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História Pink Lips - Capítulo 1


Escrita por: Oxya

Notas do Autor


Olha a doida voltando com mais uma fic, mas agora com twoshot? AINDA POR CIMA COM MAIS UM SHIPP FLOP(e ainda por cima com dois grupos diferentes, eu não tenho jeito mesmo), PARABÉNS PRA MIM, PARABÉNS. Motivo disso? Gente, cês já viram as interações deles dois? Se não vão ver porque é lindo demais ;-; eu tô nessa vibe de shipps estranhos então, relevem
Sobre a parte dois, talvez próxima semana ou depois saia, porque tenho prova sabe, então.

Eu nem deveria estar postando agora, acho que tô cavando a minha própria cova. Mas enfim, vamo lá

*perdoem os erros, capítulo não betado!!!*

Capítulo 1 - Capítulo 1


Suspirei pesadamente enquanto encarava, totalmente inconformado, o parte de baixo da cama da beliche sobre mim. Eu não deveria ficar pensando ou me baseando em coisas no passado.

— Mingyu! — com um grito estridente de uma voz bem conhecida entrou em meus ouvidos de uma vez, acabei saindo dos meus desvaneios.

— Sim-?

Engoli em seco após virar meu rosto em direção do lugar onde escutei meu nome ser chamado. Minha boca entreabriu e meus olhos se arregalaram ao ver meu companheiro de quarto sem qualquer tipo de camiseta sobre a região do tronco. Subi meu olhar lentamente em seu abdômen bem definido até chegar na região do peitoral, parando por ali mesmo graças a blusa que consegui identificar sendo posta sobre o mesmo, cobrindo minha visão. 

— Poxa, finalmente, né? Já fazia séculos que eu 'tava te chamando! — meu olhar voltou ao seu rosto, vendo uma carinha emburrada se formando no mesmo.

— Desculpe, eu estava apenas… pensando. — disse após alguns segundos de silêncio, tentando recuperar minha noção, fracassado num sorriso logo em seguida. — Enfim, do que você estava falando mesmo?

— Eu perguntei se a calça e a blusa tinham ficado boas em mim. — abriu os braços e deu uma rodadinha. Tentei não cravar meus olhos nas coxas bem marcadas pelo jeans branco e cinza surrado, mas não foi possível. — Ficou bom? — perguntou de novo após voltar a sua posição original, encarando-me com os olhos em expectativa.

— Está bom, Jeongguk. — tentei deixar meu timbre normal. "Está bom?", eu queria era dizer que ele estava um puta de um gostos…-

— Mesmo? — sorriu pequeno enquanto encolhia os bracinhos e, provavelmente, procurava alguma dúvida nos meus olhos. Apenas assenti. — Eba! Obrigado, Mingyu.

— De nada. — ri da sua reação demasiadamente fofa. — Aonde você vai?

— Vou sair com o Namjoon. Ele me convidou para ir no shopping hoje. Depois dessas provas eu precisava sair pelo menos um pouco!

Evitei travar a mandíbula depois de escutar seu tom animado de quando falava desse tal de Kim Namjoon.

— Hm, entendi. — fiz-me de indiferente na medida em que sentava de frente para o outro em pé no chão.

Ao invés de ficar perdido em um Jeongguk se arrumando, colocando uma jaquela cinza por cima da blusa azul e fazendo carinhas engraçadas para o espelho na frente de si, balancei minha cabeça negativamente e desviei o olhar, evitando rir que nem um bobo com aquelas cenas. Eu estou estranho. Soltei um pouco de ar enquanto tentava entender o que estava acontecendo com meu corpo.

— Mingyu. — chamou, parecendo distante.

— Hm? — disse enquanto me virava.

Meu mundo deu uma parada muito forte. Minha mente havia me enganado descaradamente, afirmando que Jeongguk estava longe o suficiente para ter uma conversa normal, mas não. Meu peito chegou a doer numa pontada quando a respiração voltou de uma vez para dentro dele, ficando presa; tamanho era o medo do meu hálito colidir com a sua face. A distância dos nossos rostos era mínima, e o pior de tudo era que ela parecia diminuir mais ainda enquanto o outro se aproximava.

