1. Spirit Fanfics >
  2. Photograph >
  3. Internal Conflicts

História Photograph - Internal Conflicts


Escrita por: pale_moonlight

Notas do Autor


Oi nenéns ♡
Estava com saudades de vocês!
Aí está mais um capítulo okay? Espero que gostem!
Se tiver algum erro me perdoem, por mais que eu tente, ainda pode ter passado algum errinho.

⚠ Leiam as Notas Finais ⚠

~ boa leitura 💕

Capítulo 18 - Internal Conflicts


Fanfic / Fanfiction Photograph - Internal Conflicts

Park Jimin

Meus olhos estavam pesados e minha cabeça doía um pouco, além de estar levemente zonzo. Uma dor leve, porém incômoda vinha dos meus braços e eu podia ouvir um beep logo atrás de mim.

Tentei abrir os olhos, mas a claridade os machucava, tentei varias vezes de pouco a pouco até minhas vistas se acostumarem com a luz forte e o teto branco.

Teto branco? Meu quarto não tem essa cor e muito menos essa luz tão forte.

Girei a cabeça para o lado vendo uma grande janela de vidro. A persiana estava aberta e pequenos floquinhos de neve caiam e se acumulavam no parapeito da janela.

Desviei o olhar para o meu braço, vendo um fio e agulha ligados ao meu braço, levando soro para mim. Meus olhos se arregalaram quase que automaticamente, e meu coração acelerou de susto. Olhei mais para baixo e pude ver que ambos braços estavam enfaixados. Um latejar vinha do meu abdômen e eu podia sentir minhas costelas enfaixadas.

As lembranças me atingiram em cheio. Lembrei-me dá surra e dos socos recebidos, das expressões de ironia, sarcasmo e satisfação de Yang-Mi, do meu desespero para ver Yoongi.

As lágrimas saíram sem minha permissão e quando percebi já estava chorando.

A porta ao lado da janela foi aberta lentamente e a pessoa que saiu de lá me deixou assustado. Minha mãe estava no quarto e arregalou os olhos ao desviar seu olhar para mim.

- Filho! Você acordou! Vou chamar o médico - disse depressa, antes de sair em disparada para fora do quarto.

Usei a mão direita para limpar as lágrimas do rosto e respirei fundo encarando a porta do quarto.

Eu finalmente havia criado coragem para tentar, e quando aconteceu, nem morrer eu conseguia.

Lembrei-me do olhar aliviado que minha mãe havia lançado para mim. Eu me senti pior do que antes, não queria que minha própria mãe me visse dessa maneira. É humilhante pensar no quanto ela deve estar decepcionada comigo, o único filho que ela tem.

- Boa tarde, Jimin - saudou-me um homem alto assim que entrou no quarto com minha mãe em seu encalço - Me chamo Zhang Yixing, sou o médico que o atendi ontem quando você chegou ao hospital.

Assenti sem respondê-lo de imediato. Senti minha garganta seca, e só conseguia observar a feição cansada da senhora Park, ela estava com olheiras, parecia precisar de uma boa noite de sono.

- O que... O que aconteceu comigo? - perguntei ao médico, mesmo sabendo qual o motivo de estar ali. Pigarreei levemente, limpando minha garganta para minha voz não sair tão rouca.

- Basicamente, você chegou ao hospital desacordado Jimin, após uma tentativa de suicídio quase bem sucedida. Fizemos uma limpeza no seu organismo para retirar toda medição que você ingeriu, limpamos e suturamos seus ferimentos. Porém você teve uma contusão na coxa direita e duas costelas quebradas. Tem sorte de estar vivo mocinho, se não fosse por seus amigos você não passaria da noite passada - disse-me enquanto anotava algumas coisas em sua prancheta e checava os aparelhos conectados a mim.

Suspirei pesadamente tentando encontrar um posição confortável na cama do hospital. Amigos... Ele disse que se não fosse por meus amigos... Quem teria me encontrado daquela maneira? Quem teria ido me procurar? Yoongi talvez?

