História Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - "Sunshine"

[- O céu está tão azul e límpido, há lindas gaivotas sobrevoando e enfeitando o mesmo, tem um bando tão próximo que até parece uma nuvem no formato de um elefante, dá para acreditar? - Sorriu. - Ah, não podemos esquecer desse vento agradável, deviam ver meu cabelo agora. Ele está ouvindo tudo isso?]

- Sim… - Se jogou sobre a cama fazendo o colchão em molas sacudir o corpo do outro que fingia ainda estar dormindo.

[- Certo, pois vocês irão ver tudo isso. Nós três, um campo de golfe ou tênis, ou melhor… Um passeio a cavalo! Dá para imaginar como isso vai ser legal?]

- Mal posso esperar! Quero colocar o papo em dia. - A animação em sua voz não era nem de longe falsa.

[- Pois, nos vemos no Hill's Club em vinte minutos. Amo vocês!]

- Também te amo, sunshine! - Cantarolou. - Você ouviu, certo? Temos vinte minutos, na verdade dez, pois provavelmente gastaremos os outros dez no trânsito. - Falou após se certificar que tinha encerrado a chamada.

- Nós não podemos ir, como vou encarar ela?

- Da mesma forma que você a encarou ao longo desses cinco anos, KyungSoo. Até parece que essa é primeira vez que dormem juntos...

- BaekHyun!

- Ué, é apenas a verdade, você não pode bancar o puritano agora. Ou vai me dizer que não dormiu com ele? - Arqueou a sobrancelha.

- Nossa isso é invasão de privacidade! - Contrariado e tentando fugir do assunto jogou as cobertas para o lado e levantou.

- Não é invasão, pois estou apenas perguntando e você é livre para não responder, mas depois disso nem precisa, só por essa reação eu já deduzi a resposta… - Sorriu sarcástico. - Então por favor se apresse.

O garoto que estava com as mãos na cintura rolou os olhos, mas nada falou, o outro não acreditaria de qualquer forma se negasse. Apenas uma coisa poderia ser feita, pegar seu hobby e tomar um banho. Uma longa manhã estava a sua espera.

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A área ao redor do clube era encantadora com sua coloração verde e marrom, era tão extensa que vista pelo redor por quem não conhecia poderia imaginar ser uma floresta. Era cercada por uma enorme variedade de cores e aromas que provinham das flores cultivadas ao redor.

No centro da área, mas não tão próximos, reinavam imponentes três prédios: um era o restaurante, o outro um teatro e por fim o prédio que fica estabelecido o café. Ainda haviam construções como o hipódromo, a quadra de tênis e o auditório de eventos. Ao seu redor havia uma trilha e vários buracos demarcando o campo de golfe, que mais parecia um labirinto, o que não impedia a elite da cidade de passar horas e mais horas perdidos ali acertando buracos.

O destino era a entrada do café, sempre se reuniam ali. O caminho até ele era uma trilha de terra e pedras ornamentais. As flores que enfeitavam o seu redor eram peônias brancas que exalava seu perfume deixando o ambiente adocicado, misturado ao aroma do café que emanava tornava o lugar acolhedor.

Como a garota já havia dito o céu estava azul e sem nenhuma nuvem sequer pairando sobre ele. Os ventos vindo da direção norte, típico do verão, deixava o dia mais agradável e convidativo. O menino agradecia mentalmente por ter escolhido as roupas certas e conseguido convercer Kyung a fazer o mesmo. Sendo assim, poderiam desfrutar de uma bela partida de golfe, ou talvez tênis, golfe daria muito tempo para conversarem e o pobre KyungSoo ficaria em uma saia justa tendo que conversar com ela, ou não, já que passou anos fazendo isso.

Carrinhos de golfe passavam a todo momento, havia garçons com bandejas cheias de champanhes passeando pelos arredores. Os garotos observavam tudo isso encostados ao capô do carro.

- Deveríamos entrar e pedir um café enquanto ela não chega? - Desincostou esfregando uma mão a outra.

- Eu realmente acho que vou precisar, café vai servir como álcool para poder encarar a Krys... - Sussurrou temendo que ela pudesse estar próxima.

E quando os dois deram os primeiros passos em direção a entrada do café uma buzina alta soou.

- Hey babys, acho que vão precisar disto.

Ao virar deram de cara com uma garota balançando duas boinas no ar.

- Krys, querida! - Baek foi o primeiro a se mover indo até a garota e a tirando do chão em meio a um abraço.

Já Kyung tinha passos mais lentos e reservados, mas não demorou a se juntar aos dois.

