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História Please, Die! - Alianças


Escrita por: FanfictionMe

Notas do Autor


Eii pessoal, tudo bem? Sei que atrasei um pouquinho, mas aqui vai mais um capítulo, que contém uma revelação bastante importante...

Capítulo 17 - Alianças


Hunter Riddle, Mansão dos Frances, Central Lowlands, Escócia, atualmente.

A mesa gigantesca que existia na imensa sala de jantar dos Frances estava lotada. Nela, encontravam-se diversos parentes, vários Frances estavam ali naquela noite, mas também outras famílias ocupavam vagas na mesa. Alguns eram seguidores antigos e anônimos de Voldemort, outros estavam pela primeira vez buscando associação com ele. O fato de Voldemort, pela segunda vez, voltar da morte gerou um grande impacto no seleto grupo que ali estava. Ninguém ali duvidava que desta vez a vitória seria definitiva.

Contavam-se, ao todo, trinta e cinco bruxos presentes. Eram as únicas pessoas que sabiam do retorno de Voldemort e assim devia ser. O sigilo da sua volta era algo que o Lorde não mediria esforços para manter. A família Frances também estava garantido que assim seria, usando seu vasto patrimônio para impedir que a informação vazasse. Eles também tinham organizado aquele encontro, que deveria trazer apoio de várias famílias para a causa do Lorde das Trevas.

Todos conversavam em vozes abafadas, especulando se Voldemort em pessoa apareceria ali. Hugo Frances, anfitrião e patriarca da família, sabia que isso não aconteceria, mas deixou os rumores se espalharem. Ele sorria e levantava a taça em seus dedos como cumprimento cada vez que um novo bruxo aparatava. Por fim, a mesa estava totalmente ocupada. Quarenta bruxos estavam sentados esperando a reunião começar. Em uma das pontas se encontrava Hugo e a outra estava vazia.

Um estalo seco indicou uma aparatação no salão anterior. Todos olhavam atentamente a porta, esperando um homem alto e branco aparecer. No entanto, o esperado não aconteceu. Um garoto de cabelos castanhos e olhos claros adentrou a sala. Ele usava vestes bruxas negras, com detalhes prateados. O mesmo caminhou, enquanto os bruxos cochichavam, e sentou-se na ponta vaga da grande mesa. Alguns bruxos prenderam a respiração. Poderia aquele ser o Lorde das Trevas?

— Seja bem-vindo, Hunter. A família Frances está muito feliz por poder acomodar o filho do Lorde das Trevas. — O pronunciamento de Hugo fez os murmúrios acabarem e todos observaram o jovem na ponta da mesa.

— Obrigada, Hugo. — Respondeu Hunter. A falta de formalidade entre ambos era consequência de diversas visitas de Hunter a casa. Não era a primeira e nem a última vez que o filho do Lorde das Trevas vinha tratar de assuntos com os Frances. — Creio que a maioria aqui não me conheça. Sou Hunter Riddle, filho de Voldemort.

— Impossível. — Arquejou alto, um bruxo baixo e de barba longa e castanha avermelhada. Não tinha sido sua intenção ser ouvido e quando percebeu que sua voz tinha se destacado entre os presentes, ele encolheu-se em seu lugar. — Desculpe-me, perdoe-me, não f-oi minha intenção…

— Cale-se. — Hunter falou displicentemente, acenando com a varinha e calando o bruxo. — Bom, agora podemos continuar. Todos que estão aqui desejam se juntar aos esforços de Lorde Voldemort, correto?

A maioria murmurou uma concordância. Hunter contou três bruxos que não pareciam concordar com o que ele havia proposto. Ele novamente acenou com a varinha, mas dessa vez lampejos esverdeados saíram da mesma. Mesmo sem dizer nada, os lampejos acertaram os três, incluindo o bruxo baixo que havia se pronunciado anteriormente. Quando os corpos pesaram sobre as cadeiras e caíram no chão, um silêncio incômodo se espalhou pela sala.

— Desta vez, não aceitaremos traidores. — Sibilou Hunter, em uma voz que despejava raiva sobre os presentes. Até Hugo Frances se sentia um pouco ameaçado pelo mesmo. — Não haverá espiões, troca de lados. Garanto que desta vez vamos obter a vitória e não teremos piedade com os que sobreviverem. Todos aqui prometem obediência e fidelidade a causa?

— Sim. — Disseram todos os presentes, bem alto. Hunter sorriu satisfeito e lançou um feitiço azulado que pairou sobre todos. Em seguida, todos sentiram um frio os penetrando e tremeram. Feitiço de lealdade.