- Sra. Park e Park Jimin, sinto dizer mas no caso de tentativa de suicídio tem que ser encaminhado para a ala psiquiátrica do hospital. O Dr. Kim já foi avisado sobre seu caso rapaz, amanhã ele virá para atendê-lo sim? E é muito provável que passe por acompanhamento de uma nutricionista, que vai designar um dieta para suprir todos os nutrientes que você perdeu - afirmou alternando os olhares entre nós, e minha mãe assentiu em concordância.

- Mandarei uma enfermeira trazer o café da tarde dele e administrar a medicação. Mais tarde eu passo para ver como ele está.

- Obrigada doutor... - agradeceu minha mãe baixinho.

O homem assentiu e pôs a se retirar do quarto.

Minha progenitora caminhou devagar até sentar na poltrona que fica ao lado da minha maca. Não disse nada e eu muito menos.

Desviei meu olhar e passei a encarar a porta do ambiente. Não estava com raiva dela ou coisa parecida, somente sentia vergonha. Vergonha de ela ter que sofrer e de estar num hospital por minha causa.

Olhei-a novamente. A mesma estava mexendo em seu celular.

- Mãe... - chamei-a baixinho, envergonhado.

- Oi, meu amor - olhou para mim. Sua voz calma e suave.

- Eu... Queria pedir desculpas - iniciei - Eu tentei mamãe... Juro que tentei, mas não consegui ser forte - murmurei, sentindo meus olhos se encheram d'água.

- Oh meu amor, você não precisa pedir desculpas para a mamãe... - respondeu-me com suavidade, levantando da poltrona e sentando ao meu lado na cama. - Seja lá o motivo que te levou a fazer isso, não precisar pedir desculpas. Tenho certeza que você foi mais forte do que pensa. Seu amigo Seokjin me contou tudo meu filho... Porque não me contou antes? Você sabe que pode confiar em mim.

Disse-me enquanto acariciava meus cabelos. Sua mão delicada e macia deslizava pela raiz e vez ou outras ela acariciava minhas bochechas.

- Eu tive medo mãe... Você já tem tantos problemas pra resolver e ainda tem o divórcio com meu pai. Não queria ser um peso na sua vida, não queria te decepcionar. Me desculpa por ser uma decepção na sua vida - um soluço involuntário saiu de minha garganta. Estava chorando novamente.

- Shh... Você não é uma decepção na minha vida, querido. Nada é mais importante do que você, filho. Nada mais. Não me importo com a empresa, com esse maldito divórcio ou qualquer outra coisa. Você é meu filho, e minha única prioridade é você entendeu?

Assenti, engolindo em seco. Suas mãos macias secaram as lágrimas de meu rosto e ela se inclinou para me dar um beijo na testa.

- Eu te amo mamãe - murmurei, olhando em seus olhos suaves.

- Eu te amo mais filhote. Não pense que eu não me preocupo com você, pois eu eu sempre vou estar aqui por você. Sempre.

Uma batida pode ser ouvida na porta, logo após uma enfermeira entrou segurando uma bandeja grande com vários alimentos.

- Olá, com licença! Sou a enfermeira Na Haeun, vim trazer seu café e remédios senhor Park - disse sorrindo e logo fez uma breve mesura.

A enfermeira aparentava ser bem nova e era bem simpática.

Minha mãe deu licença para a moça fazer seu serviço.

A mesma regulou a inclinação da cama, me deixando completamente sentado e puxou uma pequena mesinha que fica acoplada na maca. Colocou a bandeja em cima do apoio. E logo depois tirou do bolso do jaleco duas seringas.

- Esse remédio é um antibiótico, vai prevenir que seus ferimentos não peguem alguma infecção e essa outra é um remédio para dor. Esses comprimidos em cima da bandeja são vitaminas e suplementos. O próprio Dr. Zhang receitou por causa da sua subnutrição - disse, apontando para cada coisa - Virei todos os dias nesse mesmo horário para trazer o medicamento para o paciente sim? Agora se me derem licença, preciso atender outros pacientes - fez uma reverência e deixou o ambiente.

Olhei para a comida da bandeja, continha um copo de café com leite e dois pães doces médios e uma maçã que aparentava estar deliciosa.

Ouvi meu estômago roncar alto, mas eu não queria comer nada daquilo. Sentia como se o pesadelo fosse voltar outra vez. Engoli em seco.

