História Playing with fire - Imagine Jin (BTS) - Capítulo Único - Our love is on fire

"Meu amor está em chamas
             Agora queime, querido queime
             Brincando com fogo"

S/n

Acordei um pouco tonta sentindo minha cabeça latejar levemente. Olhei ao meu redor e percebi que estava, infelizmente, no maldito porão. Mas, o que eu havia feito para ir parar lá? E como eu fui parar lá?

Minhas perguntas obtiveram suas respostas ao ouvir o barulho de vozes, que eram tantas que podiam ser ouvidas levemente do porão, e ao passar minha mão direita pelo rosto, notando um cheiro já conhecido por mim: clorofórmio. Meu pai havia me feito dormir outra vez para me arrastar para esse ambiente escuro e sombrio. Eu odiava ficar aqui.

Minha mãe morreu há cerca de 3 anos, e é esse o exato tempo que vivo esse inferno. Anos antes de morrer, minha mãe se separou de meu pai por ele ter se transformado em um alcoólatra que batia muito nela, porém para a minha desgraça, meu caminho se cruzou com o dele novamente. No dia em que ela morreu, pedi para me deixarem em um orfanato, mas então, fui mandada para a mansão gigantesca do meu querido papai (entenda a ironia) e passei a sobreviver o inferno. Para meu progenitor, eu era um problema sem solução aparente, já que desde que cheguei, ele briga mais com a bruxa da minha madrasta e ainda acha que eu sou o motivo do desvio de pensamentos de seu filho do meio: Jung Hoseok.

Hoseok ou Hobi, como o chamo, é o único com quem posso contar. Desde que cheguei, o menino de jeito doce e brincalhão, se mostrou bem mais do que se mostrava quando estava perto daquele velho e agradeci aos céus por ter algum aliado ao meu lado. Descobri também alguns segredinhos do menino, como o fato de ele ser gay, mas eu também tinha os meus segredos sujos.

Olhei melhor o porão onde estava e me lembrei de todas as festas da alta sociedade empresarial que meu pai me jogou aqui embaixo, afinal, ninguém sabia do casamento inicial de meu pai, que trazia junto dele, seu alcoolismo, que parece não existir mais.

A porta do porão rangeu, e notei que alguém a tentava abrir. Assim que notei a porta se abrindo, me encolhi no canto onde estava com medo de que fosse ele, e de que fosse me bater assim como todas as outras vezes, vezes essas que ficarão marcadas para toda a minha vida.

- Maninha? Você está bem? É o Hoseok! - o garoto alto falou entrando.

- Hobi! Céus, obrigada! Eu estava com tanto medo de que fosse ele! - falei, recebendo um abraço do mais novo.

- Eu nunca mais deixaria aquele monstro encostar em você. Preciso te tirar daqui, ok? Mas para isso, teremos que contar uma mentirinha e você terá que se disfarçar. - falou como se falasse com uma criança, e me entregou a roupa masculina pedindo que eu a vestisse.

Me disfarcei de homem da alta sociedade empresarial, logo notando um outro rapaz atrás de meu irmão, que agora estava virado de frente para mim, já que estava de costas para eu me vestir.

- Espera...Tae? Ah minha nossa! Tae, é você!

Corri para os braços do garoto soltando risadinhas baixas mas alegres enquanto ficava enroscada no pescoço do mais alto, fazendo meu irmão sorrir de orelha a orelha. Kim Taehyung era o namorado (não oficial, devido ao velho, que além de nojento ainda era homofóbico) do meu irmão, e era um grande amigo, já que frequentava a casa porque seu pai era um dos sócios de nosso pai.

Passamos por todos sem maiores suspeitas e eu pude entrar em meu quarto e relaxar, soltando um gritinho de susto ao ver um rapaz adentrar o quarto com uma rapidez impressionante.

- Desculpe a demora. Eu tive que dar um jeito de fugir do pessoal lá embaixo.

- Meu amor! - falei pulando em seu colo, o fazendo me segurar firmemente entre seus braços.

