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História Picante Que Nem Pimenta - Não Sou Digna De Você


Escrita por: AmandaMoDom

Notas do Autor


Como sempre, já vou pedir desculpas pelos erros ^^
Espero que se divirtam e gostem

Capítulo 9 - Não Sou Digna De Você


Fanfic / Fanfiction Picante Que Nem Pimenta - Não Sou Digna De Você

 

No caminho, Maiko viu Byakuya parar em frente à uma loja de roupas e voltar com uma sacola, ela ficou se perguntando o que seria olhando ele abrir a porta do carro já na garagem da mansão. Maiko saiu do carro, mas não teve sucesso ao tentar andar, as pernas tremiam demais e Byakuya a pegou no colo novamente. O sol já estava se pondo e ele a levou para seu quarto dizendo para seus servos que não queria ser incomodado, por nada e nem por ninguém, nem mesmo Oji-sama. Lá ele a sentou numa poltrona de couro e fechou as cortinas.

_Isso é para você. – Byakuya disse dando a sacola para Maiko. Ela abriu e viu um tecido vermelho e se assustou quando Byakuya se aproximou com a intensão de tirar a própria camisa dela.

_Esta com medo de mim? Byakuya perguntou vendo a mão dela segurar a camisa enquanto tremia olhando nos olhos respondendo não com a cabeça. – Está tudo bem, só quero ajuda-la a se vestir.

Maiko deixou ele tirar a camisa e Byakuya aproveitou para demonstrar mais seu carinho por ela a beijando cada centímetro dos braços carinhosamente, em seguida Maiko tirou o tecido de dentro da bolsa e viu que se tratava de um vestido bastante simples de alcinhas finas. “Que sensação estranha. Ele me colocando roupa ao invés de tirar” Maiko pensou enquanto erguia os braços para ele vesti-la. Mais uma vez Maiko tentou se levantar para andar até a cama, mas uma fisgada muito forte no quadril a derrubou nos braços de Byakuya. “Que isso?!”, “Eu preciso andar, Odin!”. Ele a levou até a cama e depois foi ao closet. Maiko se sentou bem de vagar e com cuidado, sentindo a sensibilidade.

_Vou te emprestar isso, mas só por hoje. – Maiko olhou para Byakuya e reconheceu sua calcinha na mão dele, aquela que ele roubou dela. Byakuya teve um prazer imenso em deitar Maiko na cama e vestir a peça nela. Em seguida ele se deitou ao seu lado.

_Eu não achei que fosse ficar irritado comigo por ir lá-. – Byakuya interrompeu Maiko falando um “Shiu” calmamente e colocando as pontas dos dedos na boca dela.

_Esquece isso. – Byakuya acariciava o rosto de Maiko. – Aquela hora, você disse que desmaiou por que sentiu muito prazer.

_Sim. – Maiko respondeu e Byakuya se virou para cima olhando o teto. – O que tem?

_Nunca vi isso. – Byakuya disse franzindo o cenho. – Na verdade, nunca vi alguém ter tanto prazer em fazer amor. – Maiko começou a se perguntar que tipo de relação ele tinha com Hisana.

_Já faz um tempo que eu queria saber. Como era a Hisana? – Maiko arriscou perguntar “Será que agora ele fala dela um pouco?”.

_Hisana é uma coisa que deixei no passado. – Byakuya respondeu um tanto ríspido, deixando mais claro que não gostava de falar dela. “Ele realmente não vai me falar nada sobre ela” Maiko concluiu, “Eu sei que não é legal falar do passado amoroso, mas eu não perguntei por maldade”, “Eu queria tanto saber como ela era” – Eu vi um pacote na sua bolsa, era pimenta? – Byakuya mudando de assunto e Maiko notou.

_Sim, a minha está acabando e Ayame me deu de presente. – Maiko falou séria, mas ao mesmo tempo, tentava não se demonstrar chateada por ele ser tão misterioso.

_Eu estava pensando, ainda não perdoei Rukia por mostrar algo íntimo nosso daquele jeito. – Ele disse ainda olhando para o teto.

_O que planeja? – Maiko com medo de ouvir a resposta.

_Acho que devia mostrar à ela o quanto você pode ser forte. – Byakuya disse voltando a olhar Maiko com um sorriso malicioso. – Maiko ficou pensativa “O que você está tramando?”. – Então, como estão as coisas no novo emprego? – “Sabia!” Maiko pensou sorrindo. – O que foi?

_Nada demais. Eu sabia que você sabia disso. – Maiko parou de sorrir quando Byakuya pegou em seu rosto.

_Seu sorriso é lindo. Quero ver você sempre assim. – Ele disse a acariciando, realmente amava o sorriso dela.

