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História Play Heart - São um do outro


Escrita por: jujubademadrid

Notas do Autor


Jujubaaaaas, vooltei!

Não me matem! Eu sei que tenho demorado mas final de semestre sempre é um problema. Não vou encher isso de explicações porque vocês já esperaram demais. Espero que gostem... Boa leitura e beijos <3

Capítulo 45 - São um do outro


Fanfic / Fanfiction Play Heart - São um do outro

Ajeitei-me ao seu lado e como um imã ele se uniu a mim. Beijei seu rosto e sorri com o barulho do seu resmungar. Encaixei-me em seu abraço e nenhum lugar do mundo parecia melhor que estar ali.

[...]

 

Bella P.O.V

A televisão ligada na sala fazia companhia apenas para as paredes. Ninguém ali prestava atenção nas cenas que se passavam sobre a tela. A conversa alta tomava atenção de todos ali como se a festa tivesse sido adiantada para agora. Miriam e mamãe conversavam sobre os preparativos da cerimônia de amanhã, sempre questionando como eu estava me sentido.

E, claro, eu estava tonta.

Tonta de ansiedade.

Tonta para dizer o meu sim.

Tonta para ouvi-lo dizer sim.

Tonta para finalmente sermos um do outro.

Giulia tentava mostrar para Valentina como ela iria entrar no casamento e Duda atrapalhava a irmã mais velha tentando fazer o mesmo.  Manu como sempre, estava agarrada no pescoço do pai enquanto ele observava suas outras meninas em uma brincadeira de desfile.

Meu coração batia na garganta, mas as batidas não eram como se estivesse em pânico, não que eu não estivesse, mas era diferente. As batidas eram como aquelas quando vemos sob a queima de fogos de artifícios, bem de pertinho, como se todo aquele brilho tomasse a gente.

Era felicidade.

Levantei-me do sofá. Precisava andar e fazer algo que ocupasse minha mente ou não restaria nenhuma Isabella para o casamento.

-Está tudo bem, filha?

-Sim. Só preciso fazer alguma coisa ou vou enlouquecer se e continuar aqui parada.

-Se até hoje o Zlatan não te deixou doida, pode ficar tranquila, Bella. -Max brincou. -Louca você não fica mais.

-Se importam se eu for descansar? -questionei e vi uma ruga de preocupação estampar a testa de Miriam, mamãe e Giulia. -Estou cansada e essa barriga tem deixado minhas costas doloridas. -arquiei uma sobrancelha como se fosse a coisa mais obvia.

-Se precisar de algo, me avise.

-Tá bem, mãe.

[...]

Fechei a cortina do quarto achando que só assim eu descansaria. Rolei para o outro lado da cama e nada. Coloquei um travesseiro entre as pernas e outro eu abracei. Funcionou nos primeiros minutos, só nos primeiros.

Fechei os olhos e tentei não pensar em nada. Respirei fundo e me aconcheguei no edredom e o perfume que eu tanto amo preencheu meu pulmão. O lado da cama afundou e sua boca tocou delicada sobre meu braço. Meu cabelo foi afastado do meu rosto e seu olhar cruzou-se com o meu.

-Achei que estivesse dormindo. -Zlatan selou nossos lábios.

-Eu adoraria. -confessei.

Ele sorriu comprimindo os olhos e beijou novamente minha boca. Do jeito gostoso e único. Sua mão afastou o edredom do meu corpo e tocou minha barriga.

-Sabe, filha, a gente precisa arrumar uma maneira de tranquilizar sua mãe. -sua mão deslizou sobre minha barriga fazendo um carinho bom.

Meu sorriso bobo apareceu. Grande. Largo. Aquele que somente ele conseguia arrancar.

-Hm... O que ambos estão pensando?

Sua mão tocou meu rosto puxando-o para ele. Sua barba roçou sobre meu maxilar trazendo um arrepio bom. Sua boca se fez sobre meus lábios e minha mão entrelaçou em volta do seu pescoço.