- Pessoal, eu vou lá no quarto com o Tae para nós terminarmos de arrumar as mochilas, vamos embora daqui hoje mesmo. Arrumem suas coisas que daqui a pouco passamos aqui, ok? Temos que esperar um pouco porque a festa acabou de começar e tem muita gente chegando, para fugir vai ser mais difícil.

- Fugir? Hoje já? Meu Deus! - falei, logo correndo em direção ao meu guarda-roupa cheio de minhas simples roupas, colocando todas rapidamente em uma mochila grande que tinha.

Jin soltou uma risadinha e ao ver que eu havia parado no centro do quarto, veio em minha direção, me abraçando pelas costas colocando seu rosto na curva de meu pescoço.

"A minha mãe me diz todos os dias
             Para ter cuidado com os homens
             Porque o amor é como brincar com fogo e eu posso me machucar"

- Nem acredito que hoje finalmente nos livraremos dessa família infernal que você tem. - falou distribuindo leves selares em meu pescoço me fazendo arrepiar. - Eu não aguentava mais, ter de suportar a sua meia-irmã. E meus pais, muito menos.

- Fico bem feliz que seus pais aprovem nosso relacionamento, e que estejam nos ajudando na fuga. Eu realmente não aguento mais. - falei sorrindo, logo arfando ao sentir a mordida que Jin deu em meu pescoço. 

Ok, ele queria me levar à loucura. O pior, é que estava conseguindo.

"Minha mãe pode estar certa
             Porque quando eu vejo você, meu coração fica quente
             Porque ao invés de medo, minha atração por você fica maior"

Jin me virou em sua direção, tomando meus lábios em um beijo suave, porém intenso. Eu confesso que tinha um certo receio do que viria a seguir, ou melhor, do que aconteceria se alguém visse o que aconteceria a seguir. Mas, não é como se eu tivesse muita sanidade quanto estava perto dele, meu coração ardia em chamas, assim como minha pele, e eu parava de agir com um pingo sequer de razão. Se meu coração era um iceberg, hoje ele estava mais para inferno.

- Jin, não podemos fazer isso aqui, e se alguém ouvir? Será nosso fim.

- Isso não vai acontecer se você ficar quietinha. - falou sorrindo malicioso.

"Eu não posso parar esses tremores
             Que continuam, continuam e continuam
             Eu quero me jogar totalmente no seu mundo"

Sorri para Jin e ataquei seus lábios com fervor, logo notando estarmos indo em direção à cama, que parecia muito convidativa aos nossos corpos. O homem me deitou na cama, encerrando nosso beijo, para caminhar até a porta e a trancar, fazendo um sinal de silêncio com seu dedo indicador. Comecei retirando o paletó e a camisa social que eu vestia, sem quebrar um minuto sequer o contato visual. Seu olhar exalava luxúria e desejo, e eu amava deixá-lo assim.

Jin então, engatinhou pela cama e, me deitando novamente, começou a atacar meu pescoço e colo com chupões e mordidas, que antes não podiam ser feitos por causa de meu pai e minha madrasta, mas agora, não importava mais. O mais velho passava suas mãos sem nenhum pudor por todo meu corpo, fazendo questão de mordiscar meus lábios com vontade. Cada mínimo contato seu com minha pele, me fazia arfar e querer muito mais. Eu estava em chamas.

"Olhe para mim, olhe para mim agora
             Você está me queimando e eu não posso fugir
             Nosso amor é como brincar com fogo
             (Oh Oh Oh)"

Fiz questão de perceber que ele tinha muita roupa cobrindo seu corpo, então, retirei seu paletó e sua camisa social, indo em direção ao seu cinto, sendo parada por ele, que me deitou na cama mais uma vez, e com uma rapidez absurda, retirou meu sutiã rosa rendado, passando sua língua por meus mamilos já rijos pela excitação sem qualquer aviso prévio, me fazendo gemer baixinho.

- Xiu, _______. Quer que eles ouçam que eu estou fazendo coisas nada puras com você aqui dentro deste quarto? E minha imagem de bom moço onde fica? - falou me fazendo rir, logo retirando a calça masculina e os sapatos também masculinos que eu vestia, me olhando completamente malicioso. - Eu adoro os conjuntos rosa que você usa, e acho que faz isso para me provocar, não é? Pois será punida por me torturar dessa maneira. - falou sorrindo maldoso, logo retirando a última peça que me cobria de seu olhar faminto.