Maiko começou a falar sobre o novo emprego empolgada contado sobre os colegas de trabalho e o quanto se sentiu bem trabalhando em sua área. Byakuya pediu que os servissem o jantar no quarto e eles continuaram a conversar sobre vários assuntos até que Maiko caiu no sono. Byakuya ficou olhando ela dormir um bom tempo mexendo nos cabelos dela, antes de cair no sono também.

 

Na manhã do dia seguinte, Maiko acordou junto com o nascer do sol, “Onde ele estará?” ela pensou notando a ausência de Byakuya na cama, se sentou e ficou olhando o quarto. “Eu preciso andar!” ela brigou consigo ao se levantar, mas a dor parecia ter piorado, então ficou ensaiando andar pelo quarto depois de ir ao banheiro. Assim que se achou melhor, ela saiu do quarto e encontrou Morinaga, ela explicou que Byakuya havia saído muito cedo para se reunir com Ginrei numa cidade vizinha e pediu para Maiko espera-lo que ele não iria demorar, inclusive esperava a encontrar dormindo quando chegasse. Maiko foi vestida de novo com um Yukata, mas esse era preto com muitas flores brancas, com detalhes e kanjis em vermelho, ele não era tão comprido como o outro e tinha uma faixa preta na cintura.

Maiko acompanhou Morinaga até a cozinha apesar de Morinaga dizer para ela que tem outros cômodos na casa mais interessantes, mas Maiko queria conhecer a casa e por que não até a cozinha. Lá Maiko viu outros funcionários da mansão e tomou um chá. Ela começou a ouvir um som familiar vindo de longe, “Piano?” Maiko pensou saindo da cozinha sem ser notada. Caminhou em meio aos incontáveis corredores atrás do som Nuvole Bianche Ludovico Einaudi. “Que música linda” ela pensou ao chegar na sala onde o piano estava. “Eu estava esperando que fosse Byakuya” Maiko estava olhando Rukia tocar divinamente, ela não entrou na sala, ficou olhando através uma fresta. “Ela parece realmente triste”, Maiko ficou olhando a pequena enquanto apreciava a música, colocou a mão boca para segurar um riso ao ver Chappy com a barriguinha pra cima nos pés Rúkia.

_Quem está aí? – Rukia falou olhando por cima do ombro depois ouvir o riso de Maiko atrás da porta.

_Bom dia. – Maiko disse sorrindo ao entrar na sala.

_Você? A pessoa que eu menos queria ver….– Rukia disse se voltando para o piano, Maiko ficou sem graça ao notar a voz um pouco rouca dela.

_Está tudo bem? – Maiko perguntou um pouco preocupada “Ela está chorando?”.

_Não é da sua conta. – Rukia disse desistindo do piano e indo para uma porta do outro lado.

_Espera. – Maiko disse indo até Rukia. Então Rukia pegou Maiko pela gola e a encostou na parede.

_Será que algum dia você entenderá que eu não gosto de você? – Rukia olhando Maiko nos olhos e Maiko notou a vermelhidão nos olhos dela. – Você nunca vai substituir Onee-sama. – “Hmm talvez ela me diga” Maiko pensou.

_Será que poderia me dizer como ela era? – Maiko perguntou segurando as mão de Rukia.

_Ela? – Rukia soltou a gola de Maiko achando interessante o interesse de Maiko em saber como era Hisana, virou as costas e passou a caminhar. – Ela era uma pessoa muito boa, gentil, amável, honrável, respeitável, generosa e nobre. Ela era a felicidade do Nii-sama. – Maiko sentiu uma certa dorzinha ao ouvir isso enquanto acompanhava Rukia, “Ah! O que você esperava?” ela pensou brigando com seu ciúmes, então Rukia parou de andar. – Aqui. – Rukia disse abrindo duas pequenas portas dentro uma sala vazia que tinha um cheiro forte e incenso. – Essa é Hisana.

_Que mulher linda. – Maiko disse olhando dentro do armarinho e vendo a foto de Hisana sem piscar os olhos “Que sentimento de inferioridade é esse?” ela pensou sentindo uma certa tristeza. Havia uma urna mortuária de cinzas ao lado da foto “É a data de hoje”, “Por isso ela está triste?” Maiko pensou olhando Rukia com o canto do olho. – Você se parece muito com ela. – Rukia que estava acendendo um incenso, parou ao ouvir o elogio, mas continuou

_Você nunca vai entender o quanto Nii-sama era uma pessoa muito sorridente, animada e feliz até o dia que ela faleceu. Desde então ele tem aquela expressão de uma pessoa sem coração. Isso se deve por que o coração dele morreu com ela. – “Hisana está morta por que me impoto com isso?” Maiko pensou chateada. – Então você nunca será capaz de ter ele por completo.