— Agora são todos oficialmente ligados a nossa causa. — Hunter ergueu uma taça de vinho e todos, ainda abalados, o seguiram e levantaram a taça, o acompanhando no brinde.

A refeição seguiu com outros assuntos, os bruxos especulavam sobre como a dominação poderia ser feita e riam da idiotice daqueles que ainda não sabiam da volta do bruxo das trevas mais poderoso de todos os tempos. O simples fato de saberem de seu retorno inflava o ego daqueles bruxos. Eles sentiam-se importantes, únicos, os verdadeiros escolhidos.

Conforme a noite seguia, os agora comensais iam aparatando para suas residências, até restar na casa somente os que ali viviam e Hunter. O mesmo segurava firmemente uma taça de vinho com uma expressão de raiva e frustração. Hugo percebeu a sua expressão, por um segundo pensou em não ir interromper, mas, pensando bem, ajudar o filho de Lorde Voldemort poderia lhe render bons frutos no futuro.

— Caro Hunter, há algo lhe causando irritação? Algo que os humildes servos de Lorde Voldemort possam consertar? — Disse Hugo com a voz carregada de gentileza e sutil devoção. Hunter revirou os olhos ao ouvir o nome pelo qual seu pai gostava de ser chamado.

— Bom, Hugo, tem tempo para uma verdade bruta? — Indagou Hunter com um sorriso maldoso. Hugo ergueu a sobrancelha, mas sentou-se na cadeira mais próxima possível. — Ele amoleceu, ele nem planeja matar mais! — Completou Hunter, gargalhando descontroladamente. Ele já havia passado da quantidade adequada de vinho, encontrava-se levemente bêbedo.

— Como assim? — Perguntou Hugo, um tom mais pálido. Tinha compreendido que o garoto falava do Lorde das Trevas, mas não podia acreditar nas palavras que saiam de sua boca.

— Lorde Voldemort planeja retomar o poder com o mínimo de mortes possíveis. — Disse Hunter, em um riso bêbado. — Pretende prender seus inimigos ao invés matar. — Completou com desprezo. Hunter apertou a taça com força e ela estilhaçou-se em sua mão. Ele não ligou para o vidro que insistiu em perfurar sua pele. Ele ia lentamente retirando cada pedaço da sua mão, com ar de desdém. Hugo permanecia paralisado, em choque.

— Não é possível! Jamais o Lorde das Trevas se comportaria assim. — Declarou Hugo, fervoroso. Hunter riu da postura ridícula do homem, tinha desprezo por pessoas que seguiam o seu pai. Seu horrendo pai. Ele tinha tanto ódio guardado para com o mesmo.

— Mas é verdade. — Falou Hunter, com a voz baixa e carregada de ódio. — Por isso, acho que devemos fazer uma aliança. Quero que todos aqui, no momento certo, aleguem lealdade a mim e não ao meu pai, inclusive você Hugo.

— Não, não! — Contradisse desesperado, Frances parecia atordoado. — E essa reunião? E sua lealdade para com o seu pai?

— Minha lealdade é ao poder. Como ele mesmo diz, só existe o poder, sem bem e mal. Se ele é fraco demais para se fazer tudo que é necessário, por que ainda o seguimos? Ele foi derrotado duas vezes e ainda seguimos ele como um bando de ovelhas estúpidas! — Vociferou Hunter, com sua fúria sendo totalmente liberada. — Me diga, você é ovelha ou lobo Frances?

— Lobo. — Respondeu prontamente o outro, fungando disfarçadamente. Ele parecia confuso com o rumo que a conversa tomava. — O que está me dizendo é que vamos lutar pelo seu pai, aparentemente e depois vamos nos voltar contra ele e seguir você?

— Exatamente. — Disse Hunter com um sorriso enorme. Em seus delírios bêbados ele já conseguia se ver como o líder do mundo e com certa garota do seu lado. — Voldemort já teve chances em demasia. É hora de outro bruxo das trevas assumir o mundo. Não serei tão idiota quanto ele, acredite. Será um verdadeiro reinado de terror.

— Então, conte com o apoio da família Frances. — Falou Hugo, calmamente. Hunter se perguntava se o apoio era real ou apenas um teatro, que chegaria até seu pai. Ele sorriu para Hugo que deu um sorriso amarelo em resposta. Em seu íntimo, Hugo ainda estava receoso, mas estava do lado do filho do Lorde Voldemort. Sua família tinha o seguido duas vezes e ambas, ele perdeu. Agora nem poder suficiente para assumir o controle ele tinha, por que deveria continuar seguindo ele?