"Meu amor está em chamas
             Agora queime, querido queime
             Brincando com fogo
             (Oh Oh Oh)"

Se inclinou sobre minhas pernas, que se encontravam esticadas, tentando esconder o tamanho da excitação que sentia, logo as abrindo, me deixando totalmente exposta para ele, fazendo com que desse curtos selares em minhas coxas e virilha, fazendo-me estremecer. Ele era bom com torturas e brincadeiras, mas seria difícil aguentá-las sem fazer nenhum barulho.

- Fique bem quietinha, prisioneira. 

"Meu amor está em chamas
             Então não brinque comigo garoto
             Brincando com fogo"

Jin então, posicionou sua boca em minha intimidade, passando toda a extensão de sua língua por meu clitóris, fazendo com que eu me agarrasse aos lençóis tentando não gemer. Começou com movimentos lentos, sempre olhando para mim, como se estudasse minhas expressões, logo aumentando a rapidez me levando às nuvens. Meu corpo queimava feito o inferno e a sensação era ótima. Logo introduziu um de seus dedos na tortura, me fazendo soltar um gemido sôfrego. Jin não diminuiu a velocidade de sua língua, e quando eu estava quase lá, ele parou.

- J-Jin, não pare, por favor. 

- Você vai gozar comigo, bebê. - falou levantando e retirando as peças que ainda o cobriam, o fazendo soltar um suspiro aliviado. - Vamos ser rápidos, ok? Não quero que ninguém nos atrapalhe. - assenti.

Seokjin então, se posicionou entre minhas pernas e introduziu seu membro completamente ereto, me fazendo gemer alto, porém, conseguiu diminuir o barulho devido ao beijo dado na hora certa. Eu estava muito sensível. Começou seus movimentos de vai e vem rápidos e precisos, tocando em meu ponto sensível algumas vezes, me fazendo arranhar suas costas com mais força, gemendo baixinho. Seus gemidos em sincronia com os meus, eram baixos e roucos, sua voz melodiosa deixando tudo mais excitante.

"Oh não, eu já vim de muito longe
             De repente, nada disse é mais um jogo
             O amor é vermelho como fogo
             Então sopre o vento de maneira que faça ele crescer"

Palavras sujas saiam de nossos lábios em formas de gemidos, aumentando toda a excitação que sentíamos. Jin aumentou sua velocidade, sem deixar de beijar-me para abafar os gemidos, porém a cama que rangia loucamente, dava uma pequena ideia do que fazíamos. 

Senti meu corpo ficar mais tenso e o prazer vir como uma onda forte ao bater nas pedras, então, arranhei mais as costas perfeitas de Jin, soltando um gemido longo e baixo em seu ouvido ao sentir o ápice vir, e com ele, os tremores e sensação de moleza. Percebi também, que Jin havia chegado ao mesmo tempo que eu, e que estava tão cansado quanto eu, já que se deitou na cama tentando regularizar a respiração.

- Você é única. - falou se virando para mim, recebendo um sorriso meu. - Nenhuma garota vai ser você, _______. E é pelo fato de eu ser tão sortudo, que eu te amo. Amo muito, garota. Obrigado por poder me fazer feliz, e eu espero, ser o cara da sua vida.

- Você será, Kim Seokjin. Você é a pessoa ideal para mim. - sorri, deitando em seu peito, dando-lhe um selinho em seguida.

Eu o amava muito, e era por esse único e maravilhoso motivo, que eu irei fazer a maior e melhor loucura da minha vida. Talvez eu esteja sendo sim, precipitada, mas o amor é uma doença para a qual não existe cura. E na verdade, se o amor era uma droga, pois então, que ela seja injetada diretamente nas minhas veias, porque eu quero sentir todos os dias de minha vida as emoções que sinto ao lado dele: o homem que amo.

"Isso é um remédio ou um veneno? Nem minha mãe sabe
            Há um ladrão no meu coração, mas por que a polícia não sabe?"

