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História Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - "MEMORIES: Discovering Yourself"


Escrita por: 96l1n3

Notas do Autor


~Aquele capítulo sem modificações~
Enjoooy

Capítulo 4 - "MEMORIES: Discovering Yourself"


Fanfic / Fanfiction Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - "MEMORIES: Discovering Yourself"

E é em meio a dor que as vezes encontramos motivos para sorrir.

(Araujo, Wislene de, 2017)

/01-10-2010/

"Ele estava cansado, desgastado e seus olhos completamente secos não eram capazes de produzir mais nenhuma lágrima sequer. Seus olhos já estavam cansados de mirar aquela fotografia e o grande arranjo de peônias brancas, aquelas que eram suas favoritas e fôra as dele também , as paredes brancas junto com todas aquelas roupas negras já o sufocava. Estava sendo a noite mais longa da sua vida. E o pior de tudo era todas aquelas pessoas ao seu redor que fingiam que se importavam com alguma coisa. Tirando as pessoas que faziam parte da família o restante estava ali apenas fingindo, algumas sabiam apenas seu nome e agiam como se tivessem sido seus melhores amigos e soubesse tudo de sua vida, sem dúvida essa era a pior parte. As pessoas deveriam saber que aquilo fingimento e falsa compaixão não ajudava em nada nesse tipo de momento, pois ao invés de confortar fazia era com a irritação crescesse na pessoa de luto.

E esse era um dos motivos que o fazia odiar velórios. As pessoas se aproximam de você, choram, se descabelam, sendo que na verdade elas sabem mal o seu nome. Sem contar que depois que a pessoa morre tudo que ela fez de errado é esquecido e ela passa a ser herói, santa, a melhor pessoa do mundo. Claro que aquilo não era tão ruim, mas as pessoas as vezes exageravam tentando enobrecer a pessoa morta, que se tornava irritante. E ele não podia nem sequer mandar todos irem a merda ou calarem a boca, tinha apenas que balançar a cabeça e confirmar tudo, deixar as pessoas fazerem suas boas ações, quanto menos falasse ou contestasse mais rápido tudo acabaria.

Desde o momento que havia sentado sua bunda naquela maldita almofada ao lado das cinzas dele tudo que conseguia ouvir era como ele tinha sido a melhor pessoa do mundo, o quanto ele faria falta, como o mundo havia perdido com aquela morte. Diversas vezes teve que se controlar, respirar fundo e contar até mil mentalmente para não mandar todos irem direto para o inferno.

Mas tudo mudou quando alguém ultrapassou a porta, seu olhar timido cruzou o salão encontrando com quem tinha vindo encontrar e com passos firmes caminhou na direção em que ele se encontrava deixando todos os olhares para trás.

Enquanto isso, o que se encontrava ao lado dos restos mortais sentiu o coração acelerar e aquilo o deixou desesperado. Ele não conseguia entender porque raios  aquilo estava acontecendo. Não havia motivos, razões ou circunstâncias do seus batimentos cardíacos irem de 60 a 120 por conta daquela pessoa. Tudo bem que ele era muito importante na sua vida mas, ainda assim não justificava.

Ao chegar próximo a viúva o garoto que acabara de chegar se ajoelhou em reverência em direção a ela e às pessoas que estavam ao lado e logo depois se direcionou a garoto que se encontrava ansioso com as mãos já começando a suar.

- Desculpa por ter demorado. Eu tentei vir o mais rápido que pude, mas parece que todos os vôos que vinham para cá sofreram algum problema.

- Tudo bem, não tem porquê se desculpar. E eu disse que não deveria atrapalhar suas férias por minha causa agora eu me sentirei culpado pelo resto da vida.

- KyungSoo, ele era seu pai. Eu morreria se te deixasse sozinho neste momento.

- JongIn… Eu não aguentaria ter que ir a outro velório.  - Deixou um suspiro escapar e um breve sorriso de canto brincou em seus lábios.

No fundo, bem no fundo, ele havia ficado muito feliz por ele ter vindo, não sabia bem o porquê, mas tê-lo ali o confortava.

'KyungSoo, o que raios está acontecendo com você? Que droga é essa? Por quê você está tão feliz com a presença dele? Você é louco??? Você é menino e ele também. Seu coração não pode bater mais forte por ele.' O garoto fechou os olhos com força enquanto tentava entender o que está se passando com ele naquele momento.

