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História Phoenix - Freedom? Final Part


Escrita por: NarryBtchz

Notas do Autor


Agora eu espero esclarecer Pq o Louis não tenta mais fugir Okay? Kk
Espero que vcs gostem 💖

Capítulo 17 - Freedom? Final Part


Fanfic / Fanfiction Phoenix - Freedom? Final Part

Eu sentia minhas pernas fracas, mas não me permitia parar de correr mesmo sabendo que não conseguiria continuar por muito tempo. Fazia algum tempo que eu não ouvia nenhum barulho vindo atrás de mim o que me dava um certo alívio, mas mesmo assim eu não conseguia parar de correr e nem olhar para trás. Corri por mais alguns minutos até chegar em uma autoestrada onde eu me permiti diminuir a minha velocidade até eu estar apenas caminhando, olhei envolta, não havia nada perto, nenhuma placa ou posto de gasolina. Eu tinha que escolher uma direção, segui-la e torcer para ser a certa. Segui pela esquerda onde havia uma leve subida e por algum motivo aquilo me pareceu o suficiente para seguir por ali. Depois de alguns minutos avistei uma placa.

 

Billy's Gas  4 km

20 minutos à frente

 

Optei por tentar correr, mesmo sentindo muita dor nas pernas. Eu só não queria ficar ali a deriva. Sentia minhas pernas fraquejarem e a minha respiração se tornar cada vez mais difícil. Eu conseguia ver o pequeno posto de gasolina no horizonte, mas meu corpo me dizia que eu não conseguiria chegar lá. O sol já estava perto de se pôr.

Ouvi o barulho de um carro bem longe, olhei para trás, mas a minha vista estava embaçada senti minhas pernas vacilarem me fazendo cair de joelho no asfalto, tentei amortecer a minha queda com as minhas mãos, mas meu corpo mesmo assim foi em encontro ao chão, minha visão foi ficando turva e os meus olhos pesados demais para que eu os mantivessem abertos.

 

- Papai? Você acha que ele está morto? – Uma voz infantil invadiu meus ouvidos.  

- Oh não querida, não fale isso. Ele está bem, nós salvarmos ele lembra? – Uma voz masculina agora fazia parte do mesmo contexto. Eu sentia meu corpo sendo segurado contra o banco não me permitindo cair. Eu tentava incessantemente abrir meus olhos, mas era como se eu não tivesse mais o controle sobre o meu corpo.

- Para mim ele tá morrendo. – Dessa vez a voz também era infantil, mas de um menino. 

- Não. Ele não está morrendo e ele não vai morrer porque nós iremos levá-lo ao hospital. – A voz masculina se fez presente novamente.

- N-não ... – Foi a única coisa que eu consegui pronunciar, o resto da frase ficou preso em minha garganta. 

- ELE ACORDOU! – Gritou a menininha que agora eu podia ver que estava sentada ao meu lado. 

- Não grite querida. 

- N-não ... M-me le ... Leve ... A-ao..  – Eu tentava falar mas, a minha garganta parecia arranhar a cada  pronunciada. 

- Eu vou te dar água. – O homem disse parando o carro imediatamente, no acostamento, descendo rápido dele com uma garrafinha de água nas mãos. Ele segurou meu rosto, recostando minha cabeça no banco atrás de mim, me permitindo finalmente levá-la. Ele colocou a mão no meu queixo e virou a garrafa devagar na minha boca. Assim que água desceu pela minha garganta pude sentir um alívio instantâneo, parecia que eu poderia beber água para sempre.

- Wow devagar. – Ele disse afastando a garrafa da minha boca. – Eu não quero que você se engasgue. – Ele disse voltando a tocar a garrafa na minha boca. 

- O-ob-brigad-o... – Disse enquanto ele secava a minha boca com um pano.

Meu corpo aos poucos parecia estar voltando a  permitir que eu o controlasse, pois agora eu conseguia manter a minha cabeça erguida, mas ainda não conseguia falar direito.

- Seu nariz tá dodói – A menininha sentada ao meu lado disse segundos antes que eu sentisse o sangue escorrendo pelos meus lábios, levei minha mão até meu nariz no intuito de estancar o sangramento, mas ele não parecia parar de sair. 

- Droga, droga, droga. – O homem, que eu nem havia notado que estava novamente parado de frente à mim, murmurava enquanto procurava algo dentro de uma bolsa. – Pronto, pronto, pronto agora fica calmo. – Ele disse colocando minha cabeça levemente recostada no banco, só então eu notei a minha respiração acelerada. 

Ele ficou segurando o pano contra meu nariz por alguns minutos, eu confesso que toda a bondade dele de certo modo me assusta, afinal ele nunca me viu antes e nem se quer sabe meu nome, mas mesmo assim ele se importa tanto comigo.