Zlatan cessou o beijo e se afastou. Arrancou a blusa me dando uma ótima visão do seu tronco nu. Caminhou até o banheiro e logo voltou. Eu podia ouvir o barulho do fino jato de água.

-Água quente relaxa. -sua voz saiu abafada sobre meu pescoço. -Um banho a dois... Relaxa muito mais.

-Ah, é? -provoquei, tirando a blusa.

-Sim! -sua boca tocou minha barriga trilhando beijos até parar sobre meus seios. -Estão maiores? -sua mão apalpou meus seios fazendo meu mamilo se eriçar.

-Estão cheio de leite, Zlatan. –confirmei.

-E estão lindos. -beijou cada um dos meus seios, meu pescoço, maxilar e minha boca com vontade.

Seu corpo me conduziu até a água quente da banheira. Sua mão espalhava espuma sobre meu corpo e eu me permitir receber seus cuidados. Novamente, ele levou a esponja sobre meus seios me fazendo ri da sua pequena tara.

-Se continuar assim, amanhã não vai poder tocar nele de tão dolorido que vão estar. -avisei, alisando seu braço com um pouco da espuma que Zlatan alisava sobre meus seios.

-Só estou cuidando do que é meu.

-Amanhã você tem que ir buscar seu sogro no aeroporto. -lembrei a ele.

-Não vou esquecer. Não tenho tanta coisa pra fazer amanhã além de dizer sim, Bella. Não é provável que eu vá me esquecer de minha única tarefa.

-Não é sua única tarefa. -espalhei espuma sobre seu tórax me concentrando sobre seu abdômen. -Você também vai precisar se arrumar e ficar apresentável. -sorri em deboche.

Zlatan franziu o cenho e murmurou as palavras “fantasia de pinguim” a meia voz.

-Deixa de bobagem. Vai ser o pinguim mais lindo.

-Sei que sim. -sua mão foi até ao pescoço fingindo ajeitar uma gravata invisível.

-Eu te amo. -levei meu corpo pra mais perto do dele. -Tanto. -sussurrei.

Sua mão deslizou sobre minhas pernas me acomodando sobre seu corpo. Sua barba raspou sobre meu rosto irritando meus lábios que logo foi tomado pelos seus lábios. Sua mão afastou os fios do meu rosto e seus olhos brilhantes fitaram meus olhos.

-Eu te amo mais.

-Sei que sim. -repeti suas palavras lhe arrancando um sorriso bobo.

-Faz parte do protocolo o noivo faltar a sua festa de despedida?

-Vai ter festa de despedida para o noivo? -fitei seu rosto curioso.

-Lars não o deixaria sem. -beijou meu rosto.

-Claro. -constatei o obvio.

-Mas... Se o noivo estiver ajudando sua noiva a relaxar, e que por sinal notou que ela está com os seios incrivelmente lindos... -sua mão tocou novamente meus seus seios. -Ele pode faltar à festa, não é?

-Hm... -afastei meu corpo do seu depois de beijar sua boca e seus olhos me acompanharam até o jato quente do chuveiro. -A noiva vai ficar bem.

Ele não tinha escutado. Seus olhos tinham se perdido em algum lugar sobre meu corpo.

-Zlatan! Você escutou o que eu disse?

-Não sei. -ele levantou da banheira me dando total visão do seu corpo malhado. - É difícil ter que me concentrar quando você está comigo dessa maneira. -ele lambeu os próprios lábios e caminhou até o chuveiro. -Eu... Eu não consigo pensar direito, ao menos escutar.

-Eu vou ficar bem. -repeti.

-Shiu! -seus dedos tocaram meus lábios. - E eu não consigo ao menos escutar.

-Vai se atrasar.

Ele não estava mesmo escutando.

Zlatan me beijou e por um momento eu me esqueci de tudo. Sua mão deslizou sobre minha coluna parando sobre minha bunda, onde ele apertou com vontade e eu gemi instantaneamente.

