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História PlayList - Cap.07 - Duas vidas


Escrita por: enLUArada_Sissi

Notas do Autor


Olá !! Vamos de amorzinho, brigas e reconciliação.
Eita casal melado.

Capítulo 7 - Cap.07 - Duas vidas


Fanfic / Fanfiction PlayList - Cap.07 - Duas vidas


POV Isabelle 
 

- Bom dia, vou lamber a ponta do seu nariz! Tenho aula e trabalho hoje. - Estou com fome e preciso de um banho. - ele se espreguiçou e em um movimento rápido lambeu meu nariz. 

- Ahhh Rique, eu só ameacei. -  Adoro esse narizinho. - lambeu mais uma vez e gargalhou com minha cara de nojo. - Gatinha de estimação Bel. 

- Tome banho e desce para tomarmos café na padaria doutor. - falei indo terminar de juntar meu material. Pensado que a história de "dar um tempo" havia sido insegurança minha.

Decidimos que Rique ficaria dez dias comigo em São Paulo e aproveitaria para fazer um curso livre de hotelaria, pois andava pensando em abrir outro hotel.

O restante do mês Juliano me pegaria de helicóptero nos finais de semana me levando a fazenda ou ao hotel, onde estivesse Rique. Isso até começarem as férias para eu ficar o mês com Rique.

Naquele mesmo dia ele me levou a faculdade onde entramos direto à biblioteca. Eu retiraria emprestado alguns livros que ele usaria.

- Oi Belinha - cumprimentou Anderson quando saíamos do prédio, beijando minha bochecha. - Oi, - sorri - este é Henrique meu namorado. - Prazer cara. Te desejo maior sorte que a minha. - falou piscando irônico e entrando na biblioteca.

Eu soube que Henrique iria me questionar. - Acho que preciso entender a que sorte ele se referia Isabelle. 
 

- Bom Rique, Anderson foi meu namorado por dois anos. Eu tentei, mas não o amei. Apenas o magoei e me magoei. 

- Você considera isso azar dele ou sorte nossa? - sorriu. 

- Que sorte a nossa... - cantarolei ficando na Ponta dos pés. - Depois te conto os detalhes  que quiser sobre o Ander. - dei um selinho nele. 

- Sim... falamos disso depois , vá para aula. 

POV Henrique

Sai dali tentando controlar o ciúmes louco que estava sentindo. E foi reforçado ao ouvi-la chamá-lo pelo apelido.
Talvez meu ciúmes fosse reflexo da minha situação.  Já  que me culpava por não contar minha história toda. Dirigi ensaiando o meu diálogo com Bel. Estava na hora dela saber a verdade.

Adiar e perdê-la seria mais difícil. Porém não contar poderia significar mais momentos inesquecíveis ao seu lado.

O que eu deveria fazer? 

Iria esperar e conversar com Juliano,  ele iria me ajudar. Ele já havia se colocado a disposição para essa conversa. Ali pensando viajei por todo o acontecido há um ano atrás. Lembrar me trazia as dores reais do acidente... Eu era incanpaz de esquecer.

Chorei... sozinho como em outras centenas de vezes.
 

 

Juliano me deu uma grande bronca, mas a melhor da minha vida. 

- Henrique tudo que você passou foi horrível, mas nossos pais e eu cuidamos para que você chegasse nesse momento com tranquilidade, se for amor será muito fácil lidar com essa situação. Bastará acessar a clínica e seguir os procedimentos. Mas se é amor há confiança e seu comportamento não é de alguém que confia e ama. Por favor Henrique saia do vitimismo. 

- Certo Juliano, você tem total razão, estou dificultando tudo. - eu realmente me sentia incompleto, por isso me colocava como vítima, o medo de não ser aceito me movia. 

- Vocês se amam? - me perguntou Ju, mais para me provocar do que para saber a resposta. 

- Eu a amo. Acredito que ela também, apesar de essas palavras nunca terem sido ditas. - me lembrei que até nas músicas eu não me confessava amando, sempre falava em paixão.

Eu sabia que Bel era extremamente sensível e receosa quanto a se entregar. As dores de perdas muito grandes quando ainda era muito nova tinham a deixado sempre na defesa.

Estávamos sendo covardes? Um esperando o outro confessar o amor? Eu iria resolver isso. 

- Ju, me leva para São Paulo? - meu olhar implorava. 

- Agora? Amanhã eu vou buscá-la Rique, e tocamos amanhã no Beterrabas. - indignou-se Juliano. 

- Por favor manin, eu preciso urgente dizer que a amo. - o abracei forte.

 

POV Isabelle

A rotina estava puxada, as férias se aproximavam e eu precisa entregar o projeto de software que compunha meu trabalho de graduação e não podia rejeitar a ajuda de Anderson. Ou isso ou passar as férias ainda longe da rotina diária de Henrique.

