História Picante Que Nem Pimenta - Alice No País Das Maravilhas

Já passavam das 11:00 no domingo e Maiko estava deitada numa cama, focando sua visão no teto desconhecido. “Como é que eu vim parar aqui?” ela se perguntou se colocando sentada, lembrou que Byakuya iria leva-la para sua casa, mas não lembrava de ter entrado naquele quarto gigante, “Uau! Esse lugar é maior que a minha casa”. O lugar era um quarto como de uma antiga casa japonesa, todo de madeira com belos desenhos de cerejeiras florecidas no papel de parede, quase não haviam móveis e haviam três portas de correr, uma em cada parede. Depois de se levantar, Maiko abriu uma das portas e achou o um closet onde havia um único Yukata. “Que lindo” ela pensou pegando na roupa delicadamente, era roxo escuro com desenhos de sakuras espalhadas na parte de cima e conforme descia as sakuras se aglomeravam deixando a ponta do Yukata rosa.

_Tsubaki-san? Já acordou? – Uma voz feminina falou atrás de uma porta.

_Sim, quem é? – Maiko respondeu olhando a sombra na porta.

_Meu nome é Morinaga, sou doméstica da família Kuchiki e Kuchiki-san me pediu para ajuda-la quando acordasse, posso entrar?

_Dozo (Por favor). – Maiko viu a senhora que estava ajoelhada abrir a porta de vagar e entrar. Morinaga tinha cabelos um pouco grisalhos, presos num coque, ela tinha uma estatura mediana e vestia um Yukata bege, ela se curvou e Maiko se curvou de volta.

_Eu preparei seu banho, por favor me acompanhe.

Maiko acompanhou Morinaga e ficou observando o corredor que não parecia ter fim “Que lugar é esse? Parece maior que o quarterão onde moro”, ela pensou, então Morinaga se ajoelhou e sentou ao lado de uma porta

_O que você está fazendo? – Morinaga perguntou ao ver Maiko se ajoelhar ao seu lado.

_Não sei, não é pra fazer isso? – Maiko perguntou confusa e viu Morinaga rir escondendo a boca.

_Me perdoe. – Morinaga disse pigarreando. – Aqui é o banheiro pra você tomar seu banho. – Ela disse abrindo a porta e Maiko ficou vermelha.

_Ah! Sim! – Maiko disse se levantando sem graça então entrou no banheiro. O lugar tinha uma mistura de cor preta em alguns detalhes e madeira no em todo o resto, era grande e saia fumaça da banheira de madeira.

_Quer ajuda para tirar a roupa? – Morinaga perguntou tirando a concentração de Maiko que observava admirada o lugar.

_Não, não precisa.

_Tudo bem. – Morinaga disse fechando a porta, “Ela vai ficar ali me esperando?” Maiko se perguntou olhando por cima do ombro a sombra de Morinaga desenhada na porta.

Maiko ficou empolgada de se ver num lugar tão bonito, tirou a roupa, se lavou no chuveirinho, sentada num banquinho e depois entrou na banheira. “Onde será que ele está?” ela se perguntou pensando que não havia visto Byakuya ainda.

Ao terminar o banho, Morinaga acompanhou Maiko de volta ao quarto e começou a vesti-la com o Yukata.

_O que foi isso? – Maiko disse olhando para trás

_O que? – Morinaga perguntou enquanto apertava a fita na cintura de Maiko que estava com os braços erguidos.

_Não, nada. – “Parecia uma bola branca, foi imaginação minha?” Maiko pensou voltando a olhar para frente.

_Está pronto. – Morinaga disse e virou Miako para ficar de frente com o espelho. Maiko não conseguiu falar nada, ela se aproximou do espelho olhando o Yukata que tinha uma faixa vermelha e grossa na cintura.

_Magnifico. – Ela disse depois de alguns instantes e olhou para Morinaga sorrindo. – Obrigada.

_É, ficou lindo em você. Sua cintura é tão fina que a faixa acompanha o seu desenho. – Morinaga falou indo até Maiko ajeitando o laço nas costas dela. – Agora o seu cabelo.

_Morinaga, você está aí? Precisamos de você na cozinha. – Uma voz falou do outro lado de uma das portas

_Não precisa arrumar meu cabelo, eu gosto dele solto e ainda está molhado. – Maiko disse olhando para Morinaga.

_Tudo bem. Eu vou ver poque precisam de mim, já volto. – Morinaga disse indo em direção a porta e saiu.

“E eu fico esperando aqui?” Maiko se perguntou, olhou no espelho e viu um vulto branco se mexer.

