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História Pink Feelings - Carinho, conforto e apoio


Escrita por: kittysdeer

Notas do Autor


Tentei compensar a demora com um capítulo grande - mas isso acabou me fazendo demorar mais, que irônico.
Espero que gostem, quebrei a cabeça pra escrever algo legal.

Capítulo 9 - Carinho, conforto e apoio


Fanfic / Fanfiction Pink Feelings - Carinho, conforto e apoio

Quê? Foi a primeira coisa que minha mente pôde formular depois de ouvir o que ouvi; a justificativa formada pelos meus neurônios era simples: a fome me fez delirar.

Não era possível, não era possível de jeito algum! Mas por que eu estava reagindo assim quando o que desejava era ter meus sentimentos retribuídos? Eu também não compreendia, sentia como se minha capacidade de pensar estivesse limitada.

Apenas notei que realmente estava passando mal quando me senti sufocado, inspirei o máximo que conseguia, percebendo que havia prendido o ar após escutar a revelação inusitada.

Minseok me olhava com receio, as bochechas coradas de uma maneira que eu nunca havia visto antes, seria extremamente adorável caso o momento não fosse levemente constrangedor entre nós dois; ele movia os dedos sobre o colo de um jeito nervoso, me deixando ainda mais angustiado quanto ao que havia sido comentado há tão pouco. Estava tudo tão confuso em minha cabeça! Embora eu quisesse que Minseok gostasse de mim como eu gostava de si, era estranho em demasia, como se estivesse errado, como se não fosse natural. Contudo, o que mais me deixava confuso era o simples fato de que eu não percebi. Como eu não percebi? O jeito como me olhava - suas orbes brilhando como as estrelas no céu noturno unidas às cores que pintavam sua íris e o faziam parecer deter constelações no olhar - e como passara a acariciar-me com suavidade, com um carinho sutil e gostoso quando estávamos em um momento mais reservado e íntimo, apenas nós dois; a forma como qual ele sorria, parecendo se tornar o Sol sempre que seus dentinhos se alinhavam em um movimento doce e perfeito, iluminando todos os instantes em que estávamos juntos como uma verdadeira estrela, apenas reforçando o meu pensamento de que aquele garoto era tão brilhante e incrível quando uma estrela.

Seguindo por essa linha de pensamento, talvez ele fosse inalcançável, estivesse longe demais para que eu pudesse me aproximar, já havia me conformado com esse choque de realidade, entendido que ter sua aproximação e amizade eram mais do que importantes e suficientes para que eu me sentisse alegre; porém tudo havia sido desconstruído a partir do momento em que ele disse quatro palavrinhas que mudaram a minha vida e provocaram uma completa reviravolta em minha mente

“Coisas que são verdadeiras.”

Se fosse uma brincadeira de mau gosto eu recomendaria que ele parasse o quanto antes, porque eu estava começando a acreditar, mas não, ele continuava movimentando os dedos sobre o próprio colo, olhando baixo, as bochechas permaneciam vermelhas e, aparentemente, quentes. Será que era mesmo verdade? Mesmo que eu quisesse muito acreditar, eu queria muito não acreditar. Minha cabeça era pura confusão naquele instante, e o mal que meu estômago me fazia sentir por causa da fome não ajudava em nada.

Depois de momentos de silêncio e inúmeros barulhos irritantes provenientes de meu corpo, Minseok pareceu tomar coragem para falar alguma coisa, o que eu achei ótimo pois essa coragem eu não conseguiria nem se anoitecesse e continuássemos ali dentro.

− Você está com fome… − disse de forma retórica, afinal era mais do que óbvio que eu estava fodidamente faminto, sem mencionar o confuso, o com sono e o suicida, porque eu ainda pensava em jogar meu corpo no rio depois do que aconteceu. − Vamos comer alguma coisa no refeitório, os outros já devem ter saído de lá.

