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História PlayList - Cap.06 - Deu medo...


Escrita por: enLUArada_Sissi

Notas do Autor


Oi apareci... quem está lendo a Fic, está gostando?

Capítulo 6 - Cap.06 - Deu medo...


 

POV Isabelle 

Descemos para o almoço, e conheci Juliano e sua esposa Natália com seus filhos Fabio e Clara, de 8 e 5 anos, respectivamente. Fabio era um mini-Henrique e Clara se parecia muito com a mãe Natália. As crianças chegaram ansiosas para ir para piscina.

Ambos correram para Rique que se ajoelhou pegando ambos no colo. Causando gargalhadas nos pequenos.
Fingiu desequlibrar-se dizendo que tinham crescido e estavam gordos. Clara faz bico respondendo que era magra. Fábio ficou todo feliz fazendo pose de forte. Rique os beijou colocando-os no chão.

- Tio Rique nós trouxemos presentes, mas são surpresa, não conta. Shiuuu!!! - fez Clara com o dedinho na boca.

- Clara você é fofoqueira.  Silêncio. - ralhou Fábio.

Eles eram fofos. 

Clara de personalidade forte lembrou de se apresentar à mim: - Oi. Você é a nova Carmem? Você também vai ser ciumenta e chata e meu tio vai te mandar ir embora da fazenda um dia? Você gosta de cavalos ou tem medo como a Carmem? Seus olhos não são azuis como os da Carmem, parecem os olhos do tio Henrique. Eu sou a Clara. Não sou Clarinha, já cresci, ouviu o tio Rique falando como cresci? - Filha, calma, assim ela vai embora de medo de tantas perguntas. Prazer sou Natália, sua cunhada e mãe da “grande” Clara. – Rimos e trocamos beijos de cumprimento.

Parecia que eu não ia me cansar de me apaixonar por aquela família. Mas já não gostava da ex de Rique, a tal da Carmem. Naquele momento resolvi ignorar que ela um dia havia existido na vida dele.

- Oi tia nova, vem ver os troféus que meu pai e o tio Henrique ganharam em festivais de música e no karatê. Estão lá no salão de jogos, mas a vovó não deixa mexer, pois são dos “meninos dela”. -  falou fazendo uma careta, o mini-Henrique.

Os acompanhei até o salão de jogos, vi os tais troféus e pedi que Henrique me contasse a história de cada um deles. Adoraria tê-los assistido nesses festivais e concursos de música.Vi as crianças correrem para irem para a piscina. .

- Henrique, porque entristeceu com as palavras de Clara sobre sua ex ? - eu não conseguia deixar de pensar que era ela que ele ainda amava.
 

POV Henrique

Eu ainda não conseguia contar o real motivo de minha tristeza.

Carmem não significava nada além de dor e decepção. Olhei para ela abri a boca e fechei.

As lágrimas vieram aos meus olhos e pude ver lágrimas represadas nos da Bel.

- Nã... não é nada dis-disso - gaguejei segurando o choro das lembranças. Cortei o pouco espaço que nos separava e a abracei deixando algumas lágrimas silenciosas virem abaixo. Sentia o leve e adorável acariciar de seus dedos em minhas costas.

Lembrar de algumas cenas ainda era dolorido demais. Não conseguia verbalizar. Não ainda. Mas precisaria contar a Isabelle e correr o risco do abandono. Esse era o certo, ela merecia poder escolher.

POV Isabelle 

Dei dois passos para atrás me soltando de seus braços e cruzando os meus na altura do peito como quem precisa defender-se do que via. O choro de Rique por um amor, que deveria ser passado, as vésperas de seu aniversário me deixava claro que eu tinha me entregue demais. 

Voltaria domingo a São Paulo e me manteria afastada. Ele teria espaço para procurar Carmem e eu usaria meu trabalho intenso para o esquecer. Eu não aceitaria ser um "caso step" na vida de ninguém, nem na vida de Henrique.

Talvez eu descobrisse que não o amava, como havia descoberto em relação a Anderson.  Talvez Henrique fosse uma paixão de férias.

- Henriqueee! - Aninha, já de biquíni e  estonteante, gritava por ele. - Vamos, junte-se a nós na piscina. - chamou-o com as mãos, me ignorando, o que no momento foi ótimo. 

Nos viramos, já recompostos. Eu caminhei rápido para a cozinha e me ofereci para ajudar no preparo do almoço. Mas como tudo estava pronto apenas ajudei Natália a colocar a mesa.

Henrique abraçado a Aninha se juntou a Juliano e Sr. Edson que se ocupavam das crianças na piscina e de um barrilzinho de chopp.

Sentia constantemente o olhar de Rique sobre mim.
Ele estaria me comparando a ex na convivência com sua família?

POV  Henriqu

Ela era perfeita e eu estava sendo um canalha. Eu teria que libertá-la. Teria que abrir mão do meu sol particular e voltar ao meu mundo nublado.

