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História Plano B - O casamento dos sonhos


Escrita por: kroth

Notas do Autor


Muito obrigado pelo amor que vocês deram ao início da fic! Eu não consegui escrever esse capítulo exatamente como eu queria, mas ele está aí...

PS: estou aceitando capas de presente

Eu cortei o final (meu clássico agora é cortar os capítulos daskdasdk) porque eu acho que vou mudar umas coisas... como eu disse antes, essa fanfic é um "teste", eu não sei qual rumo vou dar a ela e só tenho uma base hiper leve do que eu quero >< sejam pacientes ><
boa leitura....

Capítulo 2 - O casamento dos sonhos


Meus dedos tremiam. Meus batimentos cardíacos eram tão descompassados que considerei um milagre não ter caído logo após o tapa que recebi no lado direito do rosto. E sim, meu pai me deu um tapa na frente de todo mundo após escutar minha proposta. E sabe, eu esperava uma reação mais sensata por parte de um senhor daquela idade. A senhora Park fazia uma expressão de nojo ao canto da sala enquanto Chanyeol mantinha-se estático, vendo outras pessoas decidirem seu futuro, bem semelhante a uma criança que quer ser astronauta, mas a mãe vai e diz "esse sera médico! ".

 

Deve ter demorado uns quinze segundos para o meu pai voltar a respirar e sentar-se em uma cadeira - com uma grande ajuda de Sehun e sua piedade pela minha vida. Todavia o mais marcante fora o olhar da senhora Park, já que eu não sabia se naquele momento ela sentia mais medo da minha proposta ou da resposta que o filho daria.

 

Eu achei bem errado tudo aquilo, afinal, eu estava me oferecendo de livre e espontânea vontade para que ninguém saísse prejudicado e em troca apenas estava recebendo comentários nada gentis. Eu não era idiota, cresci num mundo onde dinheiro e poder vem em primeiro lugar, meus sentimentos poderiam se adaptar a uma prisão contanto que as barras fossem revestidas em ouro, além de que tanto Chanyeol quanto eu gostávamos do sexo oposto e entraríamos facilmente em um acordo, então... por que todo aquele alvoroço por uma proposta?

 

Dei alguns passos para trás e abracei meu próprio corpo, vendo meu pai ser mimado por Kyungsoo e Sehun, que lhe abanava com o folheto da missa que ele próprio havia encomendado. Os minutos se passavam e ninguém dizia nada, então assim que vislumbrei os ponteiros do relógio de pulso, caminhei dois passos em direção a meu pai.

 

- Vocês aceitam ou não?  - Perguntei, atraindo o olhar imediato de meu pai que simplesmente tornou a se exaltar rapidamente e apontar o dedo em minha direção.

 

- Isso é ridículo! Meu filho não irá se casar com outro homem.- A senhora Park tomou a vez antes de meu pai, dando dois passos em minha direção e rindo enquanto afastava a echarpe do pescoço, visivelmente sufocada. Ergui o rosto, encarando o par de olhos castanhos e sorrindo de canto.

 

- Então sugiro que vão todos para suas casas e aprendam a limpar chão.

 

Sehun riu soprado, mas fingiu uma tosse para desviar os olhares de si.

 

- Baek, maneira ai. - Ele me encarou, segurando um copo vazio com ambas mãos. - Quer ser viado? seja, mas deixa o nosso pai vivo.

 

Revirei os olhos, tornando a encarar meu pai. Eu estava prestes a tentar uma abordagem diferente quando Kyungsoo estalou a língua, chamando minha atenção e balançando a cabeça em negação. Fiquei vermelho igual a um tomate enquanto a mãe de Chanyeol continuava a reclamar, levantando as mãos no ar e negando-se ao que eu havia proposto. Sehun e Kyungsoo não estavam muito diferentes dela, haviam se empenhado no tal chá de panela, nos preparativos e até mesmo na reserva para a lua de mel bem mais do que a própria noiva, que muitas vezes estava comigo, trancada na cozinha comendo tudo o que víamos pela frente.

