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História Please, Die! - Acordo


Escrita por: FanfictionMe

Notas do Autor


Desculpem-me pela a demora absurda, sério. Estive doente e não pude postar :/
Mas essa semana vou atualizar mais. Se der tudo certo posto novamente mais tarde, se não amanhã mesmo eu posto <3
Sobre o nome dos shipps, eu ainda estou pensando, vou colocar opções aqui no próximo capítulo e vocês decidem ;)

Capítulo 16 - Acordo


POV Rose

— Weasley, por favor anda logo! — Ouvi Tom gritar no lado de fora do quarto. Revirei os olhos e continuei a me maquiar, será que ele não sabia que mulheres demoram para se arrumar quando vão em um encontro? — Rose, eu vou derrubar a porta, tô falando sério!

— Que saco Tom! — Falei extremamente indignada ao abrir a porta e encarar ele encostado na parede. — Tá satisfeito?

— Não, nossa, você está horrorosa com um olho maquiado e o outro não, vai arrumar isso. — Disse ele com um sorriso de canto, obviamente a provocação tinha dado certo.

— Eu vou te matar Tom Riddle. — Falei lentamente, pelo modo que sua expressão de zombaria mudou rapidamente para uma expressão de medo eu deveria estar realmente assustadora. Ele imediatamente correu e eu sem pensar duas vezes o segui. — Volta aqui seu sonserino de araque!

Consegui alcançar ele e dei uma série de pequenos socos em seu braço. Ele mal podia respirar de tanto rir. Ele facilmente pegou meus dois braços e os parou no ar. Ele ficou me encarando com aquele sorriso de criança que tinha aprontado e conseguido se safar. Tentei ficar brava com ele, mas eu simplesmente não conseguia. Oh Merlin, no que eu fui me meter?

— Vai terminar isso Weasley. Eu vou te esperar lá na sala, mas vai logo dessa vez. — Ele disse e me soltou, com um sorriso brincalhão nos lábios.

Imediatamente, eu voltei para o quarto e consegui terminar a maquiagem que eu estava fazendo. O resultado, ainda assim, não foi tão bom. Você é muito sem graça, disse minha consciência. Essa ela acertou em cheio. Só que como eu não tenho uma poção polissuco de alguma modelo internacional, isso aqui vai ter que servir.

— Por favor, me leve em algum lugar cheio de gente feia, assim eu vou me enturmar rapidinho. — Falei desanimada ao chegar na sala. Se eu estava desanimada, Tom estava justamente o contrário. Ele parecia muito feliz e se levantou do sofá em um pulo.

— Ai, ai, Weasley. Vem aqui Rose. — Falou ele com leve toque de malícia em sua voz. Minha vergonha me impediu de dar um único passo, eu estava paralisada. — Weasley, como vamos aparatar em conjunto com você há um quilômetro de mim?

— Explicasse então. — Resmunguei enquanto caminhava em sua direção. Quando eu estava suficientemente próxima, ele me puxou e me prendeu em seus braços. Ele estava me abraçando, me envolvendo completamente com seus braços. — Precisa me abraçar para isso?

— Não para isso, mas eu realmente preciso te abraçar. — Disse baixinho, mais para ele do que para mim. Senti meu rosto esquentar, mas não fingir não ouvir.

Depois de uma leve sensação de desconforto, a mansão ficou para trás. Abri os olhos ainda me sentindo tonta, mas o abraço apertado de Tom me manteve no lugar. Era um parque, tinha uma imensa área verde muito bem cuidada. Havia um pequeno lago com a água de um azul cristalino e vários bancos e mesas brancos, que deixavam o local quase mágico. Algumas pessoas passeavam, outras estavam sentadas nos bancos e algumas crianças corriam sem parar. Mesmo assim, o lugar estava praticamente vazio devido seu imenso tamanho.

— Gostou? — Perguntou Tom com um sorriso convencido nos lábios. Minha expressão animada estava me denunciando, obviamente eu tinha adorado.

— É perfeito. — Falei sem conseguir me conter e seu sorriso aumentou. Ele pegou minha mão e me guiou até uma das mesas. Sentamos de frente um para o outro. Reparei que ao nosso lado havia um quiosque um pouco mais atrás, provavelmente iríamos pedir algo.

— Que bom que gostou. — Disse ele e eu sorri de volta. Eu tinha passado tanto tempo na mansão que tinha me esquecido que o lado de fora poderia ser agradável também. O parque estava me fazendo lembrar dos terrenos de Hogwarts e do lago. — Quer pedir algo?