Enquanto me encontrava com a famosa posição de borboletinha em cima do colchão, o corpo do Jeon estava quase inclinado sobre mim, — tipo, só faltava um pouco mesmo — apoiado pelo seu joelho direito na cama e seu braço esquerda, cada um nos respectivos lados do meu corpo paralisado, praticamente me prendendo ali. Estava tão perdido que, quando ele colocou a mão no meu cabelo, fechei meus olhos em desespero. Passaram-se míseros segundos e, logo após os mesmos terem passado, nada aconteceu. O peso extra na minha cama sumiu e o contato com meus fios também, o que me fez abrir os olhos um pouco confuso e encarar Jeongguk que ainda estava próximo, só que em uma distância favorável agora.

— O que você…? — forcei a voz, ainda fora de órbita e com o coração batendo rapidamente.

— Tinha uma folha no seu cabelo. — Sorriu e eu demorei um tempo para raciocinar. Mas após captar a informação, senti meu rosto esquentar.

Jeongguk, julgando pelos seus olhos que se arregalaram brevemente, parecendo ter notado alguma coisa, se afastou rapidamente de mim, deixando um friozinho no local onde ele estava antes. Obriguei-me a olhar um pouco mais para cima, sendo capaz de ver, mesmo que de relance, um pouco de nervosismo no seu olhar, — o que causou um rebuliço estranho e ruim nos meus órgãos — mas que logo foi substituído para uma surpresa ao se focar em algum lugar atrás de mim.

— Ah, você deixou a janela aberta! Seria bom se você tomasse cuidado, já que arrumou agorinha esse lugar.

Pois é, mas isso aconteceu porque você ficou atrapalhando enquanto ocupava meus pensamentos. Era tudo o que eu tinha vontade de falar, mas nada saía da minha boca naquele estado de choque em que eu me encontrava.

— Ai, olha só a hora! Tenho que ir. Até mais tarde, Mingyu!

A porta se abriu e fechou logo em seguida e por mais que eu ainda estivesse chocado, consegui ver seu último sorriso amarelo de despedida. E foi apenas nesse momento que eu consegui soltar todo o ar que me sufocava, sentindo meu corpo aliviar ao fazê-lo. Eu poderia apenas ignorar o que aconteceu, mas como sempre algo tem dar errado, a minha cabeça, como sempre, assumiu esse papel de contradizer-me e controlar meus pensamentos.

A imagem do menor se aproximando de mim novamente dominou meus neurônios por completo. Os cabelos sedosos levemente separados deixando sua testa à mostra, as linhas do queixo perfeitamente desenhadas que me causam arrepios a cada vez que se aproximam, o pescoço branquinho sendo exposto totalmente igual à sua clavícula sob aquela regata vermelha. Além disso tudo, tinha aqueles lábios… aqueles malditos lábios.

Um arrepio subiu do início da minha espinha até se instalar em minhas bochechas e descerem novamente para todo o resto corpo. Pensar no quanto eles parecem macios, pensar no quanto eles são, — já que tive a oportunidade de receber beijinhos na bochecha e selinhos quando mais novo — macios davam esse tipo de efeito no meu corpo. Fora surreal como a sensação de um hálito quente batendo contra a minha boca se tornou presente de uma hora para outra, o que causou numa mordida no lábio inferior e uma umidecida nesses da minha parte pelo pensamento enquanto vontade imensa de beijá-lo se apossava do meu corpo.

Tá vendo porque eu não posso me focar em coisas do passado?

E a realidade filha da puta caiu sobre mim, assim como sempre ela cai quando eu penso em meu relacionamento com o Jeongguk e nos sentimentos que venho nutrido por ele. Eu estou ficando louco.

Suspirar já virou parte da minha vida, na verdade, até acho que sou só suspiros. Baguncei meus cabelos enquanto o fazia. Sabe, às vezes eu queria poder voltar ao passado. Deveria ter escutado o conselho dos meus pais, onde eles diziam que eu iria me arrepender de me mudar para o internato, porque agora eu realmente entendo o que eles queriam dizer com aquilo. Digo "às vezes" porque não é que eu realmente me arrependa de ter aceitado Jeongguk como meu colega de quarto.

O problema é: como eu poderia saber que eu iria começar a me sentir assim? Me questiono todos os dias — desde aquele que eu decidi admitir para mim mesmo que gostava do mais novo e parei de tentar me enganar — o porquê de depois de simples demonstrações de afeto como qualquer um faz e, inclusive, como eu fazia com todos os meus amigos, eu comecei a me sentir assim. Não era a primeira vez que agia assim, então, por que com ele?