 

E agora eu estava sozinho e sendo ridicularizado por tentar cobrir o lugar daquela pestinha loira.

 

 

- Eu não entendo vocês. - Ri soprado, mas era por indignação mesmo. - Eu estou tentando ajudar e vocês me desrespeitam. Me ignoram. - Minha voz soou distante. Tentei limpar a garganta, dando alguns passos em direção a porta. - Sendo assim eu retiro o que...

 

- NÃO!

 

Congelei imediatamente ao sentir a mão de Chanyeol fechada em meu pulso, a expressão de desespero em seu rosto deveria ser tão marcante quanto a minha quando fiz força e me soltei de seu toque.  

 

- Esse casamento... precisa acontecer, Nem que para isso eu tenha que tomar medidas drásticas. - Chanyeol encarou a mãe, logo em seguida olhando diretamente para mim, abaixando o tom de voz. - Nem que para isso... eu tenha que casar com outro homem.
 
Meu corpo tremia de nervoso a cada piscar de olhos da mulher, que parecia fazer grande esforço para não gritar conosco e perder sua pose. Só percebi que eu estava a ponto de cair quando Chanyeol tornou a apertar-me, desta vez, pelo antebraço. A senhora Park cerrou os olhos.

 

- Então é isso, Chanyeol? Você vai me fazer essa vergonha? - Ela se dirigiu até a nossa frente com uma voz profunda, ao que juntei todo o resquício de voz que eu ainda tinha e erqui-me quase na ponta dos pés, ficando a sua altura.

 

- Ele vai sim, e se não quiser ver essa vergonha, sugiro que feche os olhos pelas próximas horas.

 

Virei o rosto e passei pelo salão, indo para o lado de fora o mais rápido que consegui, rindo sozinho. Passei as mãos pelos cabelos, bagunçando tudo enquanto pensava sobre o que havia acabado de fazer e agradecendo aos céus por ter omitido qualquer lampejo de fraqueza em frente a minha futura sogra.

 

Minha futura sogra. céus...

 

Eu era jovem, meu pai nunca me envolvia em qualquer tipo de protocolo por isso, e além do mais nunca havia me interessado em casar nem com as minhas namoradas, eu não tinha a mínima curiosidade em como deveria ser ficar preso a uma pessoa só, e quem diria, agora eu mesmo havia me oferecido para aquilo. Fiquei encarando a fonte de água com os braços cruzados até que uma mão tocou meu ombro, chamando minha atenção para Sehun, que ainda com uma expressão entediada, bufou.

 

- Vamos logo resolver isso.

 

xXx

 

 

Do segundo andar do casarão, tudo o que eu via pela janela panorâmica eram os mais de dois hectares de mata nos quais eu havia crescido. A piscina estava com um arranjo de flores flutuando e nas bordas haviam algumas velas apagadas, tudo bem tosco, diga-se de passagem. A festa seria realizada na mansão a fim de evitar mais gastos, e meu estômago embrulhava por não mais reconhecer nem mesmo meu quarto, já que pela primeira vez haviam mais de duas pessoas comigo, mas gelizmente eu havia conseguido esconder alguns cigarros sem que ninguém visse.

 

Logo que meu pai decidiu acatar a minha sugestão nos separaram em dois lados da casa. Chanyeol estava no quarto de hóspedes com a mãe e eu em meu próprio quarto com meus irmãos e mais quatro mulheres, sendo uma delas responsável pela maquiagem e manicure de Taeyeon, duas cabeleireiras e uma senhora de idade que, pelo que entendi, havia sido chamada as pressas por meu pai a fim de me enfiar em um smoking milagrosamente alugado em quinze minutos.

 

Ao me verem, as mulheres se entreolharam, duvidosas.

 

- Desculpe, mas... é este mesmo o quarto da noiva?

 

- É sim - Sehun respondeu, cruzando os braços enquanto eu encarava meu reflexo no espelho, torcendo para que os alfinetes enfiados pela roupa não atingissem a minha pele. A maquiadora olhou em volta ainda confusa e tornou a perguntar.