_O que é isso?! – Ela perguntou se virando repentina, mas a coisa branca já havia sumido. Então ela foi em direção a onde havia visto a bola branca e se abaixou olhando de baixo da cama. “É peludo! *-*” ela pensou ao ver a bolinha sair pela porta do outro lado, não conseguiu identificar o que era, mas a curiosidade era maior que o autocontrole. Maiko saiu do quarto e viu a bola de pelos branca no meio do corredor “Um coelho!” ela ficou olhando paralisada “Eu quero pegar” ela pensou se mordendo de vontade de pegar naquele bichinho felpudo. Maiko tentou se aproximar devagar, mas quando chegou a centímetros do coelho, ele correu. “O que eu estou fazendo?” Maiko se perguntou encostando-se numa parede enquanto se escondia de algumas pessoas conversando em outro corredor e o coelho ia na direção deles. Logo as pessoas passaram por uma porta e a fecharam, então Maiko se viu livre para correr atrás da bolo branca. Ela deu voltas atrás daquele bichinho até que ele parou na frente de uma porta. “É agora!” Maiko pensou vendo o coelho parado coçando as orelhas com a pata traseira, ela se ajoelhou, avançou cuidadosamente de vagar com a mão em direção as costas do bichinho e quando tocou no pelo do bichinho quase chorou de felicidade.

_Quem diabos é você? – Uma mulher que abriu a porta atrás do coelho abruptamente perguntou, fazendo o bichinho sair pulando e  Maiko se arrepiar em choque de susto.

_Tsubaki Maiko. – Ela respondeu com a voz trêmula por seu coração parecer estar na garganta, “Quem será essa pessoa? Que mau encarada. Ah! Eu não devia ter saído do quarto!”

_Ah! Você é a mulher que está seduzindo Nii-sama?! – Ela perguntou raivosa fazendo Maiko recuar ainda de joelhos, “Nii-sama? Será irmã do Kuchiki? Ele me disse o nome aquela vez” Maiko pensou tentando controlar a respiração.

_Kuchiki Rukia, é você? – Maiko se surpreendeu ao conseguir ter a voz firme. “Ela sabe meu nome?!” Rukia se perguntou surpresa, “Nii-sama não costuma nem falar o nome dele direito, ainda mais o meu”

_O que quer com Chappy? – A pequena Rukia perguntou. “Ela ignorou completamente minha pergunta” Maiko pensou olhando o Yukata azul escuro que ela vestia.

_Chappy? – Maiko disse procurando o bichinho que estava no fim do corredor coçando o rosto. – Ah! O coelho se chama Chappy! – Maiko disse se sentando ainda ajoelhada e bateu uma mão fechada sobre a outra aberta. – Eu só queria pegar um pouquinho no pelo fofinho dele. – Maiko confessou desviando o olhar.

_E você conseguiu?! – Rukia perguntou pegando na gola do Yukata de Maiko.

_Só um pouquinho. – Maiko disse erguendo as mãos como alguém que está erguendo bandeira branca e quer paz.

_Ora sua! – Ela soltou Maiko. – Não basta Nii-sama, também quer Chappy. – Ela disse se virando as costas para Maiko.

_Você é irmã do Kuchiki-san, Rukia, não é? – Maiko perguntou de novo, dessa vez segurando a porta que Rukia iria fechar. – Ele me contou uma vez sobre você, mas não me disse que tinha um coelho. – Maiko sentiu Rukia parar de forçar a porta para fechar. – Ele é muito fofo, mas não estou tentando rouba-lo, nem seu irmão, eu só queria pegar nos pelos do bichinho mais fofo que já vi e ficar ao lado de Kuchiki. – Maiko começou a corar e soltou a porta.

_É claro que Chappy é fofinho! – Rukia falou alto e começou a corar também ao demonstrar um lado fofo sem querer, então ela olhou nos olhos de Maiko que conseguiu sorrir para ela, Rukia ficou sem graça e desviou o olhar. – Você nunca vai chegar aos pés de Hisana onee-sama. – Ela disse antes terminar de fechar a porta bruscamente.

Maiko ficou se sentindo mal, olhou para o corredor e viu Chappy vindo em sua direção. O coelho que fugiu dela que nem o diabo da cruz, agora estava cheirando as pernas dela que ainda estava sentada ajoelhada.

_Isso faz cócegas. – Maiko disse rindo sentindo os bigodes dele, ela ergueu a mão com a intenção de acariciar o bichinho, mas hesitou “Se ela pensa isso de mim, é melhor não ficar por perto” ela pensou se levantando desistindo de pegar no coelho.

ar por perto” ela pensou se levantando desistindo de pegar no coelho.