Maiko voltou a olhar para a foto de Hisana e começou a sentir os olhos umedecerem “O que é isso?! Eu não sei se posso competir com alguém assim, tão bela, honrosa e grandiosa”, “Ele pode dizer que me ama, mas por que isso não parece fazer nenhum sentido agora?”. Maiko olhou para Rukia que estava fazendo suas preces com os olhos fechados e saiu da sala devagar, entrando num corredor fora da casa, então ela caminho no corredor até estar longe o suficiente para poder chorar em paz e se sentou na madeira deixando as pernas penduradas para fora do corredor. “Como eu sou idiota”, “Porque ele não gosta de falar nela?”, “Não posso ser assim, tenho que confiar nele” Maiko pensou se levantando.

_Ah! – Maiko se assustou ao se virar e ver Byakuya atrás dela. Logo ela virou o rosto querendo disfarçar o rosto triste. – Você me assustou. Faz tempo que está aí? – Maiko disse enxugando os olhos disfarçando então Byakuya pegou seu braço e ela o olhou nos olhos assustada.

_Por que está chorando? – Maiko desviuou o olhar

_Eu-. – Maiko foi interrompida por Rukia que chamou o Nii-sama.

_Vamos comprar algumas flores Nii-sama? – Rukia disse um pouco animada, mas logo ficou seria quando viu Maiko atrás dele e ficou a encarando.

_Você quer ir? – Byakuya olhou para Maiko que ainda não havia voltado a olhar para ele.

_Eu não sei se é uma boa ideia. – olhou para Rukia que desviou o olhar. – Acho que ficarei aqui esperando vocês voltarem. – Maiko disse tentado sorrir, Byakuya e Rukia notaram o esforço para disfarçar que estava triste.

_Vamos Nii-sama. – Rukia disse se virando para dentro da casa e Byakuya passou por ela. “Por que eu estou me sentindo mal?” Rukia se perguntou olhando para trás, para Maiko que passou a seguir caminho no corredor ainda do lado de fora.

Maiko esperou eles voltarem enquanto aprendia a andar no labirinto da casa e reencontrou Morinaga.

_Você conheceu Hisana? – Maiko perguntou enquanto Morinaga caminhava para o belo jardim.

_Sim, sim. Eu trabalho para a família Kuchiki a mais de dez anos.

_Como ela era?

_Hisana-sama não era muito diferente de Rukia-sama na aparência, mas elas têm uma personalidade completamente diferente. Se eu pudesse compara-las com um elemento, Rukia seria fogo e Hisana ar. – Morinaga viu uma interrogação flutuar na cabeça de Maiko enquanto ela, (Morinaga), começou a varrer algumas folhas caídas no chão.

_Fogo eu entendo, mas ar? – Maiko perguntou se encostando numa árvore.

_Sim, ela era uma pessoa muito calma e serena, sempre procurando uma solução amigável para apaziguar qualquer situação. Hisana era como o ar que está sempre presente se tornando essencial para todos, ela era gentil com todos sem se importar com questões de hierarquia. – “Nossa, ela era mesmo incrível” Maiko pensou baixando a cabeça, “Eu não nada perto daquela mulher”.

_Mas se você quer saber. – Morinaga se aproximou de Maiko. – Acho você mais divertida. – Ela disse rindo um pouco e Maiko corou ao ouvir o elogio conseguindo sorrir um pouco.

_Você sabe como eles se conheceram?

_Não sei, quando comecei a trabalhar aqui, eles já eram casados. – Morinaga começou a suspeitar do ciúmes de Maiko. – Sabe, tem uma coisa que Byakuya gostava muito que Hisana fazia, que eu acho que você pode aprender.

_O que é? – Maiko olhou interessada para ela.

_Chá. – Morinaga respondeu sorrindo.

_Chá? . – “De tantas coisas, justo chá que não sei fazer?” Maiko pensou decepcionada.

_Venha, eu te ensino. – Morinaga disse pegando as folhas secas e colocando num saco.

Maiko seguiu cada detalhe das instruções de Morinaga para fazer um chá de Sakura que ele só tomava quando Hisana fazia. Morinaga experimentava a cada ingrediente que Maiko colocava e orientava “Mais água”, “Mais folha”, “A água tem que estar mais quente” e assim o chá ficou pronto. “Será que é mesmo uma boa ideia?” Maiko se perguntou depois de preparar a décima xícara que finalmente parecia boa.

