1. Spirit Fanfics >
  2. Pimenta >
  3. Boa noite

História Pimenta - Boa noite


Escrita por: AliceDream

Notas do Autor


Assim... escrevi ontem de madrugada, então perdoem os erros de gramática e não desistam de mim!!
Ainda não me decidi os dias que vão ser postados os capítulos, então vou tentar postar a cada uns 3 dias <3

Capítulo 2 - Boa noite


A festa iria ser em 5 horas e eu realmente não estava nem me lembrando dela, pois tenho coisas mais importantes a fazer, como ver séries por exemplo. E sim, quando eu vejo séries eu perco a noção de tempo e não consigo ouvir outros sons sem ser o da TV.

Apenas quando estava faltando 2 horas que eu ouvi meu celular tocando, e era Jéssica pela décima vez, ela me ligou 10 vezes e só ouvi agora.

- Ou sua vaca, tu já começou a se arrumar? – ela realmente era muito educada e meiga – Tu consegue comprar uma Vodka pra gente hoje?

- Boa tarde para a senhora também, assim... Eu posso até tentar, mas não garanto nada.

- Só tenta, por que o Marcus não vai poder ir hoje, o pai dele encontrou cocaína nas coisas da irmã dele e ta trancando os dois em casa.

- Pesado... Mas eu tento sim, te encontro lá as oito mesmo.

Eu olho o relógio na tela do meu celular e vejo que já são 6:00pm, ou seja, ferrou! Tomei banho correndo e me enxuguei enquanto penteava meus cabelos, estavam recém-aparados então não davam muito trabalho. Decido colocar minha jeans preta e com uma camisa branca escondida pelo meu moletom cinza, coloco meu perfume e desodorante e pego 30 dólares do meu cofrinho e coloco no bolso.

Desço as escadas e vou até a cozinha, olho no celular: 7:30pm. Eu ainda tinha tempo de sobra, então fui fazer um lanche e tomar uma coca. Quando termino o lanche, meu pai sai de seu escritório e chega perto de mim.

- Você sabe se vai ter bebida lá Matheus? – ele nem olhava em meus olhos, apenas ia olhando os armários para encontrar alguma comida, creio eu. – Por que se tiver, não quero que você chegue caindo aqui. Se for beber, dorme na casa de alguém.

- Okay né, mas não creio que vou chegar nesse nível.

- Nunca se sabe filho, eu disse que iria usar proteção... E aqui está você – Ele disse rindo, ele era um bom amigo, mas as vezes não tinha noção – Brincadeira, mas você tem que tomar cuidado com as coisas, não sei mais o que essa geração está usando ou bebendo.

- Relaxa pai! Eu não vou ficar alucinado e acordar em uma banheira de gelo com um corte na minha barriga! – Ele era assim liberal, pois tinha medo de me perder, ele já havia perdido minha mãe que havia fugido.

 

 

- Assim queridas: – cheguei na roda com uma garrafa de Vodka – o seu rei chegou! E ele se chama Matheus!

Jéssica pulou de felicidades e tirou a garrafa de minha mão e deu um beijo na mesma. O lugar que nossa roda estava era em baixo da arquibancada, era iluminada pelas luzes do campo de futebol.

Lá é onde as pessoas vão para transar, mas é onde nosso grupo se reúne, logo depois a gente migra para o pátio principal, onde é mais afastado da fogueira, e não tem muita gente.

Me apoio na grade e já consigo ver um casal se pegando, pelo uniforme da menino percebo que é uma líder de torcida e me lembro do bilhete de Pedro.

- Ôh Jéh, você não ia ficar com o Pedro ou com o outro? – Pergunto apontando para a morena.

- O nome do outro é Gustavo, ele vai encontrar com a gente lá no pátio daqui uma hora, eu mandei um Snap’ pro Pedro falando que não ia rolar.

- O que ele disse? – Perguntou Leonardo – O Pedro.

- Ele visualizou e depois de meia hora disse que não tava querendo mais por que eu tava só sendo “apostada” – ela ria enquanto contava – ele é muito criança Jesus...

 

 

Cerca de 3 casais frequentaram ali durante nossa permanência, até que chegou a hora da migração, Leonardo e eu éramos os únicos sóbrios, enquanto Jéssica, Rafaela e Daniel já começaram a dar sinais da bebida, Dani havia levado uma caixa de cerveja e Rafão levou uma Catuaba, sua melhor amiga nas festas.

Jéh se controlou na bebida para poder se encontrar com o menino, mas os outros dois estavam mais doidos. Muito doidos...

A nossa migração começou quando a garrafa de Catuaba acabou. Jéh pegou seu violão e começou a andar conversando com o Daniel. Enquanto Rafão, eu e Leonardo fomos falando sobre como as pessoas devem pegar herpes se ficarem se pegando lá por muito tempo.

No meio do caminho tive que abandonar o grupo e ir até o banheiro, o banheiro mais próximo era perto da quadra de basquete. Demorei uns dois minutos andando até lá, e mais 3 até chegar no pátio e encontrar eles.

