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História Please, Die! - Eis Lorde Voldemort


Escrita por: FanfictionMe

Capítulo 9 - Eis Lorde Voldemort


POV Rose

Quando a massa dourada se transformou completamente em Tom Riddle, minha respiração parou. Mais belo do que eu poderia imaginar, do que todos os meus sonhos poderiam reproduzir. Pálido, alto, as feições delicadamente desenhadas, como uma pura ironia do destino alguém tão belo ser tão mau. Haviam semelhanças claras com Hunter, no modo em que seus rostos encontravam os ângulos certos para uma beleza assustadora, mas a energia que parecia emanar de Riddle era bem diferente.

— Estou como em meus dezesseis anos, é isso? — A voz fria e ao mesmo tempo delicada de Riddle ecoou pelo ambiente. Engoli seco, enquanto observava ele passar a mão pelo seu corpo. Abaixei os olhos envergonhada. Apesar de o conjunto total da situação ser bem ruim, eu só conseguia pensar em como era desconfortável Riddle estar ali…completamente nu. Pervertida, acusou minha consciência. — Ah, — ele finalmente percebeu sua nudez, olhando para baixo. Rose Weasley, olhe para o chão! — traga minhas vestes Hunter.

Admito que naquele momento, tinha esquecido que Hunter estava presente. Observei ele pegar algo que parecia um manto preto e entregar a Riddle. Ele vestiu rapidamente e aquelas vestes lhe deram um ar extremamente maléfico. Ele parecia não notar minha presença, com seus belos olhos nenhuma vez se desviando em minha direção. Senti meu coração acelerar consideravelmente, o que Riddle faria quando me visse? Por Merlin, o que seria do mundo bruxo agora que Voldemort havia retornado?

— Rose Weasley. — Levantei a cabeça que tinha enfiado sob os joelhos. Ah, era perverso o modo com que ele pronunciava meu nome. — Minha Impedimentum…Prazer em conhecê-la, eu acho… — Ele parecia divagar enquanto me avaliava com o olhar, podia perceber que ele estava mentalmente notando meu estado deplorável e as marcas de choro. — Sou Lorde Voldemort, mas acho que isso você já notou.

— Você é Tom Riddle. — Minha boca e sua estúpida mania de concretizar os pensamentos que deveriam permanecer como pensamentos. Vi o rosto dele se tornar levemente avermelhado e a fúria se tornar presente em suas feições. O ar feroz que ele assumiu o deixou assustadoramente menos humano.

— Não me chame de Tom, sua mestiça imunda! — Grunhiu ele em minha direção. Recuei imediatamente, apoiando minhas mãos no chão. Ouvi um risinho debochado que eu presumi ser de Hunter, mas ele não estava no meu campo de visão. — Sou Lorde Voldemort! O bruxo mais poderoso de todos os tempos e…

—Um mestiço imundo também. — Interrompi. Em todos os meus anos, eu nunca tinha demonstrado sinais efetivos de coragem, mas agora, presa com dois bruxos das trevas eles resolvem aflorar? Puta merda, vai se foder Merlin. Voltei a me concentrar em Tom, que parecia atingir outro patamar de fúria. Ele ergueu o braço e poderia jurar que ele pretendia me amaldiçoar com a morte ali mesmo, mas felizmente, ele não possuía varinha.

— Hunter! Seu imbecil, eu preciso de uma varinha. — Ele voltou sua fúria então para seu próprio filho. Vi o choque perpassar o rosto do mesmo. Ah, pobre Hunter, achava mesmo que Voldemort o trataria como menos do que um servo? Achava mesmo que o pai dele o amava? Finalmente alguém sendo mais estúpido do que eu.

Vi Hunter oferecer amedrontado a sua própria e tirando do bolso a minha varinha. Ótimo, excelente, minhas chances de achar minha varinha e fugir eram zero. Tom se voltou para mim, me dando um sorriso arrogante. Meu cérebro se recusava a não reconhecer a beleza de suas feições e era tudo que eu podia extrair do seu sorriso.

— Você vai me matar? — Eu disse em uma tentativa arriscada. Eu tinha a opção de continuar sendo submissa e me arriscar com a piedade dele ou uma vez na vida eu poderia ser corajosa. — Você sabe que se seu filhotinho morrer você só tem a mim para te impedir de morrer, certo?

— Eu não preciso de você sua ruiva infeliz… Agora que eu voltei eu posso fazer mais Horcruxes e retomar meu exército. Acho que essa aparência até cai bem, afinal, quase ninguém lembra se de mim nessa época, acho que posso passar despercebido. — Ele deu um sorriso malicioso em minha direção.

— Qual exército Riddle? — Zombei e ao chamá-lo de Riddle, seus olhos se estreitaram. — Só se for um exército de aurores para cavar seu túmulo. — Disse ácida e dei uma breve risada em seguida. Puta merda, que vontade de morrer é essa? Perguntou minha consciência.