_O que será o almoço hoje? – Miako estremeceu ao ouvir a voz de Rukia. – O que você está fazendo? – Rukia perguntou diretamente para Maiko que ficou atônita. – Chá de sakura? – Rukia estava olhando a xícara. – Morinaga! Você está ajudando ela?!

_Eu queria aprender. – Maiko respondeu tremendo.

_Deixa eu experimentar. – Rukia disse pegando outra xícara. Maiko entrou em desespero batendo nas costas de Rukia que se afogou. – Argh que horror.

_Realmente me desculpe! – Maiko disse quase chorando, então seu celular notificou uma mensagem. Maiko havia guardado o celular perto dos seios dentro do yukata e retirou para ver o que era e viu que era uma mensagem de Byakuya, dizendo estar perto da sala de jantar a esperando.

_O que é isso? – Rukia disse arregalando os olhos para o celular.

_Um celular?

_É claro que eu sei que um celular, sua idiota. – Rukia disse dando um olhar cortante para Maiko. – Eu me refiro à essa foto.

_Ah! – Maiko abriu a galeria do celular e selecionou a foto que ela tirou de Byakuya no apartamento. – Essa foto? – Maiko viu Rukia se aproximar bem da tela.

_É photoshop. – Rukia disse voltando a postura e cruzou os braços.

_Não. – Maiko disse olhando para foto.

_É claro que é photoshop. – Rukia disse a encarando. – Nii-sama nunca sorri assim.

_Não é photoshop, essa foto fui eu mesma quem tirou e não sei mexer nessas coisas. – Maiko colocou o celular na cara de Rukia. – Olha de novo. – Rukia ficou analisando minuciosamente a foto em cada detalhe. “Não pode ser!” ela olhou para Maiko, “Nii-sama realmente sorriu assim para ela?” estava meio incrédula. Rukia ficou muda olhando a foto por um tempo deixando Maiko um pouco preocupada.

_Se eu te ajudar a fazer o chá, você me dá essa foto dele? – Rukia disse desviando o olhar e ficando vermelha.

_Claro! – Maiko disse sorrindo.

“É tão difícil assim fazer um chá?” Maiko se perguntou depois apanhou um pouco mais para aprender com Rukia que a assustava com seus gritos quando cometia algum erro, mas se divertiu muito e ficou muito surpresa ao ver Rukia sorrir durante a diversão. “Nem parece aquela pessoa triste no piano mais cedo” Miako pensou vendo ela se divertir colocando o 15º chá de Maiko no bule. Rukia ficou olhando para Maiko se perguntando o por que seu irmão tem interesse nela “Maiko não tem nada a ver com Hisana” ela pensou, mas estava começando a aceitar Maiko

_Posso te perguntar uma coisa? – Rukia disse um pouco sem graça e Maiko disse que sim com a cabeça. – Quando conheceu meu irmão?

_Ah, isso faz uma pouco mais de um mês. – Maiko respondeu calculando nos dedos.

_Entendi. – Rukia disse com um sorriso discreto. “Nii-sama estava realmente diferente esse tempo” Rukia pensou depois que se lembrou das últimas semanas.

_Ah, já é hora do almoço. – Morinaga disse interrompendo as duas.

_Vamos deixar esse chá para depois do almoço. – Rukia disse pegando a mão de Maiko para leva-la a sala de jantar. “Então Rukia pode ser legal desse jeito?” Maiko se perguntou olhando para a mão dela que segurava a sua.

_Por que demoraram tanto? – Ginrei roubou a pergunta de Byakuya que já estava impaciente ao ver elas entrarem na sala de jantar. Ele e Byakuya já estavam em seus lugares. Byakuya chamou Maiko para se sentar ao seu lado e Rukia se sentou de frente com ele enquanto Ginrei estava no lugar principal. – Como é mesmo seu nome?

_Tsubaki Maiko.

_Ora, temos uma Maiko aqui. – Ginrei disse sorrindo enquando um servo colocava os pratos na mesa. – Em que Okiya você vive? – Maiko ficou muda sem saber o que falar e Byakuya encarou o vô deixando bem claro que não gostou do que ele disse. – Brincadeira Maiko-chan, brincadeira. – (Nessa parte, Ginrei faz uma referência ao nome de Maiko, Maiko em japonês quer dizer dança de criança e era usado para aprendiz de Gueixa que nada mais é do que uma esposa não oficial e amante. Okiya é a casa onde elas são criadas).

“Maiko-chan?” Byakuya, Rukia e Maiko pensaram juntos na forma íntima que Ginrei tratou Maiko repentinamente “Nem parece aquele velho que queria me matar semana passada” Maiko pensou enquanto se servia. “Não sei por que estou supreso”, “Ele insiste que tenho que me envolver com outra mulher já faz pelo menos um ano” Byakuya pensou olhando Rukia “Pensando em intimidade, elas estavam juntas? E de mãos dadas?”.