 

POV Isabelle 

Os dois dias seguintes foram intensos. Vários amigos de Henrique passaram pela fazenda para parabenizá-lo.

Eu brinquei muito com as crianças, gargalhamos na piscina, nos divertimos no salão de jogos e até plantamos  manjericão na hortinha próxima a cozinha. Rique teve pouco tempo para estar conosco. E por três vezes enquanto esteve vi nuvens de lágrimas no seu olhar. Aquilo me doía e eu não compreendia. 

Ele dormiu por duas noites completamente embriago. Agarrado ao meu corpo como se estivesse a beira de um precipício. E por algumas vezes gemeu como se estivesse tendo sonhos ruins. Rique estava contraditório. Eu relaxei para nosso bem, não podia decifrá-lo. Não podia criar caso ali, naquela data. Logo estaria de volta em casa e teria comigo ótimas lembranças daquela família.  A família que um dia sonhei ter. Eu tinha me decidido: iria me afastar, a tristeza dele me destruía. .

O domingo amanheceu, era seu aniversário.  Adoraria tê-lo acordado com café na cama. Porém Dona Maria faria uma mesa esplêndida para toda família. Surpresa para Rique.
Eu coloquei meu presente, um lindo relógio dourado, desejado por ele, em uma caixa repleta de balões de gás,  todos com formato de coração com o texto: Happy Birthay. Sem cartão. Eu poderia confessar o amor que ele rejeitaria em simples palavras, melhor não escrevê-las. Deixei o presente no meu lugar da cama e fui para o banho. 

POV Henrique 

Acordei ao me virar e bater em algo duro. Sonado identifiquei ser uma caixa colorida que eu abraçara procurando Bel.

Lindo observar os balões voando pelo quarto ao deixá-los escapar da caixa. Me perdi sorrindo alguns minutos e percebi o lindo estojo de couro que abrigava o relógio que vinha paquerando. Ela era admiravelmente atenciosa, pois eu nada tinha mencionado apenas o observado em uma vitrine ou outra.

Ouvi o som do chuveiro. Me embebedar não aplacava o desejo por ela. Apenas me impedia de me apaixonar mais a cada vez que a possuía. Será? Invadi o banheiro. A visão de Isabelle de olhos fechados lavando os cabelos só me fez querê-la com urgência... 
 

- Tio Rique! Tio Rique! Tio Rique! Tio Rique! - e batidinhas na porta interromperam minha intenção. Enfiei a cabeça na água gelada da torneira da pia e enxugando os cabelos fui de pijama atender a porta.

- Tio Rique!!! Feliz aniversário gritaram juntos Clara e Fabinho. - me ajoelhei para receber os abraços daquelas crianças tão amadas. 

Na ponta da escada Juliano esperava com um pacote enorme em mãos.

- Mano , te amo "véi". E estou aqui para tudo. Tudo mesmo. - me abraçou.

- Valeu! Comprou um elefante? -falei abrindo o pacote. E o abracei forte quando vi que se tratava de um lindo violão. 

- Obrigada mano, é lindo! Irei usá-lo hoje no Beterrabas.

- Daremos um show Rique. Você merece comemorar a vida. - se empolgou Juliano. - Bom dia Bel. Desculpem se atrapalhamos algo -riu Juliano quando a viu se aproximar de nós de cabelos molhados, de mãos dadas às crianças, prontos para descer.

- Vamos tios, vamos papai. Estou "esfomido". - gargalhei pegando Fabio no colo e puxando Bel e Clara em direção a cozinha. - Ju encosta a porta, por favor! 

 

POV  Isabelle

Tivemos um verdadeiro brunch. Ficamos na mesa comendo, conversando e felizes até ter passado das duas da tarde.

A noitinha estávamos prontos, depois de mais uma tarde na piscina, para irmos ao barzinho no Centro de Lorena, onde os meninos tocariam. Tocavam por pura diversão em alguns barzinhos.

Rique saiu do banheiro quando eu acabava a maquiagem.

Depois de um olhar da cabeça aos pés, ainda apenas de toalha, se aproximou pelas costas beijando meu ombro nu. O vestido era uma frente única. 

- Seria muito ruim eu estragar toda essa produção? Fui interrompido pelas crianças de manhã, agradeci várias vezes a água gelada da piscina que me ajudaram a não agarrá-la naquele biquíni. E esta impossível agora.

Henrique me virou encostando-me na parede de espelhos levantando minha perna e descendo as mãos até encontrar o salto do sapato e gemeu alto ao tirá-lo. Soltou essa perna repetindo o ato com a outra.
Nosso beijo era profundo, lento e doce.

- Ri... que, - gaguejei. - não podemos esperar pela volta? 

 

POV Henrique

- Não.  Não será mais meu aniversário e quero esse presente - reclamei com meu nariz colado ao dela, acariciando seu seio, sentindo-a arrepiar ao meu toque. Enlouqueci.

Soltei a toalha da minha cintura e afastei sua calcinha sentindo-a encharcada.

