1. Spirit Fanfics >
  2. Playing Cupid >
  3. Alone with me

História Playing Cupid - Alone with me


Escrita por: Isapokeshugo123

Notas do Autor


Oioiiiii!
Mais um capítulo, e antes do enem pra dar aquela relaxada kkkkk Ele ta grandinho, e tomara que não seja um problema, pois acho que todos serão assim hehehe
Espero que gostem xD

Capítulo 3 - Alone with me


“Você dança com todas, mas
nem imagina que sou eu
quem deveria abraçar”
- Alone With Me (Cher Lloyd)

 

PoV – Normal:

Utau e Kukai saíram do brinquedo juntos com as outras pessoas que foram no brinquedo. O garoto agarrou a mão dela e saiu correndo para outra montanha russa.

- Ei! – Ela exclamou.

- O que foi? Não aguenta? – Ele a desafiou.

E sendo assim, Utau deixou ele continuar a puxando pra lá. Quando saíram da atração, ela andava em passo lento, encarando o chão e tentando não esbarrar em quem estava pelo caminho.

- Tudo bem, você venceu – Disse ela – Eu não aguento mais, estou muito tonta.

Kukai sorriu, vitorioso.

- Eu sabia que você não ia aguentar – Disse ele – Vamos arranjar algum lugar pra sentar e conversar então.

Enquanto ele e Utau procuravam algum banco pelo parque, o garoto voltou a ficar nervoso. Começou a pensar em algum assunto para conversar com ela. Parecia até que Utau era uma desconhecida.

Felizmente, para os dois, conseguiram achar um banco, que ficava ao lado de um poste e um arbusto. Utau ficou aliviada ao finalmente se sentar em um local parado que não girava e nem dava looping. Kukai se sentou ao lado dela, tentado parecer o mais normal possível.

- Radical, não é mesmo? – Disse o garoto.

“Que droga eu to falando?”, pensou ele.

Utau o encarou, estranhando.

- Os brinquedos... Com loopings...

- Você ta bem? – Perguntou Utau.

- Não! – Respondeu na mesma hora – Eu também estou meio tonto.

“Isso não vai dar certo”, pensou.

- Você é estranho às vezes – Comentou Utau.

“E não devia ser assim nesse momento”, o garoto pensou. Kukai olhou a paisagem ao seu redor, tentando manter a calma. Não adiantou muito quando acabou se deparando com a cena de um casal, de mãos dadas, entrando na fila do mesmo brinquedo que ele e Utau haviam acabado de ir.

- Como vai o time da escola? – Utau perguntou de repente – Você deve estar cansado de tanto treinar.

Kukai agradeceu mentalmente por ela ter começado um assunto.

- Nem me fale – Disse ele – Mas o time está indo bem, pra compensar.

- Eu acho bom – Afirmou a loira – Quero ver nossa escola campeã das regionais, ouviu?

O garoto sorriu.

- Pode deixar comigo – Ele disse.

Utau sorriu de volta. Mas o sorriso em um instante se desfez.

- Falando sobre isso – Disse ela – Kukai, você por acaso é amigo do Dave?

Aquela pergunta o pegou de surpresa. Dave era um garoto da escola deles, também do time de futebol.

- Não “amigo”. Eu diria que ele é um conhecido – Respondeu o garoto, sincero.

Utau assentiu.

- Por que quer saber? – Kukai perguntou a ela.

Naquele momento, mil possibilidades de respostas passavam pela cabeça do garoto.

- É que eu acho que ele está a fim de mim – Ela contou – Talvez você soubesse, e eu queria confirmar.

- Você quer alguma coisa com ele? – Kukai logo perguntou.

Em outras circunstâncias, Utau responderia que sim. Durante muito tempo ela tentava ficar com algum garoto e tentava gostar dele para deixar de gostar do seu melhor amigo. Entretanto, além de nunca ter dado certo, a garota não parava de pensar na conversa que tivera com Amu uns dias atrás.

- Não – Utau respondeu.

Embora não soubesse, sua resposta deixou Kukai muito aliviado.

- Mas então por que o interesse em saber se ele quer alguma coisa com você? – Ele perguntou.

- Só curiosidade mesmo – Ela deu de ombros.

O garoto a lançou um olhar desconfiado, para provoca-la.

- Tem certeza? – Ele perguntou – Pois não parece.

- Eu não estou a fim dele – Insistiu ela – Até parece. Ele não tem nada a ver comigo! E além do mais eu...