Claro que havia algumas coisas que eram excessões nesse quesito "simples demonstrações de afeto". Começamos a dormir juntos, digo, na mesma cama, desde o primeiro dia que nos conhecemos, afinal, descobri nele mesmo que meu novo companheiro de quarto tinha um trauma enorme de trovões, e eu como um quase hyung não poderia deixar de ajudá-lo. Selinhos de agradecimento se tornaram tão naturais como respirar, assim como os de "bom dia" e, algumas vezes, até de "boa noite". E naquele tempo eu realmente não me importava com isso, porque eu gostava.

A confusão foi quando isso se alastrou de uma forma diferente, o que causou em uma confusão de vários meses na minha cabeça. Cada vez a vontade de tomar os lábios alheios se tornava mais forte, não apenas mais em selinhos, óbvio. Mas de um jeito mais intenso, que envolva choque de línguas e meus dentes cravando naquela carne macia. Eu tentei sim não pensar que estava realmente gostando do Jeongguk, mas com o passar do tempo, a medida que o mesmo ia crescendo e evoluindo, o mundo fazia questão de jogar na minha cara o quanto eu estava babando por aquele garoto.

Acho que se comparem o Jeongguk atual com o Jeongguk do passado, vão pensar que são pessoas completamente diferentes. As expressões faciais, antes fofas e infantis, se tornaram maduras e sexys. O corpo, que já era bem modelado, ganhou mais uma quantidade excessiva de curvas, o que foi um pecado para minha sanidade mental, que já não sabia se iria aguentar mais tanto assim. Sua personalidade mudou um pouco também, mas não foi para o lado ruim, tirando a mania que adquiriu de morder o lábio, deixando-os ainda mais coloridos que antes e aumentando meu desejo de tê-los colados aos meus; Hoje em dia sou maior que ele exatamente seis centímetros, mas ainda sim não consigo encará-lo de frente, sentindo meu rosto esquentar e minhas pernas bambarem toda vez que o faço.

Além de todos esses fatores de evolução de corpos, ainda tinha a nossa intimidade incluída. O 'x' da história não era aceitar meus sentimentos, — porque que fique bem claro, apesar de eu ter tentado deixar de gostar dele, sempre tive a plena certeza da minha sexualidade — e sim, das minhas vontades. Depois de um tempo parece que tudo piorou. É e era horrível quando tinha que observar obrigatoriamente — lê-se por vontade própria — o seu corpo levemente molhado sem nada sobre e quando eu acordava com sua respiração morna em contato com o meu rosto, não podendo fazer nada. A única opção que eu tive foi me afastar.

Claro que não foi em um nível drástico, apenas em um que preserve a minha mentalidade e proteja ele também. Apesar de termos parado de fazer muitas coisas e, talvez, nos desaproximado, Jeongguk continuou a agir do mesmo jeito comigo, sendo sempre gentil e atencioso, mesmo que com menos intensidade.

Porém o sentimento de culpa me invade toda vez que eu penso nesse assunto, mas é impossível resistir a essas sensações. Quando ele dá aquele sorriso de coelho, a vontade de agarrá-lo preenche todo o meu ser e a única coisa que eu quero fazer é morder aquela afronta de boca, aqueles lábios rosados que me deixam com essa vontade louca. A culpa também me bate quando lembro das vezes que tive que me aliviar pensado nele, mas não por exatamente isso, e sim na minha vontade absurda de que ao invés de mim, fosse ele ali, me tocando daquele jeito e, algumas vezes, até algo à mais — porém tudo envolvendo sua carne labial. Ainda mais depois desse distanciamento que tivemos.

Nunca pude negar, Jeongguk é um doce de pessoa, a coisa mais fofa e gentil que já conheci nesse mundo. Além disso, sabia que era que me sentia atraído pelo Jeon desde o dia que nos conhecemos, mas nunca pensei que esses sentimentos inocentes se tornariam em uma grande vontade de possuí-lo em todos o sentidos. Isso me deixava pasmo e preocupado, porque em vez de me melhorar, só piora e eu sinto que alguma hora não vou aguentar mais. Até ciúmes surgiram, e eu sou um completa babaca por querer algo que não é meu, não queria meter Jeongguk em uma situação que ele não tinha sequer um porcento de culpa. Sinceramente, até pensando em mudar de quarto eu estava. 