 

- E onde ela está?

 

Sehun riu, debochado.

 

- Bem a sua frente.

 

- E ao seu lado, a dama de honra. - Murmurei, tentando parecer o mais calmo possível enquanto as mulheres deram risos abafados da expressão raivosa de Sehun.

 

- Seu cabelo está uma bagunça. - Uma delas mencionou, tocando meu pulso e me fazendo sentar na cadeira. - Vamos deixá-lo lindo.

 

- Se é que isso é possível. - Kyungsoo entrou, remexendo minha estante de livros e sacudindo O colecionador de ossos no ar. - Quer dizer, por mais que o enfeitem todo não vai ser o mesmo que uma mulher. Estão vendendo espada pra samurai armado.

 

Senti vontade de socar a cara do meu irmão mais velho depois que ele disse aquilo, mas, era verdade. Chanyeol agia como um homem que estava feliz com uma espada. Comigo, teria duas. Compartibilidade nota zero. A medida que aquelas mulheres me tocavam, ligando secadores e passando uma tinta incolor sobre as minhas unhas, a ficha foi caindo. Aquele era o dia para o qual eu menos havia me preparado na vida, pois nunca imaginei que ele viria. E a pior parte é que eu faria o papel da noiva.

 

Demorou cerca de quinze minutos para que tivessem partido meu cabelo de lado, ajustado a roupa e esperado as unhas secarem. Eu me olhava no espelho e apenas tinha vontade de encontrar minha bermuda listrada e fugir dali com ela, principalmente depois de Kyungsoo avisar que Chanyeol já havia voltado e eu "poderia atrasar"'.

 

- Você ficou lindo. - Sofia, uma das mulheres, disse enquanto ajustava a roupa e sorria para mim. - Se sentir fome, tem uma bandeja de frutas lá embaixo. Você não pode comer muito hoje...

 

- Por quê nao? - Fiquei curioso assim que ela sussurrou a última parte, e aquilo apenas pareceu deixá-la desconfortavel. Seu rosto ficou tão vermelho que parecia ter se engasgado.

 

- b-bem...

 

- Baekhyun, está pronto?

 

Salva pelo gongo.

 

Meu pai surgiu a porta, sério, ao que ela sorriu para mim, sem virar e encará-lo.

 

- Ele está.  - Ela respondeu, ainda me encarando e aparentando preocupação, mas antes que eu tentasse me mexer, ela sussurrou. - Apenas coma pouco. Felicidades no casamento.

 

Sofia arrumou outra vez meu terno, cumprimentando meu pai antes de sair do meu quarto.

 

Mas por que eu não poderia comer?

 

 

 

XxX

 

Durante o trajeto de volta para a igreja eu apenas fechei os olhos e tentei me esconder nos meus fones de ouvido. Não eram mais do que vinte minutos até a igreja, o problema mesmo seria entrar lá e receber a benção do padre, ao invés de água benta na cara. Meu pai não dissera uma palavra durante o percurso, ao contrário de Sehun, que mexia em seus cabelos e tentava fazer trancinhas no comprimento que ia até a altura das orelhas.

 

Eu estava a ponto de cochilar quando finalmente ele se mencionou.

 

- Cinco anos. Esse é o tempo do contrato. Tem certeza do que está fazendo?

 

Engoli em seco, tirando meus fones e largando o celular no banco. Meu estômago ainda não havia embrulhado até aquele momento, mas eu estava prestes a vomitar.

 

- E se nos separarmos antes? - Mordi os lábios.

 

- Então esse casamento terá sido inútil.

 

Sehun também mordeu os lábios, tão tenso quanto eu no momento em que assenti com a cabeça, tentando dar um sorriso que não transparecesse minha vontade de sair correndo para bem longe. Então o resto do percurso ficou maior do que deveria graças a minha descida do carro para vomitar.