Notei que ele pronunciou a última frase mais para si do que para mim, mas não atribuí tanta importância pra isso, meu estômago clamava por comida e eu ainda tinha aquele probleminha para resolver, então relevando que eu penso melhor de barriga cheia, apenas concordei com seu pronunciamento e levantei do colchão, sendo acompanhado pelo mais baixo até a porta do chalé, pelo percurso até o refeitório e na própria mesa, mas isso não foi tão incômodo assim, acredito que estar longe dele ou em mesas diferentes seria, além de constrangedor, muito pior.

Ele não comeu, indo contra a própria fala que colocava nós dois para nos alimentarmos no refeitório; eu podia perceber que ele estava estranho, não por causa dos acontecimentos de mais cedo, mas de um jeito desconfortável.

Fome.

− Não vai comer alguma coisa? − perguntei antes que fosse possível me conter, estava ficando preocupado com sua feição, como se estivesse enjoado ou com fome demais.

− Não quero. − ele respondeu baixinho, porém seu estômago agiu contradizendo sua fala, roncando alto e em bom som. Ele suspirou frustrado e eu precisei conter um riso satisfeito, ele continuava adorável mesmo com raiva por ter sido descoberto.

Após uma parcela de insistência que ajudou a suavizar a tensão e o humor sobrecarregado, consegui fazer com que Minseok comesse pelo menos algum sanduíche natural, ele se apresentou desgostoso pois não era sua intenção fazer isso, mas acabou comendo mesmo assim. Ambos não aparentávamos mais estar tão embargados de confusão como estávamos anteriormente, porém estaria mentindo se não comunicasse que o clima não estava 100% melhor.

Comemos em silêncio, sem sequer olhar um para o outro, pelo menos não houve essa ação por parte dele, já que a todo o momento eu o olhava de canto e tentava desvendar suas expressões, ainda não conseguia acreditar no que havia escutado no chalé. Eu já havia comido e estava em meu momento de reflexão quando ele pigarreou envergonhado e eu percebi que estava olhando diretamente para si enquanto minha mente trabalhava em ritmo incessante para formular algo decente que poderia ser dito para o dono de fios negros; desviei o olhar e encarei a tábua grossa de madeira que formava o tablado da mesa com minhas sobrancelhas arqueadas, por que uma discussão formulada em minha consciência era tão complicada para ser colocada em prática? As palavras pareciam presas em minha garganta, nada que eu gostaria de dizer seria proferido caso eu abrisse minha boca, por que era tão difícil? Um suspiro cansado pela minha falta de iniciativa foi expulso por meus lábios sem que houvesse alguma tentativa de contê-lo e chegou até Minseok com uma interpretação diferenciada.

− LuHan, não… Não precisa ficar assim por causa do que eu falei. Podemos fingir que nada aconteceu e, sei lá, voltar a ser como antes desses boatos aparecerem e eu falar...aquilo… Sabe? − não pude evitar esboçar uma expressão de completa insatisfação e incredulidade para ele, depois de ouvir o que eu mais adoraria escutar vindo dele - certo que fiquei parcialmente confuso, mas já havia melhorado em quesito disso - ele queria que voltássemos a ser como antes?! Minha garganta e mente agiram em colaboração após ouvir o que ele havia dito, pois eu não podia ficar calado e aceitar aquilo de maneira alguma.

− Como eu posso fingir que nada aconteceu, Minseok? Nós dois sabemos que é impossível que algo assim aconteça, não é como uma correnteza que está sempre em movimento, percorrendo e passando por cursos alternativos, é real e presente, vivido, não é algo que possa ser esquecido com um piscar de olhos ou estalar de dedos! − interrompi minha própria fala para ver se ele iria contestar algo, porém ele permaneceu em silêncio, o que interpretei como uma forma de que eu pudesse continuar falando. − Eu não sei como você assimilou a maneira como qual eu reagi, mas peço desculpas por ter sido tão...seco, acho. Eu não soube como deixar transparecer o que eu estava sentindo naquele momento, foi inesperado pra mim e acredito que pra você também, ainda mais dentro desse contexto em que todos estão falando sobre nós dois e aquelas coisas...