-Você vai se atrasar, amor. –insisti.

-Está tentando se livrar de mim? –recebi seu beliscão no quadril.

-Estou só me certificando que você não falte a sua despedida.

Desvencilhei do seu corpo e me enrolei na toalha. Seus olhos me fitaram como se não acreditassem no que eu estava fazendo. Seus braços me buscaram no ar fazendo nosso corpo se chocar. Sua mão puxou a toalha sobre meu corpo e logo seus dedos afundaram sobre meu cabelo.

-Quer mesmo que eu vá à despedida? –sua voz gemia contra meu ouvido. –Porque a gente pode se divertir muito até amanhã.

-Você não terá outra despedida de solteiro, Zlatan. É bom se lembrar disso.

-Isso parece bem convincente.

-E deve ser. –mordi seu lábio inferior. –Mas agora você precisa se arrumar e aproveitar sua despedida.

-Não tenho escolha, não é?

-Não.

Abotoei devagar cada botão de sua camisa enquanto desviava de alguns dos seus beijos. 

-Te vejo amanhã no altar. –abri a porta, após me enrolar na toalha que estava no chão. -Miriam não vai deixar você me ver antes do casamento. -expliquei. -Serei a mulher de branco.

-Vou me lembrar. -ele riu e beijou meus lábios com carinho antes de ir.

[...]

Não me permitir enrolar na cama. Sabia que eu ficasse ali parada por um tempo fitando o teto, minha cabeça logo se preencheria de perguntas ansiosas "Será que Zlatan chegou bem?”, ”Está tudo certo para a cerimônia de logo mais?”, “Zlatan se lembrou de buscar meu pai no aeroporto?" e eu entraria em crise como havia estado no dia anterior.

Caminhei até o banheiro e notei um papel pregado no vidro do banheiro. Era um bilhete de Zlatan.

Despreguei-o com cuidado do espelho e o peguei nas mãos:

“Bella,

Devido a nossa técnica de relaxamento, eu acabei me esquecendo de fazer meu único pedido do dia: POR FAVOR, NÃO SE ATRASE. Sabe o quanto eu odeio esperar, e me desculpe, não vou abrir mão disso hoje. Quero que seja minha sem demora.

Beijos

Te amo. "

Eu não saberia dizer qual parte do bilhete eu havia gostado mais.

Eu adorava meu Zlatan mandão me dizendo que eu deveria fazer. E o que eu não deveria fazer. Adorava o fato de ele me querer sem demora. Adorava sua lembrança da noite anterior.

Mas mais do que tudo, eu adorava que ele tivesse me deixado um beijo e dito que me amava. Geralmente as pessoas se decidem sobre deixar o beijo ou a declaração do amor, mas ele havia deixado os dois e eu estava sorrindo largo, porque eu precisava dos dois.

Fiz minha higiene matinal parando às vezes para reler meu bilhete. Abri a cortina do quarto e avistei o jardim sendo ornamentado para a cerimônia de logo mais. O sol parecia querer colaborar com seus raios brilhantes no céu. O dia estava bonito. E logo mais, seria o mais bonito de todos.

O pessoal já estava reunido na mesa tomando seu café da manha. Max, Zlatan, Carlo, Thiago, Fredrick, Lars, meu pai e Sefik não estavam reunidos. Eu pensei em perguntar, mas assim que Miriam me olhou enquanto amamentava Bento eu soube que aquilo fazia parte do plano dela onde eu só encontraria Zlatan no altar.

-Ah, mais que droga, Bella. Veja seus olhos. -Miriam fez uma careta de reprovação. -O que você vez? Ficou acordada a noite toda?

-Quase. -confessei, me juntando a eles na mesa.

Miriam fechou a cara.

-Estava preocupada com Zlatan? -Mamãe perguntou.

-Ele já voltou?

-Não se preocupe, ele estará lá antes que a musica comece. Mas, você não vai vê-lo, não importe a hora que ele volte. Vamos fazer isso da forma tradicional. -Miriam avisou.

