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História Please, Die! - Plano Inicial


Escrita por: FanfictionMe

Capítulo 10 - Plano Inicial


POV Rose

— Rose, você já deve ter percebido pelas conversas que ouviu que eu estou magicamente debilitado. — Começou Riddle em um tom profundo. — De fato, eu poderia apontar esta varinha para você e murmurar um Avada Kedrava e nada acontecer. — Ele suspirou, enquanto eu o olhava com a sobrancelha erguida. — Você está ligada a mim Rose, assim como meu filho, Hunter. Ele já faz de tudo para me fortalecer, fortalecendo a própria magia dele, o que me afeta positivamente. E é só isso que eu quero de você Rose, quero que fique mais forte.

— Você quer que eu fortaleça minha magia? — Ele concordou com a cabeça. Dei um sorriso adoravelmente cínico. — Me manda de volta para Hogwarts, é aprendendo que ficamos mais fortes, sabia? Eu não sou uma bruxa não formada, não acho que consigo fazer muita coisa sozinha.

— Ah, mas eu não disse para fazer isso sozinha. — Ele deu um sorriso travesso, com uma malícia explícita. Um arrepio quente percorreu meu corpo. — Existe um tipo de magia que pode te fortalecer muito mais rápido e Hogwarts geralmente dá aulas para se defender dessa magia.

Arregalei os olhos não crendo nas palavras que saiam da boca de Tom. Ele mantinha o sorriso, todo irônico, quase como que enxergando a guerra que tinha se iniciado dentro de mim.

— Você sonha alto demais Riddle. — Retorqui, exasperada. A fachada dele de bom moço foi se desmanchando rapidamente, o ódio retornando aos seus olhos. Aparentemente, as chances de um acordo pacífico haviam terminado.

— Você vai querer mesmo me desafiar sua traidora do sangue?! — Gritou ele, batendo com força uma de suas mãos na mesa. Todos os objetos sob ela pularam. — Quem disse que você tem opção?! Eu vou matar cada um da sua família, do pior jeito possível…

— Com qual poder Riddle?! — Gritei, me levantando da mesa e a empurrando para trás. Eu estava cansada de ser a garota certinha que obedeceria qualquer um sem pensar duas vezes. — Se você não pode me machucar, quem dirá eles! Você não tem seguidores, você não tem nada, você é só um ser patético com medo da morte! — Vociferei sem pensar nas consequências do que havia dito, mas elas vieram bem rápido.

Ele não podia me machucar com a varinha, mas podia muito bem me machucar com sua força física bruta. Tom avançou em minha direção, com uma espécie de raiva líquida no olhar, eu podia sentir que ele queria me machucar e eu poderia jurar que muito. Mas bem na hora Hunter entrou no local, novamente e rapidamente afastou o Riddle ensandecido de perto de mim.

— Você não pode machucá-la, eu já te disse um milhão de vezes. — Falou Hunter contrariado, soltando rapidamente Tom, que voltava a colocar uma expressão de orgulho em seu rosto. — Rose, sai daqui, já! — Gritou ele voltando sua atenção para mim.

— Não enquanto esse bruxo metido a rei do mundo prometer que não vai fazer nada contra a minha família. — Eu disse em voz alta, com um a autoridade que não parecia pertencer a mim. Minha família não tinha sido a melhor possível, mas, ainda assim, era minha família. — Vocês não podem me machucar, então o que vai fazer se eu não sair?

Hunter revirou os olhos e Riddle parecia perto de explodir, seu rosto pálido ganhando contornos avermelhados, com o ódio explodindo ao seu redor. Tom sentou-se novamente, enquanto Hunter se sentava do meu lado.

— De todas suas características, ela tinha que absorver logo seu desprezo pelas regras Milorde? — Disse Hunter em uma pergunta retórica cheia de sarcasmo. Tom se limitou a bufar e afundar o rosto sob as mãos. Eu podia que sentir que não poder me machucar o irritava bastante. — Rose, sua família não vai ser machucada, ok? Tudo que queremos é que colabore conosco.

— Colaborar para a morte de milhares de inocentes? Eu acho que não bebê Riddle. — Hunter fez uma cara incrédula ao ouvir o apelido, mas ouvi um riso abafado que indicava que, de algum modo, Tom estava rindo do meu pobre trocadilho.