Maiko realmente estava estranhando o jeito de Ginrei com ela, ele estava a tratando muito bem perguntando de tudo sobre o novo emprego, faculdade, a família no Japão e no Brasil,  até arriscou aprender algumas palavras em Português como dizendo “Meu nome é Kuchiki” e “Prazer em conhece-lo”. Rukia também se interessou e tentou aprender também, contudo, ela era mais curiosa, perguntava a tradução de muitas palavras.

_Interessante, gostei dela. – Ginrei disse para Byakuya que estava prestando muita atenção na conversa vendo ela se entreter com a sua família à vontade. – Estou ansioso para o casamento de vocês. – Maiko engasgou com a comida no mesmo minuto.

_Água. – Ela disse em meio a tosse e Rukia a serviu .“Casamento?!” Maiko pensou depois de conseguir se acalmar um pouco.

_Quando vão se casar? – Ginrei continuou ainda interessado no assunto, sendo mais direto. – Adoro festas de casamento. – Byakuya continuou em silêncio. – O que foi? Vocês não planejam isso? – Ginrei estava começando a ficar com uma expressão séria. – Sabe o que dizem de homens que estão com mulheres sem a intenção de se casar, Rukia?

_Não. – Rukia respondeu pensando por que ela teve que entrar no meio.

_Que estão com a mulher de outro homem. – Ginrei disse olhando Byakuya com o canto do olho. Maiko estava se perguntando se cabia de baixo daquela mesa que era tão baixinha “Vou cavar um buraco ali e me enterrar de tanta vergonha” ela pensou mastigando alguma coisa e deu um pulinho sem sair do lugar quando Byakuya se levantou.

_Já estou satisfeito. – Ele disse e saiu da sala, deixando Maiko totalmente sem graça.

_Com licença. – Maiko disse se levantando e indo para a porta que ele havia saído, chegando lá só teve tempo de ver a ponta dele virando a esquina no corredor. “Acho melhor não ir atrás dele agora”.

_Oi! Vamos terminar o chá? – Rukia disse depois de abrir a porta renpentina assutando Maiko.

_Ah sim, claro. – “Não pedi ele em casamento, mas por que tenho a sensação de que fui rejeitada por ele?” Maiko se perguntou voltando para a cozinha com Rukia.

 

~-~

 

_Hmm, está bom! – Depois de um bom tempo praticando, Rukia finalmente aprovou o chá de Maiko.

_Que bom. – Maiko disse comemorando dando palminhas.

_Olha, sobre o que aconteceu no almoço hoje, não liga para Oji-sama, ele ficou assim desde que ano passado Nii-sama brigou com ele por querer obriga-lo a se casar com alguém e ter filhos para continuar a família com o sangue original dos Kuchikis já que Onee-sama não está mais entre nós. Então, ele é um pouco desesperado, já apresentou pelo menos cem mulheres para o Nii-sama, mas ele não se interessou por nenhuma, só por você. – Maiko não conseguia piscar enquanto Rukia falava.

_Então é isso, entendi. – Maiko estava um tanto desanimada e nervosa, não sabia como iria conversar com Byakuya agora.

_Boa sorte. – Rukia disse vendo Maiko sair da cozinha.

“Já estou me sentindo muito incomodada com o fato de ser tão inferior à Hisana e agora parece que fui rejeitada em um pedido de casamento que eu nem se quer pedi” Maiko pensou de cabeça baixa andando no corredor com a bandeja de chá nas mãos. Ela encontrou Byakuya na sala de Kendo enquanto ele vestia sua armadura ajoelhado no chão.

_Achei mesmo que fosse lutar! – Maiko entrando na sala.

_O que é isso? – Ele perguntou olhando a bandeja.

_Chá. – Maiko disse sorrindo colocando a bandeja no chão. – Chá de sakura. – Byakuya olhou fixo para Maiko e se colocou de pé.

_Não tinha outro tipo de chá? – Byakuya movimentando a espada de bambu. Maiko começou a se sentir mal “Não devia ter feito o chá que ele só tomava o da Hisana?” ela se perguntou sentindo murchar a pouco confiança que tinha antes “Queria não me sentir tão inferior assim”.

_Achei que fosse gostar. – Maiko estava começando a tremer de pensar que realmente nunca iria alcançar o mesmo amor que Hisana teve Byakuya “O que ha comigo?”, “O amor que ele te já te dá não basta?” ela se perguntou vendo ele ir em sua direção. Byakuya se sentou de frente com a bandeja e Maiko ficou sem reação.