— Sua imunda, como ousa… — Começou Riddle, se aproximando de mim, para uma aparente agressão física. Não sabia que era do seu feitio, sua raiva devia estar a beira do descontrole total.

— Pai! — Repreendeu Hunter, agarrando Tom com força e o puxando para longe de mim. Com um movimento brusco, Riddle se soltou e bufou, olhando furioso para o filho. — Ela está assim por sua causa! Consequência de feitiço, lembra? Você voltou e ela está absorvendo algum aspecto seu, eu acho que o desrespeito a autoridade, coragem, ou o que for…

Isso sim fazia todo sentido. Eu por mim mesma não desafiaria um bruxo só umas cem milhões de vezes mais poderoso do que eu. Senti um arrepio percorrer o meu corpo ao pensar que eu estava absorvendo aspectos dele. Eu não me tornaria uma mini Riddle mulher né?!

— Não me chame de pai! — Vociferou Tom em resposta. Bem feito, pensou minha consciência. Concordei com um sorriso interno. Hunter achava mesmo que por ser filho de Riddle teria um tratamento decente? Voldemort era conhecido por não amar ninguém e não acho que só por que ele voltou lindo (Se controle Rose!) e jovem que isso mudou. — Milorde, Lorde Voldemort.

— Isso que é um fora. — Maldito seja Tom Riddle e sua coragem sonserina. Ou melhor dizendo, petulância. Hunter me olhou com um ódio mortal e Tom apenas me ignorou.

— Milorde, — Corrigiu Hunter contrariado. Parece que alguém não é o filhinho do papai. — Precisamos planejar a sua retomada ao poder com calma. Potter é agora auror, o mundo mágico está mais unido e atento do que nunca. Antes de fazer mais Horcruxes, precisa se fortalecer. Lamento muito em dizer que por enquanto, você está bem fraco magicamente.

Tom parecia transtornado de fúria. Me encolhi e resolvi me calar enquanto ouvia a conversa dos dois, sem querer ser notada. Quem sabe eu não conseguisse escapar e contar tudo para o Ministério da Magia? Uma vez na vida minha mãe ia ter que dar o braço a torcer e ver que eu não havia feito besteira.

— Tudo bem, vamos cuidar disso. Potter vai morrer de uma vez todas agora! — Grunhiu, expressando uma raiva bastante particular ao pronunciar Potter. — Tire essa coisa daqui. Eu preciso pensar! —E dizendo isso deixou o cômodo, indo para Merlin lá sabe onde.

Então Hunter se aproxima de mim, porque obviamente eu sou a “coisa”. Reviro os olhos e me levanto sem precisar que sua força bruta me tire do chão. Dou um sorriso cínico e caminho na sua frente, já calculando que estaria indo para o porão. Ele abriu a porta e me empurrou com força para dentro, me fazendo cair de joelhos na escada velha.

— Isto ainda não acabou Rose… Aliás, só começou. — Sussurrou ele em uma voz carregada. Bateu a porta com força e o ouvi murmurando feitiços para trancá-la.

— Rose, você voltou! O que ele fez com você?! — Perguntou Murta, aparecendo na minha frente com sua já muito bem conhecida cara de choro. Respirei fundo e soltei o ar com força. A ignorei e ela fungou alto, mas captou a mensagem. Flutuando foi para o canto da parede, ficando de costas e se recusando a me olhar.

Na verdade isso era muito bom, já que eu precisava pensar. As últimas horas tinham sido tudo, menos fáceis de processar. Lorde Voldemort estava de volta, em sua forma jovem assustadoramente bela. Quantos ele não conseguiria manipular somente com aquele rosto angelical? Tom Riddle poderia ser incluído no dicionário como um significado possível para “anjo caído”. Vagarosamente eu me movi da escada, voltando a ficar no chão da sala escura. Enquanto pensava nas consequências para o mundo mágico, não conseguia deixar de pensar no que seria de mim. Eu, mesmo fraca, não era uma ameaça muito grande ali? Como Lorde Voldemort ia lidar com uma garota contra ele que ele simplesmente não podia matar? Suspirei alto e me encolhi no chão. Eram muitas perguntas e em meio ao vazio sem respostas, adormeci.

​...

— Levanta Weasley. — Era a voz de Hunter, eu poderia distingui-la com toda facilidade, gemi em resposta e senti um leve chute em minha coxa. Abri os olhos contragosto, apenas para encarar Hunter em pé do meu lado com uma expressão na amigável. Me levantei devagar e o olhei com desprezo.

— Seu papai não tá te usando de mordomo não? — Disse com uma ironia clara. Em resposta recebi um puxão violento no meu braço. — Me solta Hunter, agora!