Estavam todos sentados no chão, e percebi que tinha mais duas pessoas na roda, uma reconheci como o ficante da Jéh, e o outro estava do lado desse mesmo e não demonstrava muita reação.

Vendo de perto, o Gustavo era mesmo bonito, e o outro era quase igual Gustavo, exceto pelo fato de ser mais atraente. Não entendo como consigo o achar atraente, eu sei que sou hetero, namorei meninas minha vida inteira, mas não dei importância para esse fato.

- Esse é o Matheus que eu te falei – disse a morena apontando para mim, eu cumprimentei o cara – Matheus, esse é o Gustavo Johnson, um... amigo meu.

Rafaela deu uma leve risada e voltou a beber sua cerveja.

- E esse aqui é o Gabriel, irmão do Gustavo – ela apontou para o menino, Gabriel era mais velho, uns 3 anos eu diria.

- Prazer, Matheus Clark – estendi a mão para ele, que apertou a minha, ao levantar seu braço, percebo a presença de vários músculos no local.

Conversa foi jogada na roda e enquanto bebíamos as cervejas Rafaela teve uma ideia: eu nunca. Já sinto o gosto da humilhação pública.

Pegamos vários copos descartáveis e enchemos com a vodka que tinha, e fizemos a ordem, começaria com a Rafaela e iria em direção horária.

- Eu nunca transei no primeiro encontro – o silencio impregnou o local até que Daniel e Leonardo beberam.

- Minha vez!! – disse a morena – eu nunca... Eu nunca tirei a virgindade de ninguém.

A roda se olhou até que Rafaela e Leonardo beberam.

O jogo foi indo bem básico até que chegou na vez de Gabriel, o mesmo que havia bebido só uma vez quando Daniel falou nunca ter fumado maconha.

- Eu nunca... Eu nunca dei um beijo triplo.

A Rafão e a Jéh beberam, elas já deram um beijo triplo quando estavam bêbadas entre elas e mais um menino, isso foi há uns 2 anos atrás.

 

 

Quando olhei meu relógio do celular, já eram quase duas da manhã, e ainda estávamos bebendo, Leonardo tinha saído para comprar mais Vodka, fazendo a alegria da galera. Gabriel começou a se enturmar mais, e quando começamos a falar de séries, descobri que ele também é fã de Friends.

Ficamos meia hora conversando fora da roda sobre a série, até que descobrimos que ambos também gostamos de Glee.

- Você tem quantos anos mesmo? – perguntei para o mais velho enquanto enchia meu copo com a vodka.

- Eu fiz 20 em dezembro, e tu?

- Eu vou fazer 18 em Agosto.

- E já ta bebendo? – disse ele rindo, seu sorriso era de dar inveja, era extremamente branco e alinhado – Mas não posso criticar nessa idade eu também bebia.

Olhos para o lado e encostados na parede estavam Gustavo e Jéssica trocando beijos e falando coisas no pé do ouvido.

- Você é ex-aluno daqui? – pergunto à ele depois de dar um trago na bebida.

- Me formei aqui faz uns dois anos. Só digo pra você aproveitar isso, você vai sentir falta dos dramas e de tudo isso.

- E você? Aproveitou?

- Digamos que fiquei bastante tempo me prendendo, até que no final me libertei de pesos e comecei a aproveitar.

- Que tipo de pesos? – pergunto curioso ao maior.

- Um dia talvez eu te conte... – ele deu um trago em sua bebida.

- Nossa! Se é assim... Acabou nosso relacionamento aqui – o maior deu uma risada gostosa e virou seu copo.

 

 

Quando deu 4:00am a gente resolveu ir embora, Jéssica estava super bêbada e Gustavo a acompanhou até sua casa que era praticamente do lado da escola.

Eu e Gabriel tivemos que por Rafaela em um taxi, enquanto Leonardo e Daniel resolveram ficar mais. Gabriel resolveu que me acompanharia até minha casa que era uns 700m dali, o maior afirmou que a rua estava muito violenta essa hora. Depois de muito insistir o contrário, o maior me acompanhou mesmo contra minha vontade, ele era muito teimoso.

Percebo o efeito da bebida quando estou tentando andar e tenho que prestar atenção para não cair.

- Você realmente não precisava fazer isso!

- Acho que você deveria agradecer por isso, talvez seja você fazendo esse meu papel daqui uns anos...

- Seu papel é qual mesmo? Ser gostoso a ponto que faz qualquer pessoa ter vontade de te agarra e te dar um beijo?

- E você quer que eu te beije? – ele chegou mais perto.

- Eu quero... – cheguei mais perto dele e senti sua respiração quente – mas é uma pena que não posso fazer isso.

Afasto-me de seu corpo e quando vejo já estou na esquina de casa.

- Quem sabe em outra ocasião – digo a ele – Boa noite senhor Johnson.

Quando estou quase entrando em casa, ele pega no meu braço e coloca alguma coisa no meu bolso e diz:

- Boa noite senhor Clark – ele disse com um sorriso estampado no rosto.


Notas Finais


Já que você leu até aqui, acho que você deveria comentar o que achou e onde pode melhorar <3
UM BEIJÃO <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...