- O que foi querido? Sei que está com fome. Não vai deixar de comer, você precisa. Está fraco e seu corpo precisa se recuperar corretamente.

- Eu sei mãe... Mas eu não consigo! - exclamei frustrado.

Será que eu nunca voltaria ao normal?

- Você consegue querido, você sabe que sim. Eu vou estar aqui 'pra te ajudar, e ninguém vai te julgar. Mas você precisa colaborar, precisa tentar.

Assenti em resposta e comecei a comer o alimento, mesmo não querendo fazer tal ato.

Eu precisava me esforçar, precisava pelo menos tentar.

•『 ♡ 』•

Passado algumas horas, eu já havia comido todo o lanche, mesmo não querendo e o psiquiatra veio fazer a primeira visita. Descobri que o médico é o mesmo homem com quem havia conversado na praça há um tempo atrás, Minseok, pai do pequeno Luhan.

Lá pelas 19:00h o Dr. Yixing voltou, disse que fizeram exames em mim quando estava desacordado. Disse também que os resultados não foram muito bons, eu estava com os ossos muito fracos e com uma anemia forte além de todo o resto. Ou seja, teria que passar pelo menos quatro semanas no hospital até estar melhor.

Quatro semanas cansativas naquele ambiente horrível. Estar no hospital não é uma coisa boa, o cheiro do local é horrível, o ambiente me deixava mais doente que o comum e por uma semana fui impedido de receber visitas. Minseok disse havia decidido isso para eu não me estressar ainda mais.

No dia seguinte ao acordar, recebi a visita de uma nutricionista, doutora Shin Hye, que teve uma conversa séria comigo, meu psiquiatra e minha mãe. Eu tive que contar toda a verdade a eles, contei que quase não comia, e quando o fazia era por extrema obrigação para não desmaiar.

Eu não queria contar-lhes nada, só queria sumir, desaparecer para sempre. Porém, quando ouvi minha mãe chorar baixinho eu não aguentei segurar e disse-lhes tudo que escondi por anos. Senti-me nu naquele momento, não fisicamente, mas de alma. Foi horrível e doloroso, o pior dia minha vida por assim dizer.

Eu realmente gostaria que esse tivesse sido o pior dia da minha vida mas infelizmente não foi, e o que estava por vir foi ainda pior.

Depois dessa conversa séria, a doutora montou uma dieta especial para mim, com todos os nutrientes necessários para meu corpo se recuperar da melhor maneira possível e passou uma série de vitaminas e outros suplementos para mim.

Eu precisava comer tudo, sabia disso, mas me recusava. Não conseguia ingerir aquilo, me senti mal, sentia nojo de mim mesmo por estar sendo forçado a algo que não queria fazer. E com isso vieram as crises, as malditas crises, as oscilações de humor e a compulsão.

Eu não conseguia me alimentar corretamente, mesmo estando na presença de minha mãe, enfermeiras e o doutor Zhang, ainda me recusava a comer direito. Ninguém me obrigava a nada, e por três dias não comi absolutamente nada, sendo nutrido somente pelo soro que estava introduzido em meu corpo. Com isso veio a primeira crise: as oscilações de humor, que consistiam basicamente em eu chorar o dia inteiro, não dormir a noite e sentir muita raiva mesmo ser ter motivos aparentes; foi depois disso que as medições mais fortes foram prescritas para mim. Remédios para ansiedade, antidepressivos e antipsicóticos receitados pelo doutor Minseok, que ajudaram a diminuir em quase cem por cento os sintomas.

Meu único meio de "diversão" era meu celular que minha mãe havia trazido de casa um dia depois de estar no hospital.

Ela ficou comigo todos os dias, dormia lá e só saia para resolver coisas de extrema importância. Durante essa semana também percebi um troca de olhares entre minha mãe e o meu doutor chinês, ambos pareciam bem interessados um no outro.

Depois de uma semana no hospital meus estado físico estava melhor, os cortes em meus braços estavam quase cicatrizados, o lâmina não havia atingido nenhum nervo ou uma artéria importante, mas fora fundo o suficiente para se tomar uma certa precaução.