A garota imediatamente parou a fala ao se dar conta do que estava prestes a dizer.

- Você o que? – Perguntou Kukai – Está interessada em outra pessoa?

Utau não respondeu. Parou um pouco para pensar no que dizer. Entretanto, aquele silêncio só serviu como confirmação à pergunta de Kukai.

- Não acredito que não quer me falar – Disse ele, indignado – Acho uma falta de consideração depois de tantos anos de amizade – O garoto dramatizou.

A outra sorriu de lado.

- Estou sim interessada em alguém – Ela enfim respondeu – Há um tempo já.

“Muito tempo”, ela pensou.

- E quem é? – Questionou Kukai.

Utau deu uma risada ao ouvir aquela pergunta.

- Achei que depois de tantos anos de amizade – Ela o imitou – você soubesse quem era, já que me conhece tão bem. Descubra sozinho.

Ela lançou-lhe um olhar desafiador.

- Beleza – Disse ele, aceitando o desafio.

Porém, ao mesmo tempo que ele queria saber quem era, ele também não queria. Kukai não queria saber quem era a pessoa que tinha mais a ver com Utau, e que com certeza era melhor que ele. O que ele não imaginava, é que não era bem assim.

 

*****

 

PoV – Amu:

Mesmo depois de comer, eu e Ikuto continuamos na lanchonete conversando.

- O que vamos fazer se não acontecer nada entre aqueles dois hoje? – Ikuto perguntou.

- Vamos continuar tentando ajudá-los – Respondi o óbvio.

Ikuto assentiu.

- De qualquer maneira, espero que a enrolação acabe hoje – Ele comentou.

- Eu também – Concordei – Mas nós sabemos que vai ser isso vai ser difícil de acontecer.

Infelizmente, era a verdade. Eu duvido que aqueles dois vão se resolver tão rápido assim. Porém, eu tenho esperanças que o "encontro" de hoje não seja inútil. Que vai servir para alguma coisa, vai. Pode até estar servindo nesse momento. Como eu queria saber o que estava acontecendo com os meus amigos!

- Eles têm muita sorte em ter uma amiga como você – Comentou Ikuto.

O encarei após dizer isso e vi que ele sorria para mim. 

- Pelo menos uma vez na vida estou podendo fazer algo por eles – Falei envergonhada com o elogio que recebi.

- E o que isso quer dizer? – Ikuto perguntou.

Pela cara que fez, o rapaz não tinha gostado da minha fala.

- Quer dizer que eles nunca precisaram da mim pra nada – Expliquei – São os dois que me ajudam com as coisas. Eles são bons em tudo, afinal. Já eu...

- Essa foi a coisa mais ridícula que você já disse –  Ikuto me interrompeu – Tenho certeza que as coisas não são desse jeito. Você é uma ótima amiga – Ele afirmou – Sempre apoia aqueles dois e sempre transmite confiança a eles.

- Não exatamente – Contestei – O Kukai é quem “transmite confiança” no grupo.

Ikuto balançou a cabeça em negativa.

- Não é só disso que estou falando – Disse ele.

Eu não sabia o que ele queria dizer com aquilo.

- Acredite, você não está “sobrando” entre eles do jeito que pensa – Ikuto continuou – Você é uma amiga incrível. Além do mais, amigos não servem para serem obrigados a fazer favores um para o outro.

Um sorriso mais uma vez se formou no meu rosto. Parece que a partir de agora, sempre que Ikuto m elogiar eu vou sentir a sensação aconchegante que senti no momento. É estranho, mas ao mesmo tempo, faz bem.

- Sabe, Ikuto – Falei – Aqueles dois têm algo difícil de se encontrar nos dias de hoje.

- O quê? – Perguntou o mais velho.

Sorri mais uma vez.

- Eles tem sentimentos verdadeiros um pelo outro – Respondi – Algo sincero demais, puro demais... Hoje em dia vemos tantos casais sem isso! – Reclamei – Vai ser muito difícil encontrar alguém que goste de mim do jeito que eles se gostam...

- Eu sei como é se sentir assim – Ikuto interrompeu.

Ele sempre me entende.

- A Utau e o Kukai basicamente já encontraram alguém – Ele continuou – Você não acha que nós dois já não encontramos também?

Arregalei os olhos, surpresa. O que ele falou, o jeito que ele falou, me deixaram em transe. Aquilo por acaso foi uma... Indireta?