- Garota, você está linda! Um pouco magrinha… - Comprimiu os lábios observando o seu corpo. - Mas ainda assim maravilhosa.

- Isso é culpa dos preparativos para o casamento, todo o estresse e tensão estão me fazendo perder muito peso.

Se direcionou a Kyung e deu-lhe um abraço, logo após colocou a boina que tinha consigo sobre a cabeça do garoto.

- Você será nosso caddie*, mas terá que ser imparcial já que guiará nós dois, certo? - Arqueou uma sobrancelha.

- Por que eu? - KyungSoo respondeu contrariado.

- Porque você é horrível no golfe. Mal sabe segurar os ferros**… Então apenas aceite. - Tocou o ombro do menino. - Mas, olhe pelo lado bom...

- Há um lado bom?

- Claro! Poderá dirigir o Buggy***! - Apontou com os as duas mãos e braços abertos para o automóvel.

- Sério? Isso sempre foi o meu sonho! - Forçou o máximo que pôde o entusiasmo.

- Esse dia vai ser maravilhoso! - A garota passou seus braços pelos ombros dos dois trazendo-os para mais próximos de si.

Deram alguns passos em direção ao carro, Kyung meio contrariado. Quando de repente a menina fraquejou subitamente, tomando os corpos dos dois como um apoio para não cair.

- Está tudo bem? - Kyung passou a mão por sua cintura.

- Sim… Como disse, esses preparativos estão acabando comigo, acho melhor eu ser caddie hoje… - Sorriu em meio as inspirações profundas tentando se recuperar.

- Acho melhor irmos ao hospital. - Baek sugeriu.

- Não, tudo bem… Isto é até que rotineiro ultimamente, depois da lua de mel irei melhorar, pelo menos espero.

Kyung parou por um segundo e rapidamente voltou a caminhar, em passos curtos como estava fazendo anteriormente, antes que ela percebesse.

- Vamos para o hipódromo, observar as corridas pode ser divertido… Ou não. - Ela olhava de um para outro esperando por alguma sugestão.

- Eu sou ótimo em apostas, se estiver pronta para perder dinheiro, sunshine… Então, vamos para o hipódromo. - Baek a olhou de uma forma desafiadora.

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- Aqui está ótimo. - Ela puxou a cadeira e levou o binóculo que acabará de receber ao rosto.

- Sinto muito em dizer, mas o número dois foi uma péssima escolha, Krystal. Basta olhar para ele e verá que é um perdedor.

- Fiz isso apenas por diversão. - Acenou com a mão com a concentração nos animais. - Mas, não esqueça que o jogo pode virar.

- Nada disso… Você vai perder. O único que pode concorrer comigo é o Kyung, o número 6 é muito forte. Mas, ainda acho que ele não pode com a super Zuma.

- Pois que vença o melhor. - Sorriu de canto brincando com seu binóculo.

- Como estão os preparativos para o casamento? Espero que todo o estresse seja por que já esteja finalizando tudo.

- Sim, já está tudo praticamente pronto. A única grande coisa que falta é decorar o ambiente e receber os convidados. - Deixou o objeto sobre a mesa apoiando a cabeça sobre as mãos. - Falar nisso… KyungSoo, você já está melhor?

- O quê? - A encarou no mesmo momento sem conseguir entender a quê se referia a sua pergunta.

- Você passou mal no dia que foi provar o terno…

- Ah, sim. Estou melhor. - Mentiu com um meio sorriso apenas para conforta-la.

- O que você tinha mesmo? - Sua voz carregava um daqueles tons sútis que investigadores costumam usar quando querem pegar o suspeito na mentira e condená-los.

- Ton…tura.

E ao pronunciar tal palavra um lampejo clareou sua mente o levando novamente para aquele provador, aquelas quatro paredes que o prendeu por alguns minutos com JongIn.

- Acho que foi algo que comi. Já não estava muito bem antes de chegar lá, o mal-estar me perseguiu o dia inteiro. E depois que fiquei em um daqueles provadores no calor e trocando de roupa só piorou. Mas, ainda consegui escolher o conjunto. - Tentava somar o máximo de informações que pudesse lembrar depois naquela mentira. Qualquer detalhe por menor que fosse faria a menina perceber que nada daquilo aconteceu e ele não queria que ela descobrisse o que de fato rolou lá, mesmo que não tenha sido muita coisa.

- Eu vi, boa escolha. É um dos melhores da nossa marca. Eu realmente achei que iria amar ele. Falar nisso BaekHyun, você ainda tem que ir escolher a sua.