Minseok continuava silencioso, não me olhava diretamente e tinha a cabeça baixa fitando a madeira clara da mesa; eu não tinha mais em mente algo que pudesse ser dito, mas não sairia dali como se já tivesse feito a minha parte, queria ouvir o que ele tinha a dizer, caso tivesse. Após o que pareceram alguns minutos em silêncio, ou talvez segundos - os quais podem ser equivalentes à minutos quando o silêncio é predominante - ele respirou fundo e expulsou boa parte do ar pela boca, de um jeitinho tão lindo que não combinava com a tensão que preenchia o espaço curto entre nós.

− Eu só não queria que acabasse rendendo um efeito negativo, entende? − seu tom de voz era diferente, um diferente completamente assustado e manhoso - para não se dizer choroso -, foi a partir daquele momento em que eu decidi que não queria vê-lo assim nunca mais. − Eu nunca me senti assim, ainda mais por um menino e… Eu estava assustado!

Os poucos instantes em que ele estabilizou seu olhar em mim se esvairam conforme ele desceu o olhar para aquele ponto insistente que era o seu colo, mostrando que não tinha vontade de me olhar diretamente; não pude deixar de me identificar com a sensação descrita por ele, afinal eu também tive o mesmo sentimento de desolação quando reconheci que estava gostando dele, porém houve uma diferença entre minha situação e a dele: eu tive apoio. Em momento algum Sehun negou continuar sendo meu amigo porque eu gostava de Minseok e em momento algum o próprio Minseok se afastou de mim; por causa deles o fardo se tornou mais leve em meus ombros, quase inexistente e desimportante, pois eu tinha quem me apoiasse, o alheio não importava em hipótese alguma. Entretanto, Minseok não tinha isso, provavelmente sequer contou à alguém com medo da negação, do isolamento, ele devia estar se sentindo tão desolado e desconfortável quanto eu fiquei de início; ele precisava de apoio, mas não o tinha - até agora.

Ignorei as poucas pessoas ao longe e o constrangimento que seria ocasionado por conta de nossa ‘fama’ não muito agradável após minhas ações, apenas segui meus sentimentos e levantei de onde estava, andando poucos passos até estar sentado ao lado de Minseok e abraçá-lo como nunca havia feito até o momento atual, um abraço lotado de carinho, conforto e - principalmente - de apoio.

Não ter alguém para apoiar-se durante um momento desses é justamente como quando você cai e não há ninguém que queira te ajudar a levantar, exatamente como quando você perde algo de extrema importância e não há quem possa consolar você e secar suas lágrimas. Em minha vida, foram poucas as situações em que eu passei por isso, afinal sempre tive família e amigos para me ajudar a erguer-me novamente após a queda; meus conhecidos gostavam de mim como eu era, não importava qualquer distinção ou ‘anormalidade’, eles apreciavam o diferente e não o criticavam, buscavam entender o que não conheciam antes de julgar, isso nos tornava unidos.

Minseok não falou nada sobre sua família ou amigos durante o tempo em que passamos juntos, absolutamente nada. Mesmo curioso, não perguntei sobre suas relações afetivas com parentes e conhecidos por temer que as mesmas não fossem tão boas como as minhas. O tempo em que podiamos compartilhar juntos era aproveitado com discussões sobre coisas fúteis e materiais, raramente tocávamos no assunto ‘sentimentos’, pois sempre estávamos cansados demais para entender complexidades e se tornava muito mais fácil conversar sobre algum anime como Tokyo Ghoul e Naruto do que compreender o que era o amor em si, juntamente com seus prós e contras. Porém foi apenas ali, naquele contexto tão frágil emocional e fisicamente em que percebi que o que sentiamos nunca foi de deveras importância, nunca foi foco de uma conversa importante, nunca foi habitual; nunca nos ‘abrimos’ para falar sobre isso, mas por quê? Por que nunca importou?

