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História Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - "What's This?"


Escrita por: 96l1n3

Notas do Autor


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Capítulo 3 - "What's This?"


Fanfic / Fanfiction Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - "What's This?"

Os dois se entreolhavam hora ou outra, davam uns sorrisos desconfortáveis e voltavam a encarar o nada. Já haviam fixado o olhar sobre a decoração, os lustres, as vitrines e nada realmente prendia a atenção dos dois.

Depois de tantos anos de namoro já estavam acostumados ao cotidiano como um casal, mas quando lembravam disso as vezes ficavam sem saber como agir, ainda não acreditavam que iriam casar. Foi tudo de repente, se viram ambos em situações complicadas onde um era a solução do outro. Bem, nem tão de repente assim, afinal já estavam noivos há quase dois anos, mesmo que não oficialmente. Mas, casamento parecia ainda uma ideia remota e distante.

Eles tinham sorte em ter gostos e algumas ideologias bem parecidas, embora outras fossem totalmente divergentes, pois casar com uma pessoa desconhecida ou totalmente diferente de si seria a pior coisa que não só eles, mas, qualquer um poderia enfrentar. Entre eles havia respeito, lealdade, cumplicidade, amizade e amor, um amor diferente, mas ainda assim amor. O que era o facilitador na situação.

As mãos dele tocou as dela em cima da mesa, ele vira que seu olhar demonstrava um desconforto.

- Eu tenho certeza que ele virá. - Ele sorriu em uma tentativa de conforta-la.

Mas, nem ele mesmo conseguiu acreditar no que falava, também temia que Kyung não aparecesse.

Além de incomodo havia algo mais naquele olhar que ele chegou a achar que pudesse ser medo. Tentou não pensar no que se passava na mente da mulher.

A mesma se recompôs e achou sua força, ergueu o olhar e prometeu que não deixaria aquela idéia a abater. Agora era 'sua' vez, assim como o noivo era 'seu'. E a melhor forma de lidar era pensar e agir de forma positiva. Assim tudo daria certo, pois 'pensamento positivo, atraia coisas positivas'.

- Certo, pois vamos começar a procurar alguns ternos, quando ele chegar eu deixo que continue. Não podemos atrasar tanto assim. - Achou sua personalidade e voltou a si já levantando.

O noivo seguiu suas ordens e começou a olhar algumas coisas que lhe agradavam, ele tentava se ver diante do altar, mas parecia estranho, tentava fixar a imagem em sua mente mas algo ficava errado. Mas, errado ou não, não teria como voltar atrás, sua escolha foi feita. Na verdade, a escolha não havia sido de fato dele, mas, as circunstâncias o levaram até ali. Só teria que aceitar, afinal aquilo não era o fim do mundo. Ele custou a aceitar isso, mas em fim percebeu que poderia ser bem melhor do que ele imaginava.

___

Olhou o relógio em seu pulso marcando exatamente 16:20. Pensava em dar mais uma caminhada em volta das lojas do quarteirão, em sua mente achava que talvez vendo aquele enorme atraso eles sintiriam medo que fizesse o mesmo no dia do casamento e procurassem outro para ocupar seu lugar de padrinho. Mas, estava cansado demais para caminhar e seu carro parecia estar tão distante, sem falar que conhecendo a Krys como ele conhecia nada seria motivo suficiente para que ele não fosse padrinho daquele matrimônio. Bem capaz de invés de esperarem pelo atraso da noiva ela fizesse com que todos os convidados esperarem pelo padrinho "atrasado", afinal ele era seu "melhor" amigo, o cara que fez com que o tal casamento fosse possível, pois foi ele quem apresentou e deu em uma bandeja o noivo a ela.

Cansado da brincadeira de esconde-esconde resolveu ultrapassar as portas de vidro que se abriram instantaneamente para ele. Olhou todos os ternos que estavam vestindo os manequins achando isso a coisa mais desnecessária do mundo, por ele iria apenas de cueca e já era para ficarem felizes com seu comparecimento.

Logo avistou Krystal que ao lhe notar ali correu ao seu encontro.

- Eu espero do fundo do meu coração que você tenha ficado muito ocupado no trabalho ou que seu pneu tenha furado, para poder justificar seu atraso. - Tentou não soar zangada, pois de fato não estava. Jamais sentira raiva do garoto, pelo menos não mais, as vezes o que sentia era pena.

- Hoje o dia não foi fácil,  o trabalho estava pesado. - Fez uma leve careta procurando ao redor o restante dos padrinhos.

- O Kai está super nervoso e eu não queria deixá-lo aqui sozinho, então fiquei esperando você chegar.

"Espera, o Kai está aqui? Tipo, agora? Oh céus. Oh, não, não, não. Droga, maldição, droga novamente." Ele fez o máximo de esforço para não parecer desesperado na frente da garota.

- E onde estão os outros padrinhos?