- Qual o seu nome? – O menino sentado no banco do carona me perguntou.

- Louis. – Eu respondi quando o homem afastou o pano do meu rosto para checar o sangramento.

- Louis? É um lindo nome francês. – O homem disse sorrindo. – Eu sou Logan, essa princesinha rosa aqui é a Cristal e aquele chato ali é o Josh.

- Oi Louis! – Disse Cristal. 

- Oi Cristal. – Oi respondi sorrindo, ela era encantadora. 

 - O sangramento parou, mas precisamos chegar ao hospital logo. Desculpa crianças, mas não vamos parar para lanchar agora, ok? O Louis precisa muito ir ao médico. – Assim que Logan disse isso pude ver Josh rolando os olhos enquanto Cristal concordava com a cabeça.

- Não. – Eu disse de repente.

- Não? – Logan perguntou confuso.

- E-eu n-não... E-ele vai me achar. – Minha cabeça estava a mil. Eu mal conseguia formar uma frase.

- Não Louis, tá tudo bem. Nós iremos ficar com você lá. Ninguém vai fazer mal a você. – Logan disse passando a mão de forma acolhedora nos meus cabelos, aquele gesto poderia ter sido aceito por mim senão tivesse me feito lembrar de Jared, ele sempre fazia isso comigo. Tremi ao toque dele o fazendo recuar. 

- Eu tomo conta de você Louis. – Cristal disse me fazendo sorrir e assentir para ela.

- Então vamos! – Disse Logan.

Acabei adormecendo, acordei com Logan sacudindo meus ombros e com o rosto bem perto do meu me fazendo dar um sobressalto por conta disso.

- Meu Deus Louis! Você quase me matou do coração! Eu te chamei, mas você não respondia. – Ele disse com a voz elevada, logo respirando aliviado. - Vamos. – Ele disse estendendo a mão para mim. 

- Não! – Eu exclamei me afastando dele. Ele me encarou confuso.

- Calma Louis. Sou eu, Logan. Eu só quero te tirar daí para te levar ao hospital. – Ele disse apontando para o prédio atrás dele. - Olha eu trouxe até uma cadeira de roda. – Ele completou puxando a cadeira de roda para que eu pudesse vê-la.

- E-eu n-não posso... E-ele vai me achar. – Eu sentia um nó se formar em minha garganta por eu estar tentando segurar o choro a qualquer custo.

- Louis. – Ele disse me olhando nos olhos. – Eu vou estar lá com você, não se preocupe. 

- E-ele é policial. – Minha voz saia como um sussurro.

- Eu não ligo. Só não posso deixar ele te fazer tanto mal assim. Mas agora o que você precisa é de um médico. – Ele disse colocando a mão novamente para dentro do carro. Mesmo receoso eu peguei na sua mão para que ele me tirasse do carro. A partir dali tudo aconteceu muito rápido, eu fui levado e ele ficou. Me levaram para uma sala para que eu mudasse minhas roupas por uma “camisola” hospitalar depois eu fui até outra sala tirar sangue e fiquei em um quarto esperando o resultado.

A porta se abriu de repente fazendo meu coração acelerar.

- Cristal, ele pode estar dormindo. Você precisa fazer silêncio querida. – Ouvi Logan repreender a pequena em forma de sussurro, o que de certa forma, foi engraçado.

- Oi Louis. – Ela disse assim que me viu, com um grande sorriso no rosto. 

- Oi. – Respondi sorrindo.

- Acho que não teremos problemas por conta da sua chegada aqui. Eu resolvi tudo e a nossa pequena aqui nos ajudou a comprar a recepcionista com toda a sua fofura. – Contou Logan. 

- Obrigado. – Eu disse, no mesmo momento a porta se abriu fazendo meu coração falhar uma batida. Senti Logan apertar minha mão, ele provavelmente notou o modo como eu fiquei.

A enfermeira entrou, pediu que eu me deitasse e me colocou no soro. Ela também trouxe o meu jantar o que significa que eu terei que passar a noite aqui.

Não lembro ao certo quando peguei no sono, só lembro de acordar e ver a Cristal dormindo ao meu lado com um dos seus bracinhos por cima da minha barriga, Josh dormindo em uma poltrona e Logan sentado com a cabeça apoiada na cama enquanto segurava a minha mão. Eu não entendia o porquê, mas ele parecia realmente se importar comigo e aquilo aquecia o meu coração de um modo tão bom. Eu quase me imaginava fazendo parte disso diariamente ou talvez só as vezes, não importa eu só não queria que acabasse. 

