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História Pinceladas Mágicas - A vida é uma arte.


Escrita por: Tresure

Notas do Autor


Boa leitura.
Peço desculpa por qualquer erro que passou despercebido. Editei mas nunca se sabe.

Capítulo 1 - A vida é uma arte.


Fanfic / Fanfiction Pinceladas Mágicas - A vida é uma arte.

A especificamente dois anos atrás minhas palhetas perderam as cores diversas que obtinham. Agora restou-me apenas um pincel velho com as pontas secas e desgastadas.

Talvez o motivo de tanta melancolia seja a perda de Jimin.

Desde o acontecimento trágico não pude justificar a morte sentimental dentro de meu âmago, e nem preciso, meu sofrimento não é algo que possar ser narrado, apenas sentido.

Aproveitei o quanto pude quando testemunhava os momentos carinhosos e calorosos nos braços confortantes e lábios aconchegantes de um alguém, mais velho numericamente, porém, novo psicologicamente. Talvez uma criança que amadureceu de forma física, enquanto sua mente continuava intacta no período infantil. Não que fosse algo ruím, eu apreciava amorosamente sentir-me mais novo com o clima juvenil que o garoto me proporcionava.

Eu o contemplava, era a mais bela obra de arte feita pela terra, talvez nem fosse um ser terrestre. Sua beleza exterior encaixava-se em completa harmonia com a interior, uma combinação tão perfeita que as imperfeições tornavam-se invisíveis, através de um espelho capaz de camuflar os seus pecados. Um espelho resistente, que refletia sua inocência e bondade se observado de perto, mas um pequeno toque em quatro paredes feito por mim o quebrava em segundos.

Agora, assim como meu pincel antigo, minha vida se secou, perdeu as cores vivas, substituindo-as por cores neutras, as vezes nem sequer havia cores para pintar meus dias, a ausência de cores e sentimentos tornou minha vida uma tela branca, mesmo que tal cor carregasse a paz, para mim carregava a solidão, uma nova versão do preto.

Passei tempos vulnerável, minha felicidade se tornou algo tão teatral, nada menos esperado de um artista nato, pena que me apaguei com um corretivo cuja a marca garantia apagar até mesmo os momentos mais marcantes presenciados.

Humildemente me rendi ao destino desastroso que aguardava-me. O total fulgor da minha alma esvaiu-se. O nome do menino era algo evocativo aos momentos insanos que já tive.

A vida nesse exato momento se aproveitava da minha fragilidade para me chantagear emocionalmente ao ponto de eu desejar brevemente tirar minha própria vida, jogar fora meus diversos pincéis e desistir das cores, tornar-me resiliente com a tempestade e, deixar com que minha alma naufragasse nas marés movimentadas.

Coloco-me atualmente enfrente a uma tela limpa desenhando em traços finos e precisos a singularidade do mais baixo.

Enquanto o fazia notei quão bela era sua existência.

Um raio momentâneo trouxe-me lembranças profundas, mas tão vagas que recheavam os meus neurônios esperançosamente com uma rápida amnésia desagradável. Como era o seus olhos mesmo?

A sim. Recordei-me agora.

As expressões eram tão neutras quanto as cores da minha moderna vida. Transparecia aos olhos nus ser feliz, alegremente saudável, mas através das portas grosas líricas de seu olhar havia uma alma mais complexa, intensamente confusa e temperamental, ao mesmo tempo tão decidida e amorosamente confiável.

As vezes até mesmo eu caia nas mentiras que seu sorriso cintilante relatava ao se abrir e expressar a falsa alegria espontânea, se expondo a tentação mundana, ao vício de usar essa máscara purpurinosa.

Pelo menos falsificava sua felicidade espontânea com espontaneidade. Objetificando sua própria vida, tornando-a algo público e abertamente compreensível, para um mal entendedor.

Seu olhar penetrante e convidativo me deixava a desejar, a conhecê-lo mais, me aprofundar em seus lábios, a sentir sede de seu toque carnal. Tê-lo de uma forma única, como ninguém o teve antes. Toca-lo delicadamente de forma uniforme. Me olhava prazerosamente levando-me a completa loucura, me tornando um pecador profissional.

Não que eu pensava nele apenas de forma sexual, longe disso, mas queria sentir-me especial por ter momentos tão íntimos, desses onde não é qualquer pessoa que possa ter, pelo menos não com alguém tão preservado, uma pena que perdeu seus ideais tradicionais na minha liberalidade atualizada.

Era visualmente elaborado para o grande ator que foi quando as cortinas da vida se abriam. O mundo lá fora o assistia, como uma bela peça tradicional modernizada. Talvez um pouco modernizada demais, era futurística, como a ideia que a ciência impõe de um mundo melhor e feliz com as tecnologias avançadas que há de serem criadas. Mas, na realidade, toda a experiência dentro dele mesmo havia falhado e o mundo prometido nem sequer existia mais.

Andava de uma forma tão elegante, coincide com seu modo de agir e pensar em certos momentos. Seus passos despreocupados e acentuados, parecia caminhar sobre as nuvens, como se flutuasse sobre o solo quente do verão com suas botinas aveludadas, as vezes um pouco sujas pela poeira vinda das ruas ou até mesmo da fumaça forte dos automóveis.

Parecia ser confiante ao caminhar.