Eu queria que tivesse sido, mas naquele momento não conseguia dizer se foi ou não. Podia ter sido só algo da minha cabeça. Ou, podia mesmo ter sido verdade. Torci para Ikuto ser mais específico quanto a isso e quando pensei em algo para dizer como resposta, o outro foi mais rápido:

- Ah, mas você só tem 16 anos – Disse Ikuto de repente – Não precisa se preocupar com isso. Temos a vida toda pela frente.

Sorri de lado, ainda estranhando o que ele dizia. Ele estava mesmo se referindo a nós dois, do jeito que eu queria que estivesse?

- Vamos dar uma volta? – Ele perguntou como se nada tivesse acontecido.

 

*****

 

Eu e Ikuto saímos da lanchonete e voltamos a andar pelo parque. Dessa vez, não queríamos ir a outro brinquedo. Provavelmente já tínhamos ido a todos mesmo.

Parei de andar assim que algo me chamou a atenção. Há alguns anos atrás nós dois estávamos em um parque de diversões assim como esse e eu implorei para o Ikuto ir comigo na Xícara. Sempre amei aquele brinquedo quando era pequena e naquela ocasião eu tinha 7 anos e Ikuto 10.

Ele não queria ir de jeito nenhum, pois alegava que ia parecer ridículo um garoto “grande” como ele em um “brinquedo de criancinha”. O que aconteceu foi que decidimos se iríamos ou não em jo-ken-po, e ele perdeu.

A cena de Ikuto na Xícara foi absurdamente hilária.

- Tenho trauma desse brinquedo – Disse Ikuto ao perceber para onde eu estava olhando.

- Foi muito engraçado – Eu disse sorrindo – Nunca vou me esquecer do quanto foi ridículo te ver lá – Dei uma risada.

- Infelizmente eu sempre vou me lembrar daquilo também – Disse ele.

Sorri para Ikuto, ainda com a cena na cabeça. Para a minha surpresa ele sorriu de volta. Se pudéssemos, eu faria o faria ir à Xícara comigo de novo. Infelizmente, temos altura mais que o suficiente para o brinquedo.

Olhei para o rapaz ao meu lado. Por mais que ele dissesse que tinha trauma daquele brinquedo, Ikuto estava concentrado o observando, e com um leve sorriso no rosto. Aquilo confirmava o quanto nossas memórias ali também eram importantes a ele.

A maioria das coisas que já passamos juntos são muito importantes para mim, para ser sincera. Eu esperava que para ele fosse o mesmo. Enquanto ele estava distraído, decidi o pegar de surpresa e me inclinei para beijar sua bochecha. Entretanto, nós dois ficamos surpresos com o que aconteceu depois.

No momento de beijá-lo, Ikuto resolveu se virar para mim para dizer alguma coisa. O que resultou foi que a gente se beijou acidentalmente. Foi bem rápido e só um selinho, mas assim que terminou eu virei o rosto totalmente, sem conseguir encará-lo.

Eu tinha certeza que estava tão vermelha que poderiam me confundir com um tomate. Comecei a tremer, muito nervosa e sem conseguir dizer nada.

- Desculpa – Disse Ikuto atrás de mim – Eu não vi que você...

Caramba, eu tinha beijado o Ikuto! Mal pude acreditar no que acabara de acontecer. Eu confesso que adoraria que aquilo tivesse acontecido, mas não de forma acidental daquele jeito.

Estava com tanta, mas tanta vergonha, que fiquei parada, de costas pra ele. Ainda não conseguia acreditar. E então Ikuto foi até mim e ficou na minha frente. Abaixei o olhar para não ter que encará-lo.

- Não precisa ficar nervosa – Disse ele – Vamos fingir que nada aconteceu.

Será que para ele era tão simples assim?

- S-só não conta pra ninguém – Finalmente consegui dizer alguma coisa.

- Mas afinal, por que você queria beijar meu rosto? – Perguntou ele em tom malicioso.

Eu o encarei. Ikuto me lançou um olhar interessado.

- É-é que...

Não consegui continuar a fala, pois, para a minha sorte, um casal se aproximou de nós dois. Não, não eram Kukai e Utau, e sim, outros amigos meus da escola: Rima e Nagihiko. Era até engraçado ver os dois lado a lado. Rima, uma loira baixinha, e Nagi, um garoto alto de cabelos longos e roxos. Não é atoa que ele é um ótimo jogador de basquete.

Nós quatro nos cumprimentamos assim que eles se aproximaram o suficiente. Eu já estava desconfiando que aqueles dois estavam juntos há algum tempo, mas naquele momento pude confirmar que sim. Rima e Nagi estavam de mãos dadas, e praticamente colados um ao outro.