-Tradicional. -imitei seu tom de voz.

Tomei meu café e comecei a sentir a ansiedade do dia aflorar sobre mim.

Miriam tinha pensado em tudo. Em tudo mesmo. Desde a parte de ela se livraria de Zlatan até a parte que ela cuidaria de mim. Fora a cerimônia, o que ela conhece perfeitamente bem.

Ela me levou até uns dos quarto e meu Deus, aquilo parecia um estúdio de beleza móvel. Espelho por toda parte, cadeiras, uma penteadeira repleta de produtos de pele e cabelo. Sentei-me na cadeira giratória e vi Yanne passar pela porta com uma capa preta sobre os braços. Ela pendurou na porta do guarda roupa e abriu o zíper. A ponta do pano branco caiu e logo reconheci meu vestido.

Yanne colocou um som tranquilo enquanto iniciava os trabalhos. Havia uma mulher cuidando no meu cabelo, outra cuidado do meu rosto, outra cuidando da unha e outra que questionava se eu precisava de algo, como água, chá, comida, massagem...

Eu iria surtar.

Yanne me ajudou com o vestido. Miriam e Giulia me olhavam com satisfação. Miriam mais. Ela sabia reconhecer o bom trabalho. A porta se abriu e eu me virei para ver quem era.

-Ah, Bella. Você está tão linda. Ai, eu vou chorar! Miriam, você é incrível. Onde encontraram esse vestido? É tão gracioso. -a voz da minha mãe estava distante e tudo no ambiente estava borrado.

Ouvi um pigarro alto na porta.

Meus olhos encontraram os olhos do meu pai.

Ele se aproximou e o ambiente parecia ainda mais borrado.

-Não vai chorar querida. Vai estragar a maquiagem. -mamãe alertou.

-Você está linda, Bella. -papai me abraçou desajeitado por conta do vestido e voltou a me olhar. -Está divina.

-Minhas pernas parecem gelatinas. -confessei.

-Mantenhas firmes. Seu noivo já está a sua espera e o jardim está repleto de convidados.

-Pai, não está ajudando.

-Respire fundo, Bella. -Yanne disse. -Alice, busque o buque pra mim. -a mulher que havia arrumado meu cabelo agora tinha um boque nas mãos.

-Pronto! -Miriam alertou. -Vamos descer e te espero lá no altar para segurar seu buque. -Miriam sorriu contente e deixou quarto junto com mamãe e Giulia.

Papai me conduziu até aporta do jardim em silêncio. Dali ninguém conseguia nos ver.  Respirei fundo e recebi seu aperto de mão gentil sobre minha mão. Seus olhos estavam marejados. Ele olhou o céu tentando evitar que alguma lagrima presa despencasse dos seus olhos e que eu não percebesse sua artimanha e logo voltou a me olhar, agora o sorriso estralava sobre seu rosto.

Giulia apareceu acompanhada da Valentina que parecia uma princesa com seu vestido de dama de honra. Giulia se abaixou ajeitando o vestido da filha e aproveitou para ditar alguns pedidos em seu ouvido.

Valentina me olhou e sorriu em confirmação ao que Giulia dizia.

O som do violoncelo chegou aos meus ouvidos juntamente como o som do piano. Eu estava ofegando.

Era o momento. Era o dia mais aguardado. Era o grande dia.

-Calma filha. -sua mão envolveu meu braço ao dele.

Respirei fundo tentando me recompor.

Concentrei-me na ideia de Zlatan esperando no altar para que meus pés pudessem avançar. E funcionou.

Valentina caminhou na frente e contei até cinco antes de segui-la.

Um passo de cada vez. Era quase um mantra que eu cantarolava para mim mesma. A cortina do portal do jardim se abriu nos revelando para os convidados e meus olhos procuraram por ele. Por um breve segundo fiquei distraída com a profusão de flores brancas que estavam presas em arcos em todo o jardim, caindo em longas fitas brancas que dava o verdadeiro significado de leveza. O cheiro bom das flores de laranjeira se misturou com o perfume das flores de lavanda e tomou conta do meu pulmão.