- Que outros? - Arqueiou uma sobrancelha.

- Ora que outros, não está querendo dizer que serei o único padrinho, né? - "Está? Por favor, não confirme." Repetia seu mantra mentalmente.

- Sim, você será o único. Eu realmente não gosto dessa nova moda de ter uns vinte padrinhos e madrinhas. - Rolou os olhos teatralmente enquanto olhava ao redor. - Eu sou conservadora, você sabe. Prefiro apenas um padrinho e uma madrinha e por sorte o Kai pensa o mesmo que eu.

"Ah, mas é claro que pensa." Rolou quase que imperceptivelmente os olhos.

- Ah, falar nele... - Acenou para alguém atrás do garoto. - Querido!

Kai entrou no campo de visão do outro que estava ali ainda pensando no que havia se metido quando resolveu dizer sim facilmente. Achava que devia ter resistido mais e se questionava se ainda dava tempo de voltar atrás. Viu um braço contornando a cintura da garota e os lábios dele se encontrar com as maçãs do rosto dela. E neste momento percebeu o quanto a cadeira de espera parecia tão estranhamente interessante e atraente. 

"Seria muito estranho se conseguisse cavar um buraco no chão que me transportasse direto para a Lua?" Pensava.

- Agora eu deixarei os cavalheiros a sós para que provem suas roupas, minha mãe disse que a noiva ver o noivo vestido antes do casamento também traz má sorte.

- Tudo bem. - O suspirar de Kai preencheu o espaço e logo um sorriso vindo do mesmo acerta em cheio o garoto a sua frente. 

- Fiquem lindos. - Ela tocou o braço de Kyung em uma despedida. - E após saírem daqui nos encontraremos para um jantar.

"Já havíamos nos encontrado no domingo e hoje, será que já não era o bastante? Para quê ficar prolongando esses encontros? Não era perceptível em minha face o quanto aquilo estava sendo desconfortável e desgastante? Por quê creio que esteja bem evidente, afinal de contas eu não sei fingir tão bem assim." Kyung pensava sem conseguir articular todas as palavras e dizer para os dois ali o que realmente sentia.

- Você vai saber quem será a madrinha, não está curioso? Creio que você vai ficar surpreso quando descobrir quem é.

Ela nem sequer esperou uma resposta vindo da parte dele, um breve beijo entre o casal o fez perceber que ela já estava realmente indo e que agora eram apenas ele e JongIn, para completar, fora alguns vendedores havia apenas os dois no local.

Ela parou por alguns segundos em frente a porta e voltou seu olhar para trás, não queria deixá-los sozinhos, sentia que devia proteger seu noivo, mas, sabia que todos deviam enfrentar seus medos. Então, antes que eles percebessem, ela colocou seus óculos escuros e se voltou para frente seguindo seu caminho. A única coisa que podia fazer era desejar boa sorte.

____

Essa era a primeira vez em um ano, doze longos meses, trezentos e sessenta e cinco intermináveis dias que ficavam novamente a sós na companhia um do outro, mesmo que em um local público. Neste momento Kyung gostaria de ter um super poder, o de ler mentes apenas para poder saber o que se passava  na cabeça de JongIn, gostaria de saber se ele estava nervoso como ele próprio estava ou se para ele realmente tudo que houve entre os dois foi totalmente esquecido. Porque se ele conseguiu esquecer Kyung realmente precisava aprender a mesma tática, pois não aguentava mais sentir tudo isso.

Do outro lado as mãos de JongIn estavam completamente suadas, seus pensamentos estavam uma confusão. Ele sabia que com Krystal presente o clima ficaria estranho, mas mesmo assim desejou muito que ela não tivesse ido.

Tentou fixar o olhar em alguma coisa e achar algo que pudessem conversar sobre antes que o clima ficasse totalmente insuportável.

- O que acha desse? - Kai pegou um terno cinza e balançou na frente do menor.

- Uh? É, bonito.

- Combina com você. - Estendeu a peça voltando o olhar para outras peças.

Por um minuto Soo pensou ter notado que o maior evitou o contato visual, ou será que era apenas sua imaginação?  

"Estou tão desesperado que já estou criando coisas em minha mente?" Balançou a cabeça e recebeu o terno recolhendo uma camisa e calça sociais que o vendedor, que até o momento não havia percebido ali, lhe apontava.

Entrou em uma das cabines e o provou. Serviu quase que perfeitamente, ficou apenas um pouco folgado e provavelmente seria algo que ele compraria normalmente. Isso significava que, Kai ainda conseguia lembrar das coisas que o outro gostava? 

"Isso foi apenas mais um coincidência, não seja mais trouxa por favor!" Sua mente tenta o alertar enquanto observava algumas lágrimas se instalarem no seus olhos através do reflexo no espelho.

Saiu do provador e ele não estava mais ali.