Eu sei que o ciúmes do Rique é grande, insegurança boba eu considerava. Depois de explicado ele entenderia.
Amanhã Juliano me levaria até ele. Valia a pena. Eu repetia a mim mesma, tentando me convencer de que Henrique compreenderia. Eu vinha mantendo alguns cuidados carinhosos para manter Henrique participativo e não possessivo. Todos os trabalhos fotográficos que eu fazia, eu enviava as fotos aprovadas para Henrique antes da publicação, pedia sigilo devido a ética profissional mas evitava cenas como a que tinha acontecido em seu aniversário.

Mas na verdade esse ciúmes me incomodava. Porque tanta insegurança? Porque não confiava em mim? Nesse momento tive um insigth: conversaria com Cristina, ela me contaria sobre as inseguranças de Rique.

...

- Você nunca o esqueceu. Estou me sentindo um idiota. – me aproximei tentando abraçá-lo, para mostrar que eu o amava, mas ele se esquivou e se afastou ainda gritando.

- Não me toque! Eu vou para casa, hoje à noite tocarei no Beterrabas e amanhã vou para a fazenda. Conversamos na terça-feira. .

- Henrique, vai passar o final de semana fora e não me deixará ir com você? Por uma briga boba, ciúme infundado? Vai tocar no bar que eu mais gosto na sua cidade e não te ouvirei? – choraminguei honestamente triste com a situação. 

- Você passa a noite fora “estudando” -  fez o gesto de aspas com as mãos quando disse estudando – com seu ex-amante e não se preocupa com os meus sentimentos. Então estou te dando a chance de perceber que sou “magoável”, posso me cansar de ficar sempre em segundo plano. Estou farto desta cidade, preciso dos meus cavalos, estou com saudades do mato.

- Eu estava ESTUDANDO. E SEU trabalho sempre esteve acima de nós e eu nunca te desrespeitei. Eu tenho direito de ter uma carreira, eu não viverei a sua sombra – gritei a todo pulmão, me sentindo tonta.

Virei as costas e desci as escadas em direção a cozinha, batendo os pés. Sabia que o tinha colocado a refletir.
Realmente havia passado a noite estudando com o Anderson, trabalhando muito no novo projeto de software que estávamos construindo para a faculdade. Eu julguei que um dia havia amado o Ander, agora nada mais existia, Henrique era meu mundo, o meu grande amor, tudo antes dele era engano.

Entrei em casa ao amanhecer e encontrei uma linda mesa de jantar com flores ainda posta. Meu coração chorou.
Henrique ainda acordado, tocando violão, disposto a brigar. 
Eu não tinha forças, uma fraqueza anormal e o sono me dominavam, o deixei falando e dormi no meio do choro, por quatro horas.
 

Acordei preocupada com ele. Coração dolorido. Cabeça doendo. Ele arrumava a mochila como quem seguiria viagem, e essa discussão começou quando perguntei onde ele pensava que iria sem mim. 

Eu o entendia, mas não iria permitir que ele agisse comigo como se fosse meu proprietário, eu não era um dos cavalos dele. Se queria uma égua treinada e obediente que namorasse uma delas. Ri sozinha com esse pensamento e fui lavar a louça do dia anterior.

Depois de uma meia hora ele desceu com a mochila pronta e o violão a tira colo. Lentamente se aproximou de mim. Mesmo de costas na pia pude sentir o calor aumentando com a aproximação. Henrique me abraçou me beijando o pescoço. 

- Desculpe Isabelle, eu me excedi. Eu tinha uma noite incrível planejada. Perco a cabeça só de imaginar que alguém pode te ter mais do que eu. Precisamos conversar sobre nós e então toda essa correria, ansiedade irá passar e voltaremos a viver em férias.

Eu me virei e o beijei. Ele tinha razão existia uma tensão entre nós que estava fazendo mal. 

- Eu vou ficar sozinho e te deixar sozinha. A saudades nos fará bem. Sinto falta da fazenda e ainda tem muitos detalhes no hotel que precisam ser resolvidos. Eu preciso estar lá para resolvê-los. Eu o beijei doce e profundamente, me agarrei a ele com saudades antecipada. 

- Faz amor comigo antes de ir? Eu odeio brigar com você.

Ele soltou a mochila e o violão no chão e sussurrou no meu ouvido:

- Agora, meu doce! – eu pude sentir sua excitação instantânea ao meu pedido. Rique me levantou em seu colo nos levando para o sofá na sala de TV.

O beijo era urgente febril, a tensão da briga seria desfeita em sexo. Ainda parcialmente vestidos estávamos deitados, encaixados, nossa dança. 

Não fiquei deitada. O empurrei suavemente me fazendo entender. Comecei o despindo da jaqueta e camiseta enquanto o beijava lentamente. Invadia sua boca exigindo mais e mais profundidade. Desci o beijando todo o peito e afastando suas mãos de meu corpo por mais de três vezes.
Quando me aproximei do cós da calça o beijando e mordiscando ele não demorou em abrir o zíper do jeans. Livrou-se em segundos da cueca e da calça.