Na verdade não era a primeira vez que esse tipo de pensamento passava pela sua cabeça, desde que JongIn “acidentalmente” quase o beijou enquanto o ajudava a levantar depois de uma bela queda de bicicleta, seus olhos estavam tão próximos naquele momento, pior, os lábios de JongIn estavam tão próximos que era possível sentir seu hálito, desde aquele dia esse tipo de loucura ficava rondando seus pensamentos. E saber que JongIn gostava de garotos só fazia tudo piorar. Um dia antes de dormir, KyungSoo se viu perdido em pensamentos com o outro garoto e quando deu por si estava excitado. Jamais contara nada a ninguém, nem sequer para BaekHyun que já havia dito que dava total apoio ao relacionamento dos dois, uma loucura, e nem pretendia contar algum dia em sua vida, sua mãe já havia dito que aquele tipo de coisa era inaceitável e ele assim acreditou.

- Você não ouviu nada do que eu disse, né? - A voz do outro lhe chamou a atenção.

- O quê? Estava falando comigo?

- Desde que horas você está aqui?

- Desde que o velório começou, por volta das duas da tarde.

- São quase três da manhã, você deveria descansar um pouco.

- Eu não quero ir para casa. - KyungSoo suspirou encostando seu tronco a parede que havia atrás dele.

- Você não precisa necessariamente ir para casa, vem. - JongIn se levantou rapidamente lhe estendendo a mão.

Kyung lançou um olhar para a mãe que se encontrava tão cansada quanto ele a sua frente e a mesma apenas confirmou com a cabeça.  Então deixou sua mão tocar na do maior a sua frente e que ele lhe puxou ajudando-o a levantar. E deixou que ele o guiasse para onde quer que ele estivesse indo.

Driblaram todos os olhares curiosos que cruzavam a passagem, logo sentiram o ar da noite baterem sobre seus rostos, deixando todo aquele sufoco e cheiro se morte que pairava dentro do salão do velório. A noite estava fria e ao parecia ao mesmo tempo convidativa. Kyung se sentia mal em desejar estar em um lugar diferente, mas, era o que se passava em sua mente, deseja estar em qualquer lugar menos ali dentro. Ainda mais se o JongIn estivesse, qualquer lugar estaria ótimo tendo sua companhia.

'O quê estou pensando?' Piscava balançando fortemente a cabeça para tentar afastar aqueles pensamentos.

JongIn ia na frente guiando até o destino, e não demorou muito para que parasse em um pequena praça em frente há uma igreja, as famílias mais religiosas provavelmente faziam seus velórios lá dentro.

O garoto se sentou no chão e logo levou seu tronco de encontro a ele também, deitando sobre a grama que se encontrava verde e meio úmida por conta do sereno noturno. Ao ver que que o outro continuou apenas parado ele apontou para o local ao seu lado o convidando.

Kyung olhou para o gesto do rapaz e repitiu deitando com seus pés em direção lago e com o rosto mirando o céu ele percebeu a quantidade de estrelas que se faziam presentes apesar das horas.

- Seu pai agora é uma delas. - JongIn sorriu inocente apontando para a estrela mais brilhante que havia naquela noite.

KyungSoo seguiu o indicador do garoto e colocou seu olhar sobre o perfil do outro que ainda encarava o céu.

- E provavelmente é essa mais brilhante. - Virou-se ficando de lado com sorriso de canto nos lábios.

Seu sorriso era tão bonito, que transmitia uma felicidade, felicidade essa que Kyung tanto precisava naquele momento. As suas covinhas estavam visíveis, seus olhos brilhavam sobre a luz da lua.

O coração do menino JongIn estava acelerado, não sabia se deveria ou não fazer aquilo. Tinha medo que ele se afastasse e não quisesse mais vê-lo, mas, se ele não tentasse jamais se perdoaria e sabia que nunca teria outro momento como esse.

Novamente seus lábios estavam tão extremamente perto.

'O que ele estava fazendo? Será que podia ouvir os meus batimentos?' Kyung sentiu suas mãos voltarem a ficar molhadas, seus olhos não conseguia se fixar no olhar do outro, para ele beijar JongIn neste momento parecia ser a coisa mais certa e ao mesmo tempo a coisa mais abominável a se fazer no momento.