JongIn tratou de levar vários ternos para um provador próximo, afroxou sua gravata e logo após levou a destra a cabeça e assanhou levemente os fios completamente apreensivo. Tentou vestir a primeira combinação de roupa rapidamente, quanto antes escolhesse mais rápido sairia dali.

- Kai? 

Ouviu a voz baixa o chamando e tentou se apressar.

- Aqui! - Kyung ouviu uma voz abafada sair de um provador há duas portas de onde estava.

Caminhou até ela e bateu na mesma levemente. Não demorou muito para que a porta se abrisse, JongIn tentou rapidamente arrumar o restante da roupa, mas o outro lhe pegou totalmente desengonçado com a mão na gravata.

- Quer uma ajuda? - sorriu brevemente enquanto apontava com o olhar para a gravata em seu pescoço, lembrou que ele nunca teve muito jeito para isso. 

Ele apenas confirmou com a cabeça. Kyung permaneceu parado esperando que ele saisse de lá de dentro, mas, ele nem se moveu 

- Está esperando um convite para entrar? - sorriu pegando seu braço o puxando para mais perto, logo em seguida fechou a porta.

As mãos do menor encharcaram de suor no mesmo momento, sem falar que tremiam sem parar enquanto levava a mão até o pedaço de pano na tentava de ajeitar.

- Esqueceu como se faz?

Ergueu o olhar para observar o rosto do maior a sua frente, mas, o mesmo tinha seu olhar fixo em algum ponto atrás de si.

O rosto de Kai estava inexpressivo, mas, por dentro estava lutando com um batalhão de sentimentos entre eles raiva, desejo, orgulho e felicidade. Queria soca-lo e ao mesmo tempo beija-lo, não sabia como reagir, então ficar parado era a melhor saída, evitaria que fizesse alguma besteira.

Kyung percebeu o quanto estavam próximos, talvez se esforçasse um pouquinho poderia ouvir seu coração. E na sua cabeça pensava que isso não era nada bom e ainda por cima estavam trancados sem ninguém os observando. Tudo que havia lá dentro era ele, Kim JongIn e quatro paredes.

"Isso não está certo."

Os olhos do maior pousaram sobre os do outro e no mesmo momento algo percorreeu todo seu corpo. Sem que ele percebesse sua mão vai em direção ao seu rosto e percorreu pelas suas maçãs em forma de carinho.

"O que diabos eu estou fazendo?" Kyung se perguntava, mas, não conseguia parar.

A destra do que antes tinha um olhar perdido agarrou o pulso do menor, seu olhar transmitia um misto de desejo e ódio que era impossível decifrar o que ele faria naquele momento.

Kai lutava fortemente com as sensações dentro de si, não poderia se render. Mas, ao mesmo tempo seus lábios ali tão perto o convidavam... O levavam aos velhos tempos onde ele tinha passado bons momentos ao lado do menor, onde ele havia desfrutado bastante daquele mesmos lábios. Kyung vendo a aproximação fechou os olhos esperando o tão sonhando toque, aquele que ele havia desejado durante dias e noites. Sonhava acordado com aquele momento, mal podia acreditar que estava acontecendo

Mas, antes que os lábios pudesse em fim se tocar JongIn percebeu a burrada que estava prestes a cometer e se afastou o mais rápido que conseguiu.

- Pode deixar que me eu me viro, arrumarei uma gravata borboleta ou o que quer que seja. - Seu tom estava completamente diferente do qual usara momentos antes. Ele soava tão sério, tão amargurado. - Você pode ir. - Ao terminar de falar virou-se de costas e começou a tirar a gravata.

O menor saiu da pequena cabine derrotado tentando entender o que foi tudo aquilo, em um momento estava indo tudo tão bem e de repente, puft! O garoto mudou da água para o vinho.

"Ele iria me beijar? O que o fez mudar de idéia?  Na verdade, por que raios eu fiz aquilo? Por que tenho que ser tão fraco?"

Do lado de dentro, o menino tirava a roupa sem cuidado algum, não se importava se rasgaria ou não. Por ele, o mundo poderia explodir. Levou as mãos a cabeça e puxou os cabelos em tentativa de se acalmar, mas, não adiantou muito, então socou a parede sólida da cabine esperando que sua cabeça se preocupasse mais com a dor da mão do que com o que quase aconteceu ali dentro.

___

- Você não precisa vir para o jantar, pode deixar que eu darei uma desculpa para a Krystal. - Anunciou assim que saiu do provador já com as roupas em mãos. Seu olhar parou em KyungSoo apenas por uns instantes e o tom de desprezo e raiva em sua voz fizeram o menor ficar paralisado enquanto o outro entregava as roupa ao vendedor e depois ia embora lhe deixando ali sozinho.


Notas Finais


Peço desculpa por não trazer logo o link do trailer, but, o youtube bloqueou o vídeo por causa da música, maaas a mocinha @Alitzel está consertando isso^^


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