História Please - Hugs

"Então, hoje é o primeiro dia.

Irei fazer isso para lembrar-te o quanto eu te amo. O porque eu te amo tanto, os motivos, as lembranças. Tudo o que eu amo em você.

Acho que isso vai ser bom para nós dois. Mas, antes de começar, vou explicar porque tive essa idéia.

 Já expliquei sobre aquele dia, não foi? Quando ler, você vai saber como senti-me. Para muitos, se soubessem da verdade, eu teria exagerado. Naquele dia eu poderia ter escolhido brigar com você, dizendo que você estava desconfiando de mim. Mas eu simplesmente não pensei nisso, meu cérebro mergulhava cegamente no medo de perder-te.

 A melhor parte do meu dia era você. Sempre foi e sempre será. Como eu ficaria se de uma hora para outra tirasem-me você? Vazio, provavelmente. Eu não teria mais com quem implicar, quem mimar, amar, alguém que me fizesse sentir-me especial.

É por isso que agora, faço isso. Quero mostrar o que sinto verdadeiramente. Quero dizer com o máximo de detalhes o que me faz amar você, que surgiu em minha vida de uma forma tão sútil. Pouco a pouco tornando-se tão importante, que viver sem seria destruidor. Quero que descubra tudo o que meu simples órgão bombardeando em meu peito sente. Toda a minha alma, da forma mais sincera que nem eu mesmo nunca cheguei a ver.

 O motivo inicial, o primeiro de tantos, é um dos meus favoritos, se assim posso dizer. Abraços. Os seus abraços.

 O meu tipo de abraço favorito seu é aquele no qual nossos corpos ficam de frente um para o outro e seus braços chegam a tocar o fim de minha cintura. Passo minhas mãos a sua volta, o máximo que consigo. Meu rosto apoiado em seu dorso. Ah, te abraçar é tão bom. Traz uma sensação de paz sentir o seu cheiro. Não ouço seu coração bater, pois tudo ao redor parece perder o som. Esse seu tipo de abraço é aconchegante. Sinto nele os mais belos dos sentimentos que você carrega consigo.

Eu amo te abraçar. Sinto-me tão bem, seguro, em paz. Esse seu abraço, o meu favorito, tem um quê de familiaridade. Nunca senti isso abraçando outro assim, mesmo que sendo na mesma posição. Seu abraço é como casa. A minha casa, meu porto seguro.

 Meu outro tipo de abraço é aquele em que você pousa o queixo em meu ombro e ali mesmo fica. Nossas mãos envoltas umas nas outras. Já é algo tão natural.

Quando eu estou com raiva de você, geralmente você me abraça por trás. Você fica ali até que eu te perdoei por algo que tenha feito, balançando-me de um lado para o outro. Fica ali até que eu desista e vire-me para você, tornando um abraço recíproco. Acho que nunca consegui ficar com raiva de você por muito tempo.

Oh, agora um muito importante também. O abraço ladino que você dá-me quando dormimos juntos. Não sei se você já notou, mas sempre em algum ponto da noite seu braço pousa sobre minha cintura. Agradeço por esse tipo de abraço. Significa que mesmo subconscientemente, você me quer próximo a si. Ao menos, é a desculpa que arranjei para isso.

 Oh, olhe! Acho que escrevi demais e nem sequer consegui explicar tão bem alguns pontos. Falar sobre seus abraços me fazem voar para longe, pois paro para imagina-los, lembrá-los. É como se ainda sentisse a mesma sensação de que senti quando aconteceram.

 Eu amo seus abraços. Por favor, sempre abrace. Quando se é abraçado por alguém de que se gosta, torna-se especial. Lembre-se disso. É um ato bem simples de se fazer, então não custa nada. Abrace mais. Abrace-me mais, se não for pedir demais. Até."