— Pode ser. — Respondi, um tanto envergonhada. Isto não é um encontro, é manipulação pura, resmungou minha consciência. Apesar de saber que era essa a verdade, eu não queria pensar nisso. Era a primeira vez que eu estava tendo esse tipo de experiência romântica, não importava se era manipulação ou real. Eu só queria me sentir amada um pouquinho.

Tom se levantou e foi até o quiosque, enquanto eu fiquei esperando. Ao observar aquelas famílias felizes com seus filhos, não pude deixar de pensar na minha família. Eu realmente não estava fazendo falta alguma? Como eles não notaram meu sumiço? Senti lágrimas começarem a se formar e imediatamente as sequei e respirei fundo, tentando me acalmar.

— Trouxe chá e leite e alguns bolos doces. — A voz de Tom me despertou da minha espiral de tristeza. Sorri para ele para disfarçar, seu rosto alegre significava que não havia nenhum vestígio de tristeza em meu rosto. — Como quer o chá?

— Clássico mesmo. — Ele sorriu e colocou um pouco de leite no meu chá e fez o mesmo no dele. Começamos a comer e beber, mas eu não podia manter o clima agradável por mais tempo. — Tom, por que você me trouxe aqui? O que você quer?

— Eu tenho que querer algo em troca? — Ele suspirou e me olhou com uma expressão triste. Que atuação, comentou minha consciência.

— Eu sou sua prisoneira, não sua amiga. — Respondi e a raiva logo transpareceu em suas feições delicadas. Mas o que ele queria? Ele simplesmente não podia fingir que eu era mais uma de suas seguidoras, eu não sou uma aliada.

— Se é minha prisoneira, considere-se livre. Vai embora então. — Ele deu os ombros e fechou o rosto. Eu não conseguia dizer nada e nem me mover. Ele estava falando que eu poderia embora nesse momento, mas eu não queria ir. É sua chance, disse minha consciência. Só que eu não estava disposta a ir embora.

— Você me mataria se eu fosse. — Falei. Ele abaixou a cabeça e riu, sem me deixar ver seus olhos. Ele balança a cabeça em uma negativa. Parecia que eu tinha falado algo muito estúpido.

— Eu sou capaz de muitas coisas para chegar até onde eu quero. — Começou ele um tom ameaçador, se inclinando sobre a pequena mesa para aproximar o seu rosto do meu. — Te matar não é uma dessas coisas Rose Weasley.

— Só por causa do feitiço, apenas por causa disso. — Retruquei e seu olhar se encheu de raiva. Sorri de maneira sarcástica, apenas para irritá-lo. — Você não tem nenhum outro motivo para me manter com você.

— Se você acha… — Resmungou ele e se jogou para trás, fazendo a cadeira ranger. Ele estava de braços cruzados e uma expressão de descontentamento, revirei os olhos para ele. — Falando nisso, você não estava.

— Não estava o quê? — Perguntei, sem entender nada. Ele abriu um sorriso mínimo, que o deixava estranhamente bem distante da imagem de bruxo das trevas. Às vezes era difícil aceitar que ele era realmente o Lord das Trevas, ele parecia um garoto comum.

— Horrorosa. Você não estava horrorosa com um olho maquiado e o outro não. Você nunca está horrorosa Rose. — Imediatamente meu rosto se tornou rubro. Ele sabia muito bem manipular minhas emoções conforme ele queria. Mas como não senti nada com isso?

— Você é ridículo. — Respondi e ele riu abertamente. Ele sabia que eu estava constrangida com o elogio, uma vez que raramente eu recebia algum. — Mas você não me trouxe aqui para me elogiar não é mesmo?

— Se você quer assim Rose…Que seja, temos algo a discutir mesmo. — Sua expressão se tornou estranhamente séria. — Eu quero fazer um acordo com você.

— E eu posso recusar? — Indaguei com um sorriso. Obviamente ele não me daria escolha.

— Claro que pode Rose, você pode não acreditar, mas você sempre tem opções, você sempre tem uma escolha. — Ele se aproximou, inclinando-se sobre a pequena mesa. — Você quer ouvir ou vai continuar me acusando sem motivo?

— Fala logo. — Resmunguei. Claro, muita escolha, sendo que nem varinha você tem, falou minha consciência. Ele sorriu, percebendo minha contradição interna.

— Eu quero te propor algo Rose. Não podemos ficar para sempre nesse impasse. Ou você é minha aliada ou você é um obstáculo. Mas eu sou justo Rose. Eu quero te dar uma chance.

— Não estou entendendo nada. — Mas eu tinha entendido a ameaça subentendida em suas palavras. Eu não poderia me tornar um obstáculo para sua retomada ao poder.