Mais do que nervoso e confuso, eu sentia uma extrema arrogância e egoísmo impregnados em meu subconsciente, passei tanto tempo me preocupando com coisas prosaicas, confinado em um mar de sensações esquisitas por causa de um garoto cujas emoções eu não conhecia; um garoto que para mim não tinha passado, não teria futuro - pois não havia planejamentos ou sonhos, um garoto frio e distante, trancafiado em um cofre inacessível que eu não poderia sequer chegar perto; seus sentimentos eram oprimidos por si mesmo, por medo de libertá-los e acabar provocando um transtorno em seu próprio emocional e em tudo ao seu redor, aprisionados em um coração fraco, desestabilizado. Eu apreciava tanto a presença de Minseok, seus olhares significativos, seus beijinhos quentes, seus sorrisos doces, apreciava tanto tudo isso que em momento algum perguntei-me se eram verdadeiros, se aquela fileira de dentes branquinhos estava sujeita a transmitir alegria ou se apenas fora utilizada para encobrir a tristeza, a frustração, o desconforto e a ausência de carinho. Impressionante como meu ego conseguiu se sobrepor aos meus sentimentos e me iludir de forma tão grande, como pôde vendar meus olhos e imobilizar os demais sentidos, como pôde projetar uma imagem de final feliz e me fazer acreditar se estava tudo bem.

Tudo bem. Teria eu, alguma vez, perguntado à Minseok se estava tudo bem?

Era certo que eu era um monstro, sequer deveria estar tocando Minseok após meus atos de hipocrisia, mas seria melhor deixá-lo só ou acalentá-lo em meus braços e tentar deixá-lo melhor de alguma maneira? Acredito que a segunda opção tenha sido mais sensata, portanto permaneci naquele banco ao lado de Minseok, meus braços envolviam seu corpo e minha camiseta estava encharcada pelas lágrimas que os olhos alheios derramavam contra o tecido, mas o fato de ter as vestes molhadas era, de longe, o mais preocupante; meu foco atual era aquele garoto, queria saber o que sentia, entender as complexidades de seus sentimentos embora esses fossem caóticos; estava disposto a abandonar o egoísmo para dar espaço à um novo sentimento, e ele não seria desprezado como fora outrora.

 

 

Quando o horário do almoço se aproximou, perguntei para Minseok se gostaria de ir ao nosso chalé, ele parecia cansado e eu resolvi comigo mesmo que dedicaria cuidados especiais para ele; o mesmo assentiu diante de meu questionamento e, juntos, fomos para o chalé. Não conversamos mais sobre aquilo no refeitório e nem dentro da cabana azul, o clima já estava mais leve e podíamos respirar calmos sem dificuldades para inalar o ar, a única coisa que se manteve presente foram nossos corpos unidos em um abraço aconchegante - que nenhum de nós tinha a intenção de desfazer.

A situação estava gostosa e tranquila o suficiente para que eu pudesse dormir, o calor do corpo de Minseok me aquecia como uma manta quente e me deixava sonolento, meus olhos pesavam ora ou outra e estava sendo um sacrifício deixá-los abertos, porém Minseok era prioridade e eu não dormiria enquanto estivesse cuidando dele. Pelo menos foi o que tentei fazer, mas diante de alguns vacilos e bocejos, acabei caindo com sono com braços envolvendo minha cintura e uma voz suave me desejando bons sonhos.

 

 

Ao acordar, o peso que antes se situava sobre o peito havia sumido, o que provocou uma reação exasperada e nervosa vinda de mim, será que ele havia decidido ir depois do que aconteceu? Não pude pensar muito e logo levantei, porém durante o impulso acabei por escutar o som de água corrente dentro do chalé; olhei na direção do banheiro e vi a porta fechada, o que concluiu minha suposição: Minseok estava apenas tomando banho. Suspirei em alívio e voltei a sentar na cama, ou melhor, me deitar de maneira estranha, mas completamente confortável - com certeza eu ‘daria um jeito na coluna’ deitado daquele jeito. Dentro de algum tempo que não contei, Minseok saiu do banheiro vestido com uma camiseta azul marinho e uma calça de moletom cinza, os fios negros molhados pós-banho e um cheirinho de frutas cítricas preenchendo o ar, provavelmente de seu shampoo.

