigia muito, envolvia riscos e que machucados faziam parte, mas no caso dela já estava virando rotina. Eu não aguentava mais ter que sair correndo numa viatura da polícia com ela para o hospital ou para o consultório de Alya, não aguentava mais ter que suportar os gemidos de dor quase inaudíveis dela durante a noite. Será que ela não percebia o quanto aquilo fazia mal não só á ela? Nós eramos um casal agora, ela não podia pensar apenas nela mesma.

Depois de deixar alguma coisa para ela comer, fui pro quarto e me sentei na cama. Estava tentando ficar calmo e não surtar com ela, mas ás vezes parecia impossível! Argh. Eu até compreendia que ela era maluca pelo trabalho, que fazia tudo aquilo com paixão e tudo mais, mas ela precisava ter mais cuidado. Eu só queria saber como ela iria fazer quando nós formássemos uma família. Bom, era isso que eu pretendia, mas a Marinette precisava amadurecer primeiro, crescer um pouco. Enfim, eu já sabia de tudo isso quando tomei a coragem de pedir ela em casamento

A verdade é que Marinette me fascinou logo quando eu conheci ela, numa noite qualquer, em uma boate. Eu não sei porque ela estava lá, mas que bom que estava. Eu fiquei... Vidrado naquela azulada de olhos puxados e bochechas rosadas, nem sei porque demorei tanto á ir falar com ela. Nem sei porque demorei ainda mais á entender que ela estava tão interessada quanto eu. Nós passamos á nos ver com mais frequência, eu sempre ia buscá-la na faculdade quando podia até que eu finalmente entendi porque ela sempre ficava tão... nervosa quando estava comigo. Eu sabia que, devido á tudo que ela já tinha enfrentado na vida, ficar com ela seria dureza, pois, convenhamos, ela era um caco emocional. Mesmo que as coisas tenham evoluído com o tempo e mesmo que ela tenha ficado cada vez mais estável, ainda assim... Ela era emocionalmente delicada. Bom, eu havia aceitado essa missão. E não desistiria dela. 

Mas eu ficava preocupado, com certeza ficava. Ela era a única pessoa com quem eu podia me imaginar daqui há dez anos. Eu queria continuar com ela pro resto da minha vida, mas ela precisava colaborar, francamente. Pensando nisso, levantei da cama e fui até a sala, onde ela ainda estava. A aparvalhada já estava dormindo no sofá mesmo. Como ela podia ser estupidamente adorável mesmo estando toda largada no acolchoado? Com cuidado, peguei ela no colo, com cuidado para não machucar ainda mais o braço dela e a levei para a cama. Teria a certeza de lembrar de comprar analgésicos pra ela no dia seguinte, antes de ir pro trabalho.

Quando a coloquei na cama, a observei por alguns minutos. Ela era uma mistura perfeita de uma grande bagunça com alguma coisa muito bonita. Sabe, geralmente eu fugiria de pessoas não-tão-estáveis, mas ela tinha alguma coisa que me atraía. Sei lá, eu queria ficar com ela independentemente de qualquer coisa. Queria ajudar ela com o objetivo da vida dela e sabia que ela faria o mesmo por mim. Aquilo era o que nos fortalecia diariamente. Apenas me deitei ao lado dela e fechei meus olhos, pronto pra pegar no sono também. 


Notas Finais


Enfim, o que acharam?
Eu sei que eu tinha prometido pro fim do mês mas eu nÃO AGUENTEI ESPERAR AAAA
Espero que tenham gostado!
Lembrem-se, comentários são sempre bem-vindos!
Tchauzinho <3


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