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História Playful Kiss As memórias de Seung Jo - Assédio


Escrita por: Lenita_

Capítulo 2 - Assédio


Será que eu vou conseguir tomar café da manhã em paz ou esta menina vai ficar me olhando como se me ver comendo fosse um evento? Seung Jo tentava, em vão, se concentrar na leitura de seu jornal procurando desviar os olhares de Oh Ha Ni. Ele já não havia deixado claro o suficiente na noite passada que era para deixá-lo em paz? Se acusar a menina de roubar o quarto de seu irmão mais novo, obrigá-la a não contar na escola que eles estavam morando no mesmo lugar e jogar na cara dela que ela e o pai estavam de favor na casa dele não bastava ele não sabia o que mais deveria fazer para que ela parasse. 

Sentiu uma pequena pontada no estômago quando ele lembrou do que havia acontecido na escola dias antes. Aquela outra aluna, que vivia dizendo que suas mães eram amigas, lendo em voz alta a carta que Oh Ha Ni escrevera para ele para toda a escola ouvir. Ele realmente não queria que aquilo tivesse acontecido. Claro, ele achava a garota a criatura mais imbecil que ele já havia conhecido, mas vê-la triste daquele jeito, tentando segurar as lágrimas na frente de todos enquanto riam dela, não foi um dos seus passatempos favoritos.

Ele já tinha feito a menina passar humilhação o suficiente para umas 3 vidas, mas lá estava ela, olhando novamente para ele como se fosse a coisa mais inacreditável do mundo ver uma pessoa comendo torrada com geleia. Apenas para provocar, Seung Jo a olhou de volta e  segurou nela o seu olhar, o que deu um susto tão grande na sua fã psicótica a ponto dela engasgar.

- Terminei, vou sair mais cedo. - Seung Jo se adiantou despedindo-se de todos na esperança de que aquela garota não tivesse terminado o seu café em tempo de acompanhá-lo até a escola, mas sua mãe realmente estava disposta a não facilitar as coisas e começou a implorar para que ele esperasse por ela - apelo que ele ignorou completamente como se fosse um garoto mal educado, saindo de casa sem nem se dar ao trabalho de responder. Ele odiava quando a sua mãe o obrigava a ser tão desagradável.

Por um tempo, acreditou que de fato Oh Ha Ni tivesse se tocado de que ele queria ir sozinho e que realmente não se importava se ela sabia ou não o caminho para a escola, mas foi apenas por um tempo. Não demorou muito e lá estava ela atrás dele, perturbando a sua paz.

- É só por hoje. - Reforçou o garoto após perceber que ter companhia para a escola seria algo inevitável naquele momento. 

- O que?

- Irmos para a escola juntos, se alguém ver..não quero mais confusão.

- Afff, entendi. - Oh Ha Ni atravessou em sua frente claramente aborrecida.

- Não conte para ninguém.

- Não vou contar.

- Na escola não nos conhecemos. – Ele realmente estava duvidando de que ela manteria de fato segredo sobre aquilo.  

- Já disse que entendi! - A garota bateu os pés claramente irritada.  

- E...mantenha a distância. - Disse o garoto, seguindo seu caminho e deixando a menina sozinha atrás dele. A sua ideia era ir na frente e andar rápido o suficiente para mantê-la o mais longe possível, mas, novamente, os seus planos foram interrompidos. 

Ao descer a rua, Seung Jo se deparou com uma cena um tanto quanto bizarra. Escondido entre os arbustos de uma casa, estava um homem trajando apenas sobretudo e meias observando as garotas que passavam. Ele havia escutado rumores de um tarado circulando pela região, mas acreditava que ele já havia sido preso pela polícia. De qualquer forma, aquele sujeito era muito suspeito e o intrigou o suficiente para fazer aquilo que ele jamais imaginaria ser possível: se preocupar com Oh Ha Ni.

- Disse para eu ficar longe, então por que me esperou? – Disse a garota, após tropeçar com ele parado no meio do caminho.

- Esperei? Vai você primeiro.  

- Por quê? Não mude de ideia assim. – Esbravejou Oh Ha Ni. Seung Jo realmente estava conseguindo deixá-la irritada.  

- Você é baixa, não consegue me acompanhar. Não quero que chore por ter perdido a aula porque se perdeu. Fique na minha frente, eu te direi aonde ir. 

 Assim que Oh Ha Ni saiu resmungando na sua frente, o tal sujeito voltou seus olhares para ela, provando que a preocupação dele não era descabida. Que tipo de maluco ele é? Ela parece uma criança, pensou. Por mais que a garota e ele tivessem a mesma idade, ela estava mais para uma pré-adolescente do que para uma aluna do último ano do colégio.

Seung Jo não se deu conta de quanto tempo se demorou ainda observando o homem, mas foi tempo o suficiente para fazer o mesmo notar e se assustar com a presença. Após o sujeito disfarçar o que estava claramente  fazendo e sair do caminho, o garoto tomou seu rumo para a escola e não voltou a pensar no episódio durante o dia. 

***

Onde será que aquela desequilibrada de meteu? Por mais que o garoto tentasse ignorar, a sua mãe o havia feito ficar verdadeiramente preocupado como fato de Oh Ha Ni não ter chego em casa ainda. Ela é nova nesta área. E tem um maluco estranho solto neste bairro, havia dito ela quando o repreendeu por não ter esperado a garota para voltarem juntos da escola. Se ele não tivesse visto o tal sujeito pela manhã e não sentisse lá uma pontinha de culpa por ter deixado propositalmente a menina voltar para casa sozinha ele mal teria notado a ausência aquela demente naquele momento. Mas, de fato, ela estava demorando muito. 