_Não vai me servir?

_Ah sim! É claro. – “O que eu estou fazendo paralisada desse jeito?”. Maiko estava muito preocupada e não controlava a tremedeira – Desculpa, desculpa! – Ela derrubou a tampa ao inclinar demais o bule e derramou o chá quente. Byakuya agiu conforme seus reflexos segurando a tampa, mas boa parte do chá fervendo passou pela sua mão, então Maiko notou que era para o chá não ir nela. – Desculpa! – Maiko disse passando a um lenço na mão dele. – me perdoe. – Maiko começou a parar de enxergar a mão dele porque seus olhos estavam se enchendo de lágrimas. – Eu queria ser melhor, mas eu não consigo. – Maiko disse se levantando com a cabeça baixa pensando em voltar para a cozinha pedir para alguém pegar a bandeja antes que ela quebrasse o conjunto de porcelana de chá, mas Byakuya segurou a mão dela e pediu para o seu segurança sair deixado eles a sós.

_O que está acontecendo com você hoje? – Byakuya perguntou sério sem soltar a mão dela, fazendo-a se sentar no chão com ele. – Por que fez esse chá?

_Eu queria te agradar, sei lá, me sentir um pouco mais digna de você. – Maiko respondeu sem encara-lo, com a cabeça baixa.

_Digna? – Maiko se soltou de Byakuya.

_Hoje eu ouvi muitas coisas sobre a Hisana, como ela era espetacular, me sinto muito inferior à ela, sou de um nível muito baixo se for comprar a integridade daquela pessoa. É por isso que você não gosta de falar nela, não é?  Não sou digna de você.

_E Oji-sama ainda fala daquele jeito no almoço, só para piorar as coisas. – Byakuya concluiu e voltou a pegar a mão de Maiko. – Venha comigo. – Ele se levantou.

_Você não vai treinar kendo? – Maiko perguntou vendo ele ir em direção a saída da sala.

_Como está o seu corpo? – Byakuya perguntou sério.

_Agora que você perguntou. – Maiko disse se auto avaliando. – Está bem melhor do que quando eu levantei. – Então Byakuya pegou ela e a ergueu a encaixando em seu ombro. – Espera, eu ainda não estou muito boa. – Maiko disse em desespero com medo de cair “Quanta força esse homem tem” ela pensou vendo ele subir as escadas. Byakuya a levou até seu quarto e a colocou na cama.

_Minha história com Hisana, não é muito diferente de outras histórias de famílias tradicionais. – Byakuya começou a falar sentado na cama e começou a tirar a armadura. – Eu e ela ficamos noivos quando ainda éramos crianças, um casamento arranjado. Você que entende isso é comum no Japão?

_Sim, eu já ouvi falar.

_Então, eu conheci ela quando eu tinha oito anos e ela sete,  não sabia que ela era minha noiva na época, mas mesmo assim me apaixonei por ela. Cinco anos mais tarde descobri que ela minha noiva eu fique muito feliz e quando fiz dezesseis anos confessei meu amor por ela deixando claro que eu não queria que nosso casamento fosse só por que nossas famílias fizeram um acordo, eu queria que tivesse amor. Ela aceitou meus sentimentos dizendo que me amava e eu explodi de felicidade. Assim que ela completou dezoito anos, nós nos casamos, mas à partir do dia do nosso casamento, eu a sentia distante e não sabia o por que. – Byakuya terminou de tirar a armadura e se deitou na cama de frente com Maiko. – Cinco anos se passaram e ela ficou doente, piorava a cada semana e descobrimos que ela tinha leucemia. Entrei em desespero querendo salvar ela dessa doença, mas não tínhamos o que fazer, a doença avançou rapidamente deixando Hisana num estado drástico. Quando recebi um relatório do médico dizendo que ela tinha apenas um mês de vida, meu mundo desabou. – Maiko estava escutando tudo muito atenciosamente, sem piscar os olhos e estava achando um tanto estranho a frieza que ele falava “Esses olhos, só expressam seriedade”. – Eu achei que nada podia piorar até perguntar o último desejo dela.

 

~-~

 

No hospital de Nagoya onde Hisana estava internada, Byakuya estava sentado numa cadeira ao lado de seu leito.

_Qualquer coisa, eu faço o que quiser. – Byakuya disse sorrindo, segurando seu choro, olhando nos olhos de Hisana enquanto a acariciava a mão. – Faça um desejo do fundo do seu coração.

_Do fundo do meu coração? – Hisana disse tentando sorrir. – Não sei se mereço.

_Claro que sim, você merece, seja o que for. – Byakuya insistente e um pouco desesperado.