Eu fiquei observando eles dormindo para ter certeza de que eu pudesse lembrar daquele momento para sempre. Apertei um pouco mais a mão de Logan fazendo ele dar um sobressalto.

- Droga eu dormi. – Ele disse me olhando com o cabelo bagunçado e o rosto cheio de marcas por causa do colchão. Eu ri da expressão de confuso no rosto dele e do cabelo dele. – Ah você está rindo de mim?! É isso Louis? – Ele disse fingindo estar ofendido, mas com um sorriso no rosto. Assenti negativamente com a cabeça, ainda rindo. 

- É oque? O meu cabelo? – Ele disse passando a mão no cabelo. Assenti com a cabeça. – Ele nunca me ajuda. – Ele disse girando os olhos, o que me fez rir ainda mais. Senti Cristal se mexendo e logo depois sentando coçando os olhinhos. 

- Bom dia Louis. Bom dia daddy. – Ela disse com voz de sono.

- Bom dia. – Respondemos em coro fazendo a pequena rir. 

- Bom, eu vou levar eles pra tomar café da manhã e já volto, Okay? – Logan disse me encarando. A ideia de ficar sozinho me deixava apreensivo, mas eu não podia cobrar isso dele, afinal ele já estava fazendo muito por mim por isso eu assenti e segundos depois ele estava saindo da sala com Cristal e Josh, que mal tinha acordado. 

Não sei ao certo quanto tempo Logan ficou fora do quarto, mas pareciam ser horas. Todo barulho vindo do lado de fora me assustava, eu sentia meu corpo suar e tremer e aflição. Quando ouvi a voz de Cristal vinda do lado de fora meu coração ficou aliviado, eles finalmente voltaram.

- Louis! Louis! Louis! – Cristal chegou no quarto gritando por mim. 

- Oi Cristal. – Eu a respondi rindo.

- Tira uma foto comigo? – Ela disse se apoiando na cama. Eu olhei para Logan na procura da resposta, ele balançou a cabeça positivamente o que me fez repetir o ato quase que de automático. Cristal deu um pulo para cima da cama com um enorme sorriso no rosto enquanto Logan tirava o celular do bolso.

- Você não vem? – Eu disse olhando para Josh. Era claro que ele tinha sido pego de surpresa, ele não estava esperando por isso, a vermelhidão nas suas bochechas o entregaram. 

Ele levantou e veio até a poltrona ao meu lado, nesse curto período de tempo eu observei tudo que estava acontecendo envolta de mim, olhei para Josh sentado ao meu lado, Cristal sentada do outro e Logan sorridente, eu até arriscaria dizer que naquele sorriso tinha um pouco de orgulho.

- Sorria! – Logan disse levantando o celular alto para que ele saísse na foto também. Eu nunca cheguei a ver aquela foto, mas eu faria de tudo para ter uma cópia dela.

 

Adormeci pouco tempo depois acordei com alguém me sacudindo, mas quando abri meus olhos não podia acreditar no que estava vendo.

- Finalmente eu te achei. – Jared disse sorrindo, ele levou a mão até a minha boca antes que eu pudesse gritar por ajuda. Um barulho na porta fez meu coração bater forte na esperança de que fosse Logan, mas ela se esvaiu quando vi que era um enfermeiro que não esboçou expressão alguma ao ver Jared, eles já se conheciam. Comecei a me debater quando o vi entregar uma seringa nas mãos de Jared, mas isso não o impediu de cravá-la em meu peito. Comecei a sentir meu corpo se enfraquecer não me permitindo nem manter meus olhos abertos por mais que eu lutasse.

Senti o chão gelado contra as minhas costas, abri meus olhos com dificuldade e quando olhei envolta reconheci sem nenhuma dificuldade, eu estava em casa de novo, no porão. Antes mesmo que eu pudesse me levantar a porta se abriu trazendo a claridade diretamente ao meu rosto me fazendo fechar os olhos de imediato. Ouvir os passos se aproximando cada vez mais fazia minha respiração ficar acelerada em desespero. Foi quando eu notei que não eram passos de apenas uma pessoa, tentei abrir meus olhos, mas a claridade os machucava. A porta foi fechada.

