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História Platonicamente - Prólogo


Escrita por: MarieGaldino

Capítulo 1 - Prólogo


   Alguns anos atras, quando comecei meu estágio, eu conheci o homem que até então era apenas um exemplo pra minha profissional que tinha acabado de começar, até passar a ser, em questão de meses, um grande amigo. Eu tinha 20 anos quando comecei a trabalhar com ele na empresa, eu estava na faculdade de engenharia civil e aquela era uma ótima ótima oportunidade pra um iniciante.

   Eu estava na porta da sala 3 da Academia de Dança Corie 14 esperando a aula terminar, e levar minha irmã pra jantar com minha mãe e eu. Ela tinha sido a melhor dançarina da Academia quando era aluna, agora ela dava aula de balé clássico para meninas entre 6 e 8 anos.

   A peça do dia era O Quebra Nozes de Tchaikovsky, aquela música me dava arrepios, mas eu tinha que admitir que elas eram ótimas.            Katarina se gabava muito por ter a melhor turma de balé infantil da cidade, agora eu a entedia.

   Alguns minutos antes da aula acabar, eu senti uma mão em meu ombro. Era Erick, o chefe/amigo/mentor.

   - Pensando em se matricular, Jona? - Questionou, bem humorado como sempre.

   - Se o senhor também estiver. - Respondi no mesmo tom. Fiquei surpreso em velo ali, mas como não ficar? Afinal, por que o dono de uma das maiores empresas de construção civil do mundo fazia em escola de dança? Percebendo a curiosidade e confusão em minha expressão, ele esclarece:

   - Não, não tenho talento pra dança, vim buscar minha bebezinha - um sorriso bobo apareceu em sua face, deixando-a ainda mais gentil e acolhedora -, a melhor da turma.
Seu olhar se perdeu perdeu no meio da sala, ainda sorrindo. Era como se tivesse uma placa em cima de sua cabeça escrito "Pai Coruja" em néon.

   Alguns minutos depois o ensaio terminou, e um quinzena de meninas saiu da sala a procura de sua mães. Todas saíram e nunhuma era a filha de Erick. Quando a última menina passou pela porta, ele olhou ao redor da sala e entrou procurando por ela e eu o segui, não tinha visto Kath.

   No canto esquerdo, mais próximo da porta estavam Kath e uma garotinha - bem "inha" mesmo, provavelmente a mais baixinha da turma. Kath estava soltando o coque de seus cabelos, libertando um monte cachos loiros e descontrolados. A menina pareceu muito agradecida de ter o cabelo em liberdade. Eu reconheci das fotos emolduradas no escritório de Erick.

   - Leãozinho- ouvi a voz do meu chefe, ele estava abaixado com as braços abertos, e a menina correu para dentro deles, o abraçando.
Erick levantou-se com ela nos nos braços enquanto a mesma beijava-lhe a bochecha.

   - Filha, esse é Nathan, amigo do papai. Nathan, essa é Anahi, também conhecida como Leãozinho. - nos apresentou.

   - Ana, papai - repreendeu, corando.

   - Muito prazer, Ana - eu disse, sorrindo. Ela me respondeu com um sorriso tímido e depois sussurrou algo sobre sua mochila e pulou, corajosamente, do colo de seu pai, correndo pra dentro da sala.

   - Sua filha é muito linda, senhor - elogiei sinceramente.

   - Eu sei, obrigado - como eu disse: pai coruja -  ela e a mãe são tudo pra mim, nada no mundo é mais importante pra mim do que elas.

   Eu o entendia completamente. Mesmo não sendo casado e sem filhos, eu entendia como era ter uma família para proteger e amar. Depois de tudo que minha mãe passou para criar minha irmã e eu, tendo que passar por tanta coisa, que aguentar tudo que meu pai fez, eu entendia ele e seu amor por sua família.

   Anahi voltou, e depois de uma despedida rápida, eles foram embora. Em seguida, eu e Kath fomos jantar com minha mãe.

   A noite estava correndo estranhamente bem, até eu ligar a TV da sala de estar, e ver o noticiário.
Um acidente de carro. Um motorista bêbado perdeu o controle carro e bateu em outro.

   No carro de Erick DiLogano.
O choque me tomou por um minuto. Não podia ser verdade.
Eu voltei a ouvir a repórter. Assim que o carro bateu no de Erick, ele perdeu o controle e o carro desceu a pista, capotando três vezes. Erick, Melissa, sua esposa, e Anahi estavam no carro. Melissa estava sem o sinto de segurança e foi arremessada para do carro, mesmo com impacto não caiu muito longe. Erick estava com o sinto, mas isso não foi o suficiente, ele também estava morto. Anahi  também teria morrido, mas não aconteceu. Por um milagre, a garotinha permaneceu no mesmo lugar durante todo o acidente - na cadeirinha.

   Os bombeiros a encontram pendurada pelo sinto, gritando para que o pai acordasse e a tirasse de lá.
Em um certo momento  da reportagem, ela apareceu ao fundo, no colo de um bombeiro, ela não leventou o rosto um segundo sequer, eu a reconheci pelo cabelo, que agora parecia ainda mais revoltado.
 
   Mas, segundos antes de saírem do alcance da câmera, ela levantou a cabeça e olhou pra mim. Bom,  não pra mim, pra câmera, mas foi como se olhasse para mim, como se quisesse falar comigo, me pedindo colo e conforto. Parece loucura, mas eu senti.

   Aquela foi a última vez que vi Anahi DiLogano. Pelo menos até hoje, 12 anos depois, quando aquele elevador quebrou.


Notas Finais


Antes mais nada: essa é minha primeira fic, por favor, sejam bonzinhos.
Esperam que tenham gostado, e não esqueçam de comentar, quero saber o que vocês estão achando, qualquer coisa, se está horrível, o que precisa ser melhorado ou até se estou escrevendo um Best-seller.
Beijos de luz.


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