_Você é tão gentil, eu sinto muito por não te agradecer por tudo o que fez por mim.

_Boba, não faço nada além da minha obrigação de marido que é te fazer feliz.

_Eu não sei se sou digna do que vou lhe pedir. – Hisana falava entre uma tosse e outra. Byakuya pegou um copo de água e ela fez que não com a cabeça. – Está tudo bem.

_Continue.

_Byakuya, meu último, na verdade é meu primeiro pedido. Gostaria de passar uma semana nos belos jardins de Kyoto com meu amado. – Hisana falava serena.

_Tudo bem. – Ele disse se levantando e pegando o celular. – Vou reservar as passagens. – Ele disse discando um número levando à orelha. –  Partimos ainda hoje.

_Como sempre, sem paciência. – Hisana disse pegando o celular dele e fechando. – Me escute, o que estou para falar já devia ter falado ha muito tempo, por favor sente-se. – Byakuya franziu o cenho e voltou a se sentar. – Alguns dias antes de nos casarmos, eu conheci um homem naquela viagem de para Tokyo e me apaixonei por ele. – Byakuya arregalou os olhos, engoliu seco, trincou o dentes sem reação. – Mas antes que você me pergunte alguma coisa, eu e ele nunca fizemos nada, eu nunca te traí, porém eu nunca fui feliz no nosso casamento. Hisana confessou com muita coragem, sabia que isso iria arrancar um grande pedaço do coração de Byakuya, mas eram seus últimos dias em jogo, então decidiu confessar. – O nome dele é Matsuri.

_Matsuri?!

_Sim, Matsuri, o segurança que demiti ha um ano. Eu o demiti, por que não estava aguentando ter ele por perto por onde ia e não podíamos nos tocar. Não estava mais conseguindo me manter ao lado dele sem manter minha integridade como sua esposa, então mandei ele ir embora.

_Espera, o que você está querendo dizer? – Byakuya tremendo de nervoso. – Você quer ir para Kyoto com Matsuri?!

_Hai. – Hisana disse firme o olhando nos olhos, então Byakuya virou as costas fechando os olhos indo em direção a saída do quarto.

_Você tem minha permissão para ir. – Byakuya disse antes de sair pela porta. Ele aceitou sem discutir, pois a amava demais para negar seu último pedido.

 

~-~

 

_Depois disso, passei a semana toda desejando que ela se arrependesse de fazer o que estava fazendo comigo, mas ela nem me ligou e no dia de voltar para cá, Hisana faleceu nos braços dele. – Byakuya disse olhando para teto enquanto ainda estava deitado. “Agora eu entendo esse olhar sem expressão”, “Quem passou por isso, tem parte do coração destroçado”, Maiko pensou sem notar que estava com uma das mãos agarrada no braço de Byakuya. – Fiquei anos me condenando por ser incapaz faze-la feliz.

_Não fala desse jeito. – Maiko disse apertando o braço dele e ele a olhou e pegou em sua mão apertando, então Maiko pegou a mão dele e ele entrelaçou os dedos nos dedos dela.

_No final do ano passado, Oji-sama descobriu tudo o que aconteceu e, de certa forma, ele passou a desrespeitar a memória de Hisana a amaldiçoando por desrespeitar a família e passou a exigir meu casamento com outra mulher. Ele passou a me apresentar uma mulher atrás de outra, mas quando eu olhava para elas sorrindo para mim, só via sorrisos falsos, sem vida e sempre detectava um alto interesse no meu patrimônio. Isso me enojava, eu não conseguia ficar perto de alguém mais que cinco minutos. Até aquele dia na estação, que eu te conheci, você sorriu para mim verdadeiramente e me ajudou sem nem saber quem eu era. Eu fiquei abismado com aquilo e não consegui esquecer seus olhos e seu sorriso. Você foi gentil e nem me fez perguntas e eu me arrependi amargamente de não perguntar seu nome. A felicidade tomou conta do meu coração quando eu te vi dançando enquanto trabalhava naquele lugar. Nunca agradeci tanto por Kyoraku fazer um contrato num lugar como aquele.

_Eu não sei nem o que dizer. – Maiko sorrindo finalmente.