E como sempre, veio aquela característica pontada bem no centro do meu cérebro; isso sempre acontece quando eu penso demais sobre esse assunto. Joguei minha cabeça para trás em cansaço após olhar e praguejar mentalmente o quarto completamente limpo, até porque isso significava que não poderia me distrair com nada, ou seja, estava sendo obrigado a pensar no Jeongguk o resto do dia inteiro — não que eu não goste de limpeza, mas ela era a única coisa que fazia eu esquecer da minha situação ruim por um tempo. Sério, como uma pessoa pode mudar tanto? Como aquele ser fofo se tornou tão pornográfico em questão de três anos?

Eu sou muito idiota por ficar pensando nisso e ainda por cima ter "destruído" vários de nossos laços que foram construídos em anos em apenas alguns meses e tudo por causa de uma questão minha — no caso, de que eu não tenho certeza se vou resistir aos seus encantos. Até  mesmo parou de me chamar de "hyung", mas se bem que não é necessário, já que temos apenas alguns meses de diferença de idade.

Mas que se foda, eu ainda gostava!

Chega a doer como uma faca encravada no peito quando imagino a diferença de antigamente para agora, colocando em cima de tudo isso a sua carinha de confusão diante das minhas atitudes e seu receio de fazer alguma coisa. Tipo hoje, há alguns minutos atrás, quando, com certeza, após aproximar-se de mim, voltou atrás, com cara de quem se arrependeu profundamente.

Em meio a essas confusões na minha cabeça e momentos sendo relembrados de forma dolorosa e boa ao mesmo tempo, a única coisa que me tirou de dentro dos pensamentos foi o meu celular vibrando ao meu lado. Levantei o pescoço apenas para ver o número que estava me ligando, soltando um suspiro ao ver de quem se tratava.

Não que eu não gostasse de conversar com Boo Seungkwan, longe disso. Sempre foi um ótimo amigo para conversar, que me ajudara em vários conflitos dos quais eu já estava tendo, mas não nesse. Do jeito que ele é, vai tentar me animar e me fazer sair daqui, o que eu não sei se vai ser possível, já que meu corpo se encontra debruçado de forma preguiçosa na cama, — detalhe, que eu nem percebi ter ficado — com pouca vontade de esticar um pouquinho mais meu braço para atender a tal ligação. Estava em um meio termo: ou eu atendia a ligação e me concentrava em outra coisa, ou talvez eu passe a tarde inteira pensando no Jeon.

— Alô? — disse assim que arrastei o desenho para o lado verde no telefone.

— Hyung! — a voz doce, que graças ao levantamento da mesma não se tornou mais tão agradável assim, soou do outro lado da linha no mesmo instante. — Por que diabos não me atendeu? Já fazia séculos que eu te ligava! — julgando pelo seu tom, estava bravo, mais para o lado dramático, mas estava.

— Ah, desculpe, Seungkwan, é só que… — mordi o lábio inferior enquanto olhava ao redor, arrumando alguma desculpa. Merda! Por que eu não pensei em uma antes de atender? — Eu… o celular, estava longe. — concluí, por fim, nervoso.

— Longe o suficiente pra me ignorar por dois minutos? — deu ênfase nos 'dois minutos' e, graças a muitos anos de convivência, pude ver perfeitamente sua expressão indignada.

Suspirei. Não de raiva ou algo do tipo, mais para automaticamente do que por querer mesmo, não estava com a capacidade mental para aguentar mais um sermão — já bastava os meus próprios. Não sei se ele saiu tão sofrido quanto eu pensei que seria, mas no mesmo instante em que saiu, percebi que talvez eu tivesse feito merda; Do jeito que o Boo é, ele com certeza vai perguntar o que aconteceu, mas talvez ele não tivesse escutado

Porém, tendo a plena certeza que de que, sim, eu tinha feito merda após o silêncio que permaneceu por certos segundos. Engoli em seco o nervosismo que apareceu de repente em meu ser, já esperando a tão famosa frase:

— O que aconteceu com você?

Okay, o que eu iria responder agora? Contar tudo poderia ser a primeira opção, mas mentir parecia mais sensato para mim.

— Não invente de mentir para mim! — falou antes que eu pudesse abrir a minha boca.

