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História Playing Cupid - Radioactive


Escrita por: Isapokeshugo123

Notas do Autor


Oiiiii! Mais um capítulo :D Boa leitura ♥

Capítulo 2 - Radioactive


“Meu coração é nuclear,
o amor é tudo o que temo”
- Radioactive (Marina And The Diamonds)

 

PoV – Amu:

A aula de Geografia estava um tédio. Tentei prestar atenção de todas as maneiras o possível, mas não consegui parar de pensar em Kukai e Utau por um único segundo. O caderninho onde faço listas, anotações, desenhos e outras coisas avulsas quando estou entediada na escola estava aberto a minha frente, pronto para que eu escreva algumas ideias sobre o assunto.

Prometi para Kukai que ia arranjar uma maneira para facilitar as coisas para ele. Porém, não tenho nada em mente ainda. Estou me sentindo uma inútil! Mal comecei com isso e já não estou ajudando em nada. Suspirei.

- O que foi, Amu?

Utau havia virado para trás para falar comigo. Naquele dia ela se sentou na carteira a minha frente e Kukai ao meu lado. Este também me encarou, curioso. Suspirei tão indiscretamente assim?

- É só essa aula que não acaba – Falei – Afinal, faltam quantos minutos pro intervalo?

- Senhorita Hinamori – O professor chamou em tom de advertência.

O Sr. Dovano me encarava sério e de braços cruzados. Fala sério! Eu só troquei algumas palavrinhas com Utau e Kukai. Se fosse outro aluno ele não teria chamado atenção. Acontece que eu sinto que ele tem marcação comigo. É a única explicação pra o quanto ele me atormenta!

- Desculpa – Falei um pouco sem graça.

Não consegui nem expressar a minha felicidade pelo sinal ter batido naquela hora, indicando o início do intervalo.

- Tchau, Sr. Dovano! – Tive o prazer de falar.

Mas ele infelizmente não ouviu, pois a sala estava muito barulhenta com o falatório que começara assim que o sinal tocou, e ele já tinha virado de costas pra pegar suas coisas em sua mesa. Me levantei de minha cadeira e Utau e Kukai fizeram o mesmo.

- Ai, finalmente! – Eu disse feliz da vida – Não aguentava mais aquela aula. Nem o Sr. Dovano. Bom, pelo menos ele não é professor de biologia – Falei aliviada.

- Falando em biologia – Disse Utau – Está lembrada que hoje vamos todos lá pra casa estudar, né?

Infelizmente, sim.

- Tanta coisa que podíamos fazer e tem que ser justo estudar biologia? – Perguntei desanimada.

- Você não vai escapar dessa vez, Amu – Disse Utau em tom ameaçador.

Da última vez eu inventei que estava passando mal só pra não ter que ir estudar biologia com eles. Bem, mas eu confesso que não foi só porque eu não queria. Além disso, queria deixar aqueles dois sozinhos um pouco.

- Sim. Agora você definitivamente vai entender a matéria e tirar um 10 semana que vem! – Encorajou Kukai.

- Isso já é pedir demais – Intervi – Nunca que vou conseguir tirar 10.

- Tenho certeza que você consegue – Disse uma voz conhecida.

Me virei para trás e dei de cara com um lindo garoto loiro de olhos avermelhados. Tadase. A maioria das garotas da escola são loucas por ele. Recentemente elas estão tendo raiva de mim, pois ele e eu estamos mais próximos que antes.

Sim, ele está a fim de mim, só não falou ainda. Mas eu já percebi. O problema é que ele é tão educado e tão gente boa que eu não consigo dizer que não quero nada com ele. Utau fala que eu estou mentindo pra mim mesma, mas não é verdade. Se ela soubesse o que eu realmente sinto, e por quem, entenderia.

- Ah, que isso – Falei sem jeito – Eu não acho que vou tão bem assim nessa prova. Como vai, Tadase?

- Vou bem, e você? – Perguntou ele.

- Eu e o Kukai vamos na cantina – Disse Utau de repente – Até mais.

E assim a garota pegou na mão de Kukai, que a encarou sem entender, e saiu correndo da sala de aula, puxando-o junto.