— De volta para o porão Weasley. — Foi tudo que Hunter disse, se colocando de pé para me levar até lá. Fiz uma breve reverência irônica para Riddle e segui Hunter em direção a minha prisão.

Hunter abriu a porta do porão e fez um gesto indicando que eu já deveria descer. Passei na sua frente e comecei a ir em direção ao primeiro degrau, mas um puxão delicado me impediu. Hunter tinha se aproximado do meu ouvido e eu podia sentir sua respiração quente em meu pescoço.

— Você só vai resistir por enquanto Weasley. — Sussurrou ele e meu coração disparou sem pudor. — Você ainda vai ser minha princesa das trevas docinho.

E com essa brincadeira um pouco cruel com meu psicológico frágil, ele me deu um empurrão leve me fazendo ir para o primeiro degrau e fechou a porta atrás de mim.

Tom Riddle, Hunter Riddle, Sala de Jantar, Mansão em local desconhecido, atualmente.

— Já a coloquei de volta no porão. — Disse Hunter, sorrindo para o pai. Ele voltou a se sentar e a se servir dos pratos que estavam na mesa.

Lorde Voldemort estava furioso, ele queria estraçalhar aquela pequena garota ruiva insignificante, jogar uma maldição imperdoável sob ela e a deixar ali, sofrendo. Mas ele não podia fazer isso enquanto aquela estúpida fosse ligada a ele e isso significava que ele não poderia a machucar enquanto ela vivesse. Por que de todos os seres do mundo tinha que ser justo aquela garota infernal?

— Ela não vai nos ajudar e ela sabe que não podemos fazer nada contra ela! — Bufou impaciente Voldemort, olhando distraidamente seu reflexo jovem na louça de prata que estava na mesa. Ele se sentia desconfortável naquela forma. — Sem ela meu poder vai ficar reduzido, como vou atrair seguidores sem nem ao menos poder executar uma maldição imperdoável?!

— Calma Milorde. — Disse Hunter, em um tom confiante. O garoto não estava tão desesperado quanto o pai, ele havia notado fraquezas na garota que o Lorde jamais notaria. Voldemort parecia jovem, no entanto, sua mente era de um adulto. Ele não notava a fragilidade da garota adolescente, com hormônios a flor da pele e implorando por carinho, atenção, coisas que haviam lhe sido negadas nos últimos anos. — Existe um jeito de convencê-la, é mais simples do que imagina. Ela é uma garota, não um monstro de sete cabeças.

— O que você quer dizer com isso? — Retrucou Riddle, em um tom áspero e cortante, para tentar esconder a curiosidade evidente. Ele não fazia ideia de como convencer a ruiva, mas não queria admitir que seu filho poderia ter sido mais perspicaz.

— Digamos que um jeito de convencer ela é seduzindo ela. — Hunter deu um sorriso malicioso, para se fazer compreender por completo. — Ela não faria isso para nos ajudar a lançar uma nova onda de trevas no mundo, mas qual garota não faria algo pela pessoa por qual está loucamente apaixonada?

— Então você está sugerindo que tentemos fazer ela se apaixonar por um de nós? — De algum modo aquilo era incômodo para Voldemort, ele nunca havia gostado ou entendido o que era amor. Sua experiência com mulheres se resumia a encontros puramente carnais e sem significado, embora já tivesse lidado com meia dúzia de mulheres tolamente apaixonadas. — Eu tenho o mundo mágico para conquistar, não posso perder tempo com isso.

— Acredite, adolescentes não levam tanto tempo assim para se apaixonar. — Disse o filho entre risos, ele achava cômica a falta de tato com mulheres de seu pai, mas jamais admitiria isto em voz alta ou então Voldemort o faria em pedaços. — Além disso, você deveria ter aprendido algo com sua última derrota. Dumbledore lhe disse milhares de vezes, o amor é uma magia poderosa. Imagine até onde um Impedimentum apaixonado poderia nos levar!

Avaliando bem, talvez Hunter tivesse razão, pensou Riddle. O que haveria de mal em tentar? Um dos dois acabaria tendo sorte e ele não podia simplesmente ignorar o fato de que precisava da ruiva e ela não estava disposta a ajudá-lo. Se ele precisasse fazer ela se apaixonar para isso, ele faria.

— Está bem. Esse será nosso plano inicial então. Fazer Rose Weasley se apaixonar por um de nós.