Tá, definitivamente eu não vou conseguir enganar Seungkwan de jeito nenhum.

— Você lê mentes? — ri fraco, fazendo o maior esforço possível para sentar na cama, apoiando minhas costas na parede onde a mesma estava encostada. — Eu... eu não sei, Boo. Estou tão confuso. — soltei o ar para fora dos pulmões de forma lenta.

— O que aconteceu dessa vez, Mingyu hyung? Ultimamente você está tão estranho… não está querendo sair. Se você me contar, eu posso tentar ajudar. — a voz suave e macia me vez recuar por um momento, deveria realmente falar tudo para ele? — Você sabe que pode confiar em mim, hyung.

E assim foi. Contei tudo, cada detalhe da história, sem deixar de lado as minhas frustrações, e para dar mais um salzinho, desabafei com Seungkwan sobre tudo o que estava sentindo. Pareceu que, após eu terminar, parte do peso tinha sobre meus ombros caiu. Porém, eu senti que eles não tinham passado de verdade, como se eu tivesse jogado para o meu amigo do outro lado do telefone, que só tive a plena certeza de não tinha desligado na minha cara quando escutei um suspirar bem audível de sua parte.

— Eu sinto que minha cabeça vai explodir, Seungkwan. — pronunciei enquanto sentia as pontadas irritantes em meu cérebro.

— Sabe, Mingyu hyung, eu acho que você deveria sair com outras pessoas, sei lá, ver se dá cer…

— Não! — nem percebi o qual alto a minha voz tinha saído, apenas depois de ter falado e o silêncio ter ficado do outro lado da linha. — Quer dizer… eu já tentei fazer isso, Boo, mas não deu certo! Eu tô completamente perdido. — ri em puro desgosto, com a retrucada que dei de uma vez. É, eu não tenho mais salvação.

— Hyung, não saia de onde você está. Eu estou indo para aí agora!

— O que? Por quê? — perguntei confuso com sua afirmativa.

— Apenas espere, daqui à cinco minutos eu chego.


E com isso, Seungkwan desligou o celular na minha cara, sem nem dar tempo para mim dizer se ele realmente podia vir para cá. Mas foi dito e feito, em cinco minutos ou talvez até menos tempo do que havia me falado, consegui escutar as batidas consecutivas sendo desferidas na porta de entrada, dando para perceber mais uma vez que Seungkwan era realmente pontual.

— Nossa, a sua cara está horrível. — foi a primeira coisa dita por si após eu abrir a porta e me encarar, mudando de foco no segundo seguinte. — Mas o quarto está impecável.

Sem nem ao menos eu ter dado permissão, o corpo menor que o meu passou pelo meu lado de uma vez, arrastando meu ombro junto com o ato. Senti meu rosto de formar uma expressão indignada após ver o mesmo deitar-se — lê-se jogar — no colchão da cama como se já fosse de casa ou aquilo fosse propriedade sua. Porém apenas um suspiro foi dado da minha parte, já que não tinha um pingo de energia e vontade de reclamar com alguém naquele momento.

Voltei a fechar a porta, virando-me lentamente e andando em passos pesados até a beirada da cama, mergulhando na estrutura fofa de uma vez, fazendo a mesma gemer por causa da força do impacto.

— Ei, por quê você está se deitando? — senti sua mão sobre minha coxa, atraindo minha atenção para o dono desta.

— Ué, como assim? — encarei-o franzino o cenho.

— "Como assim" o quê? Daqui a pouco nós vamos sair.

— Sair? — arrelaguei os olhos enquanto via-o assentir sem nem mudar sua expressão calma. — Sair 'pra onde? Ou melhor, 'pra que nós vamos sair mesmo?

— Você acha que eu vim aqui 'pra quê? — arqueou uma sobrancelha enquanto me fitava também. — Anda logo, não tenho todo tempo do mundo.

— Desculpa, Kwannie, mas não vai rolar. — interrompi antes que pudesse falar mais alguma coisa, inspirando profundamente enquanto afundava novamente nos travesseiros. — Eu já falei que conhecer outras pessoas não vai dar certo, e além disso, eu não 'tô com um pingo de vontade de sair daqui.

— Quem disse que você vai conhecer outras pessoas? A gente só vai sair para fazer umas alteraçõeszinhas em você.