 

*****

 

PoV - Normal:

Utau parou de correr assim que ela e Kukai chegaram ao pátio da escola. Soltou a mão do garoto e se sentou no chão mesmo, encostada na parede ao lado do portão por onde tinha saído do prédio do colégio. Kukai fez o mesmo, sentando-se ao lado dela.

- Você bem que podia ir mesmo na cantina comprar alguma coisa pra mim – Sugeriu o garoto.

- Com certeza – Disse Utau, irônica.

Utau ofereceu um dos fones que carregava a ele.

- Claro – Disse ele – Estou louco pra ouvir Ariana Grande com você.

Utau deu uma risada e passou o fone ao garoto.

- O que devemos fazer para a Amu e o Tadase se pegarem logo? – Ela logo perguntou.

- O que?

Kukai levantou uma de suas sobrancelhas, claramente não gostando daquele assunto.

- A Amu está numa enrolação com ele – Utau revirou os olhos.

- A Amu está em uma enrolação para se livrar dele – Corrigiu o outro.

- Ela te disse isso? – Perguntou Utau – Não entendo porque ela tanto nega que...

- Você não entende mesmo – O garoto interrompeu novamente.

Utau o observou, curiosa.

- O que eu não entendo?

- Que a Amu não está interessada no Tadase – Kukai respondeu – Mas em outra pessoa.

Por mais que Amu estivesse mantendo tal assunto à distância de Utau, Kukai não via motivos para comentar sobre ele com a amiga.

- Eu trabalho com nomes – Falou Utau – Quem é o cara que você acha que a Amu está interessada?

O garoto sorriu, confiante.

- Ikuto Tsukiyomi – Respondeu ele – Já ouviu falar?

E ao ouvir aquela resposta, Utau não demorou a demonstrar uma reação. A garota lançou um olhar incrédulo para o amigo, que logo se transformou em uma risada. Kukai até já esperava que Utau não levaria aquela ideia a sério.

- Da onde você tirou essa ideia? – Utau perguntou com deboche – A Amu e o meu irmão? Fala sério!

E em seguida, a loira voltou a rir.

- Fala sério você – Kukai rebateu – Eu sei do que estou falando.

- Pelo visto, não sabe não.

Kukai sentiu uma pequena raiva ao ouvir isso da garota. Quando Utau põem uma ideia na cabeça, é difícil de convencê-la que está errada.

- Quer fazer uma aposta? – Ele perguntou de repente – Eu aposto que a Amu está interessada no seu irmão. E você, que ela está interessada no Tadase.

Kukai estranhou ver que Utau hesitou antes de dizer alguma coisa.

- O que foi? – Ele quis saber – Está com medo de perder?

Utau balançou a cabeça em negativa.

- Não, é que... – Ela parou de falar e esboçou um sorriso – Não é nada. Vamos fazer a aposta.

Mesmo sem entender o motivo de Utau ter se mostrado receosa diante de sua sugestão, o garoto ignorou a reação quando ela a aceitou. Afinal, Kukai sabia quem seria o vencedor.

- Gente – Disse uma voz conhecida, de longe.

Ela tinha cabelos loiros e ondulados, e era bem baixinha. Rima Mashiro, amiga de Kukai, Utau e Amu. A garota foi correndo em direção aos dois, e quando chegou perto perguntou na mesma hora:

- Vocês viram o Nagi?

Kukai estranhou ouvir aquela pergunta vindo dela.

- Deve estar na quadra de basquete – Ele respondeu – O quer que com ele?

- Não acredito que me esqueci de ir procurar justo lá – Disse Rima incrédula – Só preciso conversar com ele. Nada demais. Nada mesmo.

E assim, a baixinha voltou a correr, se afastando dali. Utau e Kukai se entreolharam, confusos.

- Estranho – Comentou Utau – Se a Rima está tão interessada em achar o Nagihiko, só pode ter algo por trás disso. Ela nunca se deu bem com ele!

- Acho que os dois estão se dando bem agora, se é que me entende – Disse Kukai – Bem que eu reparei que o Nagi está diferente esses dias. Quem diria, né?

Utau deu uma risada. De todas as pessoas, ela nunca imaginara Rima com ele. Mas para a garota, era até um casal interessante.