Mal percebi que Sefik estava do seu lado. Não vi minha mãe onde ela deveria estar sentada, na fila da frente, nem minha nova família, nem nenhum convidado. Eles teriam que esperar até mais tarde pela minha atenção.

Tudo o que eu vi foi o rosto do Zlatan.

E, quando ele encontrou meu olhar, seu rosto exibiu um exultante sorriso de tirar o fôlego. Felizmente, a passagem até ele era curta. Miriam deveria receber um prêmio por ter feito isso. Os dedos firmes do meu pai acariciavam minha pele enquanto caminhávamos lentamente até o homem que estava parado a me olhar sorridente. Zlatan estendeu a mão em cumprimentou ao meu pai, que me entregou em sua mão.

Zlatan estava lindo. Sua boca tocou minha testa com carinho ao me receber e agora eu estava em casa. O terno cinza parecia ter sido esculpido sobre seu corpo, demarcando cada um dos seus músculos na medida certa. Sua mão se entrelaçou entre a minha e seu sorriso parecia aumentar a cada segundo ao meu lado. Meus olhos não queriam deixar seu rosto. Seu maxilar travado, seu olhar atento ao que aconteciam em torno de nós, seus dedos deslizando em um carinho gostoso sobre a costa da minha mão. Tudo estava perfeito.

O juiz conduzia a cerimônia. Meu coração pulsava na garganta. Era o dia que eu tanto esperei. O dia que eu diria sim a ele e me tornaria dele. Tornaríamos nosso. Eu estava feliz. Alias feliz é pouco. Eu estava em êxtase. O sentimento tomava conta do meu corpo e estava sendo melhor do que meus melhores sonhos. Seu olhar me flagrou lhe analisando e seu corpo se virou de frente para o meu. Zlatan me olhou carinhoso e só assim notei que já estávamos na parte dos votos.

-Não existe a menor possibilidade de eu não te amar. -sua voz saiu firme deixando minhas pernas moles. -Bella, você é tudo o que estava faltando na minha vida, e eu espero sinceramente poder ser o mesmo pra você. O futebol me deu tudo na vida. De recordes quebrados a gols inacreditáveis que me rederam grandes premiações. Mas eu esperava por mais. Eu esperava por uma pessoa que me trouxesse a paz, que me trouxesse o conforto e me aceitasse exatamente como eu sou. Ai, eu conheci você. E bom... Você não foi nada disso. –o sorriso divertido brotou em seus lábios. -Ao invés de paz, você trouxe a melhor confusão da minha vida, ao invés de conforto, você trouxe um novo modo de pensar, e ao invés de você me aceitar do jeito que eu sou você me fez descobrir que eu podia ser muito melhor. E desde adiante eu sou melhor por você. Sou melhor por ela. -sua mão tocou minha barriga. Só me dei conta que estava chorando quando seus dedos deslizaram sobre minha bochecha. -Eu não preparei nada especificamente pra isso. É uma característica forte de Zlatan, agir conforme o momento. -todos riram e eu continuei a chorar. -Obrigado pela vida que eu nunca imaginei que poderia ter um dia, pelo amor que eu nunca imaginei que fosse capaz de sentir… E pela sorte de sabe que eu sou um homem abençoando por ter você. -suas mãos seguraram meu rosto com ternura e seu olhar fitou o meu. -Eu te amo, Isabella. -e me beijou.

Ignorei os pigarros dos convidados e continuei a lhe beijar com a mesma ternura.

Era a minha vez. Era a hora de declarar meus votos ao homem com quem eu dividia a vida. Com que eu dividia o sentimento lindo chamado amor.

-Eu te amo. –sorri tentando conter as lagrima.