POV Rose

Murta já tinha saído da sua lamentação interminável e voltado a ser minha amiga. Na melhor das hipóteses, ela era uma quebra do silêncio bem-vinda. Minha cabeça girava em torno da insinuação de Riddle de que eu teria que praticar magia das trevas e assim eu não conseguia absorver os lamentos sem fim de Murta. Eu apenas a olhava e assentia, em uma concordância sem um pingo de sentido.

Eu também não conseguia parar de pensar em Hunter sussurrando que eu seria a princesa das trevas dele. Eu deveria encarar isto como uma cantada? Ou só como mais uma tentativa descarada de me manipular? Murta parou seus lamentos ao notar que minha atenção era mínima, virando-se novamente para a parede emburrada. Eu só poderia agradecer por aquilo.

Ouvi a porta ranger e se abrir, revelando um Tom Riddle de expressão muito simpática parado diante as escadas. Ele trajava roupas trouxas, uma camisa de mangas longas preta e uma calça jeans escura. Não importava que fossem roupas trouxas, a aura maléfica e ainda sim desconcertantemente bela estava ali. Revirei os olhos e fingi estar estranhamente interessada no chão.

— Rose, vem cá. — Havia uma espécie de ternura fingida em seu tom de voz. Haha, acha que eu sou tão estúpida assim? Ecoou minha consciência em minha cabeça. Eu não era nenhum prodígio, mas poderia identificar uma tentativa de manipulação barata. — Vamos Rose, por favor.

Sorri com a falsa educação dele. Era assim que ele queria brincar? Que fosse então. Me levantei e comecei a andar em direção a escada, recebendo um olhar fuzilante da minha amiga fantasma.

— Por que ela pode sair e eu não?! — Queixou-se Murta. Olhei para Tom, vendo sua expressão amigável mudar rapidamente para uma mistura letal de raiva e desprezo. Pelo visto, Murta virar um fantasma não era um dos fatos que lhe agradava.

— Porque ela não é horrorosa como você Murta. — Disse ele com um sorriso cínico. Murta guinchou e se colocou imediatamente a chorar desesperada e Tom ampliou seu sorriso. Eu não sabia se deveria aceitar aquilo como elogio ou uma provocação vazia para Murta, ainda assim sorri internamente enquanto subia a escada.

— Você não vai ficar mais aqui Weasley. — Disse Tom quando eu cheguei até ele, com uma expressão calma. No entanto, havia um brilho de cólera em seus olhos e isso não me passou despercebido. Eu assenti, tentando entrar em seu jogo.

— Ah não? — Disse com uma voz falsamente aliviada. Ele pareceu acreditar, pois deu um sorriso que poderia ser encarado como um sorriso de vitória. Ele enroscou seu braço no meu e senti um arrepio percorrer todo meu corpo ao contato. Controle-se Weasley.

— Não, acho que é te torturar demais te deixar com aquela fantasma irritante e birrenta. — Ambos rimos e eu poderia apostar que eram risadas falsas de ambas as partes. Todo o clima amistoso era tão falso que chegava a ser palpável. Eu sabia que ele também não estava acreditando na minha representação, mas por enquanto, ambos continuaríamos a fingir. — Você vai ficar em um dos quartos, no mesmo corredor do que o meu e de Hunter.

Havia uma malícia clara no modo em que ele havia pronunciado a última frase, mesmo assim, eu não era capaz de descifrar o motivo. Apenas assenti falsamente mais uma vez, sem querer denunciar meu desespero interno. Ele não desistiria de seu objetivo tão facilmente, assim como eu não desistiria da minha determinação.

— Este é seu quarto Rose. — Ele disse apontando uma imensa porta de madeira em um corredor com mais duas portas idênticas. Virei a maçaneta e empurrei a porta, me deparando com um quarto extremamente luxuoso, que certamente era muito melhor do que meu porão escuro e cheio de pó.

— Hm, está bem. — Eu falei me virando para ele, eu simplesmente não agradeceria meu sequestrador, atormentador de sonhos e pior bruxo das trevas de todos os tempos. Finalmente sendo sensata Rose, resmungou minha consciência. Entrei no quarto e ele permaneceu por alguns segundos na porta, me observando. Ergui uma sobrancelha enquanto dava um sorriso despreocupado.

— Bom, até mais tarde Rose. — Disse Tom, saindo da frente da porta e me deixando cheia de pensamentos extremamente confusos.



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