E então ela se perguntou: se ela reagiu dessa maneira diante daquela possibilidade, como seria a reação das pessoas caso ela e Kukai estivessem juntos? Todos sabem que os dois se conhecem desde pequenos e sempre foram amigos. Essa ideia podia dar um susto em muita gente.

A loira riu para si mesma ao imaginar aquilo. Teve vontade de ver como seriam as reações das pessoas, mas infelizmente, não dava pra saber a não ser que acontecesse.

 

*****

 

PoV-Amu:

 

Como combinado, eu e Kukai fomos para casa de Utau depois da aula para estudar biologia – Ou melhor – Eles iam me ajudar com a matéria. Não sei como os dois conseguem lembrar de todos os detalhes de células, tecidos e essas coisas chatas!

- Por que a fotossíntese não podia ser uma coisa mais simples? – Perguntei irritada – Por que tudo não podia ser mais simples? Até parece que vou me lembrar de tantos detalhes...

- Mas é simples – Kukai interrompeu – A fase clara ocorre com a presença da luz, a fase escura não depende da luz para ocorrer. Acha difícil?

- Eu ainda tenho que saber sobre ATP, ADP, NADH... – Falei – PQP ein!

Utau cruzou os braços.

- Devíamos ter levado ela na Katherin – Disse ela.

Fiz uma expressão confusa.

- Quem é Katherin? – Perguntei.

Utau levou as mãos à testa, impaciente, e Kukai me olhou incrédulo.

- Uma garota da outra turma que é monitora de biologia – O garoto me explicou – Como assim você não sabe quem é?

Dei de ombros, não sabendo o que responder. Utau suspirou.

- Sua falta de interesse me estressa – A loira falou.

- Tudo te estressa – Corrigi – Se essa Katherin puder mesmo ajudar é só eu procurar a garota. Fim.

- Ela é ótima – Comentou Kukai – E muito gente boa.

- Verdade – Utau concordou.

Cruzei os braços e olhei de um para o outro, séria.

- Vocês nunca me falaram dessa menina – Reclamei – E pelo jeito ela é toda amiguinha de vocês. Estão me trocando por acaso?

Utau revirou os olhos e Kukai riu.

- Ela é nossa nova bff – Brincou o garoto.

- Só falo com gente que entende e gosta de biologia – Disse Utau – Pronto, acabou a gracinha, vamos voltar aos estudos...

Utau parou quando ouvimos sua mãe lhe chamar do andar de cima da casa.

- Eu já volto – Ela falou, se levantando da cadeira ao meu lado.

Sorri por sua mãe ter a chamado na hora certa. Eu já não aguentava mais estudar! Até uma pausa de um minutinho seria bem vinda. Além do mais, eu precisava falar a sós com Kukai.

- Como foi hoje na cantina? – Impliquei com ele assim que Utau subiu para o segundo andar.

- Nada demais – Respondeu ele dando de ombros – Até porque você sabe que foi uma desculpa da Utau pra te deixar sozinha com o Tadase. Ei, por que não diz pra ela logo sobre o...

- Shiu – Interrompi – Nada desse assunto aqui.

Kukai assentiu e se calou.

- Eu tenho que arranjar uma maneira de dispensar o Tadase – Falei – Mas não consigo. Eu olho para aquele garoto todo educado e gente boa, e não consigo pensar em fazer isso sem deixar ele mal – Suspirei.

- Você não pode deixar as coisas do jeito que estão – Advertiu Kukai – Ele vai pensar que você também quer algo com ele.

Suspirei novamente. Ás vezes é bem difícil ser eu.

Nos viramos em direção da porta do recinto ao ouvir um barulho de chave. Ikuto entrou na casa, com seu violino nas costas como sempre. Não demorou ao se aproximar da mesa onde eu e Kukai estávamos. Pela sua expressão no rosto, parecia prestes a nos dizer algo bom.

- Como está o meu futuro cunhadinho e a minha ajudante cupida? – Perguntou ele em tom provocador – Eu tenho uma novidade para vocês!

Ikuto enfiou a mão no bolso da frente de sua calça e de lá retirou uns papeizinhos... Pareciam tickets de alguma coisa.

- O que é isso? – Perguntei a ele.

- Ingressos para o parque de diversões que está na cidade.