-Eu sei amor. -ele sorriu mostrando o quanto aquilo era obvio demais pra ele

-Eu te amo. -repeti. – E você não sabe o quanto. Amo quando você esquece seus olhos sobre os meus. Amo a forma que seu sorriso se encaixa em seus lábios e seus olhos se apertam semicerrados quando te arranco gargalhadas. Amo o som delas contra minha pele. Amo quando me aconchega em seu colo. Eu amo cada pedacinho seu Zlatan. Somos diferentes. Você sempre agitado enquanto eu vivo sobre a calmaria e eu acho que isso que nos faz viver em equilíbrio. -peguei sua mão e a segurei entre as minhas e seu rosto virou um borrão lindo. -As pessoas passam pelo inferno para conhecer o paraíso, e bem, comigo não foi diferente. -respirei fundo e notei seu olhar cuidadoso sobre mim. -A primeira que te vi, sua postura dominante gritou por si só. É mais uma característica forte de Zlatan. -notei seu sorriso crescer. -Era o homem da noite e eu mal sabia que se tornaria o homem da minha vida. -sorri. -Você foi paciente. Cuidou de cada ferimento que havia sobre minha alma e tornou bonitas minhas cicatrizes. E essa é a parte que eu mais amo em você.  Amo estar sobre seus cuidados... -Essa sua mania de reger meus sentimentos me transformado em uma mulher melhor. Eu te amo. Incrivelmente mais a cada dia, Zlatan.

Sua boca tocou a minha boca em um beijo urgente.

-O casamento é celebrar os milagres. -o juiz de paz disse interrompendo nosso beijo. -É celebrar as possibilidades e por ultimo, é celebrar o compromisso. Porque é o compromisso que faz a união dar certo. Compromisso é quando vocês todos os dias retonam a vida de vocês sabendo que vocês não são só de vocês mesmos, mas são um do outro. Por isso, Zlatan Ibrahimovic... -o Juiz disse firme. -Você promete ser fiel, amar e respeitar Isabella Rohe na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de sua vida?

-Sim. -prometeu, deslizando o anel sobre meu dedo anelar. Sua boca tocou minha mão sobre o anel e eu sorri boba com seu ato.

-Isabela Rohe, você promete ser fiel, amar e respeitar Zlatan Ibrahimovic, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de sua vida?

-Sim. -olhei seus olhos e deslizei o anel sobre seu dedo anelar. -Prometo. -reforcei.

O juiz nos declarou marido e mulher e antes que ele permitisse que pudesse beijar a noiva, eu já estava sobre os beijos do meu marido.

Zlatan me beijou com ternura, com adoração e por um momento eu me esqueci da multidão, do lugar, do momento... Só me lembrava de que ele me amava que ele me queria e que eu era dele e que ele era meu.

A multidão explodiu em aplausos e ele nos virou para as pessoas ali presentes. Sefik beijou meu rosto e abraçou seu filho. Mamãe me abraçou e quando se afastou notei seu rosto molhado e seus olhos vermelhos. Não bastava só a filha chorona, a mãe também tinha que ser. Papai me abraçou logo em sequencia, carinhoso como sempre. Miriam sorriu largo quando meus olhos encontraram os seus completamente marejados.

-Foi lindo. -ela me abraçou. -Estou desidratada e a culpa é de vocês. -seu dedo apontou para Zlatan.  -Preciso urgente de champagne para me reidratar.

Os convidados foram um por um nos cumprimentar. Alguns tiravam sarro por ter conseguido fazer Zlatan se casar e em resposta Zlatan dizia que aquilo fazia parte do plano do sucesso da vida. 

O casamento prosseguiu, com suavidade para a pequena comemoração que estava sendo. Os brindes foram dos engraçados ao emocionante que me fizeram chorar sobre o pescoço do Zlatan. Suas mãos seguram minha cintura e seu corpo me conduziu sobre o som da valsa. Acomodei minha cabeça sobre seu peito e de olhos fechados eu deixei que ele regesse nossos corpos. Eu não me cansava de dizer o quanto eu o amava.