- Inferno... como você é gostosa. - com a outra mão levantei toda saia do vestido a penetrando em um só golpe, ouvindo-a gritar enquanto eu chamava seu nome, sentindo-a muito apertada. Com minhas estocadas urgentes e febris, ela se contorcendo em meus braços, ambos presos em um beijo melado, gozamos juntos após poucos minutos.

A clássica "rapidinha" tinha sido a melhor da vida, como meu melhor presente de aniversário.

- Pelo menos não estraguei toda a maquiagem. - sussurei no seu ouvido, ainda abraçado a ela. Ela se afundou no meu pescoço, sorrindo, me dando um tapa na bunda.

- Claro, estou suada e com você escorrendo pelas minhas pernas. - ironizou e se soltou voltando ao banheiro, me deixando perdido e nu em frente ao espelho.


[...]
 

- Henrique quero te pedir para darmos um tempo. - gelei,  engolindo a comida que ficou sem nenhum gosto.
 

- Posso pelo menos entender o motivo? - perguntei me lembrando o quanto a minha cena de ciúmes no Beterrabas, há dois dias atrás, havia sido ridícula. - Pensei que houvesse compreendido que verdadeiramente me arrependi pela forma que agi na outra noite Bel. - falei bem devagar.

- É... não foi legal por parte de seu amigo me tratar como uma qualquer só por ter visto fotos minhas em revistas de moda,  como também não foi legal o seu piti. - ela se mantinha séria. .

- Então esse é seu motivo? - parei de tentar comer. . .
 

- Não, não é.  Ou é um dos motivos, mas não o principal.
 

O que eu teria feito? Franzi a testa forçando me lembrar de alguma outra mancada minha. .

- Bel, olha, - precisava ser cauteloso - estamos em um restaurante de beira de estrada,  temos mais 50km para chegar a sua casa e eu planejei dormir lá com você. Teremos a noite toda para esta conversa,  ok?

Com um gesto de cabeça ela concordou. Mas sua expressão havia passado de séria para triste.

No carro liguei o som em uma tentativa de mudar o clima tenso que nos rodeava.

- Bel escolhe no meu celular o quer ouvir. - era uma atitude constante eu oferecer sem receio meu celular a ela. Mas o oposto não ocorria. Ela me escondia algo? Alguém?

(- Henrique, - ela pronunciou meu nome completo, evitando intimidade - pode escolher o melhor para você que é quem está dirigindo. Em poucos minutos ela adormeceu.

Segui embalado pela música e meu medo.

Ela estava certa, eu mentia, ela devia se defender de mim.  Mas eu conseguiria me manter sem seu calor ?

 

Eu estava com ela no colo pronto para subir as escadas em direção ao quarto. O porteiro do condomínio implicou um pouco por eu não querer despertá-la mas ao consultar meus documentos constatou que minha entrada era liberada. E eu estava determinado a colocá-la na cama e evitar o assunto "dar um tempo". 
 

POV Isabelle 

Eu me sentia uma pluma nos braços de Henrique mas sabia que tínhamos que conversar.

- Não prefere que eu suba pelas minhas pernas? - acariciei sua barba.

- Não,  me deixe levá-la. Adoro te encher de mimo.
Ele era carinhoso mas eu tinha visto sua tristeza dos últimos dias. O que ele realmente sentia?

Na cama, antes de nos aprontarmos para dormi eu abracei ele bem forte e voltei no assunto.

- Sabe eu estou me apegando a você e não sei se isso é bom Rique.

- E por qual motivo não seria? - ele me apertou mais me dando um beijo na testa.

- Eu fui muito mimada pelos meus pais e ficar sozinha aos 15 anos me fez amadurecer e aprender que ninguém estará aqui para sempre, e de alguma forma entendi que eu não mereço alguém que esteja. E você esteve triste por vários momentos essa semana. Eu sinto que não sou sua ex, não a substiturei e você tem o direito de perdoar seja lá o que o tenha ferido e ficar com ela. Você a ama . Não quero...- eu já estava aos prantos.

Ele estava gelado e eu inundava seu peito de lágrimas.

- Bel, entenda, eu fui muito amado mas sou do mato, me comunico melhor com os bichos do que com pessoas. Nada me faria voltar para Carmem eu não a amo.  E a tristeza que viu foi apenas o meu lamento por um passado que não teria acontecido se você tivesse vindo antes... não quero tempo, quero você, cada dia tenho querido mais.

Ele não diria nada sobre me amar...amanhã eu falaria... adormecemos apenas puxando o edredom sobre nosso abraço. 

POV Henrique .

Eu não podia despejar a verdade sobre ela ainda. Eu o faria amanhã.

 

 "...

Deu medo

Aí me segurei pra não chorar por dentro

Quase cheguei a te odiar nesse momento

Meu coração quase parou naquela hora

E matamos nosso medo

Abraçados corpo,alma e coração

E o Sol nasceu mais cedo

Acendendo outra vez nossa paixão
..."

 


Notas Finais


Até o próximo pessoinhas. 😘😘😘


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