Não acredito! Eu sou louca por parques de diversões. Eu, Ikuto, Kukai e Utau sempre vamos juntos quando tem algum na cidade. Pulei da cadeira e fui para perto de Ikuto, superanimada com a notícia do rapaz.

- Quando vamos? – Perguntei – Sábado? Vamos sábado!

Ikuto sorriu.

- Pode ser – Disse ele – Não tenho nada nesse dia. E você, cunhadinho? – Ikuto perguntou a Kukai.

- Acho que eu também não – Respondeu o garoto de olhos verdes.

- Olha, já está até aceitando o termo – Observei – É um bom começo.

Kukai ignorou o meu comentário e fingiu estar lendo algo no livro a sua frente. Ikuto foi até lá e observou os materiais sobre a mesa.

- Esse matéria é moleza – Ele disse pra mim – Só você mesmo pra não entender.

Revirei os olhos. Ikuto já estava me provocando e não tinham passado nem 5 minutos de sua chegada.

- Não sou adenina, mas sou louco por timina – Continuou ele.

Demorei alguns segundos para entender, e infelizmente entendi. Kukai começou a rir e eu balancei a cabeça, incrédula.

- Essa até que não foi ruim – Falei – Foi péssima.

- Usa com minha irmã – Ikuto sugeriu a Kukai.

- Boa ideia – Respondeu o garoto entre risadas.

- Gente, isso não foi engraçado – Eu disse – Biologia não é engraçado.

E os dois riram novamente.

- Do que estão rindo? – Ouvimos Utau voltando.

A garota desceu as escadas e se aproximou de nós três. Sorri para ela, animada.

- Vamos no parque de diversões que está na cidade – Falei saltitando – O Ikuto conseguiu ingressos. Você pode sábado?

- Posso – Disse Utau.

- Então o rolê está marcado – Ikuto sorriu.

- Adoro – Falei animada.

- Pronto – Utau interrompeu – Agora você já pode sair daqui, né? – Perguntou ao irmão – A Amu precisa estudar.

Ikuto olhou para mim com deboche.

- Precisa mesmo – Concordou com a irmã.

Me aproximei dele, com olhar desafiador.

- Você está achando que é quem pra me dizer isso? – Coloquei as mãos na cintura.

Utau me afastou de Ikuto, puxando-me de volta para a mesa.

- Vamos continuar a estudar – A loira insistiu – Vaza daqui, Ikuto.

Ikuto levantou as mãos como se estivesse sendo rendido pela polícia.

- Estou subindo – Falou indo em direção da escadaria.

Entretanto, o rapaz parou e olhou para mim.

- Me liga quando chegar em casa – Ele pediu – Preciso conversar com você.

 

*****

 

Depois de horas de tédio e desespero por ter que lembrar de um monte de coisa sobre biologia, fui para casa. Antes de ir jantar, subi para o quarto e me joguei em minha cama, exausta.

Peguei meu celular e disquei o número de Ikuto, pois lembrei que ele havia pedido para que eu ligasse quando chegasse em casa. Estava bem curiosa para saber sobre a conversa, e já estava imaginando que fosse sobre sábado no parque.

- Oi – Falou ele quando atendeu – O que acha de um encontro em um parque de diversões? Romântico, não é mesmo?

Adoro quando as pessoas não enrolam e vão direto ao ponto, como Ikuto fizera! Quando ele disse “encontro”, meu coração chegou a pular. Mas é claro, ele não estava falando sobre nós dois.

- Então, o plano é planejar um encontro entre o Kukai e a Utau? – Perguntei.

- Sim – Respondeu ele – Temos que dar um jeito de deixar os dois sozinhos no parque durante a tarde inteira.

- É um ótimo primeiro passo – Comentei – Você tem alguma ideia do que fazer?

E então ele me apresentou sua ideia, e falamos um pouco sobre ela. Era algo simples de se fazer, e daria certo com certeza. Comecei a me animar com aquilo.

- Combinado então – Eu disse – Mal posso esperar por sábado.

- Está animada com aqueles dois sozinhos ou com o fato de que eu e você vamos estar a sós também? – Disse Ikuto em tom provocador – Ou com as duas coisas?

Nossa, eu juro que não havia pensado naquilo. Se fossemos nos separar de Utau e Kukai, restaria Ikuto e eu. Sozinhos. A tarde inteira.

