História Play with me, Joker. - Capítulo 31 - Talvez eu "ame" você

"Você está viva, acorde."

"Abra os olhos, não acha mesmo que vai morrer dessa forma, não acha?"

"É especial Audrey, não vai se livrar do seu destino tão facilmente."

"Você já dormiu demais… Vamos, levante."

"Ele está te esperando…"

"Respire, Audrey!"

Acordei por falta de ar, senti uma dor imensa na minha cabeça, mas a primeira coisa que eu vi foi ele ao meu lado, segurando minha mão, com os olhos totalmente cheios de lágrimas e o rosto inchado, suas mãos suavam frio e estavam trêmulas.

-P-Porque… está chorando? -Perguntei num tom baixo com dificuldade. Joker nada disse, apenas se deitou por cima de mim e me abraçou, deu pra ver o estado em que ele se encontrava, e isso não é normal, não é real…

-Nunca… Nunca mais faça isso. -Disse em meu ouvido.

-E-Eu precisava ter certeza… -Levei seu rosto de frente ao meu, e acariciei sua bochecha.

-Não… Porque?!

-Eu não… não podia deixar a única pessoa que... eu amei na vida morrer. Eu tinha… que provar mais uma vez, que o que eu sinto por você… É verdade.

-Não… Não, não, não! -Disse. -Eu não mereço isso!

-E porque não?

-Amor não existe!

-Então me diz… Se amor não existe, o que eu exatamente sinto por você? E por qual motivo você estaria assim? Por mim? Afinal, agora você tem meus poderes... Não precisa mais de m…

-Eu preciso.

-E porque motivo precisa… Se não é por amor? O que é? Pra me usar mais ainda? Eu não tenho nada a oferecer! Dois são mais fortes juntos? Mas mesmo assim, você não iria precisar da minha ajuda e..

-Eu não sei o que exatamente é o amor! Como uma pessoa como eu pode entender isso? É um sentimento inútil e egoísta! É o que eu aprendi! O que eu sei!

-Você não sabe o que é amor… Mas você sente. Sabe como? -Se demonstrou confuso. -Porque ficou com medo de me perder. Se isso não é amor, eu não sei o que pode ser. Egoísmo? Porque se for faz parte da sua descrição de amor também, então... -Ele me interrompeu com um beijo, e sim, esse com certeza foi o melhor… Eu sentia que era sincero, que não era por interesse, que tinha algo por trás, mas não por bem próprio...

-Sim, eu fiquei com medo de te perder... Talvez, eu... "Ame" você.