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História Plante um Winwin - Despedida temporária


Escrita por: oldalaska

Notas do Autor


Acho que voltei mais rápido do que o esperado...
Bom, aconteceram duas coisas tri legais nesse meio tempo sem atualização: uma delas foi que ultrapassamos os 30 favoritos (QUASE CHOREI, SÉRIÃO, MUITO OBRIGADA <3) e a outra foi um tanto quanto inesperada: PUW ganhou mais um filho-q! Sei que isso soa estranho, mas saibam que ele é tão amor quanto os pais. Deixarei o link nas notas finais <3.
Enfim, sem mais delongas, tenham uma boa leitura!

Capítulo 5 - Despedida temporária


11 de julho de 2017 – 11:24P.M

Assim que o moreno adentrou a loja de conveniência que sempre costumava visitar, pôde ouvir uma voz ao seu chamado, mas, infelizmente não era a dela.

— Por acaso, você seria Dong Sicheng? — questionou a balconista, escorada sobre o caixa ao esperar uma resposta do moreno, que simplesmente gesticulou, confirmando suas suspeitas. — Essa carta é para você — acrescentou, entendo um envelope em sua direção.

— Para mim? — a coreana confirmou, o confundindo ainda mais, já que não estava à espera de algo do tipo, ainda mais àquela hora da noite.

Mesmo receoso, o estrangeiro aceitou a carta da garota, fazendo uma breve reverência em agradecimento ao obter o papel em mãos. Se questionava o porquê da jovem ter lhe dado aquilo, porém acabou por esquecer do envelope ao preparar seu macarrão, que parecia um tanto sem graça sem um certo alguém para acompanhá-lo em seu jantar.

— Pensei que você estivesse aqui — declarou aos sussurros, rindo de suas palavras no intuito de amenizá-las, além de reprimir as saudades da mais nova, remexendo o conteúdo do copo após retirar a tampa.

Por estar mergulhado em meio a seus sentimentos sortidos, se quer reparou nos leves respingos do molho avermelhado salpicando o pedaço de papel, fazendo com que o estrangeiro se exaltasse em completo espanto.

— Ai, meu Deus — sussurrou, resmungando ao tentar limpar sua bagunça com um simples guardanapo, por mais que seu ato somente manchasse ainda mais o papel. Aigo! Por que eu tinha que fazer isso? — repreendeu a si mesmo, retirando a carta de seu compartimento com o objetivo de “salvá-la” do caldo, rapidamente notando a caligrafia bem formada de seu destinatário até então desconhecido, porém logo o reconheceu, ou melhor, a reconheceu nas frases iniciais grafadas sobre a folha pautada.

“Olá, Sicheng-ssi.

Espero que esteja bem, ou, pelo menos, melhor que eu.

Sinto muito por não estar comendo ramyeon e kimchi com você, mas houveram alguns imprevistos que impediram minha estadia em Seul. Desculpa não ter lhe contado sobre isso, já que eu julgava tal informação como insignificante, mas saiba que deixar o local na qual defino como minha segunda casa não me parece mais tão insignificante quanto eu pensava.

Bom, vou direito ao ponto: estou voltando ao Brasil. Como previsto, meu intercâmbio foi finalizado e minha única chance de voltar a solo coreano novamente é conseguindo uma bolsa, coisa que considero impossível no momento, mas saiba que darei meu máximo nos estudos e juntarei todas minhas economias para comprar minha passagem de volta à Coréia.

Sentirei sua falta quando for embora, sabia? Infelizmente, lá no Brasil, não há ninguém que possa ser comparado a um Dong Sicheng, por mais que meu irmão seja tão viciado em ramyeon quando você, mas no quesito fofura, ninguém é capaz de lhe superar. Nem mesmo a Filhote consegue permanecer em primeiro lugar no pódio da fofura e olha que ela é o amor em pessoa!

Admito que por mais que eu vá sentir saudades de você, além dos meus amigos, colegas e (alguns) professores da faculdade, saiba que a falta que o Brasil me faz atingiu um patamar sentimentalmente insuportável. Se eu lhe dissesse que chorei em grande parte das ligações que fiz aos meus pais e as minhas amigas, não estaria mentindo.

Eu cheguei a um ponto que pensava seriamente que nunca chegaria, pois eu estava sentindo falta até do meu irmão sendo que eu me questionava nas horas vagas e não vagas quem seria capaz de sentir falta de um pirralho chato como ele e bom, eu fui, mesmo pensando que nunca seria.

Bom, antes de finalizar minha primeira e última carta até então, posso lhe confessar uma coisa? Um dos meus maiores desejos no momento é guardar você dentro de um potinho para levá-lo ao Brasil comigo e assim que chegássemos lá, eu poderia plantá-lo em um local ensolarado para que você florescesse, desse frutos e compartilhasse seu amor não só comigo, mas também com as demais pessoas deste planeta porque, por mais que você duvide disso, saiba que você merece não só o mundo, mas também a galáxia inteiro, Sicheng-ssi, por mais que toda essa galáxia não mereça alguém tão precioso como você.

Enfim, espero que você fique bem nesse meio tempo em que estivermos “separados”.

Se cuide e coma muito ramyeon por mim.

Da melhor fazedora de kimbap do mundo,
Melo-ssi.

Obs: tive uma ajudinha na hora de escrever toda essa carta em coreano, mas juro que é de coração”

Não sabia descrever ao certo o que sentia após ler a carta da garota.

Não era capaz de encontrar palavras para definir tal sentimento que se instalava em seu peito, fazendo com que a refeição a sua frente não parecesse mais tão apetitosa quanto antes.

Ele sabia que isso aconteceria. Era inevitável: cedo ou tarde ela retornaria ao Brasil. Aquela era sua terra natal, seu local de origem, porém, com o passar do tempo, mesmo sem perceber, a brasileira se tornou um dos principais refúgios do chinês, que não era capaz ir à procura de um novo lar que pudesse ser comparado a ocidental.


Notas Finais


NÃO ME BATAM, PESSOAL! TODOS SABEMOS QUE INTERCÂMBIO É TEMPORÁRIO E A VOLTA PARA CASA É A PIOR PARTE, AINDA MAIS SE VOCÊ CRIOU LAÇOS NO LOCAL ONDE SE ESTABELECEU, AI FERRA ;U;
Link para ler o filho de Plante Um Winwin: https://spiritfanfics.com/historia/faca-bolo-nao-faca-guerra-7882971
Obs: se você entendeu a referência da Filhote, meus parabéns, você é uma Melo.


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