Minha perna direita havia melhorado da contusão e minhas costelas ainda estavam machucadas e o doutor disse que dentro de duas semanas já estariam curadas se eu não fizesse movimentos bruscos. Meus hematomas na estavam clareando, quase num tom amarelado e ninguém havia perguntado o que causou os machucados e eu também não contaria, já era vergonha demais ter apanhado e se minha mãe soubesse disse seria ainda pior. Isso me fez pensar no Jeongguk, depois do incidente não havia tido nenhuma notícia do moreno. Porém minha situação psicológica não estava ainda das melhores, mas Minseok estava me ajudando muito e eu me sentia um pouco melhor.

Mas aí veio a segunda crise: a compulsão, que durou quase todo o período do meu tratamento no hospital. Eu comia de maneira desenfreada, normalmente escondido das pessoas. Eu sabia que minha mãe sempre mantinha algum chocolate, biscoitos ou doces em sua bolsa; ela sempre consumia esses alimentos de noite e eu aproveitava os momentos em que ela precisava sair do quarto para me alimentar disso. Era uma sensação deliciosa, fazia anos que eu não comia algo tão gostoso quanto chocolates e doces, mas a sensação de estar cheio me deixava nauseado, me fazendo correr para o banheiro depois de comer todas aquelas comidas.

Eu repeti isso por dias, até ser surpreendido pelo próprio doutor Minseok, que havia ido até meu quarto para uma visita de última hora e presenciou uma das minhas crises de vomito e choro. Ele disse que já esperava isso, é uma coisa muito comum em pacientes anoréxicos e bulímicos. O doutor conversou comigo, não me julgou e me receitou mais alguns medicamentos. Disse-me também que a partir daquele dia a porta do banheiro ficaria trancada no momento das minhas refeições, e permaneceriam trancadas por um hora, pois meu organismo já teria absorvido boa parte da minha alimentação.

Ele adiou o período de visitas por mais uma semana, constatando que eu ainda estava muito fragilizado mentalmente e talvez a visita de meus amigos não fariam bem a mim. Foram dias muito complicados, mas aos poucos eu fui comendo de pouquinho a pouquinho e dentro de uma semana estava um pouquinho melhor.

E assim que foi liberado as visitas, na segunda feira mesmo os meninos vieram me visitar, não todos, mas Jin hyung; Namjoon hyung e Hobi e vieram, mas nem sinal de Yoongi.

Havia mandado mensagens a semana toda, mas o mesmo não havia respondido nenhuma delas e não retornou nenhuma das minhas ligações. Havia até mesmo perguntado a Jin, porém ele me disse que o Yoon estava passando por um momento complicado com a família. Depois desse dia parei de mandar-lhe mensagens, quando o esverdeado estivesse melhor eu falaria com ele.

No dia seguinte vieram Namjoon, Hoseok, Taehyung e até mesmo Jackson, Mark e Youngjae. Minha mãe havia saído para a cantina comer alguma coisa.

- Jiminie! - o agora ruivinho veio me cumprimentar. O tradicional sorriso quadrado não saia de seu rosto.

- TaeTae - eu lhe respondi sorrindo. Não havia percebido o quanto eu estava com saudades dos meus amigos.

Todos vieram me abraçar e deram um jeito de se acomodarem pelo quarto. Percebi que Taehyung sentou no colo de Hoseok.

- Tae, Hobi... - chamei-os - O que eu perdi?

Pude ouvir uma risada alegre vindo dos meninos.

- Nos desculpe por não contar Jiminnie, nós estamos juntos agora. - disse-me o moreno meio sem graça.

- Até que enfim! - exclamei alto vendo eles arregalarem os olhos surpresos.

- Como assim? - Jackson perguntou.

- Nossa, não aguentava mais ver esses dois se negarem, estava escrito na testa que se gostavam.

Hoseok hyung deu uma risadinha e Taehyung corou.

- Nisso eu tenho que concordar - soltou Jae, rindo em seguida.

Minutos depois Dr. Zhang apareceu na porta com sua prancheta de anotações em mãos.

- Pensei que ouvido gritos do quarto, está tudo bem meninos?

- Está sim, hyung - respondi ao médico, depois de uma semana internado ele disse que eu poderia chamá-lo assim.

Sorri logo depois. Apresentei ao chinês cada um dos meninos e ele os cumprimentou. Depois checou os aparelhos, fez algumas perguntas e logo depois foi embora.