Zlatan se uniu aos amigos enquanto eu ouvia dicas da noite de núpcias das mulheres ali presentes. E, claro, eu me divertia.

Meus pés estavam desesperadamente implorando por um conforto que meus saltos já não me atribuíam mais. Subi até o quarto e me sentei na cama. Eu estava cansada, e o pequeno peso da barriga contribuía para isso.

-Ei! -seu corpo passou da porta. –Precisa de ajuda? -Zlatan beijou meus lábios e me olhou com cuidado.

-Pode me ajudar a tirar esses saltos? Meus pés estão implorando por algo mais baixo.

Sua mão afastou a barra do vestido subindo-o sobre minha perna. Seus dedos encontraram o abotoador do salto, mas seus olhos pareciam perdidos sobre minha perna. Seu sorriso divertido apareceu e assim que sua mão tocou minha coxa o que parecia diversão transformou-se em malicia.

-Cinta liga Bella? -sua língua molhou seus lábios. -Achei que o plano era só para mais tarde.

-Mas é. -tirei sua mão sobre minha perna e estiquei meu pé para ele. -Pode fazer isso? É só desabotoa-la. -mostrei o salto.

Sua mão tirou uma das sandálias dos meus pés enquanto a outra mão deslizava sobre minha pele como provocação.

 -Pode ser rápido? Sua filha está com fome.

Senti uma leve mordida na coxa.

-Você precisa ter calma. -senti outra mordida, um pouco acima da primeira. –O pai dela também está com fome.

-Zlatan, é sério. Eu preciso comer. -tentei abaixar a saia do vestido.

-Eu te alimento.

Puxei seu rosto bem próximo ao meu recebendo sua atenção.

-Eu quero ser alimentada por você e hoje a noite vou querer o banquete completo. -provoquei, mordendo seu lábio. -Mas agora eu preciso alimentar sua filha.

-Sério? –perguntou desapontado.

-Aham.

Ele se afastou entendendo o recado.

Corri para a mesa de comidas. Não conseguia me decidir entre o doce o salgado. Eu queria tudo.

-Acho melhor você ir com calma. –Fredrick se juntou na mesa comigo. –Não vai passar mal de estomago logo na sua lua de mel. Sem contar o calor que lá faz.

-Você sabe onde vou passar a lua de mel?

-Ops! –Fredrick levou a mão sobre a testa. –Ainda é surpresa não é?

-Sim. –ri. –Acho que ainda é.

-Oh! Eu não vou te falar mais nada sobre isso.

-Fredrick!!! –implorei.

-Não, Isabella.

[...]

 

Zlatan P.O.V

As pessoas dançavam animadas no gramado do jardim. O sol começava a se por tornando o céu que antes era azul em um agradável tom laranja. Isabella dançava sobre aquele cenário enquanto eu a assistia. Seu vestido seguia seus movimentos. O sorriso aberto em seu rosto era mesmo o sinônimo da minha felicidade.

Max tocou em meu ombro anunciando sua chegada. Sentou-se ao meu lado e bebeu um gole da sua champagne.

-Quem diria que o grande Zlatan se casaria. Aposto que ninguém acreditaria nisso. –seu rosto virou-se para mim. –Nem mesmo você.

-Nem mesmo eu. –assumi.

-Agora você é um homem casado, logo será pai e logo também estará longe. –Max forçou um drama.

-Já está com saudades? –zombei.

-Ainda não. –recebi sua careta. -Bella aceitou bem a ideia de mudança. Giulia não aceitaria bem. Ela sempre diz que não vai se adaptar. -riu passando a mão pelo cabelo e voltou a beber outro gole de sua bebida. –Mas Bella é bem flexível com isso. Vive viajando de um canto por outro. Isso não será um fator pra vocês.

Tornei olhar minha esposa que dançava alegremente. Max tem razão quando diz que Bella é sempre flexível quando o assunto é adaptação. Eu a chamaria de camaleão. Mas como todo animal, quando a adaptação envolve o outro, principalmente o outro que você gera... A flexibilidade muda.