 

Mas a melhor parte foi quando seguimos o trajeto, quando abriram a porta do carro e todos os convidados sorridentes repentinamente franziram o cenho ao ver um mocasin preto tocando o chão, ao invés de um salto alto ou coisas desse tipo. Meu pai acabou tendo que tomar a minha frente e sair antes, cruzando os braços em frente ao corpo e contando aos convidados sobre o que estava acontecendo.

 

Mas claro, de uma maneira que combinava perfeitamente com ele.

 

Algo como "o imprestável do meu terceiro filho confundiu os nomes e colocou o de Taeyeon", "Sehun é um demente. Não podemos deixá-lo só por um minuto porque ele sempre se perde" e "Espero que recebam bem meu segundo filho ao altar".

 

Minhas bochechas queimaram como nunca quando ele abriu a porta e estendeu a mão para mim, pronto para me levar ao altar, e acho que apenas tive forças nas pernas porque franceses costumam fazer bem seus papéis em casamentos e chamaram meu nome, desejando felicidades. Por um instante eu agradeci mentalmente os negócios de papai, já que se aquele casamento fosse em nossa residência na amada Gangnam, eu estaria beijando o chão e sendo queimado por uma população enfurecida.

 

Abaixei a cabeça e pigarreei até meu pai abaixar a mão, então andamos lado a lado até a porta da igreja. Sehun, de colete cinza e com sua maldita gravata borboleta vieram logo atrás, apalpando a minha bunda disfarçadamente.

 

- Olha o lado bom, não precisamos segurar o véu da noiva. - Ele sussurrou minutos antes de Kyungsoo entrar, mas antes que também pudesse tentar tirar gracinhas comigo o maldito quarteto de cordas ecoou pelo salão.

 

Meu pai agarrou minha mão com firmeza e enlaçou nossos braços, adentrando a igreja em passos lentos e ritmados à música. Minhas pernas tremiam tanto contra o mármore que precisei focar na imagem da santinha na parede para não gritar que desistia.

 

Aquela roupa estava me dando coceira, Chanyeol me olhava do outro lado, alto e impotente, porém com uma expressão assustada e sua mãe apertava as têmporas, como se ainda não acreditasse em tudo aquilo. E eu estava quase desmaiando.

 

Você pode achar que é frescura, mas tente entrar em uma igreja católica lotada para casar com alguém do mesmo sexo que você.  Não era um simples nervosismo de casar-se com alguém que você pretende amar e respeitar pelo resto da vida. Era o nervosismo de estar casando com um completo estranho por causa de meia duzia de papéis.

 

Meu pai usava um lenço verde no bolso do paletó alegando que era por "sorte", aproveitei o tom chamativo para ficar encarando até que chegamos ao altar, onde separamos nossos braços e ele reverenciou Chanyeol, apertando sua mão em seguida e murmurando algo que não compreendi. A partir dali, ficamos de joelhos em frente a um padre que demonstrava desconforto total conosco, provavelmente ameaçado ou fraco o suficiente para aceitar ajuda financeira de uma família cheia de zeros a direita.

 

 

Eu olhava com o canto dos olhos e podia escutar murmúrios, mas ainda assim me mantive forte. Eu precisava ser. Mesmo sendo um péssimo mentiroso eu havia olhado para Chanyeol e dito que o amaria e honraria todos os dias da minha vida. As alianças sendo trocadas, os votos finais, o anúncio do rito de casamento sendo encerrado. Tudo aquilo eu precisava aceitar, e assim que nos levantamos, os convidados também o fizeram, nos parabenizando de maneira animada pela gaiola de ouro branco que levávamos no dedo a partir daquele momento.

 

- Vocês podem se beijar.

 

 

O padre disse, com o sotaque puxado e dando um meio sorriso. Aquele foi o último suporte que caiu para mim.

 

 

Chanyeol não pareceu hesitante naquele momento nem mesmo com o meu olhar nervoso. Eu nunca havia beijado um homem, e agora beijaria um desconhecido que não demonstrou qualquer interesse no que eu sentia, apenas se abaixou um pouco para eliminar nossa diferença de altura e agarrou meus ombros, sentindo meus labios trêmulos pressionados contra os seus, quentes e macios.