Provavelmente deve estar com aquele amigo dela, afinal, ela foi fazer sei lá o que com ele e queria que eu ficasse lá esperando ela voltar. O cara era um tipo totalmente inconveniente, encrenqueiro e parecia ter desenvolvido um gosto especial por implicar com Seung Jo. Em menos de uma semana, ele já o havia enchido a paciência duas vezes; a primeira no dia em que ele devolveu a carta para Oh Ha Ni; a segunda quando ele praticamente o obrigou a fazer uma doação para apoiar a causa da “garota que havia perdido o lar no terremoto”. Doação esta que ela havia feito questão de recusar e que iniciou toda aquela confusão da aposta que os dois fizeram. Em tão pouco tempo, aquela débil mental havia criado problemas suficientes em sua vida para se tornar o seu desastre natural particular. E, para piorar, esse terremoto chamado Oh Ha Ni estava agora morando no mesmo lugar que ele.

Eu não acredito que estou fazendo isso, pensou consigo mesmo enquanto fechava o portão de casa para andar pelas ruas atrás daquela idiota. Xingando mentalmente a menina, o garoto refez o caminho de volta para escola. Provavelmente Oh Ha Ni voltaria por ele.

Apesar de não ser um horário muito avançado, já estava relativamente tarde para se estar sozinha na rua e aquele bairro era particularmente escuro - o que não é nada bom quando se tem um tarado à solta. Seung Jo não sabia se a ausência de uma alma viva na rua e o silêncio estavam influenciando a sua percepção, mas ele tinha a sensação de estar já há um bom tempo procurando por Oh Ha Ni. Será que o pai dela já chegou em casa e deu pela falta da filha? Sentindo uma certa palpitação tomar conta do seu corpo e já um pouco desesperado, ele aperta o passo. 

Estava quase na metade do caminho que ele fazia todos os dias para ir ao colégio, quando ouviu uma discussão aos berros e uma das vozes era familiar. 

Era Oh Ha Ni! 

A cena, contudo, não era o que ele esperava. Se normalmente as garotas costumam fugir dos tarados, na verdade era o homem quem estava fugindo dela. Sem saber ao certo como agir, Seung Jo se esconde atrás de uma van para observar aquela cena bizarra.

- Estou implorando, não feche os olhos, vai ser rápido. – Disse o homem ofegante com a corrida.

- Só uma vez?

Será que Oh Ha Ni gostava desse tipo de coisa e era na verdade mais desequilibrada do que ele havia pensando? Ou seria um daqueles casos de Síndrome de Estocolmo? Seung Jo assistia incrédulo àquela conversa.

- Claro.  

- E então vai me devolver depois, certo?

Então o homem havia pego algo de Oh Há Ni e ela estava negociando a devolução, concluiu ele. A partir deste momento, aquela situação começou a fazer sentido na sua cabeça. Seung Jo não esperou mais e começou a se dirigir silenciosamente em direção aos dois, que haviam parado de correr. Ela realmente não tinha noção do perigo que corria. Ela tinha entendido realmente o que aquele tarado queria fazer?

- Espere! Deixe eu ficar pronta. – Suplicou Oh Há Ni. 

- Não é saudável deixar ele esperando, sabe? Vamos... – Rebateu o homem, já impaciente.

Seung Jo estava enjoado. Ele queria que ela...que ela visse...que olhasse para aquilo. Como o sujeito tinha coragem de fazer aquilo com uma criança? E por que raios essa maluca correria um perigo desse pelo que quer que fosse? Com seu estômago embrulhado, o garoto se apressa e chega em tempo de tapar os olhos da garota antes que qualquer coisa pudesse acontecer. Ele não sabia dizer se era o susto de vê-lo ali ou pela situação em si, mas a garota estava tremendo. Antes que ela pudesse lhe dizer qualquer coisa, Seung Jo deixa Oh Ha Ni, agora segura, e corre atrás do agressor da menina.

O fato o homem já estar esgotado ajudou bastante a perseguição. Aquela louca havia já dado uma boa canseira nele antes e foram necessários apenas poucos metros para que o  tarado, cansado, tropeçasse e caísse no chão. Ficou alguns segundos implorando para que a polícia não fosse chamada, mas Seung Jo, exausto de tudo aquilo, só queria reaver o que ele havia roubado de Oh Ha Ni e sair dali o mais rápido possível. Após uma breve revista no homem ele achou o motivo daquela imbecil ter cometido tamanha loucura: um sapato. Ele realmente não entendia as mulheres.

Você veio me procurar? Estava preocupado? – A garota não conseguia esconder a alegria ao imaginar tal possibilidade. Seung Jo agradeceu mentalmente a ideia que teve de colocar algumas coisas em uma sacola antes de sair de casa para fingir que aquele encontro teria acontecido sem querer enquanto ele voltava do mercado. Ele não queria que ela tivesse uma interpretação errada das coisas.  

- Você bem que queria. Fui à loja.

- Então como você chegou bem a tempo? – A garota era esperta. 

- Porque eu estava sem sorte...você deveria ter largado o sapato em uma situação dessas. – Ele ainda não conseguia acreditar no fato dela ter se arriscado tanto por tão pouco. 

- Sua mãe me deu de presente. Estava usando pela primeira vez.

- Mesmo assim, você.... - Seung Jo percebeu que era inútil argumentar, a garota era burra como uma porta. Deu meia volta e saiu caminhando de volta para a casa, tentando ignorar as investidas de Oh Ha Ni de puxar papo durante o trajeto. 

 

 


Notas Finais


Pessoal, como os capítulos da novela são gigantes e muitas coisas acontecem em um só episódio, vou quebrar os temas por partes, ta?

Beeeijo


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