- Nossa, você tem sorte Chim, que médico é esse ein... - soltou Taehyung de repente.

- Taehyung! - repreendeu o moreno, fazendo bico e cruzando o braços em seguida.

- Hobi... Desculpa, ele é lindo sim, mas você sabe que eu só tenho olhos pra você! - justificou-se para o namorado.

A fala do ruivo arrancou risadas de todos nós, enquanto Seok puxou o amorenado e lhe dava um selinho.

Aos poucos as risadas foram morrendo.

- E você Minnie? Está bem? - perguntou-me o Nam.

- Estou hyung, bem melhor... E bem, queria pedir desculpas a vocês.

- Não precisa pedir desculpas ruivinho, entendemos a situação e queremos que fique bem logo - Mark hyung disse, complacente perante a situação

- E... O hyung? - murmurei baixinho, não precisava dizer o nome, todos sabiam de quem se tratava.

- Você não sabe do Yoongi? Achei que ele estivesse falando com você, já que foi ele que te achou em casa e veio até o hospital.

Pisquei os olhos várias vezes, estava atordoado. Como assim foi o Yoongi que me achou?

- Como assim? - questionei confuso com sua fala.

- Você não sabia? Ah... Me desculpe Chim.

Olhei para todos na sala, até parar em Namjoon, por ser namorado de Jin ele deveria saber.

- Uh... Vocês poderiam me dar licença? - pediu o loiro e um a um, todos deixaram o ambiente, depois de despedirem de mim.

- Como assim hyung? Porque ninguém me contou?

- Olha Jimin, eu não deveria falar isso, prometi ao Jin que não falaria, mas como o Hobi disse não vejo problema em te contar de uma vez - iniciou - Bom, pelo o que Jin me contou, ele viu várias ligações no celular no dia seguinte de quando vocês brigaram.

Eu me lembrava desse dia, foi o mesmo dia que o hyung disse gostar de mim.

- Ele ficou preocupado e foi até sua casa, e te encontrou... você sabe - deu um sorriso sem graça - Ele ficou desesperado Chim, ligou para o Jin e vocês vieram para cá - suspirou longo - Ele ficou o tempo todo aqui, ele e Jin. Se recusaram a sair daqui enquanto não soubesse de alguma notícia sua. E quando você estava melhor veio te ver, mas ele chorou tanto Jimin, que os médicos ficaram com medo dele ter uma crise e sedaram ele.

Eu estava perplexo, meio peito chegava a doer só de imaginar meu hyung chorando. E fui eu quem causou tudo isso, mesmo não sendo intencionalmente.

- Ele se culpa Minnie, disse que se estivesse com você isso não teria acontecido, disse que deveria ter estado mais presente e ter prestado atenção nos detalhes.

Desolado era a palavra certa para mim no momento. Como assim o Yoongi se culpa?

Não foi e nunca será culpa dele. Ele foi o único que sempre esteve presente, sempre me ajudou mesmo quando eu não queria ele por perto. Foi sempre ele e minha mãe o motivo de eu ter aguentado tanto tempo. Me fiz forte por eles.

Mordi o lábio inferior para reprimir um soluço alto. Era minha culpa eu ter estragado a vida dele. Se ele não tivesse me conhecido não estaria assim hoje.

A culpa me consumia e doía como o inferno.

- Está tudo bem Chim, não precisa segurar o choro, não tem problema chorar.

Então eu chorei, me desabei em lágrimas. Minha respiração entrecortada e os soluços alto machucavam meus ouvidos.

Chorei tudo que havia guardado a semana inteira, tentei fazer tudo sair de mim pelas lágrimas quentes. Havia tentado me fazer de forte na frente da minha mãe, mas no fundo eu sabia que estava mais assustado que nunca.

Namjoon ficou do meu lado o tempo todo, me abraçou até que eu estive um pouco melhor. Namjoon iria falar algo, mas seu celular tocou antes.

- É o Yoongi, Jimin.

Olhei-o de soslaio, secando meu rosto.

- Po-posso falar com ele, hy-hyung? - perguntei entre soluços sentindo uma leve dor de cabeça começar.