— Obrigado Hugo. — Falou Hunter e Hugo assentiu. — Seremos bons amigos não é mesmo? Fiquei sabendo que você tinha o desejo de comandar Hogwarts, não é mesmo? Eu poderei providenciar isso quando chegar ao poder.

— Eu ficaria lisonjeado, Hunter. — Hugo murmurou, escondendo sua animação. Tudo que ele sempre quis foi governar Hogwarts e isso lhe foi negado nas duas vezes que Voldemort tomou o poder, em especial na última vez, onde Severo Snape, um traidor, fora escolhido por Lorde Voldemort para governar ao invés dele. — E o feitiço de lealdade que jogou hoje?

— Ah, sobre isso não há problema algum. — Disse Hunter, com um sorriso travesso. — Era um feitiço de lealdade a mim, não a meu pai. Em breve vou deixar claro para os demais bruxos. Espero conseguir o apoio da maior parte deles.

— Creio que isto não será problema, eles não desafiariam um feitiço de lealdade. — Respondeu Hugo em um tom bajulador. Hunter havia percebido e até mesmo gostado que fosse tratado assim. — Como deveremos lhe chamar? Certamente Hunter Riddle não é um nome que causa medo, com todo respeito.

— Sim, sim, eu tenho que pensar em um nome. — Falou Hunter, empertigando-se na cadeira, como se já fosse o rei do mundo. — Por um período de tempo me chame apenas de Príncipe das Trevas, depois eu pensarei em um nome mais apropriado.

— Como desejar, senhor. — Disse Hugo de prontidão, querendo agradar o seu mais novo senhor. Ele tinha aceitado tão rapidamente a proposta, que Hunter não conseguia deixar de duvidar da sua lealdade. Hugo também tinha medo, talvez fosse um teste de lealdade a Voldemort, o que significaria que ele estava falhando miseravelmente.

— Notícias de Anne? — Indagou com desinteresse, ele tinha trazido consigo um enorme estoque de poção polissuco, para garantir que não faltassem recursos para a garota.

— Hm, ela escreveu pedindo mais poção polissuco, eu enviei e foi só. Ela disse que estava tudo bem, mas que ela estava recebendo um excesso de atenção, no entanto, ninguém estranhou seu comportamento. — Respondeu Hugo, com o coração apertado de saudade da filha.

— Eu trouxe mais poções, deixarei elas no meu quarto. É o suficiente para dois meses, então no total, aqui na casa tem um estoque para dez meses, certo? — Hugo assentiu, confirmando. — Então prepararemos mais, quando o estoque aqui chegar a cinco meses, me avise.

— Certo senhor. — Murmurou Hugo. Ambos então se levantaram das cadeiras, Hunter com uma expressão tensa ainda e o Frances era o oposto, aparentava estar muito calmo e feliz. — Seus aposentos estão arrumados. — Hunter deu um sorriso fraco. — Se o senhor não deseja mais alguma coisa, irei me retirar para dormir.

— Pode ir Hugo. — Disse Hunter em um tom de tédio puro. Hugo não esperou uma segunda ordem e fez uma reverência e saiu apressado, em direção ao segundo andar.

Hunter caminhava lentamente na sala de jantar, de um lado para outro. Estava preocupado e tenso. Ainda não era bom o suficiente em Legilimência para saber se Hugo tinha sido sincero ou não em relação a sua lealdade. Tinha quase certeza que sim e ele poderia reforçar essa lealdade jogando charme para Anne Frances, que tinha uma imensa queda por ele. Como filha única, ela tinha sido mimada em excesso, principalmente por seu pai. Hunter sabia que ele fazia tudo que a filha pedisse, então, ele sempre teria uma carta na manga em relação a família Frances. Os outros bruxos já era uma história mais complicada.

Cansado de andar sem rumo algum, ele foi até a sala de estar e se jogou em um dos confortáveis sofás do local. Muitos sentimentos estavam lhe passando pela mente. Ele rodopiava sua varinha entre os dedos, com um sorriso maldoso. Ele derrubaria o pai a qualquer custo. Governaria o mundo mágico da maneira correta, todo o poder estaria em suas mãos. E ele também a teria, ela seria a cereja em cima do bolo, pensou rindo.

— Péssima escolha confiar em mim papai. — Falou ironicamente, para o nada. Ele estava sozinho na imensa sala da casa. — Sua queda vai ser ainda pior nessa terceira vez, eu não vou tirar só o poder de você, eu vou tirar tudo que você tem.

 


Notas Finais


Espero que gostem :D


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