História Pillowtalk - Poison and Wine II

Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundos. As palavras de Henrique ecoavam em sua cabeça, mas tudo o que conseguia pensar era nos lábios dele que eram tão atrativos, bem ali em sua frente. O toque de seu celular foi quem a tirou daquela situação ao qual talvez não conseguissem resistir. 

- Preciso atender. Se quiser tomar um banho quente deixei um roupão no banheiro pra você. Enquanto sua roupa seca você pode ficar tranquilo!

Atendeu o telefone - Ola Jason! No mi amor pode falar. - Fogaça não sabia porque sentiu tanta raiva ao ouvir ela chamar outro de "mi amor". Seu subconsciente sabia, estava apaixonado por ela. Henrique foi tomar banho no quatro de hóspedes, enquanto Paola foi para seu quarto tomar banho também.  Ela optou por vestir um baby doll justinho ao corpo e curto na cor azul. Estava quase vestindo o seu robe de seda quando ele entrou com tudo em seu quarto. 

- Pao, onde posso... Ops, desculpa. - disse virando de costas. - Onde posso colocar minha roupa?

- É, na, espera vou levar pra você. - Pegou a roupa dele e levou até a lavanderia, colocou pra lavar e depois na secadora.

- Pao assim que a chuva der uma trégua eu vou embora. - disse não querendo incomodar. 

- Homem, desse jeito parece até que estou de expulsando. Fica tranquilo, hoje é sábado, Fran foi pra casa do pai dela. Me sentirão sozinha se você não estivesse aqui. - disse sorrindo meiga.

Ele não sabia onde esconder tamanho sorriso por estar perto dela. Se sentia um garoto de 18 anos. Ha muito tempo não sentia isso, o coração acelerar, as veias pulsando, os pelos do corpo arrepiados...

- Que tal a gente fazer um jantar rápido? Estamos exaustos mas a cozinha nos deixa numa paz. O que você acha tatuado?

- Acho uma ótima ideia.

Foram para a cozinha, decididos a fazer uma massa. Fogaça se surpreendeu ao ouvir Paola colocar Guns n Roses, assim que ouviu a melodia de Sweet child o mine olhou para trás olhando-a  com cara de quem estava pensativo.

- Que foi? Non posso gostar de rock?!

Ele sorriu e continuou preparando a massa enquanto ela fazia o molho com tomates de sua horta. Cozinhavam conversando sobre suas vidas e carreira, como cada um começou na cozinha. Terminaram o jantar e Paola sugeriu que tomassem um vinho.

- Que tal brincando de EU NUNCA? Você diz algo que nunca fez e se a outra pessoa tiver feito ela bebe um pouco do vinho. Topa?

- Uma brincadeira pra ficar bebado? Acho que tenho mais umas 20 garrafas rs.

O sofá de Paola era grande e aconchegante, daqueles que se você puxasse o acento virava uma cama. Paola sentou de costas para o braço do sofá, ficando de frente para Henrique que estava de lado.

- Quer começar tatudado, já que você sugeriu?!

- Tá legal. Eu nunca plantei uma horta na minha casa.

- Ta jogando sujo no? - deu uma boa golada. - Minha vez! Eu nunca tive uma banda de  Rock! - disse sorrindo como quem diz xeque mate!

- Você também sabe jogar pesado Argentina. - bebeu um gole bem generoso para dizer a próxima...

- Eu nunca senti vontade de beijar minha (meu)  colega de trabalho! - nesse momento ela o olhava incrédula. Como ele sabia? Ou será  que estava blefando?!

- No sabia que isso fazia parte... Mas... - deu uma golada.

Após Paola beber, ele também  bebeu, finalizando sua taça. 

- Ué? Quebrando regras Fogaça?

- Não é quebrar regras se é algo que eu também senti. - olhou no fundo dos olhos dela - Sempre me senti atraído por você. Nunca quis admitir pois só vivíamos brigando, mas até seu jeito nariz em pé me chamou atenção. Agora vejo que não tem nada de granfina, nem de madame. É  humilde, cuidadosa, uma mãe incrível. - tocou o rosto dela - É a mulher mais incrível que ja conheci. 

Ela estava em êxtase. Jamais imaginou ouvir aquilo de Fogaça. Nem que estaria se derretendo por ele agora. Se aproximou dele perto o bastante pra sentir sua respiração. 

- Para mi, você está sempre marrento. Mas é esse marrento que anda tirando minha concentração durante as gravações...

Fogaça não esperou mãos e selou seus lábios com os dela. Assim que as bocas se tocaram sentiram seus corpos estremecerem e então sentiam que isso estava destinado a acontecer...

Continua...