Nagi e Ikuto começaram a conversar. Ikuto conhece a maioria dos meus amigos da escola, então são amigos dele também. Eu e Rima não estávamos prestando atenção na conversa, pois comecei a encarar a loira, animada por ela e Nagi estarem juntos. Rima sorriu de volta, digamos que um pouco envergonhada.

- Gente, se importam de ficarem aqui por um momento? – Perguntou Rima de repente – Eu quero falar a sós com a Amu, rapidinho.

 

*****

 

PoV – Normal:

Utau e Kukai já tinham ido a praticamente todas as montanhas russas do parque, além de mais outros brinquedos. Novamente, os dois estavam bem cansados.

- Preciso falar com você – Disse Utau de repente.

Os dois pararam de andar na mesma hora. Kukai a olhou, curioso.

- O que foi? – Ele perguntou.

- É que... – Ela começou – Você estava falando sério quando disse que acha que a Amu e o meu irmão...

Ela não terminou a frase, mas o garoto pôde entender o que Utau quis dizer.

- Claro que falei sério – Afirmou ele – Até fizemos uma aposta, esqueceu?

- Por isso que você deve ter armado pra os dois se afastarem da gente – Observou Utau – Por causa da aposta.

Era até bom para o garoto ela estar pensando isso. Kukai sorriu para Utau, que desviou o olhar.

- O que têm de tão errado nos dois juntos? – Ele perguntou à amiga.

Utau abaixou o olhar e suspirou. Em seguida, voltou a olhar para o amigo, com uma expressão de raiva no rosto.

- É o meu irmão – Disse ela – Com a minha melhor amiga. Entende?

- Sinceramente, não – Respondeu ele.

Utau suspirou novamente.

- Isso é contra as regras da vida – A loira declarou – O que você acharia se eu estivesse com um de seus irmãos?

Kukai demorou a responder a pergunta. Sempre o incomodou ver Utau com algum garoto, imagina com seu próprio irmão! Mas é claro que ele não responderia Utau de acordo com isso.

- Eu não me importaria – Disse ele devagar. No fundo, queria muito dizer o contrário.

Utau ficou quieta. “Não se importaria?”, ela se perguntou.

- E se um dia aqueles dois estiverem juntos, o que você vai fazer? Parar de ser amiga da Amu por causa disso? Parar de falar com o seu irmão?

A garota não respondeu e abaixou o olhar, aflita. Kukai estava confuso com a atitude dela quanto ao assunto. Ele não sabia se ela estava falando sério ou se o que ela dizia era estúpido demais.

- Isso não pode ser possível – Disse Utau em voz baixa.

- Você conhece bem a Amu, e convenhamos que ela é bem desligada das coisas – Continuou Kukai – Porém, acho que agora ela está se dando conta de seus sentimentos.

Utau revirou os olhos.

- Será mesmo que ela está? – Perguntou a garota – Porque ela pode demorar mais um pouco pra ter certeza disso ou não. As coisas não acontecem de uma hora pra outra assim.

- Ela pode até demorar para admitir isso a si mesma – Disse Kukai – Mas sabe como é o sentimento de amar... Mesmo se você tentar esconder, ele eventualmente aparece.

Utau o observou surpresa. Não esperava um comentário daqueles vindo dele. Kukai torceu para não estar parecendo por fora o quão nervoso estava por dentro.

- Por que está dizendo isso? – Perguntou Utau.

- Por que... – Ele começou a responder – Estou falando da Amu. Uma hora o que ela sente pelo Ikuto vai transparecer e...

- Mas você falou de uma maneira tão... – Utau parou de falar, não sabendo como descrever a atitude do amigo – Bom, “o sentimento de amar” é algo bem forte. Você acha que a Amu chega a amar o meu irmão?

- E por que não? – Kukai respondeu.

Os dois ficaram em silêncio. Kukai tentou se desviar do nervosismo de ter dito aquelas coisas tentando entender por que Utau ficava tão nervosa com o assunto “Amu e Ikuto”. Ela já havia se justificado. Mas do mesmo jeito, para ele não fazia sentido. Ela estava sendo injusta pensando da maneira que contou a ele.

Utau o surpreendeu ao quebrar o silêncio entre os dois. A onda de nervosismo que percorria pelo garoto pareceu um tsunami.

- Você... Já amou alguém? – Perguntou ela – Já se apaixonou desse jeito que acha que Amu e Ikuto estão apaixonados?