— Assim, Rose, eu quero uma semana para te convencer a seguir o lado das trevas. Mas tem que ser uma semana em que você coopere com isso. Você não pode ficar negando cada coisa que eu propor.

— Nunca, nunquinha, jamais. — Falei, dando um grande sorriso. Eu não aceitaria fazer coisas das trevas, eu já tinha deixado isso bem claro.

— Me deixa terminar de falar. — Falou ele lentamente. Eu jamais tinha o visto tão… nervoso. Imediatamente me calei e me encolhi, ele ficava realmente assustador assim. — Eu tento de convencer em uma semana e eu também te dou uma semana para me convencer.

— Como assim? — Indaguei bastante confusa.

— Cada um de nós vai ter uma semana para convencer o outro a mudar de lado. Eu vou ter uma semana para te convencer a aderir ao uso de magia das trevas e você tem uma semana para me convencer de ser bom, por assim dizer. É o mais justo, não acha?

— Eu acho que você é louco, isso sim. — Respondi. — Não faz sentido nenhum isso, você não vai me convencer e eu não vou te convencer.

— Nunca se sabe Rose. O que tem de tão ruim em tentar? Não podemos ficar fingindo que está tudo bem enquanto estamos de lados opostos. Você pode me atrapalhar muito estando tão perto e tendo ideias opostas…

— Verdade Riddle. Mas você quer esse acordo porque tem certeza que vai me convencer, não o contrário. Eu quase não tenho chance. — Reclamei, era um desafio já previamente perdido.

— Rose, eu prometo tentar, prometo que é uma coisa justa para os dois. — Ele parecia aflito com a possibilidade de receber uma negativa da minha parte. — Só diz que sim, diz que aceita esse acordo. Eu nunca dei uma alternativa para alguém antes Rose. — Ele respirou fundo e prosseguiu. — Eu tenho agora a aparência de quando era jovem, mas Rose, eu já vivi muito. E eu fiz coisas ruins, mas necessárias para manter o poder. Eu não vou ser hipócrita e dizer que me arrependo, eu me arrependo mais dos meus erros que deixaram Dumbledore e o infeliz do Potter me derrotar. Mas em todos esses anos, estando no poder ou nas sombras escondido, eu só resolvia meus impasses matando quem não me obedecesse. Eu eliminava obstáculos, eliminava quem até não representava risco real. Você não sabe como isso é… novo para mim. Eu estou tentando, o que custa tentar também?

— Não é real. É isso que custa, a realidade. Você é o bruxo das trevas mais poderoso que já existiu e também o pior, você fez coisas… Você destruiu famílias. Não ouse fingir que existe a possibilidade de você mudar. Isso não é real, não há chance alguma. Você só quer me convencer a ser igual você.

— Rose, por favor. O pior que pode acontecer é tudo ficar igual. Eu não vou te obrigar a nada. Por que você não pode pelo menos tentar, hm? Eu estou tentando por você.

Revirei os olhos com raiva e o olhei. Ele parecia francamente desesperado.

— Que seja, vamos fazer isso. Apenas para provar que eu estou certa, isso é um teatro da sua parte.

— Se você não quer acreditar em mim, não precisa. Mas que bom que aceitou isso.

— Só me responde uma coisinha Riddle. — Sua expressão parecia curiosa, mas séria. Eu me inclinei na mesa e me apoiei no meu cotovelo. — Por que você está fazendo tudo isso por mim? Não é mais fácil me trancar em algum lugar. Por que diabos Tom Riddle, ou melhor, por que Voldemort está tentando algo por mim?

Ele não respondeu, apenas me olhou com uma expressão de agonia e … raiva? Eu não sabia definir sua expressão corretamente. Mas ele não respondeu, apenas olhava para suas próprias mãos.

— Vamos embora Rose. Já está tarde. — Ele falou, mas não me olhava, ficou mirando o céu que escurecia. Me senti estranhamente triste com a sua recusa de me olhar. Me levantei assim que ele saiu de sua cadeira. Tentei pegar sua mão, para aparatarmos, mas ele se encolheu ao simples toque e me olhou assustado.

— Não vai me responder então? — Perguntei quando ele finalmente entrelaçou sua mão com a minha, para voltarmos para a mansão. Ele me olhou, com um certo brilho nos olhos, impossível de definir corretamente.

— Vou Rose. — Disse ele. No mesmo segundo aparatamos. Ao chegarmos na mansão cambaleei para o lado, mas ele me pegou e segurou em seus braços. — Só não hoje Weasley.


Notas Finais


Capítulo revisado às pressas, algum erro é só avisar.


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