— Alterações? — vi-o confirmar mais uma vez e balancei a cabeça em negação enquanto abaixava o olhar. — Sério, realmente não vai dar, desculpa.

— Como assim não vai dar? — consegui sentir a indignação na sua voz, mas não fiz questão de encará-lo, virando de costas para o mesmo. — Eu não acredito que me fez vir até aqui 'pra nada! — exclamou irritado.

— Você veio aqui porque quis. — retruquei. — E, sério, eu realmente não vou a lugar nenhum, Boo. Eu não quero.

— Ah, mas você vai!

Antes que eu pudesse me virar normalmente e encará-lo para dizer um "não" definitivo, Seungkwan fez o favor de me agarrar pelos ombros e fazê-lo de uma vez, deixando-me de barriga para cima. A surpresa só aumentou quando senti o corpo magro pôr-se sobre mim, me prendendo entre o colchão e ele, ocasionando numa careta confusa após encontrar sua face estampada com uma perfeita irritação na mesma. Tentei me mover, mas tudo o que consegui foi um belo nada ao sentir colocá-lo seu peso sobre meu corpo.

— O que você está fazendo, Seungkwan? Sai de cima de mim! — tentei me debater, mas fracassado novamente. Jesus, desde quando esse garoto tinha tanta força?— Seungkwan!

— Você vai levantar a bunda dessa cama, tomar um banho e ficar bem cheirosinho para a gente sair, okay?

— Um bom dia pra ti? — arqueei ambas sobrancelhas com o tom autoritário. — Eu já falei que não vou à lugar nenhum!

— Você vai sim, nem que eu tenha que te obrigar a entrar naquele cubículo que vocês chamam de banheiro. — ameaçou no tempo em que me encarava com um bico emburrado nos lábios.

— E como você vai fazer iss-

Minha boca de calou ao sentir suas mãos escorregando por dentro da blusa preta da qual eu vestia, levantando-a logo em seguida até a altura do meu abdômen, mas apenas porque eu agarrei seu pulso no segundo seguinte. Levantei meu olhar e o encarei com um sorriso nervoso, perguntando o que diabos ele estava fazendo, mas tendo apenas como resposta mais uma tentativa de me deixar desnudo. Eu fazia o máximo possível para isso não acontecer, mas suas mãos eram muito rápidas e escapavam das minhas de modo habilidoso. Jesus, eu 'tô sendo abusado pelo meu dongsaeng! 

— Seungkwan, para! — gritei em desespero, continuando a tentar agarrar as suas mãos. Eu já tinha perdido a minha camisa e meu cinto nessa brincadeira.

— Você vai? — parou por um instante, encarando-me com expectativa. — Eu só paro se você for.

— Eu já disse que não! — bufei.

— Então eu continuo até você ficar nú.

Suas duas mãos foram de encontro com os botões da minha calça e, em puro desespero, segurei seus pulsos impedindo que ele a desabotoa-se. Esse menino tem algum miolo a menos ou o que?

— Tá, tá, tá! — respondi apressadamente. — Eu vou, eu vou! Só, pelo amor de Deus, para de tentar tirar minha roupa.

— Okay. — sorriu inocentemente, rindo em seguida do meu desespero enquanto eu o observava sair de cima de mim. Me deitei no colchão novamente, suspirando de alívio por ter impedido o quase estrupo de ocorrer. — Vai logo.

— Você não aceita um "não" como resposta? — olhei-o incrédulo, vendo uma expressão tranquila demais para quem estava tentando tirar a roupa de outro ser. — Você realmente ia me deixar nú?

— O que você acha? — não sabia se aquela era a resposta da primeira ou da segunda pergunta, mas não consegui evitar revirar os olhos, descrente daquela situação.

— Que você é um abusado!

Sua risada gostosa e escadalosa invadira o cômodo com a minha declaração. Contorcendo-se sobre a cama enquanto segurava sua barriga em uma tentativa falha de acabar com os risos, Seungkwan quase morria sem ar. Não pude evitar, logo eu já estava rindo também, mas não acreditando na existência daquele ser à frente. Certamente, eu acho que minhas amizades não são tão normais quanto eu pensava, mas não acho que elas sejam menos legais assim, é bem mais divertido quando me fazem rir. Mas, sério, Seungkwan deve ter algum problema, não é possível.