A chance estava bem na frente dele. Kukai pensou em Amu e Ikuto, que certamente estavam contando com ele para fazer “o que devia ser feito”. Ele não queria decepcioná-los, nem a si mesmo.

Entretanto, sua voz não saia. “Droga, por que isso é tão difícil?”, ele se perguntou.

- Esse silêncio todo é um sim? – Questionou Utau.

O garoto balançou a cabeça em afirmativa.

Apesar da confirmação do garoto, Utau continuou aflita. Não conseguia imaginar que o amigo estava falando sobre ela. Ainda parecia algo impossível.

- E por quem você se apaixonou? – A loira perguntou.

“Você consegue, cara”. Kukai chegou a abrir a boca, mas decepcionou Utau quando nenhum som saiu. O medo acabou sendo mais forte que ele.

- Só respondo se você me disser quem é o cara que você está a fim “há um tempo” – Kukai implicou.

- Até parece – Utau riu – Já disse que você vai ter que descobrir sozinho.

O outro sorriu, e ela não demorou a sorrir também, por mais que estivesse agoniada por não ter ouvido uma resposta dele.

- Parece que você também vai ter que descobrir sobre isso sozinha – O outro revidou.

 

*****

 

PoV – Amu:

Quando eu e Rima nos afastamos o suficiente de Nagi e Ikuto, comecei a pular de felicidade.

- Rima! Você e o Nagi! – Exclamei.

Ela sorriu.

- Eu nem acredito que isso está acontecendo – Disse ela – Muito menos se tratando dele.

- Vocês ficam fofos juntos – Falei – Uma baixinha e um cara alto. É, parece que os opostos se atraem.

Rima estava tão contente que nem ligou quando eu a chamei de baixinha.

- Há quanto tempo estão ficando? – Quis saber.

- Há quase um mês – Ela respondeu – E ele me pediu em namoro hoje – Ela acrescentou.

A garota me contou aquilo tão animada que não pude evitar em puxá-la para um abraço. Eu estava tão feliz quanto ela por aquilo.

- Meus parabéns! – Exclamei – Nunca sei o que dizer quando duas pessoas começam a namorar, então vai isso mesmo.

A garota deu uma risada.

- E você e o Ikuto? – Perguntou.

Meu sorriso se desfez. Ela acabou me lembrando do que tinha acabado de acontecer antes dela e Nagihiko chegarem.

- Nada demais – Falei.

- Ah, é mesmo? – Ela questionou em tom sarcástico – Então por que eu vi vocês se beijando? Vi de longe, mas sei que eram vocês.

Droga. Não acredito que ela e Nagi viram aquilo!

- Ai meu Deus – Falei desesperada – Aquilo foi só um beijo acidental, Rima. Por favor, não conta pra ninguém!

- Calma – Ela interrompeu – Eu não conto. Como aconteceu?

Expliquei a ela o que levou ao beijo ter acontecido. Quando terminei, ela esbanjou um sorriso.

- Entendi – Disse ela – Sabe que o primeiro beijo meu e do Nagihiko foi acidental também? Quando aconteceu, ficamos completamente envergonhados. Até que eu me aproximei dele de novo, e rolou um beijo de verdade entre a gente, e um clima também.

Depois de ouvir aquilo, tentei imaginar como seria se Ikuto ou eu tivéssemos tentado continuar com aquilo. Será que ele gostaria que acontecesse? Será que seria o mesmo que Rima e Nagi e as coisas entre a gente ficariam mais sérias?

- Amu? – Ela chamou percebendo que eu estava perdida em meus pensamentos – Eu conheço esse olhar de quem está apaixonada. É pelo Ikuto, não é?

Não via motivos para tentar esconder aquilo dela, ainda mais depois do que acabara de contar, então balancei a cabeça em afirmativa.

- Sempre desconfiei – Disse ela – Vai rolar alguma coisa sem ser acidental?

- Ai Rima, eu também queria saber – Falei sincera – Mas me dei conta de que estou a fim dele há tão pouco tempo que nem sei de nada – Suspirei.

- Ele vai ao festival da escola?

Nossa, eu tinha me esquecido completamente do festival! Estava tão ocupada ultimamente, com a prova de biologia e os meus pensamentos, que deixei de lado o fato de que o festival da escola estava próximo.

- Eu juro que não lembrava mais disso – Falei surpresa – É quando mesmo?

- Nessa próxima sexta-feira – Rima respondeu.