Seu corpo era proporcional, coxas recheadas, braços com músculos medianos, em contraste com suas pernas.

Suas nádegas era uma das partes que eu mais tinha costume de olhar, e sinto que se me encontra-se cego agora, assim como letras em hebraico leria sua extensão com facilidade, sem qualquer treinamento.

Seu peitoral era bem cuidado, não tão malhado, não tão magro, agradável aos olhos, mais agradáveis ainda quando tocado.

A cintura ligava todas as partes monumentais de seu corpo escultural, era um manequim perfeito, etorpecia as vitrines impecáveis do meu coração, da minha cabeça, chegava a ter alucinações, um tanto quanto deslumbrantes ao lado do mesmo, desde um jantar a luz das estrelas até a fazer amor dentre lençóis aromatizados de algum motel não identificado.

Sua pele clara e bem pigmentada assemelhava-se a um delicado boneco de porcelana colecionável, tão sensível ao ponto de trincar em um toque mal feito, em uma posição mal colocada.

Uma verdadeira obra.

"Ele é cheio de si." Deve ter sido o pensamento inicial de quem o via, mal sabiam a tamanha insegurança do próprio, normalmente se colocava em um molde imposto pela sociedade para ver se agradava mais a si próprio e ao público, mas ainda sim se sentia tão insuficiente. Eu apenas o elogiava, era gratificante vê-lo se esforçar e eu jamais faria pouco caso com palavras chulas como "Não precisava disso tudo, é lindo de qualquer forma."

Mal sabia que essa insuficiência era mais que suficiente para que eu pudesse viver.

Agora… seus lábios, preciso ser cauteloso, era um local tão explorado e conhecido por mim, não posso erra-lo nem sequer por um fino traço.

Eram grossos e macios como um travesseiros de plumas, digo de forma literal.

Era maravilhoso como essa suavidade mostrava-se presente em suas risadas, gargalhadas ou sorrisos. Risada essa que soava agradavelmente aos ouvidos, embora às vezes se afinava de forma alterada se assemelhando a uma flauta desafinada. Mesmo com as falhas, o tom era tão satisfatório, era como um vídeo viralizado, era abundantemente contagiante, meus tímpanos clamavam por mais, imploravam em meu lugar que pudessem ser invadidos novamente por tal som.

Eram tão rosados quanto o clássico algodão doce, o gosto não perdia para a cor, ambos eram parecidos com o doce amado pelas crianças, e eu me sentia assim, uma criança experimentando um algodão doce pela primeira vez, mesmo que provasse dele todos os dias de formas diferentes. Infelizmente o mundo impôs o fim de toda essa doçura.

O formato de seu rosto não tinha deformidades, mas não posso me atrever a dizer que era perfeito, não de forma geral, é tão relativo, para mim era o mais belo dos rostos que já vi, nunca desejei ver um rosto tanto quanto desejo ver agora, além de uma pintura molhada e não terminada. Para outros era um rosto "comum" nada de novo, apenas fofo ou jovem para sua idade que nem sequer era tão elevada.

Se eu pudesse colocaria a sua personalidade nessa mesma pintura que eu estava prestes a terminar. Mas não há como fazer isso sem que eu derrame lágrimas sobre minha paleta limitada tornando a tinta aguada e líquida demais para depositar na tela.

Porém, se eu pudesse, talvez devesse, descreveria-o como uma pessoa brilhante, privativo e reservado mesmo que mostrasse ser um livro aberto, o leitor apenas havia lido as considerações iniciais, pois a história e conteúdo há de ser descoberto até hoje, pois nem eu mesmo tive essa oportunidade. Fico lisonjeado de ao menos ter conhecido alguns capítulos picados. Entretanto, não me agrado das lacunas, preciso de uma resposta. Essa história com o final aberto me frustra, a curiosidade me corrói, como será que tudo irá acabar?

Enfim pude terminar meu desenho, bastava o colorir, mas como o faria se como citei anteriormente minha paleta havia perdido as cores e meu pincel havia secado? Que dilema.

Não precisei das cores humanizadas, não precisei das minhas tintas imaginárias. O mundo devolveu-me as cores, devolveu-me os sentimentos, entregou-me a obra de arte mais bem feita, mais bem descrita e produzida. Mesmo que eu não soubesse o que fazer com ela agora que voltou a vida.

Talvez seja verdade, a vida é uma arte, e eu acabei de criar uma arte onde há vida.

- Jungkook?


Notas Finais


Espero que tenham gostado e entendido o percorrer da OneShot.
Gostei bastante do resultado, apesar de que usar esse tipo de vocabulário não é minha praia por meio de ficar algo meio chato, espero que não tenha ficado, preferi sair da minha "zona de conforto".
Até a próxima.
Talvez tenha sido meio triste para quem perdeu alguém, eu fiz isso pensando muito no meu melhor amigo que infelizmente não está mais aqui.
Se você já perdeu alguém e ficou um pouco "triste" com essa OneShot, siga o roteiro. Não deixe seu mundo se tornar uma tela em branco, dê cor a essa pessoa dentro de você, para que ela pinte sua vida, onde esteja.

Tenho uma Yoonmin: https://spiritfanfics.com/historia/party-in-the-sky-10677683
E uma Fanfic que está sendo desenvolvida, Kaistal:https://spiritfanfics.com/historia/eriel-10658545


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