− Não vai tomar banho, Lu? − sorri internamente por estar sendo chamado assim, porém na realidade apenas removi o rosto de sua pressão contra o colchão e ergui minha carinha amassada para ele, torcendo o nariz e negando com um movimento de cabeça. − Sua limpeza me impressiona! − comentou irônico e pulou para a cama. caindo curiosa e precisamente sobre mim, suspeitei que tenha sido intencional, mas nada falei sobre o ato.

− Primeiramente: ai. Segundo: eu tomei banho ontem, um banho por dia está mais do que ótimo e esse um será tomado pela noite. − argumentei com completa convicção, eu, sinceramente, achava um absurdo pessoas gastarem tanta água todos os dias, portanto a economizava ao máximo, mas Minseok não seguia minha linha de pensamento.

− Tá, tanto faz então. − disse indiferente, rolando para o meu lado ao invés de se manter em cima de mim e me encarando com seus olhos felinos brilhantes e um sorriso mínimo no rosto. − Eu estou tão feliz.

− Mesmo? − perguntei com o tom de voz um pouco alterado e agitado, tentando conter um sorriso largo que quase decidira por si só aparecer em meu rosto. Minseok confirmou com a cabeça e se aproximou alguns milímetros de mim, suas orbes castanhas já não me encaravam diretamente, focavam em um ponto abaixo de meus olhos, me fazendo estremecer apenas por imaginar o que - provavelmente - estaria por vir.

Não é como se eu fosse alguém que beijasse mal, pelo menos ninguém nunca reclamou, mas quando se tratava de Minseok eu me descobria sem autoconfiança suficiente, me descobria alguém completamente inseguro e nervoso, um verdadeiro adolescente em seu primeiro beijo. Minseok umedeceu os lábios rosados com a língua, me deixando desconcertado por uns instantes, e levantou seu olhar até meus olhos, pondo um intervalo naquela tortura lenta que era sua aproximação.

− Lu, você gosta mesmo de mim? − sua voz transmitia incerteza ao pronunciar aquelas palavras, porém nada que revelasse algum sentimento ruim como os que se fizeram presentes naquela tarde. Inspirei profundamente antes de responder, sustentando aquele olhar intenso que dividíamos.

− Mais do que pode imaginar… − foi a minha vez de descer o olhar para seus lábios, estavam tão próximos dos meus, seria mau avançar mais um pouco? Minseok riu soprado, não de deboche ou incerteza, mas de satisfação, suponho; seu olhar estabeleceu uma relação profunda com os meus por mais alguns segundos antes que ele atravessasse aquela barreira invisível que nos dividia.

Era doce e quente, esperado de seus lábios rosados que tantas vezes encontraram-se com minha bochecha em baixos estalidos, a diferença era que estava tudo mais intenso e gostoso até mesmo para um simples selar. Nossos lábios se moviam com exatidão, como se houvessem sido moldados um para o outro; suas mãos quentes percorreram um caminho até minha nuca e as minhas foram de encontro de sua cintura enquanto ainda compartilhávamos aquele selar prolongado - acredito que nenhum de nós imaginou que houvesse necessidade de aprofundar aquilo de imediato, poderíamos ir com calma.

O ar foi se fazendo essencial e acabamos nos afastando minimamente para que pudéssemos recuperar o ar. Nessa altura, já nos encontrávamos sentados para que ambos não prejudicássemos nossas colunas, claro. Fui o primeiro a abrir os olhos e pude completar a visão bela de um Minseok parcialmente ofegante com as bochechas coradas e olhinhos cerrados; foi impossível não sorrir por vê-lo daquela forma; minhas mãos subiram por seu corpo com suavidade até chegarem em suas bochechas e acariciarem a pele clarinha e lisa. Minseok sorriu com o carinho, mas permaneceu de olhos fechados, apenas apreciando meus movimentos delicados.