- Olha Louis. – A voz de Jared se fez presente. – Eu até poderia ficar furioso com você, mas eu não estou. Estou orgulhoso. – Ele disse me deixando confuso. – Olha tudo que você vez. – Ele deu uma pausa. – Sua mãe ficaria orgulhosa com todo o seu esforço. E eu vou te dizer. – Ele riu. – Eu nunca achei que o futebol servisse para nada até eu ver você correndo. Aquilo foi impressionante. – Ele disse se aproximando mais de mim, o que me fez se encolher mais. – O maior problema disso tudo é que te encontrar me deu muito trabalho, trabalho esse que eu não conseguiria fazer sozinho. Então eu precisei de ajuda. – Ele disse puxando a cordinha que ascendia a luz do porão me permitindo ver pela primeira vez. Ele estava acompanhando de outros três homens. – Esse aqui é o Johnny, ele trabalha na patrulha das rodovias. Ele me ajudou fornecendo as placas de todos os carros de passaram pela autoestrada no dia que você conseguiu fugir de mim. – Ele disse colocando a mão no ombro do homem ao seu lado, que parecia estar na casa dos 50. – Já esse aqui, o Stuart. – ele disse passando por trás do homem que ele havia acabado de me apresentar. – Ele trabalha no departamento de trânsito e ele me ajudou com as câmeras, tornando tudo mais fácil. – Ele disse dando batidinhas no ombro dele. A esse ponto o meu choro estava completamente descontrolado. – Já esse cara aqui, meu anjo caído, literalmente. – Disse rindo, fazendo os outros rirem junto.

- J-jared p-por f-avo-or ... M-me d-desculpe. – Eu disse em meio a soluços.

- Eu ainda não terminei Louis. – Jared disse sem paciência. – Como eu ia dizendo, o meu anjo caído aqui. – Ele disse passando o braço pelo ombro do último homem dos três, que parecia ser o mais novo também. – Esse é o Tony. Ele é auxiliar de enfermagem a quase dois anos no hospital onde eu te achei. Ele disse que te achou lindo quando mostrei uma foto sua a ele, então convencê-lo a me ajudar foi fácil. – Ele disse sorrindo. – Mas o único problema é que eu preciso pagar eles agora Louis. E não é dinheiro que eles querem. – Jared disse com um sorriso sádico nos lábios. – Eles querem você. - Jared disse apagando a luz só despertando ainda mais desespero em mim. 

Meu choro era alto e eu tentava com todas as minhas forças manter aquelas mãos longe de mim, mas ainda assim isso não parecia ser o suficiente. Senti minhas roupas sendo rasgadas, eu gritava o mais alto que o meu pulmão me permitia, minha garganta ardia, mas eu não podia desistir disso. Foi quando eu senti um forte impacto no meu rosto logo seguido por outros dois, eram socos. A quantidade ia aumentando enquanto eu sentia todo o meu ar se esvaindo do meu corpo. Eu nunca havia sentido tamanha dor na minha vida, eu sentia minhas lágrimas escorrerem enquanto meus olhos permaneciam fechados. Eles pararam de repente, mas eu não me atrevi abrir os olhos, parecia que até respirar me trazia dor. 

Senti um corpo pairando sobre o meu, fechei meus olhos com mais força desejando a todo custo poder me livrar daquilo, desejando que aquilo tudo fosse apenas um pesadelo. Mas toda aquela dor não me permitia o luxo de sequer pensar isso. 

Meu corpo foi virado, pondo minha barriga contra o chão e então eu ouvi o barulho que eu mais odiava no mundo, o som do zíper sendo aberto. Senti mãos que se apertaram ao redor do meu pescoço ao mesmo tempo que eu tinha sido penetrado com violência, um grito arranhou a linha garganta, mas eu mal pode ouvi-lo. Suas estocadas se tornaram mãos fortes enquanto eu ouvia ou outros o encorajando a “me fazer pagar” em meio a risadas, quando ele chegou a seu ápice ele colocou sua mão em meus cabelos o puxando com violência para trás e antes que eu pudesse sequer entender, minha cabeça foi chocada com força contra o chão fazendo tudo ficar negro.

Acordei sentindo um corpo abaixo de mim, mal conseguia abrir meus olhos quando senti alguém deitar seu corpo em cima do meu, meu corpo trouxe de uma só vez toda aquela dor que eu nem sabia ser possível que fosse sentida, tentei a todo custo empurrar, mas fui segurado por um deles enquanto o outro continuava com suas estocadas em mim. A única coisa que eu conseguia fazer era gritar em desespero. Era uma dor sufocante que parecia que não teria fim. Senti meu corpo ficar fraco, eu já não conseguia mais lutar contra tudo aquilo. A risada deles ecoava em minha cabeça junto às frases de incentivo, tudo aquilo me enojava a ponto de fazer meu estômago embrulhar.

Quando todos já haviam acabado e estavam começando a se vestir senti como se a partir dali eu nunca mais  iria conseguir ser a mesma pessoa que eu era antes e essa sensação era sufocante. Vi todos saírem do porão me deixando completamente jogado, imóvel, no chão frio. 

 

 


Notas Finais


Meta de 3 comentários Okay?


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