O loiro pareceu ponderar por alguns a segundos antes de me entregar o celular. Atendi a ligação de imediato:

- Namjoon, onde está o Jin? Liguei para ele hoje mas o mesmo não me atendeu... - uma pausa. - Namjoon, está aí?

Não consegui evitar um suspiro ao ouvir sua voz. Meu peito se apertou ainda mais ao ouvir sua voz rouca e grave, eu sentia uma saudade absurda dele. Tudo que eu queria no momento era um abraço seu. Queria me aconchegar contra seu corpo quente e ver seu sorriso gengival tão lindo.

- Hyung... - murmurei tão baixo que duvidei que ele tivesse ouvido.

- Jiminnie...?

- Hyung... - Repeti novamente, mordendo o lábio inferior em seguida. Meus olhos marejaram de novo, mas não havia mais lágrimas, somente o soluço seco e perdido em minha garganta.

Antes que pudesse perguntar alguma coisa ouvi seu soluço do outro lado da linha e isso me cortou o coração. De todas as coisas no mundo que eu odiava, uma delas é saber que Yoongi estava chorando.

- Yoonie...

- Me perdoe pequeno, por favor... - murmurou baixinho com a voz fraca.

Então a linha ficou muda. Ele havia desligado a chamada.

Eu queria dizer-lhe que nada disso é sua culpa, queria dizer-lhe tantas coisas... Mas no fim ele acabou desligando, e eu não disse nada.

Suspirei resignado, compreendendo que ele estava sim se culpando.

Devolvi o telefone ao loiro à minha frente.

- Obrigado, hyung - forcei um meio sorriso. O relógio na parede indicava que o horário de visitas tinha acabado e Namjoon tinha de ir embora.

- Obrigado por ter vindo, Namjoonie hyung - o agradeci.

- Eu volto amanhã Jiminie, fique bem - deu-me um abraço apertado e se foi.

Assim que o loiro saiu do quarto me permiti chorar como nunca antes, eu estava angustiado, perdido, desolado e com uma culpa que doía como o inferno.

Enterrei o rosto entre as mãos e chorei copiosamente, minha situação é deplorável e eu ainda estragava a vida das pessoas à minha volta.

Porque tudo tinha que ser tão difícil? Tão complicado? Porque eu? Porque meu pai não podia me aceitar do meu jeito? Porque Yang-Mi me machucou tanto? Porque eu não conseguia seguir em frente?

Eram tantas perguntas sem respostas e em meio ao choro e o coração apertado de saudade eu percebi uma nova sensação, um sentimento novo que surpreendeu a mim mesmo. Em meio aquele turbilhão de sentimentos e emoções, percebi que sim, eu amo meu hyung.

Eu seria forte por ele, mostraria que não foi sua culpa eu estar quebrado. Eu pegaria cada pedacinho do meu coração quebrado e os colaria.

Juntaria os caquinhos, um a um.

No meio disso tudo pude sentir uma pontada de esperança, e minha maior motivação seria Min Yoongi.


Notas Finais


E então? O que acharam? Jimin está vivo e bem, no hospital, mas fora de perigo! Meu nenê está bem gente ♡
Peço desculpas se ficou um tanto confuso algumas partes do capítulo, mas é pra mostrar o quão fragilidade está o Jimin nesse momento, passar por isso não é fácil, e ele ter o apoio da mãe ajuda muito.
Agradeço imensamente a todos os comentários do capítulo passado. Podem continuar comentando que eu respondo todo mundo! ♡
Postei hoje mais cedo uma oneshot taekook bem fofinha, quem quiser dar uma olhada o link está aqui em baixo. Podem ler, favoritar e comentar, eu deixo rs.
https://www.spiritfanfiction.com/historia/hyung-me-deixa-te-dar-mordidinhas-12699499

Ouçam a playlist da fanfic, está linda e eu fiz com muito carinho meu anjinhos ♡
https://open.spotify.com/user/4i0f14c6crvnx4556cmrgbqdv/playlist/0Xh4h6zVXb6PA6xCZ4O41r?si=TOx3NLFpRaaCwaf6oJjBCw

Enfim, é isso, espero que tenham gostado!

~ beijos da omma meu bebês ❣
~ saranghae ♡♡♡♡♡


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...