Felizmente, Ikuto não estava vendo que eu fiquei vermelha de vergonha.

- Com certeza – Falei em tom irônico.

Mas, no fundo, eu estava sim animada também com aquilo.

 

*****

 

Nunca esperei tanto por um sábado. Eu estava tão animada que até acordei cedo, mesmo com o horário que combinamos de nos encontrar no parque sendo pela tarde. Estava com grandes expectativas para esse dia e tenho quase certeza de que alguma coisa vai acontecer (finalmente) entre Kukai e Utau.

O bom em ter acordado cedo foi que eu pude ter mais tempo para escolher a roupa que usaria. Estava em dúvida entre usar bata azul florida ou uma blusa listrada de preto e branco, até que acabei decidindo pela primeira opção.

O nervosismo estava à flor da pele. Era a primeira vez que sairíamos juntos, só nós dois, desde que eu me dera conta de que Ikuto não é só um amigo para mim. Respirei fundo e fui terminar de me arrumar, ansiosa.

 

*****

 

Quando nós quatro chegamos no parque de diversões – que era enorme – nós quatro fomos direto para o carrinho bate-bate. Era o brinquedo que ficava bem perto de onde entramos, além de ser um dos que mais gostávamos.

Depois de ter os meu três amiguinhos contra mim no brinquedo durante todo o tempo em que ficamos lá, nós quatro saímos andando pelo parque. Comecei a imaginar o trabalho que deve ter dado para tê-lo montado na cidade, já que tinham tantos brinquedos!

Ikuto me cutucou de repente e eu assenti. Devia ter achado o brinquedo que precisávamos para o plano.

O rapaz começou a conduzir o grupo em determinada direção. E então pude ver há alguns metros a frente uma casa de aspecto abandonado. Um brinquedo de terror.

Digamos que eu tenho trauma de brinquedos assim. Não gosto de trens fantasmas, casas mal-assombradas, nada dessas coisas. Ikuto adora me zoar por eu ter medo desses brinquedos. Uma vez, quando eu tinha 8 anos, me perdi em uma casa como aquela e fiquei super desesperada. Foi o pior dia da minha vida!

Como os meus amigos adoram brinquedos de terror, ao contrário de mim, eu e Ikuto esperávamos que um deles sugerisse ir naquela casa.

- Vamos! – Disse Kukai apontando para o brinquedo.

Ótimo.

- Por mim tudo bem – Disse Utau – Quer que eu segure sua mão, Amu? – Ela debochou.

- Não, obrigada – Respondi – Eu não vou. Podem ir sem mim.

Utau assentiu e já estava prestes a ir pra fila quando Kukai disse:

- Você vai ficar sozinha aí?

- Claro que não – Interrompeu Ikuto – Eu ficou com ela. Vão lá e divirtam-se.

Utau virou para trás e me lançou um olhar confusa. Deve ter notado o modo suspeito presente na fala de Ikuto. Não esbocei nenhuma expressão a ela.

- Divirtam-se – Falei – Aproveitem que a fila não está grande.

E então os dois foram em direção do local. Quando eles entrarem, eu e Ikuto pretendemos sumir dali e evitar nos encontrar com eles durante o resto do dia.

Eu sinceramente espero que um dia sozinhos no parque ajude em alguma coisa sobre aqueles dois. Eu sei que as coisas não vão mudar de uma hora pra outra, mas um pequeno passo pode significar alguma coisa.

 

*****

 

Não demorou para eu começar a arrastar Ikuto para todos os brinquedos que via pela frente. Eu sempre gostei muito de parques de diversão, por isso minha atitude não o estranhou.

Me diverti muito conversando com Ikuto ao longo do caminho pro próximo brinquedo, ouvindo ele fazer suas típicas provocações... Mais uma vez confirmei o quanto gosto de ir aos lugares com ele.

Brinquedos depois, fizemos uma pausa para ir à lanchonete do parque gastar a ficha de batata frita que ganhamos no tiro ao alvo. É aquele ditado: nada melhor do que comida, né nom?

Por incrível que pareça, eu não estava nervosa por estar passando à tarde no parque sozinha com o Ikuto. Acho que ir com ele em um parque de diversões é tão normal que o nervosismo nem se manifestou.