Eu queria experimenta-lo.

POV Henrique

Depois daquela minha explosão de ciúmes e felizmente para mim, ela quis fazer amor. 

Essa era minha surpreendente Bel. Ela já havia descido pelo meu corpo, beijando meu queixo até o pescoço, depois deslizou por meu peito até a cintura, subindo levemente a saia, de um jeito quase inocente, para se ajoelhar na minha frente.

Mas não… uma vez no chão, ela continuou subindo a saia até chegar à cintura. Com uma mão, ela se tocou entre as pernas; com a outra, me encontrou pronto.Fechei os olhos, precisando acalmar minha mente enquanto ela me acariciava e, sem hesitar, me tomou em sua boca. Uma sucção quente e molhada desceu e subiu, mais forte da segunda vez, enquanto ela se ajustava à sensação.

Enquanto eu passava as mãos desesperadamente em seus cabelos ela soube que eu queria mais rápido, e quando minha cintura comecou a se mover, ela soube que não deveria provocar, eu estava perdendo o controle.

Olhando para baixo, percebi que ela estava observando minha reação… é claro que estava. Seus olhos se arregalaram e mostravam uma doçura - ela parecia fascinada. Tenho certeza de que sua expressão era exatamente igual à que eu fazia toda vez que a via prestes a gozar com meu toque.  Sem dar tempo para ela reagir me soltei de sua boca e a puxei para o sofá. 

- Me deixe sentir seu gosto doce. - falei abrindo suas pernas e tirando sua calcinha.  Passei minha língua por toda sua intimidade, até cobri-la, fazendo-a perder o controle, uma lambida lenta de cada vez. Eu a queria com a cabeça girando, louca. Esfreguei minha barba em suas dobras internas, sobre seus pelos escorregadios e úmidos. Chupei a pele excitada entre os grandes lábios e, quando me concentrei no clitóris , o corpo dela tremeu.

Pausei.

Eu me deitei sobre seu corpo e a penetração foi lenta.. estávamos prontos. Segundos antes de gozarmos Bel encostou no meu ouvido e falou: - Eu te amo! – gemi alto e explodi dentro dela.  Meu grito nos levou as estrelas juntos. 

- Você sabe onde mora cada uma das rachaduras da minha alma. Te amo Isabelle! Te amo minha Bel! – soltei meu corpo sobre o seu enquanto regulávamos a respiração.

 

Tomamos o café da manhã juntos e  parti para a fazenda. 

Se ela tinha ciúmes? Sim. Mas parece que entendia que se havia uma rival, um segundo amor na minha vida, esse amor era a fazenda.

 

Não podia pedir ao Ju para me buscar; fui para a rodoviária e comprei passagem para o próximo ônibus.  Chegaria no hotel no início da tarde. Aproveitaria a viagem para dormir um pouco. A noite havia sido longa e sofrida.
Ao acomodar o violão nos meus pés vi o papel rabiscado enfiado na capa. Me sentei o segurando.

O li e corrigi dois versos. Essa seria a nossa música. 
Dizem que depois de uma tempestade sempre vem a calmaria. Hoje tinha sido assim. Depois da noite em claro, da briga, a reconciliação perfeita. Cantarolei me lembrando do terror que senti ao imaginá-la com outro. A dor no meu peito chegou a ser física. Compor tinha sido meu lenitivo, amá-la era minha maior felicidade. 
...
O que acontece toda vez que eu olho nesses olhos seus?
Faço mais de mil perguntas
E às vezes até acredito
Que as nossas duas vidas já viveram juntas
Se o meu violão acaso desafinar
Ou se eu não tiver voz pra cantar
Nada vai impedir de dizer e provar
Que essa vida eu só vivo pra te amar..."

 

Eu queria sua companhia todos os dias. Queria vê-la sorrir, enxugar suas lágrimas e sempre que pudesse evitá-las, e quando fosse inevitável consolá-la.

Queria ser parte da sua rotina, vê-la dormir e descabelada acordar. Vê-la estudar e sua testa franzir ao ficar atenta, vê-la ser fotografada, poder fotografá-la, acompanhar seus sonhos mais malucos. Ouvir seus gritos excitados quando punha um cavalo a galope.  Inalar seu perfume ao afundar meu rosto em seus seios perfeitos.
Segurar suas mãos entre as minhas pelo prazer de tê-las perto. Queria me encantar com seu andar rebolado. Senti-la estremecer ao meu toque e poder me render à um simples sorriso safado. Queria o frio na barriga constante e o calor do seu abraço.  Admirar seus cabelos ensolarados. Seu olhar cheio de fases, enluarado. 

Queria minha vida enroscada a vida dela.

Eu contaria o que tanto escondia, não mais temia. Pois se eu a perdesse teria valido a pena amá-la.



Notas Finais


Até o próximo amorecos...


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