Naquele momento carregado de afeto eu me sentia feliz como nunca havia estado em minha vida, a sensação de realização juntamente com o que é popularmente conhecido como borboletas no estômago me deixavam completo, Minseok me deixava completo e alegre, me deixava completamente alegre e alegremente completo; Minseok carregava uma aura positiva que era sempre capaz de me livrar de pensamento e sensações ruins, um exemplo vivo foi o que passamos juntos em apenas uma tarde, tarde cheia de acontecimentos que partiram de um boato, seguiram por declarações, percorreram momentos de conforto e terminaram com beijos. Estar daquela forma com ele me fazia acreditar em uma vida com alguém ao meu lado, fato que nunca havia pensado com tanto fervor como estava ali. Vê-lo vermelhinho como um doce, ter suas mãos acariciando meu cabelo no cantinho da nuca e poder enxergar seu sorriso tímido e fofo faziam três palavrinhas surgirem na pontinha da minha língua, e eu não pude evitar falá-las como fiz em outras vezes em que elas apareciam sem horário marcado e sem previsão.

− Minseok… − disse apenas para chamar sua atenção, que foi conseguida com sucesso assim que ele abriu os olhos felinos. − Eu menti mais cedo. − ele se mostrou confuso, tentando relembrar algum momento em que eu pudesse ter mentido, porém cortei seus pensamentos com minha fala trêmula. − Na verdade, acho que eu amo você.

Esperei incredulidade, até mesmo um susto e um pulo para se afastar, mas ele sorriu, um sorriso tão lindo que me tirou dos eixos por um tempo. Sua reação foi súbita para mim, eu me achava maluco por admitir aquilo, amor era algo muito forte para tão pouco tempo, seria ele tão maluco quanto eu?

− Então talvez eu também tenha mentido pra você, eu também amo você, Lu! − eu sorri largo ao ouvir as tais três palavrinhas mais bonitas do mundo e tomei a iniciativa da vez, unindo nossos lábios em um outro selar seguido de muitos outros beijinhos em todo o seu rosto.

Quando nos deitamos juntos para dormir - mais uma vez e após eu tomar banho como havia dito que tomaria - a lua estava no céu, era crescente, representando o formato de um sorriso através do jeito como aparecia. Alguns pensavam que era uma mera coincidência essa assimilação, mas para nós dois - garotos apaixonados - a lua também comemorava por nós, pelos beijinhos que trocamos, pelos sentimentos que possuíamos um pelo outro; a lua era nossa cúmplice diante de tanto amor compartilhado por pequenos atos em intervalos curtos. Nossos olhos pesaram juntos no exato instante em que decidimos realmente dormir, palavras de carinho foram trocadas e, unificados por meio de um abraço ardente, nossos corações palpitaram em uníssono.


Notas Finais


Indicações:

- This Kiss por ~LulovesMin e ~Lucchan; eu amei essa fanfic mesmo sendo apenas one shot, é muito fofa e recomendo muito!
- Super Hannie, o Super-Herói por ~CrazyIdiot; essa fanfic também é one shot, e que one shot! Recomendo demais, gostei muito de ler.
- Sentença por ~b-binnie; simplesmente uma das minhas favoritas, deixa uma lição maravilhosa e tem um foco indescritível, sensacional.
- Unfaithful por ~ParkBlood; faz você se sentir confuso pelo enredo dramático e envolvente, recomendo muito assim como Cam Boy que também é de ~ParkBlood.
São todas XiuHan, e se você também caça fanfics XiuHan pelo Spirit recomendo que dê uma olhada na minha lista que contém apenas XiuHan, tem muita fanfic boa ali.

Who run the world?
Okay, eu não vou prolongar explicações porque ninguém merece ficar lendo sobre, o fato é que eu vacilei mesmo com a demora para atualização e peço desculpas por isso, vou tentar não fazer mais.
Outra coisa que talvez seja um pouco inesperada, acho que totalmente - na verdade -, é bem provável que o próximo capítulo seja o último, perdão. Eu não tinha intenção de prolongar essa história e meu pensamento mais forte com ela já pode se concretizado no próximo, a não ser que vocês queiram algo como um lemon, talvez eu tenha até iludido vocês ao colocar que tinha sexo sendo que eu nem pensei nisso aksnaksjks, acontece.
Espero que tenham gostado, comentem o que acharam aqui em baixo! ♡


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