- E aquele loirinho? – Perguntou ele de repente – Aquele Tadase ainda ta jogando charme para você?

Se eu estivesse engolindo uma batata frita naquele momento, era certo que eu ia engasgar. O assunto mudou de “acho que vou pedir mais catchup para a moça da lanchonete” para “e o loirinho?”. Desviei o meu olhar do de Ikuto.

- Digamos que sim – Respondi.

- E porque virou o rosto, por acaso está envergonhada? – Ele riu – Não me diga que está gostando dele também. Bem que minha irmã comentou.

Seu tom de voz era o brincalhão de sempre, o que significava que ele não estava nem aí por eu ser a fim do Tadase ou não.

- Toda garota daquela escola tem ou já teve uma queda por ele – Eu disse – Mas eu não sinto nada por ele. Por mais que seja um garoto maravilhoso, só sinto admiração por essa personalidade dele. Nada além disso.

- Minha irmã disse que você está louca por ele – Ikuto comentou.

- Quem está louca é a sua irmã – Falei – Eu já disse mil vezes pra ela que não quero nada com o Tadase – Revirei os olhos.

Depois disso Ikuto não continuou o assunto e ficamos em um breve silêncio até eu resolver ir pegar mais catchup. Quando voltei, começamos a falar sobre outro coisa até terminamos de comer a porção de batatas.

 

*****

 

PoV – Normal:

 

Quando Utau e Kukai saíram da casa mal-assombrada, o garoto não estranhou quando viu que Amu e Ikuto não estavam mais no lugar de antes. Ele já imaginava que Amu não ia ficar ali parada esperando por eles.

Kukai começou a ficar nervoso. Ele pensou em Amu e Ikuto, que tanto o encorajaram para que ele fizesse alguma coisa em relação à Utau. O garoto estava convencido que os dois tinham razão, mas o problema é que ele não sabia o que fazer.

Utau pegou o celular da bolsa.

- Vou perguntar pra Amu onde ela e o Ikuto estão – Disse a loira.

- Não! – Kukai interrompeu – A gente encontra eles por aí.

- Isso de deixar a Amu e o meu irmão sozinhos é coisa sua? – Perguntou Utau, desconfiada – Você está realmente levando a aposta a sério.

- Exato – Mentiu o garoto.

Utau revirou os olhos e estava prestes a pegar o celular de volta, mas em um rápido movimento, Kukai a impediu novamente. Se colocou na frente da garota, segurando as duas mãos dela. Os dois pararam por um instante e se olharam.

Ambos ficaram sem ter o que fazer depois daquela repentina aproximação. Kukai pôde sentir as mãos de Utau tremendo, mas não soube dizer se isso era bom ou ruim. Nem Utau pôde entender se a aproximação fora um bom sinal ou não.

Depois de longos segundos parados se entreolhando, Kukai foi o primeiro a ter coragem de dizer alguma coisa.

- Eu quero ficar só com você – Disse ele, singelo – E te desafiar pra ir naquela montanha russa – Falou retornando ao tom de voz normal.

Soltou as mãos da garota e apontou para um enorme brinquedo a metros de distância dos dois. Utau se recompôs do estado anterior e observou a montanha russa que Kukai indicava.

- Parece bem rápida, e tem dois loopings – Comentou a garota – Você acha que aguenta, garoto?

- Está duvidando de mim? – Kukai perguntou entretido.

Utau lançou um olhar desafiador como resposta.

- Você vai? – Ele perguntou – Ah, acho que não. Aposto que você não vai querer.

- Quem está me desafiando agora é você – Disse Utau – E o desafio está aceito. Você acha mesmo que dois loopings vão acabar comigo?

- Nossa, temos uma menina corajosa aqui – Debochou Kukai – Vamos ver quem chega primeiro.

Dizendo isso, o garoto saiu em disparada em direção à montanha russa, Utau indo atrás dele. Pareciam duas criancinhas se desafiando, mas isso era tão normal para os dois que nem ligavam.

 


Notas Finais


O que será que vai rolar no parque? Deixem suas expectativas nos comentários, e aproveitem para dizer o que estão achando da fic. É muitíssimo importante para mim saber a opinião de vocês ^^
Logo logo sai o capítulo três, então até mais!
Bjs pra vocês ♥


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