Por algum motivo não incluso em Hogwarts, Uma História, ele me largou. Passei a mão repetidas vezes sob o local que ele havia agarrado, tinha certeza que se levantasse a manga o local estaria vermelho. Olhei feio em sua direção, ele deu os ombros.

— Bom, meu papai tá te chamando, quem sabe ele não prefere fazer você de elfo doméstico? — Falou com um sarcasmo ácido em sua voz quente. Não o respondi e apenas cruzei os braços, bufando impaciente. Rindo da provocação que havia obviamente dado certo, ele se virou e começou a subir as escadas.

— Não vai me dar nada para comer? — Indaguei quando cheguei ao último degrau. Ele trancou a porta e voltou a tomar a frente, indo em direção a um pequeno e estreito corredor. Ele riu alto. Mas era muito sério, eu estava completamente faminta.

Então chegamos ao local no final do corredor. Era uma sala de jantar, com uma mesa comprida e elegante, alias, o local todo era muito bem decorado. A mesa estava repleta de comida para minha alegria, mas a pessoa sentada na cadeira da ponta estragava tudo. Tom Riddle estava se servindo e isso me deixava com uma sensação estranha, simplesmente pelo fato de que o ver comer era muito inimaginável. Ele era, por tabela, algo muito pouco humano na minha mente, apesar da aparência angelical.

— Rose, sente-se por favor. — Ouvir meu nome sair da sua boca me causou arrepios. Caminhei quieta atrás de Hunter e me sentei no local que ele indicou, que infelizmente era do lado de Riddle. — Acho que não começamos bem, não é mesmo? Por que não come algo, hm?

Algo que eu tinha ouvido até exaustão nas aulas de História da Magia era que Lorde Voldemort era conhecido por saber persuadir qualquer pessoa, sendo por bem ou por mal. Aparentemente, ele estava tentando o caminho do “bem” comigo, sorrindo, sendo atencioso. Parte de mim estava ultrajada, querendo brigar e fugir, porque ele era um lobo em pele de cordeiro. Mas outra estava extasiada. Eu não sou acostumada a ser tratada bem por pessoas tão bonitas e em um certo sentido, melhores do que eu.

Comecei a me servir de frutas, pães e suco em silêncio. Hunter também comia, lançando olhares provocativos em minha direção. E o mesmo fazia Tom. Que ótimo, pai e filho unidos para me fazer morrer de ataque cardíaco, que lindo! Revirei os olhos para mim mesma e me concentrei em saciar meu apetite.

— Hunter, pode me deixar a sós com a Rose? — Falou Riddle em um tom altamente gentil. Quanta falsidade em uma só frase. Hunter deu um sorriso amarelo e assentiu, saindo silenciosamente mordendo uma maçã. Era uma visão muito tentadora, os lábios dele fazendo contato com a maçã, o barulho quando ele dava uma mordida… Quando ele saiu do meu campo de visão voltei a me concentrar no fato de que o bruxo mais maligno de todos os tempos queria ficar a sós comigo.

— Diga, Lorde Voldemort, — Falei usando o nome que ele preferia, para evitar irritá-lo. — O que quer comigo? Você já está de volta, não pode me soltar agora?

— Você contaria para toda sua família, cheia de aurores e funcionários do Ministério. Estou certo? — Perguntou ele em um misto de tom sedutor e brincalhão.

— Então por que não me tortura até eu enlouquecer e não ser um risco? — Parecia estupidez sugerir isso, mas eu não conseguia deixar de pensar porque eu estava viva e bem.

— Isso me deixaria mais fraco, sendo você uma consequência de feitiço ligada a mim. — Disse ele com uma expressão tediosa. — Você tem que ficar viva e tem que ficar comigo Rose.

A possessividade na sua voz me deixava confusa. Talvez fosse coisa minha imaginação, afinal, por que ele seria possessivo em relação a mim? Suspirei e bebi o resto do meu suco de laranja olhando para o meu prato já vazio. Eu seria um brinquedo nas mãos dele por quanto tempo? Não haviam mais Horcruxes, mas ele certamente as faria. Mas ele jamais morreria enquanto eu respirasse. Será que minha mãe me sacrificaria por todo o mundo mágico?

— Era isso que você tinha para falar? Posso ir? — Disse com um tédio forçado no meu tom de voz. — Eu estou ansiosa para voltar para o meu porão.

— Ah não, Rose. Ainda não acabamos. Que você vai ficar aqui você já sabe, agora eu preciso te contar o que você vai fazer por mim.

Olhei em choque para Riddle. Não podia acreditar no que ele estava dizendo. Então não, não bastava eu ser ligada com um bruxo das trevas, não bastava eu ter ajudado ele voltar, não bastava ser sua prisioneira, eu também precisava fazer algo por ele? Mais um ótimo dia, pensou minha consciência. Sem opções, apenas concordei.


Notas Finais


Referência no título do capítulo, alguém se lembrou? haha :3


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