- Oh, sério? Achei que o privilégio de ser padrinho era apenas do Do. - Falou sarcartisco sem encará-la. - Afinal, nem convite eu recebi.

- Oh querido! - Procurou as mãos do garoto e tomou entre as suas. - Tenho que te explicar. Todos que eram mais próximos eu fiz questão de entregar o convite pessoalmente.

Pegou a pequena carteira que tinha trago consigo, e não precisou de procurar muito para encontrar o envelope.

- E como sabia que viria aguardei para fazer dessa maneira, não sabia que ficaria zangado.

- Não se preocupe, era apenas charme…

- E sobre padrinhos... Realmente era apenas o Kyung, mas, agora serão vocês dois.

- Achei que você não gostasse de muitos padrinhos… - Kyung a olhou de canto.

- Dois não é muito, é o suficiente. E além do mais sãos os meus melhores amigos.

- Quanta honra! Mas, não posso aceitar.

- Porque Baeconzito???

- Não me chama assim garota. - Cerrou os olhos tentando ao máximo não ceder. - Você está muito sobrecarregada e aceitar ser seu padrinho implica escolher madrinha roupas e outras complicações. Então deixa como está, okay? Mas ainda aceito a roupa e ser uma das testemunhas ou um pajen que tal?

- Okay, mas…

- Desculpe.

Todos voltaram a atenção na direção da voz que interrompeu o assunto. Entre Krystal e Kyung encontrava-se um garoto aguardando com uma bandeja em mãos.

- Posso sentar? - Apontou para a cadeira vazia.

Krystal encarou o desconhecido como se ele fosse um completo maluco. Baek se recordava do mesmo, já tinha o visto e não fazia muito tempo. Já KyungSoo não acreditava que ele estava ali, a cidade não era tão pequena assim para tamanha coincidência, e foi o primeiro a responder.

- Claro.

A garota encarou Baek procurando a resposta, mas o mesmo apenas deu de ombros.

- Trouxe para vocês, espero que gostem. Café descafeinado, americano, puro e gelado. - Falava enquanto tirava respectivamente cada um e colocava os copos sobre a mesma.

- Desculpe, mas estou evitando café. Mas este aqui eu não dispenso, se não se importa… - Disse a garota já pegando o cupcake que o mesmo trouxera.

- Claro que não e desculpe não me apresentar, eu sou JunMyeon, amigo do Kyung. - Tocou a mão de cada um.

- Amigo? - Baek sussurrou com mais malícia do que desejava.

Krys deu a primeira mordida em seu doce encarando Baek com curiosidade esperando que começasse a falar do misterioso rapaz que acabara de chegar ali, afinal seu tom de voz denunciava que já o havia visto antes, mas logo sentiu algo estranho na cabeça que ninguém pareceu perceber.

Os olhos de Jun encontraram os de Kyung por breves segundos e o mesmo lhe encarava de uma forma estranha, como se ele fosse um completo desconhecido, pelo menos foi que ele achou.

- Iesus! Você não esqueceu de mim, certo? O cara da boate, seu…

- Não, eu não esqueci.

- Cara da boate? Do que estão falando?

Outra voz masculina apareceu na conversa, mas esta fez o coração de Kyung ir de 70 a 200 bpm apenas com a primeira palavra que falou. Não precisou virar na direção que ela vinha, já sabia de quem se tratava.

- Bom dia, Kim JongIn… - Estendeu a mão para o novato naquele círculo de amizade.

- É um prazer. - Não deixou que o sorriso em seu rosto escapasse e o comprimentou com a mesma cordialidade.

- Estavam falando de boate, vou adorar ouvir essa história. - Puxou a cadeira ao lado de sua noiva que olhava confusa para os cantos e esperou que o outro começasse.

- Okay, há algumas noites eu e o DO estávamos em uma boate, ainda não nos conhecíamos e então aconteceu algo engraçado... - Sorriu.

- Sunshine. - Baek cortou o assunto encarando assustado a menina que estava sentada a sua frente. - Você está bem?

O seu rosto estava completamente pálido sem nenhuma coloração, seu olhar estava perdido e sua cabeça pendia levemente para os lados. Era extremamente visível o esforço que estava fazendo para manter-se parada.

- Krystal? - JongIn tocou-lhe o rosto sentindo o quão gelada estava sua pele.

- Eu estou bem. - Sua voz era apenas um sussurro.

Mal chegou a terminar a frase e seu corpo caiu desacordado sobre o colo do futuro marido.

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