- Mas já? – Exclamei espantada – Puxa, como pude me esquecer disso? Ah, e o Ikuto vai sim.

Rima me lançou um olhar malicioso.

- Por que não aproveita e tenta ver se acontece alguma coisa nesse dia? – Ela perguntou.

- N-não é tão simples assim – Falei – Mas Rima, você me deu um ideia!

Rima me encarou confusa diante de minha animação repentina.

- Não é sobre eu e Ikuto – Adiantei – E sim sobre o Kukai e a Utau.

E ao ouvir isso, Rima fez cara de espanto.

- Que? Kukai e Utau? – Ela perguntou – Como assim?

Dei uma risada antes de explicar tudo a ela. Contei sobre notar algo entre os meus melhores amigos e que eu e Ikuto estávamos trabalhando para ajuda-los a ficarem juntos. Acrescentei que esse era um dos motivos para estarmos no parque aquele dia.

- Eu confesso que nunca imaginei, porque eles são amigos desde pequenos – Disse ela – Mas agora que você está me dizendo isso, estou começando a perceber que aqueles dois tem mesmo alguma coisa.

Sorri. Quando me dei conta daquilo, foi do mesmo jeito. Tudo pareceu estar na cara durante o tempo todo.

- Estou preparada para hoje não ser o dia em que tudo entre eles vai dar certo – Continuei – Então preciso pensar no que virá depois. É aí que entra o festival.

Acho que ele era obra do destino, pois tinha aparecido na hora certa! Sorri para mim mesma, animada com aquilo. Mesmo não sabendo direito o que fazer, já mal podia esperar por sexta-feira.

 

*****

 

Mais tarde eu e Ikuto combinamos de nos encontrar com Kukai e Utau para irmos embora. Não fiquei surpresa por nada ter acontecido entre os dois, mas eu sabia que tinha algo de diferente. Além do mais, por algum motivo Utau não parava de me encarar de maneira estranha. Deixei isso de lado na hora, mas não esqueci.

Quando cheguei em casa, liguei primeiro para Kukai. Se seu fosse perguntar a Utau o que havia acontecido, do jeito que ela é, com certeza omitiria alguma coisa.

Kukai me contou sobre os dois terem admitido estarem interessados em alguém.

- E por que você não contou pra ela quem era? – Perguntei indignada – Era a oportunidade perfeita pra isso!

- Foi ela que disse primeiro – Ele falou – E me desafiou a descobrir sozinho. Eu fiz o mesmo.

Suspirei.

- Vocês dois deviam parar de competir por tudo! – Reclamei – Mas seria até bom ver quem vai se declarar primeiro. Desafio aceito?

Kukai riu do outro lado da linha.

- Eu não acho que ela estava se referindo a mim quando...

- Ah, já pode ir parando por aí – Interrompi – Ela não te conhece faz tempo? E não disse que está a fim de alguém “há um tempo”? Coincidência? Acho que não!

Ele riu novamente.

- Agora é sua vez de me contar o que aconteceu no parque – Kukai mudou de assunto.

Foi então que me calei. Não soube se deveria contar o ocorrido entre eu e Ikuto ou não. Rima já sabia e pedi para que ela ficasse calada e pedisse para que Nagihiko fizesse o mesmo. Talvez não fosse bom que mais gente soubesse.

Mesmo sendo o Kukai, ele usaria aquilo contra mim com certeza. Eu já estava fazendo de tudo para que acontecesse algo entre ele e Utau, e o garoto podia muito bem fazer o mesmo comigo e com o Ikuto. E, pelo menos por enquanto, eu não queria isso.

- Eu e o Ikuto encontramos o Nagi e a Rima – Contei – Aqueles dois estão namorando, sabia?

- Já desconfiava – Disse ele.

E, ao lembrar de Rima, me lembrei do festival.

- Ah, e eu tenho uma ideia – Falei de repente – É sobre o festival da escola essa sexta.


Notas Finais


Olá, não se esqueçam de deixar um comentário dizendo o que achou do capítulo, se precisa de melhoras e quais são as expectativas para o próximo! Sério, isso é muito importante pra mim e eu to louca pra saber as opiniões de vocês!
No parque as coisas andaram um pouquinho, será que no festival vai andar muito como Amu espera? E ela e Ikuto, como ficam ainda mais depois daquele maravilhoso acidente? Não percam o próximo capítulo que sai semana que vem!
E é claro, pra quem vai fazer a prova, bom enem! Vai dar tudo certo ♥
Bjão ♥


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...