 

Meu coração chegou a acelerar tanto ao toque de Chanyeol que tentei empurrá-lo disfarçadamente, mas ao notar isso ele tocou minha mão e a segurou, separando nossos lábios e estreitando os olhos brevemente em conjunto a um sorriso robótico quando virou-se para os convidados aplaudindo.

 

Saímos da igreja com a mesma animação com a qual eu havia entrado, com a única diferença de que agora haviam pétalas de rosas pela escadaria, além de grãos de arroz jogados em nossa direção e meia dúzia de fotógrafos e flashes. Chanyeol agarrou meu braço com força, me puxando para dentro do carro e fechando a porta com tanta pressa que se realmente fosse uma noiva, parte do vestido teria ficado de fora.

 

Seguimos com uma aura pesada até em casa. Eu me contentava a olhar os raios de sol das duas da tarde enquanto Chanyeol tamborilava os dedos no vidro, respirando fundo vez ou outra. Eu não sentia coragem suficiente para olhar em seus olhos e comentar qualquer coisa, não após aquele beijo, então ele foi o primeiro a falar.

 

- Sobre o que aconteceu lá, eu...

 

- Você pode ficar tranquilo sobre isso. S-omos casados, nada mais natural do que um beijo.

 

Cuspi, sentindo meu rosto esquentar em seguida. voltei a deslizar meus dedos sobre o vidro, tentando ignorar a existência de Chanyeol, mas ele não pareceu estar muito de acordo.

 

- Não quero ter que beijar você o tempo todo. - Ele falou em um tom quase robótico, ao que me lembrei da caixa de cigarros que escondi em um bolso interno no paletó. Rapidamente enfiei a mão e retirei um deles, acendendo com o isqueiro que havia guardado junto.

 

- Muito menos deve.

 

Revirei os olhos e levei o cigarro à boca, dando a primeira tragada e descendo a janela o suficiente para que ele não começasse a reclamar do cheiro.

 

- Com esse cheiro eu realmente não vou querer beijar você.

 

Mas, evidentemente não funcionou.

 

nós estávamos adentrando os portões de casa quando ele reclamou outra vez e eu joguei o cigarro pela janela, já que teria de para de fumar de qualquer jeito em frente aquele bolo de pessoas e seus auto móveis enfileirados pelo caminho.

 

- Sendo assim vou passar a fumar com mais frequência. - Falei alto, ao que Chanyeol ficou vermelho de raiva. O motorista precisou estacionar em um dos locais mais afastados, e logo que retirou as chaves eu abri a porta e caminhei em direção a música que vinha dos fundos. Quase agradeci aos deuses quando meus primos me alcançaram antes do meu marido, me abraçando.

 

Youngbin e Taeyang estavam animados demais para estarem sóbrios, e julgando os goles de uísque que Kyungsoo tomava enquanto no olhava de longe, logo associei sua alegria a embriaguez.

 

- Baekkie, quanto tempo..! - Taeyang agarrou meu braço esquerdo, me empurrando em direção a pista de dança. - Precisamos conversar, temos tantas coisas boas pra dizerr!

 

- Mas antes você precisa ver o papai, ele está com saudades também! - Youngbin puxou meu outro braço, ajudando o irmão a me levar para o outro lado.

 

Eu não tinha realmente nada a perder então deixei que me levassem até meu tio. Eu não os via há tanto tempo que por alguns instantes esqueci que estávamos em uma festa de casamento e considerei um reencontro familiar. Meus tios vieram da Coréia do sul, meus primos da Inglaterra e até mesmo alguns amigos de infância estavam ali, contando sobre o rumo que haviam tomado em suas vidas e.... me parabenizando pelo casamento assim que Chanyeol  surgiu ao meu lado depois de alguns minutos.

 

- Então esse é seu marido? - Taeyang perguntou, apontando para Chanyeol e torcendo o nariz. - Oh, ele é realmente feio...