Muda muito!

Eu sou um homem que sempre viveu de desafios e eu uso disso para me manter ativo. Paris me deu tudo o que eu poderia ter ganhado. Conquistei tudo. A começar pelo clube, presidente, torcida, fã, haters, e a mulher que dançava a minha frente, e minha filha que logo viria ao mundo. Paris sempre será especial pra mim.

Entretanto, não me sinto mais desafiado por aqui. Raiola sempre soube o que eu queria e a mudança de equipe foi uma delas. Quando me decidi, logo quando fui atrás da Bella em Madrid, pensei em voltar para o Milan. O clube sempre me recebeu de braços abertos e seria uma ótima cidade para Bella cuidar de Luna. Porém, em uma das reuniões percebi que o clube italiano nãopoderia pagar pelo valor da minha transferência. Três dias após, recebi uma proposta do Manchester através do Mourinho, com quem eu já havia trabalho no Inter de Milão. A proposta foi melhor que eu imaginava. Senti que ele me queria mesmo em sua equipe e eu assinei o contrato.

-Espero que não seja mesmo. –olhei para Max. –Não conversamos sobre isso.

-Então, eu lhe aconselho que faça isso logo. Porque, meu amigo, isso logo vai ser espalhar sobre as redes sócias. Final de temporada é um inferno. Essas janelas de transferência rendem bastantes fofocas e grande delas vem do achismo.

Notei Bella caminhando em nossa direção.

-Eu sei Max.

-Olá rapazes. –sentou-se sobre meu colo me oferecendo um beijo calmo. –Atrapalho?

-De forma alguma.

-Nunca. –respondi.

-Ah! Giulia pediu pra te chamar. Ela esta na sala conversando com Manu sobre a briga dela como a Duda.

-Essas meninas são fogo. –Max se levantou. –Vou vê o que elas aprontaram dessa vez. –bebeu o resto da bebida em um único gole e se retirou.

Bella mordeu meu maxilar e sua mão deixou um carinho gostoso na minha nuca.

-Amor, o lugar pra onde vamos passar nossa lua de mel é um lugar quente ou um lugar frio?

-O carinho na nuca foi só por interesse? –arqueei meu olhar de forma divertida.

-Tudo é uma questão de interesse, amor. Até o lugar que você escolheu para irmos. –sua língua lambeu meus lábios.

-Você tem se saído muito bem. –provoquei.

-Interesses, amor. Interesse. –repetiu.

-O que eu ganho por revelar o lugar?

-Hm... Você pode escolher e eu analiso se meus interesses batem com seu pedido. –seu riso acariciou meus ouvidos. Era o melhor som. –Eu só quero saber se é um lugar quente ou frio.

-Não escolhi por ser um lugar quente ou frio. Escolhi porque é um lugar exótico. Indicado para as massagens tântricas dá qual me prometeram, sabe? –beijei seus lábios me fazendo de bobo. –Escolhi o leste de Madagascar, Ilha Maurício só pra gente. Somente eu e você. –sussurrei sobre seu ouvido e me animei vendo os pelos do seu corpo se eriçar. –Estou esperando por dias esse relaxamento e essa sensação de prazer por todo o corpo. Sentir seu corpo deslizar em óleo sobre o meu. –beijei seus lábios e Bella gemeu baixo. –Sua mão massageando meu corpo enquanto seu corpo nu se choca contra o meu. Acho que você vai gostar.

-Eu já gosto. –senti sua mão sobre minha calça escorregar na minha virilha. –Eu já quero muito. Quero demais. –sua mão apertou meu membro de forma gentil e naquele momento eu levantei da cadeira com ela em meus braços. Meu interesse estava repleto no leste de Madagascar e interesse é uma palavra que no momento não combinava com calma ou espera.

Eu precisava dela.

Precisa dela para o Leste.

Precisava dela para minha vida inteira.

 


Notas Finais


Então, preparadas para o leste de Madagascar? <33333


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