Depois de uns minutos para nos recuperarmos, me vesti com uma roupa leve e peguei minha mochila com algumas roupas, sendo seguida por Jin, que também pegou sua mochila, e nos dirigimos ao quarto onde o casalzinho gay estava. Batemos na porta e V atendeu com um sorriso no rosto, nos dando o sinal de que tudo estava pronto. Notei que eles ainda terminavam de se vestir, o que me dava indícios de que não éramos os únicos a ter feito coisas nada puras no quarto.

- Tudo pronto e separado? - assentimos. - Então vamos concretizar o melhor e mais louco plano de nossas vidas. Aquele que as mudará para sempre! - fizemos o nosso toque especial e nos retiramos com cuidado do quarto.

Ao sairmos do quarto, nos dirigimos à varanda e lá, pulamos a grade e descemos por uma escada bem posicionada até o jardim, onde um motorista dos pais de Jin nos esperaria. Iríamos em direção à casa de praia dos Kim, onde lá, poderíamos esquecer das preocupações e dos problemas.

"Derrame seu óleo no meu coração ardente
             Beije ele até ter uma conclusão
             Eu não sei, mas sinto falta dele
             Este é o vício passado, esse amor é rachado
             A cor do meu coração está preta"

Meus batimentos acelerados e o sorriso no rosto apenas provavam o quão feliz de estar ali com o meu irmão, o meu cunhado - e agora, grande amigo - e o meu amor. Eu esperei anos para estar feliz assim, e mesmo que eu tenha marcas que nunca serão apagadas, sofrimentos que não sairão da memória e lágrimas que nunca secarão, eu creio que na vida tudo tenha um propósito, e eu confesso que sofri mais do que pensei que pudesse aguentar, mas do que eu queria suportar, mas eu me agarrei a ideia de que tudo ia passar, de que tudo fora apenas um sonho ruim. E não me arrependo de estar cometendo essa loucura com e por aqueles que amo. Eu estava brincando com fogo, sim, mas a vida me ensinou a não me queimar mais.

"Eu não posso parar esses tremores
             Que continuam, continuam e continuam
             Eu quero me jogar totalmente no seu mundo

 Olhe para mim, olhe para mim agora
             Você está me queimando e eu não posso fugir
             Nosso amor é como brincar com fogo
             (Oh Oh Oh)
             Meu amor está em chamas
             Agora queime, querido queime
             Brincando com fogo
             (Oh Oh Oh)
             Meu amor está em chamas
             Então não brinque comigo garoto
             Brincando com fogo"

Estava olhando a paisagem pela janela do carro totalmente preto quando Jin tocou minha mão levemente e a puxou para si, beijando-a. De súbito, me assustei com o gesto, logo depois sorrindo. Eu amava aquele garoto e amava suas mudanças de humor e personalidade. Jin olhou no fundo de meus olhos como se pudesse ler-me, e me permiti ser observada, até que um sorriso brotou em seus lábios.

- Eu sei que não é a melhor hora, nem o melhor lugar, _______, mas eu queria e preciso te dizer o quanto eu te amo e o quanto eu te quero ao meu lado para todo o sempre. Sei que nós enfrentamos barreiras e barreiras por aquilo que acreditamos e por aqueles que amamos e é por isso, meu amor, que eu gostaria de saber se você deseja namorar comigo. Esse é um pequeno passo para a nossa longa vida juntos. E então, _______, você aceita? 

- Claro que eu aceito meu amor! É simplesmente tudo que eu mais quero. Desejo que não pare nunca de incendiar meu coração como faz todos os dias. Eu amo muito você.

- Eu te amo muito mais! - falou sorrindo aberto enquanto colocava o anel em meu dedo.

"Eu não posso controlar
             Este caminho flamejante está se espalhando muito rápido
             Não me pare
             Só assim este amor pode queimar até esta noite"

Ele era algo como a gasolina que faltava para as minhas faíscas, que pareciam apagadas em meu coração congelado, mas apenas esperavam a oportunidade certa, com a pessoa certa, para mostrar ao que vieram. Ele era definitivamente a pessoa que eu escolhi para toda a vida. 
 

"My love is on fire."