Me pus de pé, sentindo uma sensação estranha na boca do estômago. Será mesmo que eu deveria fazer aquilo? Jeongguk não iria ficar irritado por eu ter quebrado uma promessinha besta, né?

— Hyung! — após entrar dentro do quarto, me deparei com um Jeongguk sério o suficiente para me fazer crespar as sobrancelhas. — Onde você estava? — sua boca se abriu em perfeito "o", parecendo não acreditar no que tinha acabado de ver.

— Eu estava com o Jeonghan hyung, Jeongguk. — acomodei-me melhor no cômodo, mas antes que eu pudesse tirar os calçados, notei a aproximação rápida do outro. — O quê? — indaguei após ver seu olhar acusador por cima de mim.

— Seu cabelo! — senti meus ombros serem agarrados e logo já me encontrava reto novamente, com o mesmo olhar de dúvida pelo seu tom irritado. — Foi ele, não foi? Aquele cara de cabelo grande!

— Jeonggukie, calma! — pus minha mão sobre a sua depois de o mesmo ter apertado aquela região com força. Porém, tudo o que recebi como a resposta foi a mesma pergunta novamente. — 'Pra que essa irritação toda?

— Você sai assim de repente sem nem me avisar e ainda por cima com ele? — deu ênfase ao se tratar do Yoon, inflando as bochechas de um jeito adorável, sem deixar o desgosto de lado. — Você sabe muito bem que eu nunca fui com a cara dele, hyung! — bufou.

— Mas não foram nem duas horas! — retruquei enquanto me segurava para não apertar suas bochechas. Sua careta emburrada só aumentou mais ainda com o meu comentário e eu acabei por rir fechado e baixinho. — Ficou tão ruim assim? — perguntei após analisá-lo breves segundos se silêncio.

— Claro que não, você ficou maravilhoso como sempre!

Antes que eu pudesse soltar o meu questionamento do porquê dele estar reclamando então, senti suas mãos macias escorregando pelo meu rosto e fixando-se ali, apertando levemente. Meus olhos se encontram com os seus, que agora tinha uma expressão mais tranquila, mas que mesmo assim me deixou sem ar durante esse tempo.

— Porque você é meu, entendeu? — disse baixinho, deixando sua respiração bater levemente contra meu rosto. Minha pulsação alterara em questão de segundos após digerir aquelas palavras e eu tive que me segurar para não sorrir, já que o biquinho descrente voltou a aparecer. — Não quero que você mude seu cabelo! Se for, não com ele.

— Mas o salão do hyung é o único que eu confio. — rebati, rindo após sua boca entre abrir e seus olhos se arregalarem. Não consegui mais, puxando seu corpo para perto e envolvendo-o em um abraço apertado. — Mas tudo bem, se é isso que você quer.

É, talvez eu não conseguisse dizer não para aquela carinha emburrada. Ainda mais abrindo aquele sorriso após minhas palavras.

— Você promete? — soou agitado e feliz, com seus olhinhos pretos brilhando ao me encarar novamente.

Ri da sua reação.

— É, eu prometo 

Meu coração começou a bater rapidamente dentro da minha caixa torácica e eu não pude evitar sorrir bobo com a lembraça. Mas este logo se apertou ao perceber o presente.

É claro que não, Mingyu! Ele ainda era uma criancinha naquele tempo, é óbvio que não vai se importar com isso, que ideia besta.— raciocinei mentalmente. Mas mesmo assim, senti meu estômago de revirar, contrariado com a minha escolha.

— Para com isso! — estapeei minha próxima testa, claramente frustrado com a minha indecisão. — É claro que ele não vai se importar. Talvez nem note. — disse a mim mesmo, tomando coragem e me decidindo de vez que sim, eu vou.


Apesar de continuar achando que essa não vai ser uma boa ideia.


Notas Finais


gente, se teve qualquer errinho relevem, tá ok? Vou me esforçar pra atualizar rápido.
Início foi bom? Ruim? Deveria continuar ou jogar na vala e fingir que nunca existiu? Comentem! ^^

Obrigadx por lerem<3

*** Alguém aí gosta de fics do Bangtan de terror e horror? Pois bem, tem essa aqui:
https://spiritfanfics.com/historia/presente-da-obscuridade-10887149

É muito boa, sério, eu tô até em choque. Quem tiver interessado é só ir lá :3***


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