 

- Taeyang! - meu tio o cutucou com o ombro, ao que Taeyang revirou os olhos, se afastando até a mesa do bolo enquanto o pai sorria amarelo.- Peço desculpas pelo meu filho, ele fala demais quando bebe.

 

Chanyeol sorriu.

 

- Não se preocupe com isso, eu compreendo.

 

- Dizem que quanto menos sóbrio, mais sincero. - Cutuquei, sorrindo sem exibir os dentes. - Vou dar uma olhada nos outros convidados, com licença.

 

Abaixei o rosto e dei passos largos antes de me permitir rir da cara de Chanyeol, ele havia ficado tão ofendido que quase pude sentir a energia furiosa em volta de seu corpo esguio. Respirei fundo e me direcionei até a porta do salão de festas, andando quase rente a parede para que ninguém me visse enquanto tentava chegar nas escadas. E quase por obra do próprio capeta, Kyungsoo surgiu bem no topo dela, descendo até mim com um olhar desconfiado.

 

- Hyung..?

 

- Você não estava tentando fugir da sua própria festa, não é Baekhyun?

 

Kyungsoo arqueou uma sobrancelha e agarrou meu ombro, me levando de volta para fora, porém, em direção ao jardim. Eu quase pedi para que voltássemos para a festa quando vislumbrei uma cascata de chocolate bem ao lado de Sehun, que estava estático.

 

- Eu só queria dar uma olhada no meu quarto, Hyung.

 

Kyungsoo sorriu, mostrando as chaves e guardando outra vez no bolso.

 

- Vamos tomar um pouco de ar fresco antes. - Bufei, ao que Kyungsoo sorriu para mim. - Sabe, papai de certa forma está contente por você ter casado no lugar de Taeyeon.

 

- Por quê?

 

Fechei os olhos enquanto escutei Kyungsoo limpar a garganta e rir baixo.

 

- Porque se fosse Taeyeon, ele não saberia como dizer o que eu vou te dizer agora, no lugar dele. 

 

Abri os olhos e o encarei fixamente, mesmo que meu coração estivesse batendo mais rápido apenas por ver Kyungsoo tentar falar algo e começar a rir antes de formar qualquer palavra compreensível. Eu estava prestes a exigir que ele dissesse logo algo quando tive a surpresa de receber um abraço.

 

- Hoje, Chanyeol tem o direito de exigir seu corpinho saliente pela primeira noite de casamento. E algo em mim diz, grita, geme e urra que ele não curte muito ficar por baixo. - Kyungsoo tentou rir outra vez, mas pigarreou. - Papai me pediu para te alertar sobre isso, então apenas vire de costas e dê a ele o que ele quer. Ou, sei lá, vire-o de costas e faça o que quiser.

 

O silêncio reinou por fora, mas por dentro eu gritava como nunca, e logo que Kyungsoo me largou e se afastou eu involuntáriamente passei meus braços em torno do corpo, tentando digerir tudo aquilo e vomitando seguidamente. Eu sabia que cedo ou tarde chegaríamos a um acordo, mas Chanyeol era fisicamente maior do que eu e agora estávamos casados. Eu estava casado com um homem socialmente classificado como hétero, mas socialmente Sehun também era hétero, o problema era quando as luzes apagavam e ele vestia aquela máscara de gato. 

 

E se Chanyeol fosse igual?

 

Tirei o paletó e o alisei nos braços enquanto fiz o caminho de volta para a festa, predatóriamente procurando por Chanyeol no meio de toda aquela gente alta e barulhenta. Era o momento perfeito para escapar como um covarde, mas eu não poderia dar esse gostinho a imprensa e muito menos a minha sogra, que vislumbrei passando os braços em volta do filho e sorrindo para a imensidão de flashes em sua direção, e logo que me notaram, eu soube que estava totalmente ferrado.


Notas Finais


Taeyang é a melhor pessoa do mundo aygjasvdagsvd Nada a dizer sobre Oh sehun, por enquanto...
Park chanyeol é realmente feio?
Byun Baekhyun é hétererror? heterror?heterasso?

Beijinhos e até a próxima!


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