_Será que você entende agora? – Byakuya pegou o rosto de Maiko com as duas mãos. – Eu gosto de você, por que você é completamente diferente da Hisana. Nós não nos conhecemos desde a infância e muito menos fomos noivos. Você foi livre o tempo todo para se apaixonar por alguém e agora você escolheu a mim, não por que tinha obrigação e sim por que você é livre. Maiko, você não faz ideia do quanto é sensual e atraente, seu corpo é a tentação em pessoa para mim. Em um pouco mais de um mês você me deu muito mais prazer do que a Hisana em cinco anos de casado. Você não tem a nobreza que Hisana tinha, mas tem o coração puro, benevolente e forte. Eu não quero que faça aquele chá tentando ser igual a ela eu quero que continue a ser diferente, eu quero… – Byakuya sentiu uma ansiedade lhe tomar o corpo, levantou e se colocou ajoelhado e Maiko fez o mesmo enquanto ele pegava em suas mãos. – Eu não planejava fazer isso assim. – Ele disse baixando a cabeça, então ele voltou a olha-la nos olhos. – Case-se comigo. – Maiko com certeza não estava esperando por isso, arregalou os olhos e levou uma das mãos na boca incrédula. Byakuya revelou um anel prateado com um pequeno rubi que estava guardado no bolso, sem caixinha, fazendo Maiko notar que ele já havia planejado aquilo.

_Sim. – Maiko disse já chorando e Byakuya colocou o anel no dedo dela

_Eu te amo. – Ele disse depois de beijar a mão dela.

_Eu também te amo. – Maiko disse já chorando ainda com a mão na boca.

_Para de chorar, isso não é motivo para sorrir? – Byakuya disse abraçando ela.

_Sim, eu sei, mas é que… – Maiko não conseguiu falar em meio a sua respiração, então ela se soltou do abraço de Byakuya, mas ele não soltou da cintura dela. – Eu estou tão feliz que, olha. – Maiko mostrou uma mão tremendo enquanto enxugava o rosto com a outra mão. – Não esperava por isso.

_Eu sei que ainda é cedo, mas não vejo mais motivo para ficar adiando. Eu quero que venha morar aqui comigo o quanto antes.

_Eu não queria, mas não tem jeito né? – Maiko disse sorrindo.

_Se quiser, podemos morar no meu apartamento.

_Não, não é isso, eu não queria me mudar pra cá antes, por que não me sentia bem vinda, mas hoje Rukia e Ginrei me trataram tão bem que não tenho mais desculpas. Está tudo bem, eu aceito vir morar aqui com você. – Maiko viu Byakuya sorrir feliz antes de abraça-la com gosto. Logo ele começou a beija-la com gosto enquanto voltava a deita-la na cama. Em seguida ele parou de beija-la e pegou a mão dela levando ao peito.

_Sente isso? – Maiko fez sinal positivo com a cabeça, sentindo as batidas do coração dele, baterem mais forte que o dela. – Ele bate por você. – Maiko começou a corar e Byakuya sorriu pegando na bochecha dela. – Você é tão linda. – Byakuya passou a olhar o decote de Maiko que estava um pouco aberto e automaticamente desceu a mão. Ele começou a beija-la de novo e dessa vez foi descendo deu beijo, provocando arrepios em Maiko. Ela sentiu a mão dele entrar de baixo do Yukata e se assustou.

_Byakuya, eu ainda não estou completamente recuperada de ontem. – Maiko disse segurando a mão dele.

_É a primeira vez que me chama assim. – Ele disse sorrindo sem tirar a mão de baixo do yukata. – Eu não vou abusar de você, eu só quero…. – Conforme Byakuya falava, ele ia baixando a voz até que parou de falar e voltou a beija-la no decote.

Maiko soltou a mão dele e ele se viu livre para continuar. Maiko colocou a mão para cima e encostando na cabeceira da cama quando sentiu Byakuya alcançar sua calcinha, ele a tirou e ficou acariciando a virilha. Byakuya se colocou de joelhos ao lado de Maiko e começou a desfazer o laço do yukata mesmo com Maiko fazendo sinais negativos com a cabeça. Ele tirou a faixa sem hesitar e passou a se colocar no meio das pernas dela. Maiko estava assustada, mas queria confiar que ele não iria fazer nada ruim então fechou os olhos. Byakuya viu nos olhos fechados dela, uma oportunidade de realizar uma vontade que tinha e que Hisana nunca aprovou, ele pegou a faixa do yukata e vendou Maiko que estava gostando e ficou se mordendo os lábios inferiores. Byakuya começou a beijar os seios fartos dela por cima do sutiã e foi descendo vendo pequenos tremores no corpo de Maiko. O quarto passou a ser preenchido por gemidos de Maiko, enquando ela contorcia sua cintura para cima sentindo os dedos e a língua de Byakuya na sua intimidade.

“Finalmente Byakuya realmente tem uma mulher nos braços” Ginrei pensou feliz enquanto passava pelo corredor prestando atenção nos sons dentro do quarto de Byakuya.


Notas Finais


O que acharam? Espero não ter decepcionado vocês.
Estou com medo de ter criado muitas expectativas sobre o segredo de Hisana ^^


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