Não teve mais tempo para pensar se era certo ou não,  os lábios já haviam se tocado, não sabia ao certo quem havia encostado no outro primeiro, pois os dois encontravam com os olhos fechados. Borboletas voavam de uma barriga para outra fazendo com que os dois sentissem calafrios. JongIn inclinou levemente a cabeça para aproveitar mais dos lábios do outro, como Kyung não havia se afastado ele chegou a achar que estava certo e que o sentimento que sentia pelo garoto desde o dia que haviam se conhecido era recíproco, o que fez com que quisesse aprofundar mais o beijo e se deleitar daquela maravilhosa sensação de ter aqueles lábios macios e quentes sobre o seu.

Os pensamentos de Kyung iam a mil, não sabia o que devia fazer.

'Devo abrir espaço para que ele se aprofunde mais?'

Durante várias noites se pegou fantasiando sobre esse momento e em nenhum dos seus pensamentos ele pode imaginar que seria tão bom assim.

- Você está louco? - A sanidade bateu fortemente em sua cabeça fazendo com que Kyung se afastasse rapidamente dele.

'Será que ele vai embora? Será que nunca mais ele vai falar comigo?' Kyung tentava decifrar o que se passava com JongIn que apenas permanecia calado com uma expressão estranha.

JongIn por sua vez o encarava espantado.

'Será que ele não gostou? Eu estava errado? Ele me odiará?' Seus olhos tentavam focar em algo e a única coisa que via era a expressão assustada do outro. Rapidamente ele ergueu seu tronco se colocando sentado.

- Eu não vou pedir desculpa por isso.

'O quê raios ele está falando?' O menor não entendia que rumo a conversa estava levando.

- Eu sei que você queria tanto quanto eu.

- Você bebeu? - Se colocou de joelhos. - Eu não queria nada. - Tentou soar mais firme, mas o gaguejar entregava sua mentira.

Ver o menino naquela situação provou ao maior tudo que já imaginava, o que lhe deu forças para continuar com suas afirmações.

- E por que você tem me encarado tanto ultimamente? Por que você esta tão nervoso a ponto de estar tremendo agora mesmo?

- E-eu, não esta-tava tremendo. - “Estava?” - Eu não queria isso. - Tentou soar mais firme.

- Não é o que seus olhos dizem. - Ele levou sua mão até o rosto do outro que tentava desviar o olhar e se aproximou novamente. - Por favor, não resista. - Sussurrou colando a testa a dele.

- N-Não.... Não faz isso. - Suspirou.

Não sabia por qual razão não conseguia se afastar, pior, desta vez foi Kyung que colou os lábios no do outro, havia ficado de olhos abertos apenas para confirmar. Dessa vez não exitou em abrir espaço para que as línguas se encontrassem e percorrem por dentro do espaço daquelas bocas e pudessem descobrir mais sobre aquele território.

'Isso era tão errado e ao mesmo tempo tão delicioso, eu provavelmente irei para o inferno.' Kyung levou sua destra de encontro aos cabelos da nuca do outro e seus dedos se entrelaçaram naquele local puxando os fios sem muita força. E então algo fez com que ele se afastasse rapidamente.

- Por favor, diga que isso ficará apenas entre nós. - O medo que sua mãe descobrisse o corroía, ela estava no meio do luto do marido, não poderia se zangar por nada. Não seria justo.

- Por quê?  - O olhar do outro que passeava pelos lábios do menor era confuso.

- Isso tudo é tão confuso, nós deveríamos estar beijar garotas…

- Nós devemos beijar quem gostamos e eu gosto de você.

'Eu gosto de você…' Aquelas palavras ficaram ecoando dentro de Kyung, e inevitavelmente as borboletas voltaram ao seu estômago fazendo um sorriso se formar em seus lábios fazendo o moreno ficar satisfeito.

- Não é tão ruim assim, é? - Ele sussurrou voltando a aproximar seu rosto do dele.

- Não… Mas, por enquanto me prometa. Minha vida toda está bagunçada,  a morte do meu pai e tudo mais. Não quero mais nada complicado no momento.

- Mas, você sabe que isso não será para sempre, certo? Um hora teremos que contar...

- Eu sei, mas ao menos por agora este será nosso segredo, se gosta de mim como acabou de falar você  fará isso, por nós. - Encarou o garoto completamente aflito.

- Eu prometo,  prometo que farei da forma que você achar melhor. Sempre. Sem pressa, com calma, tudo no seu tempo. - E selou sua promessa com um beijo.”

   


Notas Finais


Já sabem, qualquer errinho ou equívoco me avisem, pls.
Minha revisora está de férias q hua
E demorou um pouco a postagem porq estou sem internet, sorry.


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